A DECISÃO DO CRISTÃO SOBRE ÁLCOOL E
DROGAS
Traduzido pelo Pr. Celso Buzzo
Pr. José Antônio Corrêa
INTRODUÇÃO:
A.
Texto: Pv 23.29-32
B.
Não pode haver nenhuma dúvida que o uso de álcool e outras drogas é um problema
sério em nossa sociedade.
C.
Infelizmente, o problema existe fora, como também dentro da igreja de Deus.
D.
O Custo – para a sociedade, para a igreja, e para o indivíduo – é conhecido:
1.
Dinheiro gasto em atendimentos médicos para os alcoólatras e viciados em
drogas.
2.
Dinheiro gasto em execução da lei, prisão, e reabilitação de transgressores.
3.
Tempo e eficiência perdidas por empregadores.]
4.
Reputações boas e carreiras produtivas destruídas.
5.
Permissividade sexual encorajada.
6.
Problemas mentais.
7.
Assassinato, roubo, e outros crimes sérios aumentando.
8.
Esposas espancadas, e crianças abusadas.
9.
Lares destruídos pelo divórcio.
10.
Milhares mortos ou mutilados em acidentes de carro.
11.
Suicídios.
E.
Com em todas questões, o cristão quer saber: O que Deus fala? Cf. Ef 5.17;
Hb 5.14.
I – PODE SER DISCUTIDO
ADEQUADAMENTE JUNTO: ÁLCOOL E DROGAS
A.
No caderno: Drogas e o seu uso, a Cruz Vermelha americana coloca o álcool em
primeiro lugar em sua lista de drogas mais usadas: Álcool, maconha,
anti-depressivos, alucinógenos, inalantes, narcóticos, estimulantes,
tranqüilizantes.
B.
Abuso de álcool e abuso de drogas produzem os mesmo efeitos.
C.
Muitos dos mesmos princípios bíblicos aplicam-se a ambos.
II – A BÍBLIA CONDENA A EMBRIAGUEZ
A.
Por "embriaguez" entende-se intoxicação ao ponto do prejuízo de
faculdades físicas e mentais.
1)
Características de embriaguez. Conforme Dr. W. P. McElwain, "Drogas -
Procurando na Bíblia", de abril de 1970, pp. 60,61:
a)
Consciência prejudicada – Gn 19:33, "sem que ele o notasse,
nem quando ela quando ela se deitou, nem quando se levantou".
b)
Comportamento irracional – Gn 9.21, "Bebendo do vinho,
embriagou-se e se pôs nu dentro de sua tenda".
c)
Fala inconveniente – Pv 23.33, "...e o teu coração falará
perversidades".
d)
Alucinações – Pv 23.33, "Os teus olhos verão coisas
esquisitas..."
e)
Incompetência para argumentar – Pv 31.4,5, "Para que não
bebam, e se esqueçam da lei, e pervertam o direito de todos os aflitos",
(cf. Lv 10.8-11).
2.
Estas não são características de toda embriaguez, induzida por álcool ou
drogas?
A.
Inquestionavelmente a Bíblia condena a embriaguez.
1.
Velho Testamento: Pv 20.1; 23.19-35; 31.4-5.
2.
Novo Testamento: Rm 13.13; I Co 5.11; 6.10; Gl 5.21; Ef 5.18; I Pe 4.1-5.
III – PRINCÍPIOS BÍBLICOS QUE REGEM
O USO "MODERADO" OU "SOCIAL" DO ÁLCOOL E DROGAS PARA
QUALQUER COISA DIFERENTE DE PROPÓSITOS MEDICINAIS NA SOCIEDADE EM QUE VIVEMOS
A.
Argumentos levantados na defesa do uso "social":
a)
De todas as possíveis justificativas para a conduta de uma pessoa "agir
porque a Bíblia não diz" é muito fraco.
b)
Há muitas coisas que especificamente não são proibidas mas são impróprias para
o cristão, 1 Co 10.23.
2.
