AVANÇANDO CONTRA O INIMIGO

JZ 7.15-25; 8.10-11

BISPO GERALDO TENUTA

 

Pr. José Antônio Corrêa

 

I. INTRODUÇÃO

 

Gideão abriu mão de seu poderio bélico pelas estratégias de Deus. Cercou o arraial dos midianitas e os 300 homens quebraram os vasos, ergueram as tochas e tocaram as trombetas. Tudo funcionou melhor até do que ele imaginava, pois, de forma milagrosa, os midianitas entraram em pânico, usando cada um a sua espada contra o outro.

 

Gideão agora tinha pela frente a necessidade de desbaratar completamente o povo inimigo. Seria o momento decisivo e, para isso, Deus deu para ele cinco estratégias para avançar contra os midianitas.

 

II. CINCO ESTRATÉGIAS PARA AVANÇAR CONTRA O INIMIGO

 

1ª estratégia: aproveitar as oportunidades

 

“Tocando os trezentos as trombetas, o Senhor tornou a espada de um contra o outro, e isto em todo o arraial, e fugiram até Bete-Sita, na direção de Zererá, até os limites de Abel-Meolá, acima de Tabate”, Jz 7.22.

 

O que pode marcar a vida de um homem e dar a ele a diferença da vitória ou da derrota é o seu discernimento para aproveitar as oportunidades. O homem de Deus tem que ter paciência para esperar o tempo certo, porém tem que ter ousadia e poder de decisão quando a oportunidade surge.

 

Em condições normais, os midianitas seriam invencíveis pelo seu poderio bélico militar, porém chegara a oportunidade e Gideão tomou posições decisivas para concluir a vontade de Deus.

 

A Carta aos Colossenses, no capítulo 4, versículo 5, diz: Aproveitais as oportunidades, ou melhor, use o tempo de forma apropriada. O apóstolo Paulo sabia a virtude deste discernimento e relata: Ficarei em Éfeso até o Pentecoste, porque uma grande e oportuna porta se me abriu e há muitos adversários. Ele sabia da oposição do inimigo, mas discerniu que aquele era o momento de entrar pela porta.

 

Gideão fez o mesmo e foi em perseguição do inimigo.

 

2ª estratégia: usar todo o seu potencial de ataque

 

“23 Então os homens de Israel, de Naftali, de Aser e todo o Manassés foram convocados, e perseguiram os midianitas. 24 Também Gideão enviou mensageiros por toda a região montanhosa de Efraim, dizendo: Descei de encontro aos midianitas, e tomai-lhes as águas até Bete-Bara, e também o Jordão. Convocados todos os homens de Efraim, tomaram-lhes as águas até Bete-Bara, e também o Jordão”, Juízes 7.23-24.

 

O primeiro momento estava passando, a oportunidade estava ali, o inimigo estava em fuga, agora seria o momento de atacar. Mas como destruir um grande exército com somente 300 homens? O tempo agora era outro, Gideão precisaria de todo o seu potencial bélico para dizimar as hostes do inimigo, e ele assim o fez: convocou todos os homens de guerra de três das doze tribos: Naftali, Aser e Manasses. Mandou vir também todos os guerreiros de Efraim para que estes lhe fechassem a saída pelo Jordão, para que, assim, não fugissem.

 

Era o momento de usar todo o potencial, não podia ficar nem um pouco do exército do inimigo, pois poderia depois se reestruturar contra eles. Deus, em outras situações, fez o mesmo com Josué. Certa feita.

 

Ele fez com que o dia se prolongasse para que Josué acabasse completamente com uma coalizão de cinco reis amorreus, Js 10.12-15, “12 Então, Josué falou ao SENHOR, no dia em que o SENHOR entregou os amorreus nas mãos dos filhos de Israel; e disse na presença dos israelitas: Sol, detém-te em Gibeão, e tu, lua, no vale de Aijalom. 13 E o sol se deteve, e a lua parou até que o povo se vingou de seus inimigos. Não está isto escrito no Livro dos Justos? O sol, pois, se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro. 14 Não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, tendo o SENHOR, assim, atendido à voz de um homem; porque o SENHOR pelejava por Israel. 15 Voltou Josué, e todo o Israel com ele, ao arraial, a Gilgal”.

 

O próprio Josué aproveitou a oportunidade do sol e da lua estarem parados, e não parou enquanto o seu exército não se vingou do inimigo.

 

Nós não devemos parar enquanto não obtivermos a vitória completa.

 

3ª estratégia: usar de diplomacia para manter a conquista

 

“1 Então os homens de Efraim lhe disseram: Que é isto que nos fizeste, que não nos chamaste, quando foste pelejar contra os midianitas? E contenderam com ele fortemente. 2 Porém ele lhes disse: Que mais fiz eu agora do que vós? Não são os rabiscos de Efraim melhores do que a vindima de Abiezer? 3 Deus vos entregou nas vossas mãos os príncipes dos midianitas, Orebe e Zeebe. O que pude eu fazer em comparação ao que fizestes? Então a sua ira se abrandou para com ele, quando falou esta palavra”, Jz 8.1-3.

