CEGUEIRA ESPIRITUAL

2 CO 4.4

Esboço principal extraído e adaptado do Ebook “Conhecimento Revelado”, por Luciano Subirá

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Pr. José Antônio Corrêa

 

 

Texto: “nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”.

 

 

 

INTRODUÇÃO:

 

1. Aqueles que vivem sem a graça de Deus, normalmente são atingidos por uma grande cegueira espiritual, que pode se revelar de muitas maneiras. Esta cegueira leva o homem a uma vida religiosa cheia de enganos, superstições, tradições, etc., distantes  dos princípios que Deus estabeleceu para que andássemos neles. O resultado não poderia ser outro, a não ser uma religião cheia de preceitos e práticas, porém desprovida da graça e da vida de Deus. Com isso, aqueles que assim vivem ofendem ao Senhor!   

 

2. Precisamos entender que a prática religiosa sem a bênção de Deus, não ocorre por acaso. Ela é implantada no homem através da instrumentalidade do diabo. É o nosso inimigo quem deseja prender os homens neste estilo religioso que não leva a lugar algum! Para isso ele usa de todas as suas artimanhas e astúcias, enganando e seduzindo vidas a esta prática religiosa falsa. O incrível é que tais pessoas, acabam acreditando que estão agindo de maneira correta, e sempre oferecem resistência quando lhes apresentamos as verdades de Deus.

 

1. Há pelo menos três formas de ação que o inimigo usa para conseguir enganar e seduzir os homens. Vejamos quais são elas:

 

 

I – DISTORÇÃO DA VERDADE

 

1. A palavra “verdade” vem do latim “veritate”, e indica: “Conformidade com o real, exatidão, realidade”; “Franqueza, sinceridade”; “Coisa verdadeira ou certa”; “Princípio certo”; “Representação fiel de alguma coisa da natureza”; “Caráter, cunho”. Para a Filosofia – “Verdade que é contingente e cujo oposto é impossível”. (Dic. Aurélio Eletrônico).

 

2. A verdade sempre tem sido alvo das especulações filosóficas. Todos os filósofos, tanto os antigos, como os atuais lutam com a questão da verdade. Devemos lembrar que a verdade foi alvo da pergunta mais importante da vida de Pilatos, quando tinha em suas mãos a decisão de ordenar ou não a morte do filho de Deus. Ele perguntou a Jesus: “O que é a verdade?” (Jo 18.38). É certo que Pilatos fez esta pergunta meramente por fazer, uma vez que não estava disposto a conhecer a verdade.

 

3. Durante seu ministério terreno, Jesus colocou de forma clara aos seus seguidores o que é a verdade. Um exemplo da instrução do Mestre acerca deste assunto podemos ver em João 17.17, quando orou ao Pai: “Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade”. Note a clareza da colocação do Senhor – “...a tua palavra é a verdade”. Diante desta expressão de Jesus, não poderiam ficar quaisquer dúvidas aos seus discípulos de que a verdade absoluta é a palavra do Todo-Poderoso.

 

3. Porém o papel do diabo é distorcer a verdade de Deus, fazendo chegar ao coração humano o erro, o engano. Alguns textos da Palavra de Deus nos mostram como a verdade de Deus é distorcida pelo inimigo:

 

a) Rm 1.25, “pois trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente. Amém”.

 

Uma das tarefas do diabo é transformar a verdade em mentira e a mentira em verdade! Para isso ele usa de todos os recursos possíveis no sentido de seduzir os homens. É por esta razão que certas seitas anticristãs defendem suas mentiras religiosas como se fossem profundas verdades! Seus seguidores acreditam que estão com a verdade e são capazes de morrer por ela! É por isso que o muçulmano se transforma em homem-bomba, as Testemunhas de  Jeová vendem sua revista de casa em casa, os hindus dilaceram seus corpos, os católicos fazem penitências,  etc.

 

b) 2 Co 4:2, “... pelo contrário, rejeitamos as coisas ocultas, que são vergonhosas, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; mas, pela manifestação da verdade, nós nos recomendamos à consciência de todos os homens diante de Deus”.

 

Neste texto, apóstolo Paulo faz uma comparação entre ele e alguns falsos apóstolos que andavam adulterando  a Palavra de Deus. Trata-se uma outra característica que o diabo usa para enganar os homens, ou seja a falsificação das verdades de Deus. Isto ocorre quando alguém usado pelo diabo, subtrai, ou acrescenta parâmetros à Palavra de Deus.

 

Não é por acaso que temos a exortação de Jesus em Apocalipse: “18 Eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste livro; 19 e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão descritas neste livro”, Ap 22.18-19.

