A PROPOSTA DIVINA PARA O SEU POVO –
PARTE II
EXIGÊNCIAS DIVINAS PARA SERMOS
ABENÇOADOS EM FASE DA ESCOLHA ENTRE O BEM E O MAL, A VIDA E A MORTE, A BENÇÃO E
A MALDIÇÃO
DT 30.15-20
Pr. José Antônio Corrêa
"15
Vê que hoje te pus diante de ti a vida e o bem, a morte e o mal. 16 Se
guardares o mandamento que eu hoje te ordeno de amar ao Senhor teu Deus, de
andar nos seus caminhos, e de guardar os seus mandamentos, os seus estatutos e
os seus preceitos, então viverás, e te multiplicarás, e o Senhor teu Deus te
abençoará na terra em que estás entrando para a possuíres. 17 Mas se o teu
coração se desviar, e não quiseres ouvir, e fores seduzido para adorares outros
deuses, e os servires, 18 declaro-te hoje que certamente perecerás; não
prolongarás os dias na terra para entrar na qual estás passando o Jordão, a fim
de a possuíres. 19 O céu e a terra tomo hoje por testemunhas contra ti de que
te pus diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a
vida, para que vivas, tu e a tua descendência, 20 amando ao Senhor teu Deus,
obedecendo à sua voz, e te apegando a ele; pois ele é a tua vida, e o
prolongamento dos teus dias; e para que habites na terra que o Senhor prometeu
com juramento a teus pais, a Abraão, a Isaque e a Jacó, que lhes havia de
dar".
INTRODUÇÃO:
1.
Na semana passada tivemos a oportunidade de analisar o processo de escolha que
envolve todos os homens. Impera sobre nós escolher entre a vida e a morte,
entre o bem e o mal e entre a bênção e a maldição. Dependendo do rumo que tomarmos,
da tendência de nossa opção, iremos conviver com derrotas, fracassos,
intempéries, etc. Porém aquele que com sabedoria optar pela vida, o bem e a
bênção, terá sobre si a graça e a misericórdia do Todo-Poderoso.
2.
Hoje estaremos analisando mais alguns princípios dentro do mesmo texto,
princípios estes que envolvem o nosso relacionamento com Deus. Observando tais
princípios, certamente iremos agradar ao Senhor, que tem prazer em que seus
filhos sejam abençoados e enriquecidos! Quando recebemos a Palavra de Deus em
nossos corações, ao fazer opção pela vida e não pela morte, um novo horizonte
se abre diante de nós! Precisamos agora aprender como agradar ao Senhor e desta
forma desenvolver o nosso relacionamento com Ele. Uma grande maioria de crentes
não consegue um relacionamento produtivo com Deus, porque não observa certos
princípios, que podem enriquecer nossa vida cristã.
3.
Todos queremos ser abençoados! Porém um preço deve ser pago. Senão, vejamos:
PARA SERMOS ABENÇOADOS DEVEMOS:
I – AMAR AO SENHOR
VS. 16, 20
"Se
guardares o mandamento que eu hoje te ordeno de amar ao Senhor teu Deus...,
...amando ao Senhor teu Deus".
1.
O amor a Deus é uma das exigências de sua Palavra. No ensinamento de Jesus este
é o primeiro e grande mandamento, Mc 12.28-30, "28 Aproximou-se
dele um dos escribas que os ouvira discutir e, percebendo que lhes havia
respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o primeiro de todos os mandamentos? 29
Respondeu Jesus: O primeiro é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único
Senhor. 30 Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a
tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças".
2.
Não há como construir uma vida em Deus sem dedicarmos nosso amor a Ele. A
palavra "amor" no texto acima vem do termo grego "agaph - agape"
- "amor entrega", "amor serviço". É este tipo de amor que
Deus espera de seus filhos. Quando amamos a Deus de todo o nosso coração, alma,
sentimentos, somos qualificados para desfrutar de um relacionamento mais
profundo com Ele.
3.
