A - O
COMPROMISSO DA ESPERA
Revista Lar
Cristão - Ano X - Nº 33 – Sepal
Pr. José
Antônio Corrêa
INTRODUÇÃO:
1. Milhares de jovens se casam
anualmente e também se divorciam. Há daqueles que acham isso normal e não se
preocupam. Há, porém, aqueles que reconhecem a ameaça que a destruição da
família pode provocar na sociedade e, querem precaver-se, buscando alguma
orientação.
2. Haverá alguma forma de conter
essa “onda”? A Bíblia diz que o sábio aprende com a experiência do outro e
evita cair no mesmo lugar em que ele caiu. Cremos que a observação é o primeiro
passo para evitar o “buraco” à frete:
1. Comecemos do início: A escolha.
Por que tantas pessoas fazem escolhas erradas? Muito possivelmente, porque
receberam pouca ou nenhuma instrução acerca de parâmetros referenciais.
2. Hollywood e a indústria da
televisão comunicam que as pessoas devem fazer suas escolhas somente com base
em seus sentimentos românticos. Os sentimentos, porém, apesar de fortes,
oferecem pouca substância para se escolher a pessoa com quem se viverá os
próximos 40 ou 50 anos de vida.
3. Há alguns anos escrevi o livro
“Antes de Dizer Sim”. Meu objetivo era tentar “tirar algumas cabeças das nuvens
e colocar pés no chão”. Este artigo tem em vista avaliar algumas razões que
levam os jovens a escolhas erradas, e procura oferecer àqueles que estão em
fase de decisão, mais subsídios para decidir sabiamente.
1. Tenho, literalmente, recebido
centenas de cartas de jovens dizendo que estão perdidamente apaixonados e que
estão para se casar. Posso afirmar, pelos fatos transmitidos, que grande parte
dessas decisões possuem muito de fantasia e pouco de realidade. Chego a afirmar
que o casamento tem sido seriamente subestimado. Muitos desses casais não
percebem o quanto de maturidade é necessário para levar um casamento adiante.
Não vou generalizar, mas tenho observado que os casamentos em que o período de
namoro e noivado segue um rumo normal e não o “instantâneo”, o risco de uma
separação é reduzido.
2. Seguindo a mesma linha de pensamento, também, tenho me
preocupado bastante com os segundos casamentos feitos muito rápidos. A
possibilidade de um efeito contrário é enorme.
1. Sempre se ouve um linda história
sobre um casamento de uma jovem aos 16 e um rapaz aos 18, que já estão fazendo
50 anos de felizes anos em comum. Acredito! Até conheço alguns assim. Porém, as
estatísticas mostram que a taxa de divórcio, de casamentos realizados antes dos
20 anos, é incrivelmente alta. Quando se é muito jovem, é mais difícil assumir
uma casamento e todas suas implicações! Há vários motivos para isso, desde
motivos físicos, espirituais, e emocionais.
2. O maior problema, do meu ponto
de vista, é o fato de que, quando se casa muito jovem, a identidade individual,
ainda não está totalmente formada. A separação dos pais ocorre ainda antes de
terem seus traços de caráter e personalidade definidos. Ainda não definiram
seus alvos, talentos, dons e necessidades. Ainda não possuem diretrizes
suficientes para decidir o tipo de pessoa que combina consigo, pois nem a si
mesmo conhece muito bem. É preciso mais maturidade.
1. Já cheguei a aconselhar alguns
casais que estavam para se casar, que dessem mais tempo. Não é fácil o
conselheiro pedir este tipo de coisa a um casalzinho que já se vê com aliança
na mão esquerda. Porém, há casos em que perante Deus, é esse o conselho a ser
dado. Já tive alguns casos assim. Entre eles, houve quem aceitasse o conselho e
quem não. Lembro-me de um caso em que os noivos se recusaram a adiar o
casamento e em menos de um ano de casados, voltaram com sérios problemas.
Outros, inclusive, já estão até em processo de separação e divórcio. Não sou
dono da verdade, nem sempre acerto, mas há casos em que é nítido o fato de que
ambos não estão ainda prontos para o casamento. O que causa esse ímpeto
descontrolado para se casar? Algumas vezes é medo de que o noivo(a), com uma
característica volúvel, mude de idéia. Então, é mais ou menos assim: Vou tratar
de me casar logo, porque ele pode deixar de me amar a aí, adeus casamento... Ou
então, a solidão está tão forte, que a idéia de ter alguém com quem partilhar a
vida, fica extremamente atraente, e o que às vezes acaba acontecendo, é que
simplesmente acabam ficando duas pessoas sozinhas, ao invés de uma só.