 

c) Ef 4.17-19, “17 Portanto digo isto, e testifico no Senhor, para que não mais andeis como andam os gentios, na verdade da sua mente, 18 entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração; 19 os quais, tendo-se tornado insensíveis, entregaram-se à lascívia para cometerem com avidez toda sorte de impureza”.

 

Podemos ver aqui mais uma característica de distorção da verdade. São homens, usados pelo inimigo, que estabelecem princípios para si mesmos, e vivem como se estes princípios fossem verdadeiros. Paulo chama isto de “verdade da sua mente”. Ou seja, tais homens criam para si um estilo de vida baseado no erro, mas não convencidos  disto, caminham por ele sem quaisquer constrangimentos, não importando se estão dilacerando ou defraudando outras pessoas. 

 

d) 2 Tm 2.16-18, “16 Mas evita as conversas vãs e profanas; porque os que delas usam passarão a impiedade ainda maior, 17 e as suas palavras alastrarão como gangrena; entre os quais estão Himeneu e Fileto, 18 que se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição é já passada, e assim pervertem a fé a alguns”.

 

São pessoas que embora viveram algum tempo na verdade, a abandonaram, e agora vivem espalhando suas mentiras no meio dos incautos. Em virtude do alto poder destrutivo de suas palavras e ensinos, Paulo aconselha aos verdadeiros filhos de Deus que os evitem, bem como toda conversa vã e profana que seus lábios destilam.

 

3. Os textos que vimos são exemplos de como o diabo usando pessoas, pode perverter, adulterar e modificar a verdade de Deus. Cumpre-nos estar alertas, pois tais indivíduos muitas vezes, não estão lá no mundo a olhos visíveis, mas sim, enfileirados de maneira invisível, imperceptíveis, no arraial dos santos! Estão assentados em nossos bancos, participam de nossos cultos e reuniões, o que aumenta o risco de sermos atingidos pelas suas palavras enganosas, que no dizer de Paulo “corroem como gangrena” - na verdade um tipo de câncer espiritual. 

 

 

II – SURDEZ ESPIRITUAL

 

1. Temos aqui mais uma forma de ação usada pelo nosso arqui-inimigo, ou seja provocar a surdez em nossos ouvidos espirituais de maneira que não ouçamos, ou que não venhamos distinguir a verdade do Senhor. Esta surdez pode ocorrer de duas maneiras:

 

a) Propositalmente: É quando não ouvimos porque de fato não queremos ouvir:

 

- At 7.57, “Então eles gritaram com grande voz, taparam os ouvidos, e arremeteram unânimes contra ele”. Estamos diante daqueles que martirizaram Estevão. Estevão, ungido pelo Espírito de Deus, havia lhes transmitido uma mensagem poderosa, culminando com a denúncia de que a morte do justo Jesus havia sido de responsabilidade deles. Tais homens não suportando a palavra de Estevão, “taparam seus ouvidos” e provocaram outra tragédia matando o servo de Deus. Veja outros textos:

 

- Jr 7.24, “Mas não ouviram, nem inclinaram os seus ouvidos; porém andaram nos seus próprios conselhos, no propósito do seu coração malvado; e andaram para trás, e não para diante”. Neste caso, o profeta está falando ao povo de Deus que recusou ouvir a palavra profética. O resultado deste comportamento foi: “...andaram para trás e não para frente”. Quem deliberadamente não ouve a voz de Deus, regride, caminha para trás, Lv 26.21, “Ora, se andardes contrariamente para comigo, e não me quiseres ouvir, trarei sobre vos pragas sete vezes mais, conforme os vossos pecados”.

 

- Is 48.18, “Ah! se tivesses dado ouvidos aos meus mandamentos! então seria a tua paz como um rio, e a tua justiça como as ondas do mar”. Temos aqui a reclamação do Senhor de que seu povo havia se recusado a ouvir seus mandamentos. Em conseqüência desta estupidez e insensatez, haviam perdido a paz e a justiça divina. Quantos vivem em eternas tribulações, desacertos sem fim, por manterem seus ouvidos fechados à palavra profética? Precisamos ser sensíveis às verdades da Palavra de Deus!

 

b) Inconscientemente: Ocorre quando o homem ouve a Palavra de Deus mas não a entende.

 

- No dizer de Deus a Isaías: “...Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis”. Não foi por acaso que Jesus usou este texto como aplicação, quando pregava por parábolas, que deveriam ser entendidas apenas pelos participantes do reino de Deus (Mt 13.13). Em outras palavras: Para se ouvir bem, é necessário também entender claramente o que se está ouvindo. Em relação à Palavra de Deus este entendimento deve ser espiritual, já que o homem natural não compreende as coisas do Espírito, 1 Co 2.11, “Pois, qual dos homens entende as coisas do homem, senão o espírito do homem que nele está? assim também as coisas de Deus, ninguém as compreendeu, senão o Espírito de Deus”.

