Tema: Jesus Cristo, a Única
Esperança de Restauração
Texto: Lc 18.35-43
Extraído do suplemento de missões
"Pastor e Igreja", ano 2000
por Pr. Amiel L. Campos
Pr. José Antônio Corrêa
Introdução:
Quando
o ser humano caiu (Gn. 3), afastou-se de Deus. Como conseqüência, perdeu
seus atributos originais. Tomou-se um ser fragmentado e sem esperança.
Nesta
situação, nós vemos toda a humanidade enfrentando o caos, e não consegue
encontrar uma saída. Por isso é necessário que o ser humano conheça e reconheça
que Jesus Cristo é a única esperança de restauração.
1. Social (v. 35)
a)
Aquele cego, que aqui representa a humanidade sem o conhecimento de Cristo,
diz-nos o texto que está mendigando. Ele se encontra pedindo esmola, pelo
fato de não poder trabalhar, não tem condições de manter-se financeiramente.
Diante da sociedade ele é um ser improdutivo, não é visto como ser humano,
precisa ser um objeto de produção. Imagine-se no lugar dele! Sem meios de
subsistência, sem salário ou aposentadoria... Esta era sua situação.
b)
Era marginalizado. Dependia dos outros, daquilo que lhe davam. Não podia
participar de qualquer atividade social. É bem provável que vivia alheio aos
acontecimentos políticos, e outros fatos importantes. Pelo fato da cegueira,
não tinha leitura, não tinha liberdade de locomoção, emprego, e acima de tudo
era humilhado e marginalizado.
Nesta
situação existem milhões de pessoas, sem direitos, sem participação, sem
dignidade, pessoas que necessitam de restauração. É preciso que a Igreja viva
esta mensagem.
Nós
estamos desejosos de ver a humanidade restaurada? Queremos o homem no seu
estado original? O que estamos fazendo?
Proclamemos
que Cristo é a única esperança de restauração, não só social, como também
espiritual.
2. Afetiva (v. 38, 39)
a)
Preconceito: A sociedade judaica era preconceituosa com as pessoas
deficientes. Criam que era daquela maneira, por causa do pecado (Jo 9.13).
E por causa deste preconceito, o cego estava só, sem auto-estima,
amor próprio, sem afeição, e até mesmo sem um ombro amigo.
b)
Solidão: Quando este homem clamou por compaixão, a multidão procurou
abafar sua voz. Não queriam que ele perturbasse o Mestre.
Achavam
que Jesus não se importaria com ele... "era só um cego...". Não!
Jesus, não se importaria, aquele cego já era acostumado ao desprezo, nunca
alguém se importou com ele, que se contentasse com as esmolas...!
Mas
Jesus, se importou e o chamou, viu um homem, que precisava de amor diálogo,
afeição e lhe pergunta: "O que queres que te faça?" Que maravilha!
Jesus no meio da multidão busca alguém solitário, que tem sua vida afetiva
despedaçada, causada por uma deficiência.
Se
você olhar a sua volta perceberá que há tantas pessoas necessitadas de afeto,
necessidade muitas vezes causada pelo abandono, pelo desinteresse das pessoas,
pelo fracasso, decepção e angústia. Elas procuram a solução nas falsas
religiões, vícios, jogos, sexos, e outras artimanhas satânicas que as
escravizam.
Como
Igreja, temos o papel de restaurar libertar mostrando Jesus Cristo, a única
esperança para o homem que está em degradação afetiva.
Mas,
o Senhor restaura o homem no aspecto social, afetivo e
3. Espiritual (v.42, 43)
a)
Sem esperança de salvação: Aquele homem não tinha qualquer perspectiva
de eternidade. Provavelmente ele ouvira dos milagres de Cristo, motivo que o
levava a solicitar do Senhor apenas a visão física, v. 41b:
"Respondeu ele: Senhor que eu veja". Para ele, que estava alheio a
tantas situações, também era limitado na visão espiritual, realmente era
"cego".
b)
Visão da fé: naquele encontro com Jesus, o cego começou a ver pelos
olhos da fé. E Jesus lhe abre estes olhos dizendo: "Vê: a tua fé te
salvou". Este homem foi restaurado completamente agora, ele passou a ver o
mundo, mas também a eternidade. Sua vida agora esta completa. Ele passou a ter
novos valores... pois: "seguiu Jesus, glorificando a Deus".
Amados,
em nosso país observamos a cegueira espiritual que envolve nossos irmãos
brasileiros: a idolatria, feitiçaria, misticismo, todos buscando soluções para
a vida.
Mas,
nós temos Palavra da Verdade, verdade que liberta e restaura. Que nosso país
saiba que Jesus Cristo é a única esperança de restauração espiritual.
Conclusão:
O
ser humano, ao se separar de Deus porque preferiu ser independente, perdeu o
privilégio de viver no seu estado original, tornou-se deformado na sua imagem e
na semelhança do Criador. Agora é preciso restauração. Mas, só pode restaurá-lo
aquele que o criou. Por isso Deus se fez carne para restaurar o homem caído.
Vamos então levar o Brasil a descobrir Jesus Cristo, a única esperança.