A COMUNICAÇÃO DO LAR
GN 2.18-25
Pr. José Antônio Corrêa
I. INTRODUÇÃO:
1.
O
casamento é uma relação de comunhão espiritual, pois ao nos casarmos nos
tornamos uma só carne com nossa esposa, e nossa esposa torna-se uma só carne
conosco. Esta comunhão pode ser quebrada, maculada se não zelarmos de uma forma
sábia para mantermos um relacionamento de acordo com os princípios da Palavra
de Deus.
2. Para que haja um
bom relacionamento, deve haver a “comunicação” no lar. A comunicação se
expressa por três elementos: Falar, ouvir e compreender. Um dos problemas mais
sérios com relação ao casamento é a interrupção da comunicação, que pode
ocorrer de forma gradativa. Vamos ver as principais armas que destroem a
comunicação no lar:
I. COMPORTAMENTO
TEMPERAMENTAL POR UM OU PELOS DOIS CÔNJUGES
1. Um comportamento
temperamental certamente nos levará ao que chamamos de “explosão de nervos”,
ou “acesso de raiva”. Temos que
admitir que a explosão de nervos, ou acesso de raiva, é um dos meios mais
comuns para a defesa própria, isto por algumas razões:
a) Produz um ambiente
de discussão que causa mais mal do quem bem;
b) Mostra ao nosso
cônjuge que nossa calma é limitada;
c) Esta explosão de
nervos implica num fechamento da comunicação de um para com o outro.
Vejamos como tratar com a explosão de nervos:
Ef 4.26-27, “26 Irai-vos, e não pequeis; não se
ponha o sol sobre a vossa ira. 27 Não deis lugar ao diabo”.
Tg 1.19-20, “19 Portanto, meus amados irmãos,
todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. 20
Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus”.
II. IRROMPER EM LÁGRIMAS
1. Normalmente as
lágrima são acompanhadas da explosão de raiva. Alguns pontos:
a) As lágrimas
ocorrem mais frequentemente nas mulheres, e é um tipo de recurso psicológico
utilizado na autodefesa;
b) Após o surgimento
das lágrimas, a conversa é interrompida bruscamente.
III. CRÍTICA
1. Normalmente quando
recebemos uma crítica, acionamos nosso mecanismo de defesa psicológico:
a) A tendência
natural é rebater a crítica e criticar também;
b) Os que têm
personalidade mais forte conseguem “derrotar” o cônjuge, criticando-o bastante
e assim sempre evitam aqueles assuntos que não são nada agradáveis. Isto
destrói a comunicação e não ajuda em nada o casal.
IV. GREVE DE SILÊNCIO
1. Quando o tempo
fica quente, alguns preferem não falar, refugiando-se na leitura de um livro,
corre para o banheiro, ou saem de casa:
a) O silêncio é uma
arma irritante para aquele contra quem é usada;
b) A arma do silêncio
geralmente aparece sob duas formas:
b.1) Isolamento;
b.2) Ressentimento.
V. FALAR INCESSANTEMENTE
1. Quando se fala
mais do que a boca, não se dá tempo e oportunidade a ninguém mais falar.
Lembre-se, para que haja uma boa comunicação, é preciso falar e ouvir:
Tg 1.19, “Portanto, meus amados irmãos, todo
o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar”.
Sl 34.13-14, “13 Guarda a tua língua do mal, e os
teus lábios de falarem o engano. 14 Aparta-te do mal, e faze o bem; procura a
paz, e segue-a”.
Pv 13.3, “O que guarda a sua boca conserva a
sua alma, mas o que abre muito os seus lábios se destrói”.
VI. SEGREDOS DE UMA BOA COMUNICAÇÃO
1. Um Procurar o
Entender o Outro: A maioria dos casais só se compreende muitos anos após o
casamento:
a) Há uma preocupação
em que se seja compreendido e nunca querer ser compreensivo;
b) Isto é um tipo de
egoísmo. O ponto central da mensagem cristã é dar-se.
2. Aceitar o Cônjuge Como Ele é
Incondicionalmente Com Alegria:
a) É necessário que o
casal se aceite mutuamente, com toda sinceridade. Aprenda a lidar com as falhas
do seu cônjuge;
b) Quando não há esta
compreensão, pode-se criar no outro um sentimento de rejeição e funciona na
prática como gasolina jogada no fogo.
3. Para Dialogar Escolha Um Momento Em Que
Ambos os Cônjuges Possam Participar:
a) Aquele assunto não
pode ser discutido na hora do marido sair para o trabalho. Espere o momento
oportuno;
b) Escolha a melhor
hora para ambos, longe de outros ouvidos que em nada ajudarão.
4. Apresentar o
Ponto de Discórdia Com Muito Tato. Há momentos em que as condições
psicológicas do cônjuge não suportariam um assunto pesado. Procure saber se o
assunto pode ser discutido naquele momento.
5. Falar a Verdade Com Amor:
a) Temos que expor a
visão dos fatos com muito carinho, de maneira simples, sincera, mas sempre com
amor.
b) Permita a Reação.
Isto é natural, quando somos confrontados.
6. Não Discutir e Não Se Defender.
7. Orar Sobre o Problema.
8. Entregue o Problema a Deus.
CONCLUSÃO
1. Não há boa
convivência no lar sem uma boa comunicação. Quebre todas as barreiras que
possam vir a existir em vossa comunicação no lar.
2. Se os princípios
da boa comunicação forem observados dentro do lar, certamente o vosso casamento
será bem sucedido e Deus trará sua bênção com abundância.