2. Pois é... nesse contexto, se
não deixa de amar antes, acaba deixando de amar já no casamento e o rompimento,
é extremamente mais doloroso. Se esse amor é assim tão frágil, não é melhor dar
um tempo, conversar a respeito, avaliar a situação antes de (conscientemente)
entrar em um barco já furado?
3. Isso, sem falar daqueles que se
casam para não ficar sozinhos, pressionados pelo impulso sexual cada vez mais
forte ou pela simples solidão. E, ainda há o caso daqueles que se casam da
noite para o dia, para “cobrir” uma gravidez. Cada caso é um caso e há muitos
outros, que talvez estejam vindo agora à sua mente. Estes, e vários outros,
podem levar um casamento a um desastre.
1. Casar-se com alguém para
agradar os pais ou alguma outra pessoa que lhe é querida, não dá muito certo!
Será você que se relacionará tempo integral com o cônjuge, e não aqueles a quem
você quer agradar.
2. Para fazer uma decisão sábia é
necessário conhecer sonhos, necessidades, objetivos da outra pessoa. Isto não
significa que não se deva ouvir conselhos daqueles a quem amamos, e por quem
somos amados. A Palavra de Deus nos diz: “Na multidão de conselheiros há
sabedoria”. Então, após ouvir cuidadosamente , a opinião de seus queridos, você
deverá, objetivamente, tomar uma decisão.
VI - A NÃO-COMPREENSÃO ENTRE AMOR VERDADEIRO E A PAIXÃO ROMÂNTICA
1. Quando se é muito jovem, o que
se sente em um namoro é romantismo e não amor. É necessário tomar cuidado para
não perder a objetividade, que é a habilidade de, mentalmente, avaliar as
coisas como elas realmente são, ao invés de sermos manipulados pelos sentimentos.
2. Muitos jovens têm tomado
decisões precipitadas porque perderam essa objetividade, confundindo muitas
vezes uma paixão romântica, com o amor verdadeiro.
VII - PROBLEMAS DE PERSONALIDADE, OU DE COMPORTAMENTO NÃO TRATADOS
1. Alguns casais de namorados que
chegam para aconselhamento, estão em fase de consideração ao casamento. Apesar
de já terem bastante tempo de namoro, quase não se conhecem. Não atravessaram
juntos situações variadas o bastante para conheceram-se bem mutuamente. Possuem
uma grande atração física e sentem-se perdidamente apaixonados um pelo outro.
Porém, não conversam muito sobre as importantes áreas da vida. Não conhecem as
preferências um do outro, os pontos fortes e os fracos, as famílias, etc. Nunca
chegaram a conversar sobre questões financeiras, sobre como resolver um
conflito, carreira profissional, disciplina de filhos, etc.
2. Lembre-se, quanto mais
conversarem, quanto mais experiências vivenciarem juntos, menos surpresas
desagradáveis surpreenderão no contexto do casamento propriamente dito.
1. Um casal que estava a beira do
divórcio veio para aconselhar, numa tentativa de resolver alguns conflitos. A
colocação deles foi:
-
Não tínhamos a menor idéia de que teríamos tantas áreas de conflito e de
desentendimento. Não conseguimos concordar nem quanto ao lado da cama que cada
um quer ficar. Brigamos até se uma janela deve ficar aberta ou fechada.
3. Mesmo que, seu casamento
melhore muito, sempre haverá desafios pessoais para testar o relacionamento com
Deus e de um cônjuge para com o outro.
-
Você permanecerá firme em sua decisão?
-
Concederá, a si mesmo, um tempo para amadurecer nessa área?
-
Procurará avaliar, objetivamente, seus sentimentos para com a outra pessoa?
-
Procurará conversar e avaliar o que julgar ser, comportamentos ou hábitos
inadequados, de seu/sua namorado(a)?
-
Procurará olhar a vida com mais objetividade, tendo expectativas mais
realistas?
4. Lembre-se, casamentos felizes
começam com a escolha certa! Faça uma escolha correta!
1. Decisão de casar-se muito
rápido:
a. Há quanto tempo você conhece
seu noivo(a)?
_______________________________________________________________
b. Há quanto tempo estão
namorando?
_______________________________________________________________
c. Em sua opinião, existe um tempo
ideal para se conhecer um ao outro, antes de se casar?
_______________________________________________________________
d. Você acha que conhece seu
noivo(a) o suficiente para se casar?
_______________________________________________________________
e. Em que bases foram
estabelecidas esse nível de conhecimento?
______________________________________________________________________________________________________________________________
f. Pessoas próximas a você apoiam
sua avaliação?