Um fato importante a mencionar é que o amor verdadeiro tem sua fonte em Deus, e
é derramado em nossos corações através de seu Espírito Santo, "...e a
esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos
corações pelo Espírito Santo que nos foi dado", Rm 5.8. Somente
terá em seu coração o "amor agape", aquele que passou pelo processo
do novo nascimento. Vejamos agora, através da Palavra como deve ser nosso amor
a Deus:
a)
Demonstramos nosso amor a Deus, quando estamos dispostos a sofrer perdas,
Mt 19.29, "E todo o que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs,
ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes
tanto, e herdará a vida eterna". Nosso amor a Deus deve estar acima de
quaisquer relacionamentos familiares e de bens materiais. Nada se compara aos
privilégios que teremos por deixar tudo por amor a Deus! É significativa a
expressão "...receberá cem vezes mais e herdará a vida eterna",
quando colocada em paralelo com as possíveis perdas em razão de nosso amor a Deus.
b)
Demonstramos nosso amor a Deus, quando estamos dispostos a observar seus
mandamentos, Jo 15.10, "Se guardardes os meus mandamentos,
permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos
de meu Pai, e permaneço no seu amor". Ver ainda 1 Jo 2.5,
"...mas qualquer que guarda a sua palavra, nele realmente se tem
aperfeiçoado o amor de Deus. E nisto sabemos que estamos nele". Não
podemos dissociar Deus de seus mandamentos e preceitos. Quem ama a Deus de
fato, estará também disposto a obedecer os princípios descritos na Palavra
divina. É através da observância aos mandamentos bíblicos que nosso amor a Deus
é aperfeiçoado.
c)
Demonstramos nosso amor a Deus, quando estamos dispostos a romper
definitivamente com o mundo e suas paixões, 1 Jo 2.15, "Não
ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não
está nele". Muitos dizem amar a Deus, mas não querem perder o vínculo com
este mundo! Porém, algo é certo – não podemos servir a dois senhores,
"Nenhum servo pode servir dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar
ao outro, o há de odiar a um e amar ao outro, o há de dedicar-se a um e
desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas", Lc 16.13.
d)
Demonstramos nosso amor a Deus, quando estamos dispostos a amar nossos
irmãos de fé a ponto de até mesmo dar nossa vida por eles, 1 Jo 3.16-17,
"16 Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e nós
devemos dar a vida pelos irmãos 17 Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o
seu irmão necessitando, lhe fechar o seu coração, como permanece nele o amor de
Deus?". Temos aqui outra premissa de relativa importância para a vida
cristã. Jamais podemos afirmar que amamos a Deus, quando desprezamos nosso
irmão de fé. É através do amor verdadeiro pelo nosso irmão, que o nosso amor a
Deus é demonstrado e ainda aperfeiçoado, "Ninguém jamais viu a Deus; e nos
amamos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é em nós
aperfeiçoado", 1 Jo 4.12.
4.
Como filhos de Deus, devemos nos conservar debaixo de seu amor. Amando a Deus
com tudo o que temos e somos, nossa vida não poderá ser a mesma, pois uma
transformação visível ocorrerá em nós e que será notada por todos quanto
convivem conosco. Quando de fato amamos a Deus, deixamos de ser ativistas para nos
dedicar de corpo e alma ao trabalho cristão; nossos irmãos de fé passam a ter
um significado mais profundo para nós, e serão alvos de nosso cuidado e
dedicação.
II – OBEDECER SUA PALAVRA
V. 16
"Se guardares o mandamento que eu hoje te
ordeno de amar ao Senhor teu Deus, de andar nos seus caminhos, e de guardar os
seus mandamentos, os seus estatutos e os seus preceitos..."
2.
Tendo como base o pressuposto acima, podemos dizer que aqueles que se dizem
filhos de Deus somente estarão debaixo da obediência quando estiverem dispostos
a andar nos princípios das Escrituras. Se amamos de fato a Deus, como já vimos
anteriormente, a obediência a Ele e seus mandamentos não nos serão um peso, mas
algo agradável, sabendo que desta maneira o Senhor se agradará de nós, e nos
derramará bênçãos sem medida, "...porque guardamos os seus mandamentos, e
fazemos o que é agradável à sua vista", 1 Jo 3.22.
3.
