A
COBERTURA DE DEUS
EX 13.17-22
INTRODUÇÃO:
1. Há duas coberturas na Bíblia: A “Cobertura
de Deus”, e a “Cobertura de Satanás”. E seremos, ou cobertos por Deus, ou
coberto por Satanás, dependendo da escolha que fazemos em nossas vidas.
2. Vamos falar sobre a “Cobertura de Deus”.
Esta cobertura deve ser entendida no sentido de uma tenda sobre nós, algo nos
cobrindo com proteção e influência.
3. A ideia de cobertura, aparece já no
segundo versículo da Palavra de Deus, Gn 1.2, “O Espírito de Deus,
pairava sobre...”. No texto lido, nós temos a ideia desta cobertura, quando
Deus caminhava por cima do seu povo naquela nuvem no deserto. Em 1Co 10.1-2,
podemos entender melhor esta ideia de cobertura:
a) “Todos estiveram debaixo da nuvem...”. Estiveram debaixo
do cuidado de Deus. Deus se importa conosco.
b) “Todos foram batizados na nuvem, com
respeito a Moisés”.
Nuvem aqui é um símbolo do Espírito Santo no V.T. A palavra “batizar”,
significa imergir, revestir, cobrir. Os israelitas receberam este revestimento,
esta cobertura, através da comunhão com Deus. Hoje, nós também, temos a
cobertura através de Cristo, Gl 3.27, “Porque todos quantos fostes
batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo”.
4. De acordo com o texto lido, vamos observar:
“OS
PRINCIPAIS ASPECTOS DA COBERTURA DE DEUS”:
1. O sol escaldante
do deserto (quarenta graus centígrados) era um forte empecilho para a caminhada
diurna. A nuvem trazia sombra, reduzindo a intensidade do calor. À noite ela
iluminava o caminho para que a caminhada não fosse interrompida.
2. Esta cobertura de Deus, trazendo proteção
pode ser simbolizada através da instituição da Páscoa e a morte dos
primogênitos no Egito, Êx 12:
a) Os israelitas
deveriam procurar um cordeiro sem mancha, se defeito, para o matar e o seu
sangue deveria ser aspergido nos umbrais e nas vergas das portas. Tal procedimento os
livraria da morte anunciada pelo Senhor, vs. 3, 5, 7, 12, 13, “3 Falai a
toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês tome cada um para si
um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada família. 5 O
cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das
ovelhas ou das cabras. 7 E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras,
e na verga da porta, nas casas em que o comerem. 12 E eu passarei pela terra do
Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens
até aos animais; e em todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o SENHOR.
13 E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu
sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade,
quando eu ferir a terra do Egito”.
b) Que quem iria
matar os egípcios, não era Deus, mas sim “o Destruidor”, com a Sua permissão,
vs. 23
, “Porque o SENHOR passará para ferir aos egípcios, porém quando vir o sangue
na verga da porta, e em ambas as ombreiras, o SENHOR passará aquela porta, e
não deixará o destruidor entrar em vossas casas, para vos ferir”. O
“destruidor” é o próprio Satanás, Ap 9.11, “E tinham sobre si rei, o
anjo do abismo; em hebreu era o seu nome Abadom, e em grego Apoliom”.
c) O sangue, nos
batentes da porta, simboliza a cobertura de Deus que os livraria da morte, Ap
5.9-10
, “9 E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir
os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus
homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; 10 E para o nosso Deus os
fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra”.
3. Assim, como os israelitas foram cobertos
pelo sangue nos batentes das portas, assim também, como filhos de Deus, somos
cobertos pelo sangue de seu Filho Amado, o Cordeiro de Deus, e
consequentemente, fomos libertos da morte eterna.
1. A nuvem ia adiante deles, para os guiar
pelo caminho, vs. 21, “E o SENHOR ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem
para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar,
para que caminhassem de dia e de noite”.
