ALICERCES PARA UM CASAMENTO FELIZ

Pr. Alec D. Brooks*

 

 

Pr. José Antônio Corrêa

 

 

INTRODUÇÃO

 

 

AS TRÊS PEDRAS FUNDAMENTAIS DESSE ALICERCE

 

Não faz muito tempo, o teto do ginásio de esportes da cidade americana de Hartford desabou. É que seus construtores, ao edificá-lo, tinham-se preocupado só com o lado estético, fazendo uma bela estrutura. Mas ela não suportou o peso da neve e do gelo acumulados no telhado.

 

Existem muitos casamentos que vivem o mesmo problema. Começam com uma belíssima cerimônia religiosa, e tudo parece muito promissor.

 

O Casal se sente bastante feliz, na expectativa de uma vida a dois cheia de alegrias. Mas pouco depois passam a sentir o “peso” do relacionamento, e rachaduras surgem aqui e ali. É aí então que muitos desabam. Quando Deus instituiu o casamento desejava que ele fosse um bom relacionamento. A vontade dele é que o casamento vá melhorando mais e mais e seja muito bom. Mas para que isso aconteça, é preciso que ele seja edificado sobre um alicerce sólido. E Deus revela na Bíblia que esse alicerce é constituído de três pedras fundamentais.

 

 

I. A PRIMEIRA PEDRA QUE DEVE ESTAR PRESENTE NO CASAMENTO É O FATO DE QUE A IDÉIA DO CASAMENTO VEM DE DEUS

 

A Bíblia ensina isso com clareza:

 

Gênesis 2.21-24, “21 Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre o homem, e este adormeceu; tomou-lhe, então, uma das costelas, e fechou a carne em seu lugar; 22 e da costela que o senhor Deus lhe tomara, formou a mulher e a trouxe ao homem. 23 Então disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. 24 Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne”.

 

Mateus 19.4-6, “4 Respondeu-lhe Jesus: Não tendes lido que o Criador os fez desde o princípio homem e mulher, 5 e que ordenou: Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher; e serão os dois uma só carne? 6 Assim já não são mais dois, mas um só carne. Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem”.

 

Efésios 5.31, “Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne”.

 

Infelizmente, ao realizar-se uma cerimônia de casamento, toda atenção é dirigida para aspectos supérfluos, e o resultado é que acabamos perdendo de vista a verdadeira razão do matrimônio. A verdade é que o casamento não é instituição humana; foi instituído por Deus, para atender a seus propósitos. O casamento deve ser centralizado em Deus.

 

Atentemos para a advertência que Deus faz em 1 Pedro 3.7: “Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações”. Uma das razões por que não recebemos respostas de oração é que nem sempre tudo está correto no relacionamento com nosso cônjuge. Deus não quer que comparemos nosso relacionamento com o de outros casais, para vermos se está certo; o próprio Senhor Jesus é o padrão de aferição, conforme Efésios 5.25-27 – “25 Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, 26 a fim de a santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela palavra, 27 para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”. O relacionamento deve ser semelhante ao que existe na Trindade.

 

Deus não avalia um casamento baseando-se nos ganhos materiais do casal, nem em seu status social, mas sim no crescimento espiritual. O marido e a mulher são responsáveis perante Deus pela maneira que conduzem sua relação a dois. Ele dirige a cada um de nós a seguinte pergunta: “Você sente que está mais semelhante a Jesus hoje por ser casado do que estaria se não o fosse?”.

 

 

II. A SEGUNDA PEDRA FUNDAMENTAL QUE DEVE ESTAR NO ALICERCE DO CASAMENTO É A CONSCIÊNCIA DA VONTADE DE DEUS

 

Se perguntássemos a todas as pessoas casadas: “Por que você se casou?” Essa pergunta teria apenas duas respostas. A mais sincera seria: “Eu me casei porque quis”. Vi nessa moça (ou rapaz) alguma coisa que me agradou. Tinha alguns desejos - emocionais, físicos e sociais - muito intensos, e ela (ou ele) parecia a pessoa mais adequada para satisfazê-los. Por isso me casei”.

 

Paulo afirma que essa é a razão por que os gentios se casam. O motivo da união tem origem neles mesmos. O casamento que é baseado em nossa própria vontade é como uma nota falsa. Parece com a verdadeira, mas um bom conhecedor vê logo que se trata de uma falsificação. É por isso que muitos deles acabam falindo. O amor humano se exaure rapidamente. Depois nem o desejo sexual, nem o status social são suficientes para sustentar a relação, e afinal o casal tem que reconhecer que o casamento não vai bem. Alguns terminam em separação; outros vão se aguentando até quando podem. Mas tais casamentos não passam de arremedos do verdadeiro. É que houve ali uma tentativa de se criar, pela vontade do casal, algo que só Deus pode criar.

 

Porém a melhor resposta seria: “Casei-me porque senti que era essa a vontade de Deus”. Isso é um casamento cristão. Um casamento não é cristão apenas pelo fato de ter sido oficializado numa igreja; mas o é porque se originou no coração de Deus. O casal se une para obedecer a vontade de Deus. O casamento cristão começa no momento em que duas pessoas reconhecem que Deus escolheu uma para a outra. Deus une um casal em matrimônio não para satisfazer o desejo do coração deles, mas para realizar o desejo do seu próprio. Só o amor de Deus é capaz de sustentar um bom casamento. E ele nasce quando reconhecemos que nosso casamento é da vontade de Deus, que foi Deus que nos escolheu um para o outro, e nos casamos em obediência à vontade Dele.

 

 

III. A TERCEIRA PEDRA FUNDAMENTAL DE UM CASAMENTO CRISTÃO É O RECONHECIMENTO DE QUE FIZEMOS UM PACTO DE VIVERMOS JUNTOS

 

Quem está pensando em se casar, deve pensar nisso seriamente. Pois ao recitar os votos matrimoniais (que todos conhecem), o casal afirma o seguinte: “Prometo, na sua presença e diante de Deus, que, aconteça o que acontecer, sempre o (a) amarei. Você é lindo (a) hoje, com seu rosto belo, com seu corpo perfeito e no vigor da sua juventude. Mas eu te amarei mesmo quando estiver com 83 anos, com rosto enrugado; mesmo que você fique doente, mesmo que fique aleijado (a) e prostrado (a) num leito. Eu o (a) amo sempre e continuarei a amá-lo (a). A única coisa que poderá nos separar é a morte. Será que amamos nosso cônjuge assim? “Amo-o (a) aconteça o que acontecer”. Uma atitude assim confere um forte senso de segurança e de liberdade ao relacionamento conjugal. É imperioso que o casal faça esse juramento na presença de Deus. Essa é a terceira pedra fundamental do alicerce de um casamento cristão.

 

Está claro agora por que só um casamento cristão pode ser o tipo de casamento que Deus deseja? É que somente o Espírito Santo pode produzir essa espécie de amor em nossos corações.

 

Se você já é casado, e o seu casamento não está assim, então ore agora: “Pai, confesso que nosso casamento não é como queres que ele seja. Não tenho esse tipo de amor”. Arrependa-se dos pecados que Deus te revelar, e peça ao Espírito Santo para inundar o seu coração de amor. Ele com certeza irá revolucionar o seu relacionamento conjugal, fazendo dele um bom casamento, como o Senhor deseja que seja - algo de muito belo na presença d’Ele.

 

* Pr. Alec D. Brooks - Resumo do texto do Pr. Alec D. Brooks , Presidente da Bethany Fellowship Inc., Revista Mensagem da Cruz - Editora Betânia - http://www.editorabetania.com.br