_______________________________________________________________
2. Decisão tomada sendo muito
jovem:
a. Sua receita mensal possibilita
seu casamento?
_______________________________________________________________
b. Quanto, você julga conhecer a
si mesmo? Que fatores o levaram a tomar essa decisão?
______________________________________________________________________________________________________________________________
c. Você acha que existe uma idade
ideal para se casar?
_______________________________________________________________
3. Pessoas extremamente ansiosas
para se casar:
a. Quanto tempo, após começar a
namorar, você começou a pensar em casamento?
_______________________________________________________________
b. Qual será sua reação, se não
puderem se casar por mais um ano?
______________________________________________________________________________________________________________________________
c. Aliste as cinco mais
importantes razões, pelas quais você deseja se casar?
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
d. Vocês estão abertos para
discutir um possível adiamento de seu casamento por alguns meses ou até mesmo
um ano?
_______________________________________________________________
e. Se seu conselheiro pré-nupcial
sugerir um adiamento de seu casamento, você consideraria essa possibilidade, ou
não?
______________________________________________________________________________________________________________________________
4. Escolha de um parceiro para
agradar outra pessoa:
a. Quão importante é, para você a
opinião de outras pessoas, em relação a quem você vai se casar?
______________________________________________________________________________________________________________________________
b. Quanta influência seus pais
exercem em suas decisões? E seus amigos?
______________________________________________________________________________________________________________________________
c. Como você reagiria se pessoas
mais próximas a você, discordassem da escolha de seu cônjuge?
______________________________________________________________________________________________________________________________
d. Quanto de envolvimento você
gostaria que outros tivessem, em sua escolha do futuro cônjuge?
______________________________________________________________________________________________________________________________
e. Você se casaria com alguém que,
caso você desmanchasse o noivado ficaria total e perigosamente arrasado(a)?
_______________________________________________________________
a. O que você entende por amor
comprometido?
______________________________________________________________________________________________________________________________
b. Você entende o significado de
amar alguém incondicionalmente?
______________________________________________________________________________________________________________________________
c. Você consegue discordar de seu
noivo(a), seja qual for o assunto, sem porém, rejeitá-lo(a) como pessoa?
______________________________________________________________________________________________________________________________
d. você diria que a aparência
física é absolutamente essencial na escolha de seu cônjuge?
______________________________________________________________________________________________________________________________
6. Problemas de personalidade, ou
comportamentos não tratados:
a. Existe algum traço de
personalidade, hábito ou comportamento em seu(sua) namorado(a), que o(a) incomoda
muito? Em caso positivo, você já discutiu o problema com ele(ela)?
______________________________________________________________________________________________________________________________
b. Em caso de seu noivo(a) possuir
algum tipo de problema acima descrito, você conseguiria aceitá-lo(a) como é,
sem tentar mudá-lo(la)?
______________________________________________________________________________________________________________________________
c. Seu noivo(a) ou namorado(a)
possui, atualmente, problemas tais como dependência de drogas, álcool ou fumo?
Já teve algum desses problemas no passado?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
d. O que você sabe a respeito do
histórico sexual de seu noivo(a)?
______________________________________________________________________________________________________________________________
7. Expectativas irreais:
a. Cite três expectativas que você
possui, no que diz respeito a um bom casamento.
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b. Cite três expectativas que seu
futuro cônjuge possui, no que diz respeito a um bom casamento.
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
c. Você tem a tendência de
estabelecer expectativas irreais para você mesmo e, ao aproximar-se de sua
realização, fica frustrado?
_______________________________________________________________
d. Você acha que será fácil lidar
com as atividades cotidianas de uma vida de casado(a)?
_______________________________________________________________
e. Você tem aprendido a trabalhar
com as diferenças existentes em seu atual relacionamento?
_______________________________________________________________
ARTIGO
EXTRAÍDO DA REVISTA “CASAL FELIZ”, ANO 40 3T96.
POR
GIOVALDO JÚNIOR DE FREITAS
José foi colega dos tempos de
seminário, era alegre e extrovertido. Casou-se ainda quando estava estudando. A
cerimônia de casamento e a lua-de-mel ocorreram durante o período final de
férias. Ao retornarmos às aulas, encontrei José “rindo a toa”. Ao perguntar-lhe
a razão de tanta alegria ele referiu-se à lua-de-mel.
A lua-de-mel tem de ser um momento
muito especial. É um momento único, ímpar e de conhecimento mútuo, de grande
prazer. Deus mesmo criou este momento para ser desfrutado pela bela criação.