 

- Is 28.11-12, “11 Na verdade por lábios estranhos e por outra língua falará a este povo; 12 ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; mas não quiseram ouvir”. Muitas vezes, Deus usa de recursos espirituais para tornar mais clara a sua Palavra aos nossos ouvidos. Mas, envolvidos por uma letargia, desinteressados, numa tremenda apatia, deixamos escapar pelos vãos dos dedos as palavras divinas. Não precisamos descrever os prejuízos espirituais que teremos! 

 

- Rm 11.8, “...como está escrito: Deus lhes deu um espírito entorpecido, olhos para não verem, e ouvidos para não ouvirem, até o dia de hoje”. Embora para muitos este texto possa ser de difícil entendimento, onde aparentemente Deus não quer que alguns indivíduos (referência à nação de Israel) o ouçam, nós o devemos entender sob o lado da presciência divina, onde Deus é sabedor de que tais pessoas não ouviriam sua Palavra em hipótese nenhuma.

 

2. Embora a surdez espiritual seja provocada pelo inimigo é possível que nossos ouvidos sejam abertos através da interferência e atuação de Deus em nós. Podemos ver como isso ocorre nos voltando para alguns textos da Palavra de Deus:

 

a) Is 29.18, “Naquele dia os surdos ouvirão as palavras do livro, e dentre a escuridão e dentre as trevas os olhos dos cegos a verão”.

 

Sabemos que o povo de Israel se aprofundou em sua rebelião a Deus, indo até as últimas conseqüências. Por não se submeter ao Senhor, o povo foi submetido forçosamente ao desterro, ao cativeiro, tendo como algozes a Assíria, a Babilônia, instrumentos usados por Deus para sua correção. Porém, o presente texto nos fala de um tempo futuro em que o povo de Deus seria restaurado, um tempo precioso em que até mesmo os surdos espirituais “ouviriam as palavras do livro”. Deus não quer que seu povo viva na surdez espiritual. Ele deseja abrir nossos ouvidos!

 

b) Is 35.5, “Então os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se desimpedirão”.

 

Novamente, como no verso anterior, temos alusão ao tempo de restauração, onde os ouvidos dos surdos seriam “desimpedidos”. O verbo “desimpedir”, vem do termo hebraico “xtp - pathach”, que significa “abrir”, “libertar-se”, “soltar-se”. Ou seja a ação de Deus, mediante seu Espírito removerá o tampão dos ouvidos de seu povo, para que possam ouvir de maneira clara seus ensinos preciosos.

 

c) Is 30.21, “...e os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele; quando vos desviardes para a direita ou para a esquerda”.

 

Como nos textos anteriores, Deus declara:  “...e os teus ouvidos ouvirão a palavra...”, dando direção ao seu povo para que não se desviem “...para a direita ou para a esquerda”.

 

3. O filho de Deus não pode permitir que seus ouvidos espirituais sejam tapados pelo inimigo, impedindo que ele desfrute do melhor, para sua vida em Deus. Certamente há muitas verdades a serem captadas pelo nosso entendimento espiritual que poderão ser absorvidas, se dermos liberdade ao Espírito Santo para trabalhar em nós! 

 

 

III – AUTO-SUFICIÊNCIA

 

1. A auto-suficiência também é outro tipo de ação usada pelo inimigo para impedir que os homens possam levar uma vida em Deus. Diz-se que é auto-suficiente, aquela pessoa que acha superior aos demais, independente. Alguém que age assim, pensa que não precisa de ninguém e muito menos de Deus! Normalmente, o auto-suficiente também é soberbo, empafiado, ensimesmado e utiliza em demasia os pronomes “eu”, “meu”, “minha”! O filho de Deus deve saber que sua suficiência vem de Deus e nunca de sua capacidade, “E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda boa obra”, 2 Co 9.8.

 

2. A Palavra de Deus nos fala de pessoas que se mostraram auto-suficientes, orgulhosos, cujo estilo de vida e procedimento lhes custaram muito caro. Vamos ver alguns exemplos:

 

a) Os homens de babel, Gn 11.1-4, “1 Ora, toda a terra tinha uma só língua e um só idioma. 2 E deslocando-se os homens para o oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e ali habitaram. 3 Disseram uns aos outros: Eia pois, façamos tijolos, e queimemo-los bem. Os tijolos lhes serviram de pedras e o betume de argamassa. 4 Disseram mais: Eia, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo cume toque no céu, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra”.

 

- Observe a que ponto a auto-suficiência pode levar uma pessoa! Estes homens acharam que poderiam edificar uma cidade cuja torre tocasse os céus, ao mesmo tempo em que queriam perpetuar seus nomes na face da terra. Há muitas pessoas assim, que agem como se fossem os donos do mundo, imbatíveis, senhores de tudo!