 

O homem, quando está em crescimento e em vitória, pode muitas vezes ficar embriagado pelo poder. Muitos homens sofrem grandes derrotas por não usar de diplomacia no agir. Não sabem o momento de parar ou o momento de negociar. Gideão foi desafiado pelos homens de Efraim, tribo de Josué, pois estes estavam enciumados por não terem sido chamados para a batalha. Uma palavra mal colocada e Gideão entraria em choque contra eles, e os reis dos midianitas escapariam com um remanescente de guerreiros. O avançar contra o inimigo significava usar de estratégias certas em momentos certos.

 

Gideão soube tratar a situação, pois sabia que a sua luta não era contra a carne e o sangue, quer dizer, sabia manter os olhos sobre o verdadeiro inimigo.

 

Nós precisamos ter essa visão. Nosso inimigo usa muitas vezes pessoas queridas por nós a fim de parar nossa caminhada. Nós devemos conhecer suas artimanhas, Ef 6.11-12, “11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; 12 porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”.

 

4ª estratégia: não se abalar com a recusa de amigos na hora mais necessária

 

“4 Vindo Gideão ao Jordão, passou com os trezentos homens que com ele estavam, cansados, mas ainda perseguindo. 5 Disse ele aos homens de Sucote: Dai, peço-vos, alguns pães ao povo que me segue; está cansado, e eu vou ao encalço de Zeba e Zalmuna, reis dos midianitas. 6 Porém os príncipes de Sucote disseram: Já estão em teu poder as mãos de Zeba e de Zalmuna, para que demos pão ao teu exército?”, Jz 8.4-6.

 

Sucote era uma cidade israelita na região da tribo de Gade e ficava próxima às fronteiras dos povos do Oriente. Talvez por esta localização ou até por ciúmes ou inveja, Gideão, no pior momento da batalha, foi desprezado e lhe negaram até pão. Gideão poderia ter parado e se vingado ou então ter ficado abatido e deprimido, porém ele não se abalou, foi em direção à vitória.

 

A coisa mais triste é quando somos deixados nas horas mais importantes de nossas vidas por aqueles que amamos. Paulo, certa feita, estava aprisionado e os amigos com que ele mais contava o abandonaram. Porém Jesus estava com ele, e então pediu que João e Marcos fossem com ele, pois lhe era muito útil, 2Tm 4.10-12, “10 Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou e se foi para Tessalônica; Crescente foi para a Galácia, Tito, para a Dalmácia. 11 Somente Lucas está comigo. Toma contigo Marcos e traze-o, pois me é útil para o ministério. 12 Quanto a Tíquico, mandei-o até Éfeso”.

 

Marcos, no passado, tinha se afastado em meio à viagem, porém havia sido tratado, At 15.37-38, “37 E Barnabé queria levar também a João, chamado Marcos. 38 Mas Paulo não achava justo levarem aquele que se afastara desde a Panfília, não os acompanhando no trabalho”.

 

Deus trata as pessoas.

 

Não dê lugar à sua própria ira, ela não produz justiça de Deus. Caminhe para a vitória, o seu inimigo é Satanás, Tg 1.20, “Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus”.


5ª Estratégia: colocar embaixo dos seus pés, com autoridade, os príncipes do inimigo

 

“Prenderam também a dois príncipes dos midianitas, a Orebe e a Zeebe, mataram no lagar de Zeebe, e perseguiram os midianitas, e trouxeram as cabeças de Orebe e de Zeebe a Gideão, além do Jordão”, Jz 7.25.

 

Então, disseram Zeba e Salmuna: Levanta-te e arremete contra nós, porque qual o homem, tal a sua valentia. Dispôs-se, pois, Gideão, e matou a Zeba e a Salmuna, e tomou os ornamentos em forma de meia-lua que estavam no pescoço dos seus camelos” Jz 8.21.

 

Um exército sem general não pode subsistir e o ataque final teria que ser feito contra os que comandavam os midianitas. Deus deu nas mãos de Gideão os dois príncipes e os dois reis dos midianitas.

 

Deus tem você por soberano, e só quando você assumir esta posição é que poderá vencer completamente o inimigo. E a palavra de Deus diz que por todo os anos de vida de Gideão os midianitas não mais se levantaram contra Israel, Jz 8.28, “Assim, foram abatidos os midianitas diante dos filhos de Israel e nunca mais levantaram a cabeça; e ficou a terra em paz durante quarenta anos nos dias de Gideão”.

 

Não deixe nenhum príncipe do inimigo em pé. Vá para cima do inimigo e Deus lho dará em suas mãos.

 

BISPO GERALDO TENUTA

SEGUNDO REVELAÇÃO DADA POR DEUS

AO APÓSTOLO ESTEVAM HERNANDES

E À BISPA SONIA HERNANDES