O
ACORDO ENTRE DEUS E ABRAÃO
GN 17.1-8
INTRODUÇÃO:
1.
Acordo é um pacto, uma aliança, um concerto. Não pode existir um acordo entre
dois lados se ambos os lados não estiverem concordes.
2. Um detalhe que
precisamos falar é que a Bíblia, não procura esconder as fraquezas do homem de
Deus, Abraão. Quando ele saiu de Ur da Caldéia, chegou à Canaã e depois de uma
grande fome, dirigiu-se para o Egito e para permanecer no Egito impune, teve que
mentir, Gn 12.10-18, “10 E havia fome naquela terra; e desceu Abrão ao
Egito, para peregrinar ali, porquanto a fome era grande na terra. 11 E
aconteceu que, chegando ele para entrar no Egito, disse a Sarai, sua mulher:
Ora, bem sei que és mulher formosa à vista; 12 E será que, quando os egípcios
te virem, dirão: Esta é sua mulher. E matar-me-ão a mim, e a ti te guardarão em
vida. 13 Dize, peço-te, que és minha irmã, para que me vá bem por tua causa, e
que viva a minha alma por amor de ti. 14 E aconteceu que, entrando Abrão no
Egito, viram os egípcios a mulher, que era mui formosa. 15 E viram-na os
príncipes de Faraó, e gabaram-na diante de Faraó; e foi a mulher tomada para a
casa de Faraó.16 E fez bem a Abrão por amor dela; e ele teve ovelhas, vacas,
jumentos, servos e servas, jumentas e camelos. 17 Feriu, porém, o SENHOR a
Faraó e a sua casa, com grandes pragas, por causa de Sarai, mulher de Abrão. 18
Então chamou Faraó a Abrão, e disse: Que é isto que me fizeste? Por que não me
disseste que ela era tua mulher”?
3. Mesmos fracos,
podemos atingir grande estatura espiritual, Tg 5.16-18, “16 Confessai as
vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A
oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. 17 Elias era homem
sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse e, por três
anos e seis meses, não choveu sobre a terra. 18 E orou outra vez, e o céu deu
chuva, e a terra produziu o seu fruto”.
4.
Mesmo demonstrando fraqueza, após sua volta do Egito, ao separar Abraão de Ló,
seu sobrinho, Deus renova sua promessa com ele, prometendo-lhe um filho. Sara
também estava sujeita as mesmas falhas de Abraão. Sua falta de fé, fez com que
seu marido tivesse um caso com sua escrava Hagar, Gn 16.1sess., nascendo
desta relação um filho, Ismael, que futuramente, seus descendentes, iriam ser
pedra de tropeço para o povo de Deus.
5.
Não considerando as falhas e deslizes de Abraão, Deus lhe fala e faz com ele um
pacto. Vejamos os termos deste pacto:
1.
Ele deveria andar na presença de Deus, vs. 1, “SENDO, pois, Abrão da
idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o
Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito”. Deus se revelou a
ele como "El Shadai", o "Todo Poderoso" e que pode
exigir que seus servos andem em sua presença:
a)
Andar na presença de Deus, é obedecê-lo. O ser humano, não pode esconder-se da
presença de Deus, Sl 139.7, “Para onde me irei do teu espírito, ou para
onde fugirei da tua face”
b)
Esta exigência de Deus, é uma exigência de santidade. Deus é Santo e não pode
conviver com o pecado. Se quisermos corrigir nossas falhas precisamos estar na
presença de Deus e manter comunhão com seu Espírito.
2.
Ele deveria buscar a perfeição, Vs. 1, “...anda em minha presença e sê
perfeito”.
a)
Embora, Deus exija nossa perfeição, não há perfeição absoluta, 1 Jo 1.8-10,
“8 Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há
verdade em nós. 9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para
nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça”.
b) Ver o exemplo de
Paulo, Fp 3.12-14, “12 Não que já a tenha alcançado, ou que seja
perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por
Cristo Jesus. 13 Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma
coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para
as que estão diante de mim, 14 Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana
vocação de Deus em Cristo Jesus”.