Paulo disse para Timóteo que usasse um pouco de vinho por causa do seu
estômago, 1 Tm 5.23.
a)
A instrução de Paulo não dá nenhuma aprovação para qualquer coisa diferente do
uso medicinal.
b)
Está claro que, antes do conselho de Paulo, Timóteo não tinha estado bebendo
nenhum vinho.
3.
Nos tempo bíblicos, costumeiramente bebia-se o vinho fermentado, por não haver
nenhum outro modo para preservar sucos de fruta frescos. O próprio Jesus
transformou água em vinho (Jo 2.1-12) e foi chamado um "bebedor de
vinho" (Lc 7.33-34).
a)
O vinho que se bebia nos tempos bíblicos nem sempre era fermentado – por
exemplo Gn 40.11.
b)
Quando o vinho era fermentado, era também diluído com água à extensão que
dificilmente se compara em conteúdo alcoólico com os vinhos vendidos hoje.
c)
Em todo caso, o uso do vinho em tempos bíblicos, não dá nenhuma justificativa
para o seu uso hoje, em uma cultura onde:
4.
Não há nenhuma necessidade para o seu uso.
5.
O "aura" do social que cerca o consumo de tais bebidas é
completamente diferente.
6.
O significado do seu uso para a pessoa daqueles tempos é muito diferente.
7.
Em terras estrangeiras, até mesmo hoje, há água imprópria para bebida e bebidas
alcoólicas são a única coisa vendida. Ao viajar, o cristão pode não ter a
escolha a não ser beber o que é encontrado.
a)
Tal argumento, até mesmo se válido, não justifica o uso do álcool em casa, onde
a prática é uma questão de escolha.
b)
O cristão nunca pode dizer que não tem escolha a não ser violar o que Deus
disse – 1 Co 10.13. Se fosse realmente verdade que um cristão não
pudesse viajar para alguns lugares sem violar o que Deus disse, simplesmente
não poderia viajar para esses lugares. A atividade teria que ser sacrificada à
prioridades mais altas.
a)
O caráter da pessoa é determinado pelo que ela faz na sua intimidade, como
também quando outros estão assistindo.
b)
Muitos dos perigos no uso do álcool e droga estão presentes no ambiente público
ou privado.
c)
Em nossa sociedade, se a pessoa quiser ter a vantagem de ser honrado como um
não-bebedor, ela terá que não beber (cf. Pv 22.1).
d)
Não há nenhum modo de beber "socialmente" e ainda Ter o respeito que
só é possível a alguém que se privou totalmente. Uma escolha tem que ser feita
aqui sobre que tipo de reputação a pessoa deseja ter.
A.
Questões úteis relativas ao uso "social" de álcool e drogas:
1.
É legal? Cf. Rm 13.1-7.
2.
Me prejudicará fisicamente? Cf. Rm 12.1; 1 Co 6.19-20; 1 Co
9.27.
3.
É um bom uso do meu dinheiro? Cf. 1 Co 4.2; Ef 4.28.
4.
Me dará um bom nome? Cf. Pv 22.1; 1Tm 4.12.
5.
Eu quero que meus filhos façam isto? Cf. Ef 6.4.
6.
Me identifica com companheiros indesejáveis, me leva para lugares
questionáveis, e me cerca com influências que me debilitarão? Cf. 1 Co 15.33.
7.
Debilitará ou impedirá outra pessoa em seus esforços para servir a Deus? Cf. Rm
14.21; 1 Co 8.13.
8.
É questionável em minha própria mente? Cf. Rm 14.23.
9.
Confunde minha identidade como um filho de Deus? Cf. 2 Co 6.14-18.
10.
Se Deus aqui estivesse, Ele faria isto comigo? Cf. Cl 3.17.
Conclusão:
A.
É proibida completamente a embriaguez como um pecado que manterá um indivíduo
do lado de fora do céu – 1 Pe 4.1-5.
B.
Dado o contexto social dentro do qual vivemos, o "moderado" uso do
álcool e drogas é uma escolha que violaria vários princípios bíblicos claros
para o modo cristão de vida – 2 Co 8.21. Cf. Rm 12.17; Fp 4.8; 1 Pe 2.12; etc.
Gary Henry – 24 de março de 1999