Vejamos como se aplica ao filho de Deus a questão da obediência:
a)
A nossa obediência a Deus em algumas situações, envolve escolha de valores,
At 5.29, "Respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Importa antes
obedecer a Deus que aos homens". Nesta ocasião os apóstolos liderados por
Pedro, estavam sofrendo grandes perseguições pelos líderes religiosos.
Certamente teriam sido mortos, se não fosse a intervenção de Gamaliel (vs.
34-39). Porém, nem mesmo a intervenção de Gamaliel evitou que fossem surrados
(v. 40). Contudo, mesmo diante das terríveis ameaças, a opção dos apóstolos foi
a de "...escolher obedecer a Deus que aos homens". Em sua obediência
a Deus, eles tinham o verdadeiro censo de valores!
b)
A nossa obediência a Deus deve ser de coração, Rm 6.17, "Mas
graças a Deus que, embora tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à
forma de doutrina a que fostes entregues". Observe a frase
"obedecestes de coração", que nos mostra que a verdadeira obediência
deve vir de dentro de nosso ser. A palavra coração vem do termo grego "kardia
- kardia", que para os judeus "denotava o centro de toda a vida
física e espiritual", "a alma ou a mente, como fonte e lugar dos pensamentos,
paixões, desejos, apetites, afeições, propósitos, esforços" (Bíblia Oline
- SBB). Equivalia também "às entranhas", "à parte mais íntima do
homem". Colocando nossa vida íntima, todo o nosso ser debaixo de
obediência, certamente seremos reconhecidos pelo Senhor!
c)
A nossa obediência a Deus é observada por todos aqueles com os quais nos
relacionamos, Rm 16.19, "Pois a vossa obediência é conhecida de
todos. Comprazo-me, portanto, em vós; e quero que sejais sábios para o bem, mas
simples para o mal". Quando somos obedientes a Deus, aqueles que estão em
convivência conosco certamente notarão, não ficaremos despercebidos. Nosso
comportamento de obediência à Palavra de Deus, irá com certeza influenciar
outras vidas!
d)
A nossa obediência deve ser sem restrições, 2 Co 2.9, "É
pois para isso também que escrevi, para, por esta prova, saber se sois
obedientes em tudo". De nada adianta sermos obedientes em alguns
preceitos, mas desobedientes em outros. Observe a expressão "em
tudo", que nos sugere a obediência total, sem quaisquer restrições!
e)
A nossa obediência tem como exemplo máximo, Cristo, Fp 2.5-8,
"5 Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus, 6 o
qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a
que se devia aferrar, 7 mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo,
tornando-se semelhante aos homens; 8 e, achado na forma de homem, humilhou-se a
si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz". Somente
olhando para Cristo é que veremos o exemplo máximo de obediência! Mesmo sendo
Deus, nosso mestre "humilhou-se... tornando-se obediente...", ainda
que sabendo que sua obediência o levaria à cruz do sacrifício. Um fato digno de
nota sobre a obediência do Senhor, nos é mostrado pelo escritor da Carta aos
Hebreus, que nos diz que Ele aprendeu a obedecer através do sofrimento,
"ainda que era Filho, aprendeu a obediência por meio daquilo que
sofreu", Hb 5.8. Que nós não precisemos sofrer para aprender a
obedecer!
4.
Não é fácil praticar a obediência! Muitos filhos de Deus, não obedecem nunca! A
Palavra de Deus nos apresenta uma expressão que qualifica muitos que não
aprenderam ainda a obedecer. É a expressão "dura servis", como
podemos ver em Êxodo 32.9, "Disse mais o Senhor a Moisés: Tenho observado
este povo, e eis que é povo de dura cerviz". Esta expressão vem do
hebraico "hvq - qasheh", significando "teimoso",
"obstinado". A raiz desta palavra se refere à parte posterior do
pescoço, o início da coluna cervical. Quando se doma um animal, os ossos do
pescoço precisam "ser quebrados", "amolecidos", para que o
animal se torne obediente ao adestrador. Aqueles que são desobedientes tem o
"pescoço duro", por esta razão são de "dura cerviz".
Precisam ser quebrados por Deus para praticarem a obediência!
III – FUGIR DA IDOLATRIA
V. 17
"Mas se o teu coração se desviar, e não
quiseres ouvir, e fores seduzido para adorares outros deuses, e os
servires..."
