A VIDA ETERNA E O MUNDO

1Jo 2.15-17

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Pr. José Antônio Corrêa

 

INTRODUÇÃO

 

1. Quando Deus nos regenerou nossas faculdades foram aperfeiçoadas. Pelo agir do Espírito em nós, nossos pensamentos, emoções e vontade podem ser aperfeiçoados segundo a vontade de Deus. Por isso o novo homem é distinto do velho homem. Entretanto, é preciso ressaltar que:

 

Mesmo que tenhamos a capacidade para fazer a vontade do Pai, não quer dizer que estejamos continuamente vivendo segundo ela. Paulo nos diz que “a carne milita contra o Espírito” (Gl 5.17). Os desejos carnais tentam se impor sobre a vida no Espírito. Essa luta é real na vida de todo cristão. Em alguns momentos a carne pode nos atingir com os seus ataques.

 

2. O cristão precisa amar a vontade de Deus. É nela que experimentamos a vida eterna. João nos diz que aquele “que faz a vontade de Deus permanece eternamente” (v.17). A vontade de Deus é realizada em nossas vidas através do aperfeiçoamento do Espírito em nós. Nossos pensamentos, emoções e vontade se aperfeiçoam quando estamos no centro da vontade de Deus.

 

O mundo tem o seu modo de pensar. Os pensamentos dos homens naturais são vistos no mundo. Eles criam os seus sistemas sem Deus, seguindo a cobiça da carne. Por isso, João nos exorta, dizendo: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo” (v.15). Nada que o mundo nos oferece pode nos garantir a vida eterna.

 

Segundo João: “o mundo passa” (v.17). Tudo o que ele nos oferece é efêmero, logo não pode preencher o nosso desejo por eternidade (cf. Ec 3.11). Apenas aquilo que Deus nos ordenou é que pode nos dar a vida eterna.

 

A vida eterna já começou na vida daqueles que foram regenerados. Um novo princípio de vida foi estabelecido em nossos corações (cf. Ez 11.19,20). Precisamos viver segundo a vida eterna em nós. O Espírito Santo em nossas vidas nos ajuda a assumir os valores eternos. Quem vive segundo o padrão do mundo não pode experimentar a vida eterna.

 

O amor de Deus não está naqueles que amam os sistemas sem Deus (v.15b). A vontade dos incrédulos adora os valores do mundo. Para eles o que tem prazer é aquilo que é experimentado sem levar Deus em consideração.

 

3. O mundo satisfaz o homem naquilo que é próprio de sua natureza. Moody nos explica o significado de “concupiscência da carne” (v.16) dizendo que “o significado não é a concupiscência pelas coisas da carne, mas a concupiscência que é proveniente da carne, ou aquela concupiscência que se baseia na carne”. Ou seja, o homem mundano ama a vontade proveniente da sua carne.

 

Precisamos desconfiar de nossa carne. Ele é nosso inimigo natural, pois está corrompida radicalmente pelo pecado. Por isso, o que desejamos pode estar distante da vontade de Deus.

 

4. Os olhos são a janela do mundo. Por eles nossos sentidos são aguçados. O pecado pode encontrar uma brecha naquilo que apreciamos com os olhos. O mundo está repleto de “concupiscência dos olhos” (v.16b). Não é por acaso que muitos têm sido aprisionados pela pornografia. Está estimula a carne através daquilo que os olhos veem. 

 

Devemos atentar para aquilo que temos visto. Um olhar concentrado pode nos levar a pecar. Portanto, não permitamos que os nossos olhos sejam trevas (Mt 6.22,23).

 

5. O mundo tem o seu orgulho. Ele ilude por uma soberba passageira. João chama isso de “soberba da vida” (v.16c). Aqueles que estão ludibriados pela soberba da vida não conseguem enxergar o vazio que há nas coisas dessa existência. Eles confiam nas suas riquezas, no seu corpo, na sua inteligência, porém nada disso pode lhe dar vida eterna.

 

CONCLUSÃO

 

É fazendo a vontade de Deus que experimentamos a vida eterna (v.17 - “faz”). A vida precisa ser testemunhada por todos aqueles que forma regenerada por Deus. Ele nos deu o seu Espírito para que nossas vidas possam viver eternamente. Portanto, amemos a vontade de Deus e rejeitemos o mundo, assim viveremos eternamente.