Em Gn 2.24-25, o Senhor Deus diz
que homem e mulher, na união do casamento, tornam-se uma só carne. Deus diz ao
jovem casal que a união dos dois faria deles uma só carne. Este mesmo texto foi
usado por Jesus, Mt 19.5, e Paulo, Ef 5.31. Isso ocorre no momento da relação
sexual e dentro do propósito divino, na lua-de-mel. Sim, é isto mesmo! Na
primeira noite, durante o ato conjugal.
Toda a beleza e profundidade desse
texto somente se concretiza, hoje em dia, com os casais cristãos. Esse é mais
um dos benefícios da salvação. Com a queda e a entrada do pecado, tudo o que
era puro foi maculado e, Satanás destruiu e deturpou a criação: o sexo
transformou-se em uma aberração e fonte de muitos males.
Com a vinda de Cristo, tornou-se
possível a restauração do homem e de tudo o que o cerca. Em Cristo, o que era
feio ganha nova roupagem, tornando-se belo e agradável; o que era imundo,
torna-se puro; o que era vergonhoso e deprimente, torna-se santo pela presença
restauradora da cruz de Cristo. Jesus tornou possível o impossível, criando uma
nova esperança para aqueles que estão nEle.
O cumprimento do propósito de Deus
concretiza-se na presença dos seus filhos que, na união promovida por ele,
querem resgatar toda a beleza da primeira união feita no Éden. É na lua-de-mel,
que o ato conjugal transforma duas carnes em uma só. Todo envolvimento físico,
emocional e espiritual se faz presente. Além disso, a pureza da nudez permitida
não causa embaraço, nem vergonha. E o que é melhor, além de ser um momento de
descoberta e prazer do casa é um momento de derrota para Satanás.
Infelizmente, muitos casais têm
permitido que Satanás obtenha sucesso nessa área, inclusive casais cristãos.
São histórias lamentáveis, típicas das novelas das oito e dos filmes de segunda
categoria.
Conheço uma mulher que teve a sua
vida desestruturada por longos anos, até que o amor de Jesus a libertou de
grande opressão e sofrimento. Tudo começou durante a lua-de-mel. ela conhecia o
evangelho, pois fora criada num ambiente cristão. Na sua adolescência e
juventude quis viver segundo os seus próprios caminhos. Seu namorado, o qual se
tornaria seu marido, não era temente a Deus.
Casaram-se, e na lua-de-mel ele
começou a mostra seu verdadeiro caráter. Na noite de núpcias, ele não foi
romântico, amoroso e tampouco delicado; antes a atacou com violência. Ele
tentou livrar-se dele de todas a maneiras, mas foi em vão. Ela fora estuprada
por seu próprio marido. Ah! como desejou a morte.
Apesar de ter gerado filhos,
aquela mulher, perder o sentido de viver, criando uma aversão a homens. Alguns
anos mais tarde, se marido abandonou o lar.
O que fazer em situações assim?
Como agir, então, se a lua-de-mel não conseguiu atingir expectativas e
tornou-se um tempo frustrante, deixando seqüelas para o resto do casamento?
Vamos juntos analisar o assunto.
I - O
VALOR DA LUA-DE-MEL
A lua-de-mel sempre teve um grande
valor para os casais. As diferentes culturas têm adotado práticas que ressaltam
este costume. A virgindade, tão repudiada pelo mundo hoje em dia, e
infelizmente em uma parcela do meio evangélico, tem um papel muito importante.
Como esquecer cenas nas quais o casal após a primeira relação sexual expõe o
lençol branco manchado de sangue. Ou, como os polinésios que navegavam em rudes
canoas até uma ilha deserta para ter a sua lua-de-mel. Concluímos então que,
vários povos dos mais distintos lugares, têm o que podemos chamar de
lua-de-mel.
A Bíblia nos apresenta o cuidado do Senhor.
Deus ao ordenar que o jovem marido não se ausentasse de casa e que não
assumisse trabalho demais no seu primeiro ano de casado, Dt 24.5. Esse tempo
era muito especial para o novo casal. Era um tempo dedicado somente a eles.
Tempo de alegria, prazer e de felicidade. O que Deus queria é que o jovem casal
desfrutasse de tudo o que fora preparado para eles. Posso imaginar o sereno
rosto de Deus radiante e alegre quando contempla a felicidade de seus filhos.
Esse é um momento sagrado, separado só para o casal e para Deus.
A noite de núpcias não é apenas a
primeira vez que o casal poderá dizer “enfim sós”, não é só a liberdade para
praticar a ralação sexual, é muito mais. É a primeira noite em que ambos
desfrutarão da bênção dada por Deus para se tornarem uma só carne e que deve
perdurar até que a morte os separe.
