Pastoras? Mulheres no Ministério?

 

Pr. José Antônio Corrêa

 

Os defensores desta posição alegam que a autoridade eclesiástica de hoje é fruto de uma cultura machista judaico-primitiva, e de que agora, na luz do século 21, devemos virar a própria mesa nisso. Só que em nome da regra áurea de Mateus 7:12, se defendermos esta posição em favor da "igualdade", então teremos que pedir desculpas aos homossexuais, lésbicas e travestis (entre outros) porque a ciência e a cultura de hoje já nos ensinam que certas pessoas até nascem com esta tendência e, portanto, não é "pecado". E daí, chamamo-la de "pastora" ou ela de "pastor"? Como é que fica? Enfim, Deus errou - o soberano Senhor do universo se enganou. Será? (Pr. Brent S. Ray. O Jornal Batista, nº 22, Maio/Junho de 2001, pg.4)

O que o pastor Brent está dizendo é que, da mesma forma como se alega que as mulheres têm o mesmo direito dos homens (usando-se o texto bíblico ilegitimamente - Gl.3:28), os homossexuais também têm seus direitos. Se as mulheres podem ser pastoras, os homossexuais praticantes também podem, pois não é uma questão teológica, mas cultural.

Quando Paulo argumenta contra a autoridade da mulher, ele não menciona costumes culturais, mas apela para argumentos teológicos. Ele cita a submissão dos anjos e apela para a própria criação (1Co.11:7-10,14).

Portanto o homossexualismo não deixou de ser pecado, porque não se trata apenas de costume, mas de questão teológica, e até científica (Gn.1:27; Rm.1:24-27).

Já existe na Capital de São Paulo uma "Igreja" dirigida e freqüentada por homossexuais. Alí homossexuais praticantes são ordenados ao ministério. Se a oposição ao ministério de mulheres é apenas fruto de uma cultura machista judaico-primitiva, então, assim como as mulheres, os homossexuais e lésbicas poderão ser consagrados ao ministério pastoral, sem que se exija deles uma mudança em seu estilo de vida, afinal de contas, isto não é mais pecado.

Para apoiar o ministério de mulheres teríamos que passar por cima de uma série de textos bíblicos:

Paulo ordenou apenas homens ao presbitério (At.14:23); nenhuma mulher foi chamada para acompanhar Paulo e Barnabé (At.13:1-3); o Espírito Santo constituiu bispos e não bispas (At.20:28); em Filipos haviam bispos e diáconos, não havia bispas e diaconisas (Fp.1:1); Paulo não ensinou ordenação de mulheres (1Tm.3;1-5); a consagração ao ministério era realizado por intermédio do presbitério, que era composto de homens (1Tm.4:14; 5:17,22); em Creta, onde haviam muita imoralidade (inclusive homossexualismo e lesbianismo), apenas homens foram prescritos para o presbitério (Tt.1:5). Pedro não menciona mulheres presbíteras em suas cartas (1Pe.5:1-4); Tiago não incluiu as mulheres entre os presbíteros, para fazerem orações de fé (Tg.5:14). Hebreus também não menciona mulheres entre os pastores (Hb.13:7,17).

Que dizer da história da igreja? Durante séculos nunca se ouviu falar em mulheres no ministério. Isso é uma questão recente. Segundo o pastor Brent esta polêmica não vem de um contexto teológico, mas político-social dos Estados Unidos, na virada do século 19 (ela teve seu berço no meio evangélico em 1848 com a convenção de mulheres na capela da Igreja Metodista Wesleiana, em Seneca Fall, New York, nos EUA).

Será que a Igreja, que é considerada coluna e baluarte da verdade (1Tm.3:15), errou por 19 séculos, durante os quais se omitiu quanto a ordenação de mulheres? Depois de 19 séculos, teria a Igreja recebido uma nova revelação divina, através da qual, sua visão, antes enebrecida pelo preconceito, teria sido aberta para enxergar e apoiar o ministério de mulheres? Deus permitiria tal injustiça contra as mulheres por 19 séculos? Por que Deus não fez esta revelação logo no início da era cristã? Por que Ele tardou 19 séculos para fazer justiça?

Pastor Luiz Antonio Ferraz - Igreja Batista da Esperança - Cruzeiro - SP.

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Fonte: http://br.geocities.com/batistacatanduva