2.
Esta palavra vem do termo hebraico "Myprt - teraphiym", que significa
"imagens", "ídolo familiar", "ídolo de um
santuário", etc. Dentre algumas outras palavras na língua hebraica que
podem ser traduzidas por idolatria, temos ainda o termo "hnz - zanah",
que tem como significado "praticar fornicação", "agir como
prostituta", "adulterar", "prostituto ou prostituta
cultual", "ser infiel a Deus". Daí podemos ver que a idolatria,
nada mais é do que infidelidade a Deus. Ela troca o objeto da nossa adoração.
Nessa condição, o homem pratica o terrível engano de adorar a criatura em lugar
do criador, Rm 1.25, "pois trocaram a verdade de Deus pela mentira,
e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito
eternamente. Amém".
3.
Vamos olhar agora para as Escrituras e destacar outros textos que nos mostram
como a idolatria é condenável pelo Senhor e acaba nos tornando infiéis, quando
a praticamos:
a)
Ela constitui-se numa prática incoerente, Is 2.8, "Também a
sua terra está cheia de ídolos; inclinam-se perante a obra das suas mãos,
diante daquilo que os seus dedos fabricaram". Note como o idólatra é cego!
Ele mesmo faz o Deus que vai se tornar o objeto de sua adoração. Temos uma
descrição detalhada desta prática em Is 44.12-20, "12 O ferreiro
faz o machado, e trabalha nas brasas, e o forja com martelos, e o forja com o
seu forte braço; ademais ele tem fome, e a sua força falta; não bebe água, e
desfalece. 13 O carpinteiro estende a régua sobre um pau, e com lápis esboça um
deus; dá-lhe forma com o cepilho; torna a esboçá-lo com o compasso; finalmente
dá-lhe forma à semelhança dum homem, segundo a beleza dum homem, para habitar
numa casa. 14 Um homem corta para si cedros, ou toma um cipreste, ou um carvalho;
assim escolhe dentre as árvores do bosque; planta uma faia, e a chuva a faz
crescer. 15 Então ela serve ao homem para queimar: da madeira toma uma parte e
com isso se aquenta; acende um fogo e assa o pão; também faz um deus e se
prostra diante dele; fabrica uma imagem de escultura, e se ajoelha diante dela.
16 Ele queima a metade no fogo, e com isso prepara a carne para comer; faz um
assado, e dele se farta; também se aquenta, e diz: Ah! já me aquentei, já vi o
fogo. 17 Então do resto faz para si um deus, uma imagem de escultura;
ajoelha-se diante dela, prostra-se, e lhe dirige a sua súplica dizendo:
Livra-me porquanto tu és o meu deus. 18 Nada sabem, nem entendem; porque se lhe
untaram os olhos, para que não vejam, e o coração, para que não entendam. 19 E
nenhum deles reflete; e não têm conhecimento nem entendimento para dizer:
Metade queimei no fogo, e assei pão sobre as suas brasas; fiz um assado e dele
comi; e faria eu do resto uma abominação? ajoelhar-me-ei ao que saiu duma
árvore? 20 Apascenta-se de cinza. O seu coração enganado o desviou, de maneira
que não pode livrar a sua alma, nem dizer: Porventura não há uma mentira na
minha mão direita?"
b)
Atrai a ira de Deus e consequentemente a maldição – Jeorão, rei de Judá,
2 Cr 21.11-15, "11 Ele fez também altos nos montes de Judá, induziu
os habitantes de Jerusalém à idolatria e impeliu Judá a prevaricar. 12 Então
lhe veio uma carta da parte de Elias, o profeta, que dizia: Assim diz o Senhor,
Deus de Davi teu pai: Porquanto não andaste nos caminhos de Jeosafá, teu pai, e
nos caminhos de Asa, rei de Judá; 13 mas andaste no caminho dos reis de Israel
e induziste Judá e os habitantes de Jerusalém a idolatria semelhante à
idolatria da casa de Acabe, e também mataste teus irmãos, da casa de teu pai,
os quais eram melhores do que tu; 14 eis que o Senhor ferirá com uma grande
praga o teu povo, os teus filhos, as tuas mulheres e toda a tua fazenda; 15 e
tu terás uma grave enfermidade; a saber, um mal nas tuas entranhas, até que
elas saiam, de dia em dia, por causa do mal". Note nesta passagem o
procedimento do rei de Judá, Jeorão, que disseminou em ampla escala a idolatria
em seus dias de reinado. Tal procedimento foi o combustível para a palavra de
Elias, o profeta de Deus, que pela boca do Senhor, mostrou-lhe que sua busca e
difusão da idolatria, o iria arrastar a uma grave e estranha enfermidade, onde
suas entranhas apodrecidas ficariam expostas, numa cena nojenta e deprimente!