A sós, o casal começa a descobrir
coisas que ainda não haviam sido reveladas, proporcionando momentos de rara
intimidade. Além disso, todo o carinho e ternura que um momento como este
propicia é imensurável. Quando isto acontece, os dois tornam-se um, convergindo
ali toda a emoção, o físico e o espiritual.
A lua-de-mel é um tempo muito
especial, diria que, insubstituível. Assim, nenhum casal tem o direito de
privar-se desse período. Haja o que houver, lute por ele, planeje. Uma
lua-de-mel vivida em plenitude há de ser uma marco de valor inestimável. Porém,
nem sempre é assim...
1. “Merendando antes do recreio”.
Essa é uma expressão usada para
aquele casal que não esperou pela lua-de-mel para ter a relação sexual, ou
seja, ele “avançaram o sinal”. Muitos casais, nessas condições, vão viajar mais
por “protocolo”, como uma forma de satisfação à sociedade, do que um desejo de
se conhecerem e de ser descobrirem
mutuamente. Eles já “merendaram antes do recreio” e agora que chegou o tempo
oportuno não têm nada para aproveitar. Eles já perderam o verdadeiro sentido e
o valor da lua-de-mel.
Aquele momento que deveria ser
único, um encontro de descobertas, já acontecera. Esse momento aconteceu em um
motel, ou lugar parecido, de tal forma que a “protocolada” lua-de-mel se torna
vã. Já não há mais novidade. Agora, a lua-de-mel já não tem mais “mel”. Toda a
doçura que poderia advir desse momento terminou. E assim, a viagem de núpcias
torna-se uma viagem de negócios ou turismo.
Entretanto, ainda que esse fato
tenha ocorrido, isto é, a relação sexual pré-nupcial, aconselho que se faça a
lua-de-mel. Só que agora será pelos motivos corretos. Embora a ralação sexual
não seja mais uma aventura que causa frio na espinha, recomendo que o casal
viaje porque nenhum erro ou pecado é maior do que o perdão e o poder
restaurador do Senhor Jesus.
Se vocês erraram, eis alguns passos para viver
a “primeira” lua-de-mel:
a. Reconhecer, como casal, que
pecou contra o Senhor, contra os pais e a Igreja. Confessar o pecado
demonstrando arrependimento e buscar o perdão de todos os envolvidos.
b. Reconhecer, individualmente,
que pecou contra o outro. Num momento bem íntimo, confessar um ao outro pedindo
perdão. A primeira noite de núpcias é o momento indicado para isto. Esta
postura irá criar um clima que nenhuma fantasia ou afrodisíaco superará.
c. Não ficar relembrando o
acontecido. vocês não conseguirão esquecer. Todavia, poderão fazer um esforço
para não trazê-lo à tona.
2. “Ignorância Nupcial”.
Um outro problema que surge
durante a lua-de-mel é a total falta de informação. Muitos casais se casam na
mais completa ignorância, sem qualquer conhecimento sobre os procedimentos e
comportamentos. Existem também casais que têm informações deturpadas.
É óbvio que nenhum “marinheiro de
primeira viajem” conseguirá aproveitar tudo. Aliás, aí reside um dos mais altos
valores da lua-de-mel: ela é apenas o prenúncio de que algo melhor está por
vir. É como uma maravilhosa descoberta. Cada dia será uma nova surpresa.
Se, quando vocês se casaram não
tiveram acesso a nenhuma informação, não acusem ninguém por isso. De nada vai
adiantar. Perdoem! Use a experiência adquirida para ajudar outros.
É muito importante que quem vai se
casar procurar alguém que possa aconselhar o jovem casa e ajudá-los. Marido,
sua esposa é a metade que Deus lhe deu para que você seja um ser completo. Ele
tem sentimentos e necessidades como você. Não a trate como um objeto. Veja o
que o texto de I Co 7.3-4 diz, e aja de acordo com a instrução bíblica.
3. “Estupro Matrimonial”
Em último lugar, e não menos
traumático, como aconteceu com aquela mulher do início deste artigo, há casos
de abusos sexuais. Mulheres que são perseguidas, agarradas e covardemente
abusadas. É o “estupro legal”. Ele tem amparo na lei e é apoiado pela sociedade
opressora e perniciosamente machista, onde a mulher sofre todo tipo de
discriminação. Nestes casos, as mulheres sofrem sozinhas, são abandonadas
dentro de seus lares sem conseguirem gritar por socorro. Isto tem afetado essas
mulheres por todos esses anos, mas com certeza, teve início na lua-de-mel. Esse
problema não é tão raro quanto parece. Sei de muitos casamentos que começaram
assim.