1.
Deus promete abençoá-lo grandemente, Vs.
4, 6, “4 Quanto a mim, eis a minha aliança contigo: serás o pai de
muitas nações. 6 E te farei frutificar grandissimamente, e de ti farei nações,
e reis sairão de ti”.
a)
Um povo numeroso era considerado na antiguidade uma benção de Deus, Gn 15.5,
“Então o levou fora, e disse: Olha agora para os céus, e conta as estrelas,
se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência”. Aqui Deus
reafirma a promessa feita em Gn 13.16, “E farei a tua descendência como
o pó da terra; de maneira que se alguém puder contar o pó da terra, também a
tua descendência será contada”.
b)
A própria mudança do nome sugere isto, v. 5, “E não se chamará mais o
teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai de muitas nações te
tenho posto”. Abrão, "Pai Elevado", "Pai Exaltado".
Abraão, "Pai de Muitas Nações", "Pai de Uma Grande
Multidão".
c)
Deus coloca um "álefe", letra do seu próprio nome, dando a
este servo uma dignidade especial.
d)
O mesmo aconteceu com Sara, v. 15, “Disse Deus mais a Abraão: A Sarai
tua mulher não chamarás mais pelo nome de Sarai, mas Sara será o seu nome”. O
nome original "Sara", significa "princesa"; O nome
dado por Deus, "Sarai", significa "minha princesa".
e)
O pacto de Deus com Abraão, era perpétuo. Hoje, como filhos de Deus redimidos
pelo sangue de Cristo, ainda estamos debaixo da promessa feita a Abraão, Rm
4.16, “Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a
promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas
também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós”.
2.
Deus promete ser seu Deus, Vs. 7, “E estabelecerei a minha aliança entre
mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, por aliança
perpétua, para te ser a ti por Deus, e à tua descendência depois de ti”.
a)
Deus tem prazer em ser o Deus de Abraão, e de sua descendência, assim como, se
alegra em ser nosso Deus, Hb 11.16, “Mas agora desejam uma melhor, isto
é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu
Deus, porque já lhes preparou uma cidade”.
b)
As nações antigas tinham seus deuses. Cada uma tinha seu deus nacional, embora
falso. Não falavam, não tinham poder, etc. Um detalhe interessante é que nenhum
deus antigo se relacionava com seus seguidores na qualidade de pai/filho, como
o Deus de Abraão e o nosso Deus. Veja Rm 8.14, 16: “14 Porque todos os
que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. 16 O mesmo
Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”.
c)
Deus seria o Deus de Abraão e de seu
povo, o Deus Verdadeiro, que protegeria seus filhos, e assim foi ao longo da
história, e assim é também hoje, Ap 21.3, “E ouvi uma grande voz do céu,
que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles
habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu
Deus”
3.
Deus promete ser fiel à descendência de Abraão, Vs. 8, “E te darei a ti
e à tua descendência depois de ti, a terra de tuas peregrinações, toda a terra
de Canaã em perpétua possessão e ser-lhes-ei o seu Deus”.
a)
Abraão não viveria para ver o pacto cumprido, mas seus descendentes herdariam
as bênçãos do pacto. Deus é fiel ao seu povo:
a1)
1 Co 1.9, “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu
Filho Jesus Cristo nosso Senhor”.
a2)
1 Ts 5.24, “Fiel é o que vos chama, o qual também o fará”.
a3)
Rm
4.20-21, “20
E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé,
dando glória a Deus, 21 E estando certíssimo de que o que ele tinha prometido
também era poderoso para o fazer”.
CONCLUSÃO:
1.
Deus deseja fazer um pacto com você:
a)
Neste pacto há a parte de Deus, que foi dar seu Filho Jesus Cristo para morrer
em seu lugar, para que pela sua morte, você pudesse ser salvo.
b)
Cumpre a você aceitar a Cristo como seu salvador e obedecê-lo, para que você
alcance as promessas de Deus.