c)
Temos o conselho de Paulo para fugir desta dela, 1 Co 10.14,
"Portanto, meus amados, fugi da idolatria". A palavra
"fugir", vem do grego "feugw - pheugo" e significa
"procurar segurança através da fuga", "fugir do perigo",
"desaparecer", "escapar". Sabemos que a idolatria é um
pecado que exerce uma grande fascinação naqueles que a praticam. Talvez isto
ocorra em razão da beleza das imagens esculpidas – um atrativo para a visão, ou
até mesmo em função da propaganda enganosa dos feitos de tais ídolos. Já que
podemos ser atraídos pela arte, pelo belo, pelo engano, para não corrermos quaisquer
riscos, o apóstolo Paulo nos orienta a fugir, escapar, da idolatria.
d)
Está listada entre os pecados da carne, Gl 5.20, "...a
idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as
facções, as dissensões, os partidos". Ver ainda 1 Pe 4.3,
"Porque é bastante que no tempo passado tenhais cumprido a vontade dos
gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias,
bebedices e abomináveis idolatrias". Os pecados da carne são aqueles que
atraem o homem para a satisfação de seus desejos externos ou internos. Dentro
desta ótica é que a idolatria é vista! Já que ela exerce certa atração carnal,
é qualificada como sendo um dos pecados da carne.
e)
Tem os dias contados, Ap 22.2, "Naquele dia, diz o Senhor
dos exércitos, cortarei da terra os nomes dos ídolos, e deles não haverá mais
memória; e também farei sair da terra os profetas e o espirito da
impureza". Como tudo que é físico neste mundo, os ídolos estão com seus
dias contados! Pelo texto em referência, eles serão cortados da terra, e nem
mais memória deles haverá, ou seja desaparecerão completamente. Ai daqueles que
estão firmados nos ídolos e nas imagens de escultura!
4.
Como Igreja de Deus, precisamos combater a idolatria com todas as forças.
Vivemos num país altamente idólatra, onde santos, personalidades, são adorados
como Deus! A criatura tem sido servida em lugar do Criador! Os ídolos ocupam o
espaço do Todo-Poderoso! Devemos lembrar da exortação da Palavra de Deus, que
nos adverte que a glória do Senhor não pode ser dividida em hipótese alguma com
outros deuses, ou imagens de escultura, Is 42.8, "Eu sou o Senhor;
este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não a darei, nem o meu louvor
às imagens esculpidas".
CONCLUSÃO
1.
Vimos nesta noite algumas exigências das Escrituras para sermos abençoados em
nossa vida como filhos de Deus. A exigências mencionadas foram:
2.
Muitos crentes não dedicam seu amor a Deus de maneira total. Demonstram isso
quando trocam os cultos por uma novela de televisão, um jogo de futebol, um
momento de lazer, um churrasquinho, etc. Podemos ter tudo isto, sem
negligenciar nosso cuidado para com a obra de Deus! Basta colocarmos as coisas no
seu devido lugar! Outros dizem obedecer a Palavra de Deus, mas falham em
princípios importantes, como na questão do amor ao irmão de fé, no mal
testemunho frente aos incrédulos, num comportamento errado como mentir,
maldizer, etc. Já na questão da idolatria, como filhos de Deus não adoramos
imagens de escultura, mas podemos adorar nosso carro, nossa casa, nosso
emprego, nossa posição, nosso filhos, etc., que de certa forma tomam o lugar de
Deus em nossas vidas. Vamos viver a Palavra de Deus com zelo e cuidado!