O que provoca essa aberração? Em
primeiro lugar, uma desinformação por parte da mulher. Como já foi dito acima,
ela não tem nenhum conhecimento. Quando os dois estão a sós, o marido sente o
clima propício para o sexo. No entanto, ela está amedrontada como empregado no
seu primeiro dia de trabalho. Tem um medo terrível de fazer as coisas erradas.
Por isso se retrai, e o marido insensível não espera que esse momento é de
compreensão e de muito carinho.
Em segundo lugar, essas aberrações
são produzidas porque existem homens de mente e atitude doentia, e querem
externar anos de repressão sexual numa única noite. Essa ansiosa expectativa,
junto com um desequilíbrio tem criado tais situações vergonhosas e criminosas.
Algumas mulheres recalcadas têm
fornecido informações deturpadas sobre os homens. São mulheres que por um
motivo ou por outro sofreram com seus maridos e, assim, fazem a “cabeça” da
futura esposa. Elas dizem que os homens são animais, ignorantes, brutos, que
são movidos a sexo, que na primeira oportunidade irão violentar as mulheres.
Essas falsas informações criam uma situação traumatizante para a mulher.
O que fazer se, infelizmente, esta
é uma realidade no casamento de vocês?
a. Juntos, descubram as marcas
deixadas por aqueles dias.
b. Reconhecimento, confissão,
arrependimento e perdão. Não tem outro jeito!
c. Marido, procure ser o mais
carinhoso e amável com sua esposa, não somente na cama, mas principalmente nela.
Deixe sua esposa perceber que você mudou.
d. Esposa, permita ao seu marido
expressar carinho e ternura. Não fique temerosa diante dele. Creia na sua
atitude. Confie no Senhor.
d. Marquem uma nova lua-de-mel.
Imaginem o que poderá acontecer nesse novo encontro! Costumo dizer: “Se Deus
nos abençoa da forma como somos, imagine o que Ele fará se nós melhorarmos um
pouco?”
Muitos casais têm o costume de
realizar uma segunda, terceira, quarta... lua-de-mel. Alguns por terem passado
momentos agradáveis juntos, voltam para o mesmo lugar, ano após ano. Talvez
vocês não tenham condições de repeti-la dessa maneira. No entanto, seria
extremamente gratificante uma nova lua-de-mel.
vocês com certeza se lembram de
toda apreensão e ansiedade do casamento, provocando aquele cansaço que chegou
às raias do estresse. Lembram-se da falta de dinheiro, do tamanho da despesa.
De outros fatores de pequena importância para os outros mas enorme par vocês.
Assim, vocês não conseguiram ir para onde queriam, tendo de contentar-se com o
que foi levantado com a “venda da gravata” e com o que de boa vontade dos
padrinhos pode oferecer. Um outro agravante foi a praia. Ninguém disse a vocês
que praia não combina com lua-de-mel. Ninguém falou sobre a insolação e a
diarréia provocada por aquele camarão mal preparado!
a. Planejem a melhor época do ano.
Não há necessidade de ser no aniversário de casamento. Se for, melhor.
Lembrem-se que vocês não têm a pressão da data do casamento.
b. Escolham um lugar agradável,
aconchegante.
c. Incluam nessa tudo o que faltou
na outra e, deixem de fora tudo o que não deveria ter acontecido.
d. Se vocês tiverem filhos, não os
levem com vocês; conversem previamente com os avós; alguns dias com os netinhos
seriam agradáveis a todos.
e. Esqueçam tudo e aproveitem cada
momento. Juntos, vocês vão descobrir coisas fantásticas. Façam passeios,
conversem, riam bastante, namorem!
f. Consagrem cada momento ao
Senhor como adoração a ele. Sim, adoração! Essa harmonia, este calor, este
clima, este amor, esta amizade, esta relação, este companheirismo é tudo o que
Ele deseja para vocês e, isto tudo, sobe como aroma suave a Ele. Lembrem-se:
vocês estão tornando realidade os dizeres de Gn. 2.24-25.
ENFIN
SÓS...
INTRODUÇÃO:
1. Flores, fotógrafos, padrinhos,
cerimônia, lista de convidados e outras tantas coisas para se verificar antes
do casamento. Dá um tremendo cansaço!
2. Em meio à correria, é claro que
os preparativos para a tão sonhada lua-de-mel, não ficarão para trás. O que
fazer? O que esperar destes momentos? Estas expectativas provocam grandes
ansiedades aos noivos.
