AMOR VERDADEIRO

ICO 13.4-7

Extraído de http://www.missaoaupe.com.br

Adaptado

 

Pr. José Antônio Corrêa

 

“4 O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, 5 não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; 6 não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade”.

 

 

INTRODUÇÃO

 

“Efeito Chiclete – Casamento

 

Você já ouviu falar do "efeito chiclete"? Não? Bem, vamos lá, então. Chicletes são gomas de mascar. Aqueles pedaços de restos de petróleo aos quais são colocados cores e sabores. Esses pedaços de borracha mole são mastigados por algumas horas (ou minutos) até que perdem o sabor. Então são jogados no lixo.

 

Podemos ver o "efeito chiclete" em casais que são invejados, cobiçados por milhões de pessoas no mundo todo. São ricos, famosos e bonitos. Mas que também estão sujeitos aos problemas comuns, aos mais comuns dos casais. Você já deve ter visto ou ouvido falar de Bruce Willis e Demi Moore. São ricos, bonitos e famosos. Passaram onze anos casados. E se separaram. Por quê? Porque não estavam mais se entendendo. Porque se cansaram da beleza um do outro. Porque a paixão acabou. O ‘gosto do chiclete’ se perdeu ao longo dos anos tornando a convivência estéril, insossa e, talvez, até mesmo odiosa... A beleza de um corpo não é suficiente para a manutenção de um relacionamento.

     

Quando uma pessoa se apaixona por outra, invariavelmente está interessada no que pode obter, sugar, retirar, gozar, usufruir. Como uma fonte que mais cedo ou mais tarde vai se secar, ou... como um chiclete que vai perdendo o gosto. É o que também acontece com a paixão: não resiste ao tempo. E desaparece como a neblina sob o calor do sol. A paixão é egoísta, e busca satisfazer o desejo do apaixonado.

 

A própria beleza é volátil, efêmera, transitória, passageira. Há algum tempo Isabella Rosselini, filha de Ingrid Bergman, nascida de seu relacionamento com Roberto Rosselini, foi demitida da agência de modelos para a qual trabalhava. Já estava com mais de 40 anos de idade, e continuava linda como sempre foi, mais não mais o suficiente para os padrões do mundo da moda.

 

A beleza de um corpo não é suficiente para a manutenção de um relacionamento. Não apenas a beleza, mas quaisquer atributos sobre os quais fundamentamos nossos sentimentos.

 

O segredo de um relacionamento produtivo e duradouro é não dar muita importância ao que podemos receber do outro, mas sim o que podemos fazer pelo outro. O que acontece é que algumas pessoas, inconscientemente, estão em busca da satisfação de suas necessidades de carinho e companhia. Até que acaba o encanto, a doçura e o mistério e as coisas começam a ‘andar pra trás’. Mas não compreendem porque as coisas não dão mais certo entre si”. (extraído)

 

Em razão disso precisamos cultivar no casamento o “amor verdadeiro”

 

O AMOR VERDADEIRO É:

 

“paciente, sofredor” – O amor exercitando paciência. Prontidão em suportar qualquer afronta ou fazer qualquer sacrifício para o bem do seu amado, Ef 4.2, “com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor”.

 

“benigno” – O amor agindo cuidadosamente e com um entendimento perspicaz diante daquilo que o outro realmente necessita, 1Sm 22.26, “Para com o benigno, benigno te mostras”.

 

“não arde em ciúmes”- O amor competindo com aquilo que pode feri-lo. Não busca seus direitos. Tudo que é negativo para o sucesso do relacionamento, é uma oportunidade para este amor mostrar compaixão e condolência, 1Co 3.3, “Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?”.

 

não se ufana, não se ensoberbece – Humildade em evidência. Não reage com egoísmo e despensa qualquer satisfação própria, 1Sm 2.3, “Não multipliqueis palavras de orgulho, nem saiam coisas arrogantes da vossa boca; porque o SENHOR é o Deus da sabedoria e pesa todos os feitos na balança” (oração de Ana).

 

“não se porta com indecência” – Amor sendo cordial e praticando as boas maneiras. Atendendo às mínimas necessidades do outro. Nada é insignificante, 1Pe 3.7, “Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações”.

 

“não busca os seus interesses” – Amor sem egoísmo. Ele se regozija na oportunidade de abdicar dos seus direitos, sim, de entregar a sua própria vida! Satisfaz-se na entrega de si mesmo para o bem do outro, Fp 2.4, “Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros”.

 

não se exaspera – Pelo fato do amor verdadeiro não ser egoísta, não se ofende. Pode ser ferido, mas não reage com desdém. Pelo contrário, o amor procura adoçar o que é amargo e purificar o impuro, Ef 4.26-27, “26 Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, 27 nem deis lugar ao diabo”.

 

não suspeita mal” – O amor que não dá lugar à astúcia. Não levanta suspeitas de qualquer tipo, Jo 7.24, “Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça”.

 

não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade – o amor verdadeiro é santo e puro em essência e motivos. Não se vinga. É zeloso, admira aquilo que é verdadeiro, preza tudo que a verdade faz, e nunca tem prazer naquilo que a mentira pode fazer, Fp 4.8, “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”.

 

Este amor não é visto nos filmes dos cinemas, nas novelas da televisão, na maior parte dos namorados nas praças, ou nas igrejas de hoje. Entendendo como o amor verdadeiro age, então podemos entender aquela afirmação dada pelo pastor que diz: “Quando um casal se casa, geralmente não conhecem o amor verdadeiro.” Mas este amor verdadeiro pode ser desenvolvido.

 

Quanto mais nos conformarmos à imagem de Jesus, mais esse amor aparecerá em nossos relacionamentos. É nos tornarmos mais semelhante a Cristo, pois este amor em nós é fruto do Espírito Santo.

 

CONCLUSÃO:

 

“Não existem ‘almas gêmeas’". Não existem almas que foram feitas um para o outro. Esta é uma visão poética, fantasiosa e idealista que está na visão imaginária dos apaixonados, dos cantores e dos poetas que vendem ilusões.

 

Não existem casamentos perfeitos, porque não existem homens e mulheres perfeitos.

 

O que existem são casamentos que vão se aperfeiçoando a cada dia, com o aperfeiçoamento dos cônjuges. Cônjuges que vão renunciando aos seus propósitos egoístas, à sua arrogância e prepotência para se dedicar ao outro.

 

Vocês, Danilo e Natalia, estão prontos para encarar esse desafio?

 

O que for feito fora desses padrões somente trará dor e sofrimento para todos. Principalmente para os familiares. Para as pessoas que estão junto contigo, e te amam, e te querem bem”. (extraído)