 

- Porém enquanto estavam tramando seus projetos, as Escrituras nos mostram a ação de Deus no sentido de barrá-los. A certa altura Deus desceu à terra e confundiu-lhes a linguagem, frustrando seus propósitos diabólicos: “5 Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam; 6 e disse: Eis que o povo é um e todos têm uma só língua; e isto é o que começam a fazer; agora não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. 7 Eia, desçamos, e confundamos ali a sua linguagem, para que não entenda um a língua do outro. 8 Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade”, Gn 11.5-8.  

 

b) Nabucodonosor, Dn 4.29-30, “29 Ao cabo de doze meses, quando passeava sobre o palácio real de Babilônia, 30 falou o rei, e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a morada real, pela força do meu poder, e para a glória da minha majestade?”

 

- Observe a utilização dos pronomes na primeira pessoa – “eu”, “meu”, “minha”, que são característicos em alguém que se julga auto-suficiente, orgulhoso. Nabucodonosor foi tomado por um sentimento falso de que fora sua capacidade pessoal, que tinha feito da Babilônia a grande potência que era. Em sua avaliação, somente ele e mais ninguém, teria sido capaz de realizar aquelas grandes obras já concluídas!

 

- Quando o homem atinge este estado de vaidade e presunção, começa sua queda. No Livro de Provérbios lemos: “A soberba precede a destruição, e a altivez do espírito precede a queda”, Pv 16.18. Foi a esta altura dos acontecimentos que o Deus de Poder entrou em ação para julgá-lo por sua insensatez – “31 Ainda estava a palavra na boca do rei, quando caiu uma voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: Passou de ti o reino. 32 E serás expulso do meio dos homens, e a tua morada será com os animais do campo; far-te-ão comer erva como os bois, e passar-se-ão sete tempos sobre ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer. 33 Na mesma hora a palavra se cumpriu sobre Nabucodonosor, e foi expulso do meio dos homens, e comia erva como os bois, e o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceu o cabelo como as penas da águia, e as suas unhas como as das aves”, Dn 4.31-33.

 

c) Herodes, At 12.21-22, “21 Num dia designado, Herodes, vestido de trajes reais, sentou-se no trono e dirigia-lhes a palavra. 22 E o povo exclamava: É a voz de um deus, e não de um homem”.

 

- Lendo os versículos anteriores, podemos ver que Herodes investira contra a Igreja de Deus, assassinando Tiago, v. 2; mandou prender Pedro com a intenção de matá-lo no dia seguinte (isto não aconteceu, graças a interferência do anjo de Deus que o livrou), vs. 3sess.; justiçou (ordenou a morte) dos sentinelas encarregados de guardar Pedro na prisão, v. 19.

 

- Diante de seu crescente poder e popularidade, Herodes achou que podia igualar-se a Deus, recebendo a honra devida ao nome do Senhor! Este foi o seu grande erro! Deus interveio no auge de suas honrarias trazendo-lhe severo julgamento, “No mesmo instante o anjo do Senhor o feriu, porque não deu glória a Deus; e, comido de vermes, expirou”, At 12.23.

 

3. Diante dos exemplos citados podemos deduzir que Deus não tolera o orgulhoso, aquele que se deixa levar pela auto-suficiência. É evidente que por detrás do orgulhoso está a ação de Satanás, que devido ao seu orgulho foi banido da presença de Deus, juntamente com uma terça parte dos anjos rebelados. Ele quer que todos os homens sigam seu exemplo!

 

 

CONCLUSÃO:

 

1. Conforme vimos, Satanás deseja arrastar os homens a uma cegueira espiritual, impedindo que eles tenham a visão do reino de Deus. Para isso ele incentiva:

 

a)    a distorção da verdade;

b)    a surdez espiritual;

c)    a auto-suficiência.

 

2. Estas características normalmente são vistas no homem sem Deus e seriam visíveis nos homens dos últimos tempos, conforme relata Paulo a Timóteo: “2 pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, 3 sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, 4 traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, 5 tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta-te também desses”, 2 Tm 3.2-5.

 

3. Porém, como filhos de Deus, precisamos nos cuidar para não sermos atingidos pelo vírus satânico, que entra sorrateiramente em nós de maneira a atravancar a obra de Deus. Certamente aqueles que estão no mundo já são instrumentos do diabo! Mas ele deseja também conquistar espaço nas igrejas, no meio dos cristãos, e para isso trabalha dia e noite. É dever do filho de Deus barrar a cegueira espiritual imposta pelo diabo, permitindo que lhe sejam abertos os olhos do coração, para que possam ver os mistérios de Deus, Ef 1.18, “sendo iluminados os olhos do vosso coração, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos”.