3. Queremos dar algumas sugestões
para facilitar as coisas. Porém, é bom lembrar que lua-de-mel é pessoal e
intransferível. Cada casal tem seus anseios e seus desejos. Não adianta seguir
a vontade de sua mãe ou dos amigos. A lua-de-mel deve ser a realização dos
sonhos dos noivos.
4. Tudo o que vocês idealizaram é
o resultado do que viram, ouviram, ou leram em algum lugar. O interessante é
aquele toque pessoal, que fará esse momento ser tão especial e único. Nossas
dicas serão para ajudá-los a não irem tão desprevenidos para o acontecimento.
Afinal, o que é pensado e estudado com antecedência, traz mais tranqüilidade. E
“relax”, é tudo que vocês precisam para curtir todo o prazer que a lua-de-mel
pode proporcionar.
1. Onde passar a lua-de-mel?
Primeira coisa, levar em conta as condições financeiras e o tempo disponível de
férias. Alguns cuidados devem ser observados na escolha do lugar:
a. Se for verão, não fiquem muito
tempo expostos ao sol. Já pensou vocês ficarem queimados demais, com a pele
dolorida, “intocáveis”?
b. Se for inverno, escolham um
lugar que não seja tão frio, ou que tenha algum tipo de aquecimento. O que não
pode acontecer é vocês ficarem com tanto frio que os impeça de fazer qualquer
coisa.
c. A viagem, de preferência, não
deve ser tão distante, caso contrário, vocês passarão mais tempo dentro do
carro ou em outro meio de transporte, do que nos lugares escolhidos. O roteiro
deve ser elaborado de forma a que vocês possam passear, curtir o lugar, mas
principalmente, ter um bom tempo para amar. As viagens com grupos de excursão,
algumas vezes não são a melhor opção. Elas costumam ser programadas com
intensas atividades e os horários devem ser cumpridos rigorosamente. Uma boa
medida é não viajar no dia do casamento. Se possível, passe a primeira noite em
um hotel da cidade ou de algum lugar bem próximo. Tenham certeza, vocês estarão
super cansados do corre-corre do dia. Ter que enfrentar uma viagem depois de
tudo, não vai valer a pena. Reserve suas energias para o que vem depois.
1. Sempre que vamos fazer algo
pela primeira vez, ficamos ansiosos. Imagine quando se trata de lua-de-mel, que
também inclui a relação sexual!
2. E aí, aparecem os medos, os
receios e a curiosidade. Finalmente chegou o grande momento de estarem a sós,
de se descobrirem e se conhecerem mais intimamente!
3. O relacionamento não vai mudar
da água para o vinho só por causa da lua-de-mel. A diferença é que, daqui para
frente, cada um vai ter que aprender a lidar com o corpo do outro, para o
aperfeiçoamento do ato sexual.
4. É tão bom estar com alguém que
nos respeita, nos ama, quer nos ver feliz e não deseja nos magoar. É tão bom
poder praticar o sexo, livre da preocupação de estar fazendo algo errado! Após
ter assinado aquele documento no cartório, vocês têm o direito e a liberdade de
se amarem através do sexo.
5. O controle da natalidade deverá
ter sido conversado seriamente no noivado e tomadas as devidas precauções, caso
não queiram ter filhos logo. Até mesmo na primeira relação sexual, se coincidir
com o período fértil da noiva, pode ocorrer uma fecundação. Uma orientação de
um ginecologista para o uso de algum método anticoncepcional é imprescindível
para quem não quer engravidar.
6. Verificar as datas do período
fértil e os dias dela ficar menstruada, são duas coisas importantes para a
escolha da época da lua-de-mel. Ir para a viagem menstruada não será
gratificante. Segundo os médicos, nada impede de se ter relação sexual neste
período. O inconveniente é que para a mulher não é muito bom. Ele fica péssima,
de mau humor, nervosa, indisposta, dolorida, etc. Lidar com tudo isso e mais as
tensões da primeira noite, cá entre nós, é muita coisa! Se algum imprevisto
aconteceu e ela ficou menstruada justo no dia do casamento, não é o fim do
mundo. Dá para segurar.
III - OS MEDOS
1. As inseguranças e os temores da
primeira noite costumam aparecer. Há, porém, como afugentar tudo isso.
Lembram-se de quando vocês deram o primeiro beijo de suas vidas? Não deu aquele
friozinho na barriga? Quando aconteceu, vocês não foram à luta e venceram? Da
mesma forma ocorrerá na lua-de-mel.
2.
O que mais atormenta as mulheres é o medo de doer (no rompimento do hímen e a
perda da virgindade). A relação sexual é algo muito pessoal. Cada uma sente de
um jeito. Não dá para generalizar se a primeira vez dói ou não dói. Tudo vai
depender da elasticidade do hímen e do sistema nervoso.
3. Explicando: se a mulher estiver
relaxada, a própria lubrificação vaginal ajudará a penetração do pênis. Como
não há garantia que esse relaxamento aconteça com tanta facilidade no começo,
aconselhamos o uso de um lubrificante vaginal, como o K-Y, da Johnson’s. Na
ausência deste, vaselina também pode ser utilizada. A líquida e não a cremosa.
É mais fácil de lidar, menos gordurosa e prática para se limpar. Ambos
encontramos à venda nas farmácias.
4. Falando em limpeza... para
poder retirar o líquido seminal ejaculado e a lubrificação após o coito, não é
necessário levar aquela “tolhida de mão” que sua mãe usava no tempo dela.
Providencie um papel higiênico bem macio (imaginem se o do hotel for daqueles
rústicos e ásperos...). O uso do papel é mais prático e descartável.
5. Algumas mulheres, na primeira
vez, não sentem mais do que um desconforto. E, nem todo mundo tem sangrento. O
hímen nem sempre é rompido na primeira relação.
5. O maior medo deles é falhar. Ou
vocês pensam que insegurança é coisa só de mulher! A pressão emocional pode
causar bloqueios, dificultando a ereção e a penetração. Outra dúvida dos homens
é: Será que vou acertar o lugar certo?
6. Os temores vão passando nas
próximas relações. Sexo é mais simples assim: deixar coisas acontecerem
naturalmente. Isso implica em respeito mútuo, não só na primeira vez, mas para
o resto da vida.
7. Rapazes: lembrem-se que a
delicadeza é muito importante na hora da penetração. Antes dela acontecer,
valorize as preliminares do ato sexual - beijos, carícias por todo o corpo,
frase de amor e o estímulo clitorial (chamado acelerador da mulher). Quando ela
estiver bem excitada, estará mais lubrificada. Ao penetrar, vá com cuidado, não
force demais.
1.
Sua primeira noite foi um sonho? Não? A tensão atrapalhou? Não? Não faz
mal, ainda há muito tempo.
2. O desejo é o de que tudo corra
bem. Mas nem sempre é assim. Ficou alguma preocupação? Há dúvidas sobre o
comportamento um do outro, na noite que passou? O fundamental é conversar. Caso
alguém não tenha gostado de alguma atitude durante a relação, fale. E, se
gostou muito, fale também. Quanto mais sinceros vocês forem, melhores serão as
próximas relações.
1. Não existe lei que obrigue
vocês a chegarem no clímax juntos, logo na primeira noite. O orgasmo é bom, mas
não precisa sair correndo atrás dele! Ele acontecerá naturalmente! Quando
chegamos juntos é bom! Mas se chegarmos separados, tudo bem! Este deve ser um
alvo a perseguir. O objetivo é que cada um busque a realização do outro, e como
conseqüência, se realizará também.
2. O desempenho sexual do homem
está intimamente ligado ao seu ego. Um fracasso sexual atinge até mesmo outras
áreas de sua vida. Quando ele percebe que sua esposa não consegue chegar ao
clímax, isto o abala muito. É preciso entender que nem sempre a mulher atingirá
o orgasmo; principalmente na lua-de-mel.
3. Mesmo que o marido seja
carinhoso, vá com cautela; o interior da vagina, nas primeiras relações ficará
dolorido. A penetração do pênis irrita a mucosa que a reveste, pois ela é muito
fina e delicada. Este incômodo pode ser um empecilho para que ela chegue ao
ápice do prazer.
1. Na primeira noite, o cansaço
tomou conta de vocês? Estão meio encabulados, não estão sentindo-se à vontade?
Não surgiu aquele clima “relax” para a penetração? Não tenham dúvidas Não só de
relação sexual vive-se a lua-de-mel!
2. Aproveitem para carícias,
abraços e beijos. Matar a curiosidade de conhecer o corpo do outro. Porém, se a
curiosidade for grande e a vontade maior ainda... Esqueçam o cansaço e curtam o
que têm direito!
4. Aqui não esgotamos o assunto
sobre a preparação para este grande encontro. Recomendamos alguns livros
cristãos, que os ajudarão a esclarecer as dúvidas que vocês ainda possam ter.
São eles. “O Ato Conjugal”, de Tim e Beverly LaHaye, Editora Betânia, “Sexo e
Intimidade”, do Dr. Ed e Gaye Wheat, Editora Mundo Cristão e “Antes de Dizer
Sim”, do Pr. Jaime Kemp.
5. Boa lua-de-mel! Sejam felizes!