2. Para que eles
pudessem ser completamente protegidos, deveriam permanecer debaixo da nuvem em
todos os momentos e circunstâncias, Nm 9.15-23, “15 E no dia em que foi
levantado o tabernáculo, a nuvem cobriu o tabernáculo sobre a tenda do
testemunho; e à tarde estava sobre o tabernáculo com uma aparência de fogo até
à manhã. 16 Assim era de contínuo: a nuvem o cobria, e de noite havia aparência
de fogo. 17 Mas sempre que a nuvem se alçava de sobre a tenda, os filhos de
Israel partiam; e no lugar onde a nuvem parava, ali os filhos de Israel se
acampavam. 18 Segundo a ordem do SENHOR, os filhos de Israel partiam, e segundo
a ordem do SENHOR se acampavam; todos os dias em que a nuvem parava sobre o
tabernáculo, ficavam acampados. 19 E, quando a nuvem se detinha muitos dias
sobre o tabernáculo, então os filhos de Israel cumpriam a ordem do SENHOR, e
não partiam. 20 E, quando a nuvem ficava poucos dias sobre o tabernáculo,
segundo a ordem do SENHOR se alojavam, e segundo a ordem do SENHOR partiam. 21
Porém, outras vezes a nuvem ficava desde à tarde até à manhã, e quando ela se
alçava pela manhã, então partiam; quer de dia quer de noite alçando-se a nuvem,
partiam. 22 Ou, quando a nuvem sobre o tabernáculo se detinha dois dias, ou um
mês, ou um ano, ficando sobre ele, então os filhos de Israel se alojavam, e não
partiam; e alçando-se ela, partiam. 23 Segundo a ordem do SENHOR se alojavam, e
segundo a ordem do SENHOR partiam; cumpriam o seu dever para com o SENHOR,
segundo a ordem do SENHOR por intermédio de Moisés”. Nada deveria levá-los a
sair para fora da proteção da Nuvem. Muitas vezes nós saímos desta proteção de
Deus e amargamos sérias derrotas.
3. Deus é nosso Guia,
Is 48.17, “Assim diz o SENHOR, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou
o SENHOR teu Deus, que te ensina o que é útil, e te guia pelo caminho em que
deves andar”. O caminho que devemos andar deve ser mostrado por Deus. Ser guiado
por Deus, é trilhar o caminho da obediência. A desobediência é desastrosa para
nós, Is 48.18-19, “18 Ah! se tivesses dado ouvidos aos meus mandamentos,
então seria a tua paz como o rio, e a tua justiça como as ondas do mar! 19
Também a tua descendência seria como a areia, e os que procedem das tuas
entranhas como os seus grãos; o seu nome nunca seria cortado nem destruído de
diante de mim”.
4. Devemos estar sob a direção de Deus em
toda nossa maneira de viver.
1 Êx 16. A vida no deserto seria impossível.
Onde conseguir alimentos, água, suprimentos, para 600.000 mil pessoas, sem
contar mulheres e crianças?, Êx 12.37, “Assim partiram os filhos de
Israel de Ramessés para Sucote, cerca de seiscentos mil a pé, somente de
homens, sem contar os meninos”. Tudo indicava que eles iriam morrer no deserto
de fome e sede:
a) Tal preocupação os
levou a murmurar contra Moisés e contra Arão, Êx 16.2-3, “2 E toda a
congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão no
deserto. 3 E os filhos de Israel disseram-lhes: Quem dera tivéssemos morrido
por mão do SENHOR na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas
de carne, quando comíamos pão até fartar! Porque nos tendes trazido a este
deserto, para matardes de fome a toda esta multidão”. Deus ouviu a murmuração
de seu povo, Êx 16.9-10, “9 Depois disse Moisés a Arão: Dize a toda a
congregação dos filhos de Israel: Chegai-vos à presença do SENHOR, porque ouviu
as vossas murmurações. 10 E aconteceu que, quando falou Arão a toda a
congregação dos filhos de Israel, e eles se viraram para o deserto, eis que a
glória do SENHOR apareceu na nuvem”.
b) Deus derrama
alimentos sobre o povo (carne e maná) . O maná seria o alimento que jamais
faltaria durante toda a caminhada e peregrinação pelo deserto por cerca de
quarenta anos, Êx 16.11-14, “11 E o SENHOR falou a Moisés, dizendo: 12
Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel. Fala-lhes, dizendo: Entre as
duas tardes comereis carne, e pela manhã vos fartareis de pão; e sabereis que
eu sou o SENHOR vosso Deus. 13 E aconteceu que à tarde subiram codornizes, e
cobriram o arraial; e pela manhã jazia o orvalho ao redor do arraial. 14 E
quando o orvalho se levantou, eis que sobre a face do deserto estava uma coisa
miúda, redonda, miúda como a geada sobre a terra”.
2. A ideia de geração de vida é mostrada em Gn
1.2, “E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do
abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”.
3. Cristo simbolizou
o Maná, quando falou de si mesmo como sendo o “Pão da Vida”, o “Pão do Céu”, Jo
6.48-52, “48 Eu sou o pão da vida. 49 Vossos pais comeram o maná no
deserto, e morreram. 50 Este é o pão que desce do céu, para que o que dele
comer não morra. 51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste
pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela
vida do mundo. 52 Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como nos pode
dar este a sua carne a comer?”.
a) Houve por parte de muitos seguidores de
Cristo, uma incompreensão da mensagem pregada, o que os escandalizou, Jo
6.53-58,
“53 Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não
comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis
vida em vós mesmos. 54 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida
eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55 Porque a minha carne
verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. 56 Quem come
a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. 57 Assim como o
Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta,
também viverá por mim. 58 Este é o pão que desceu do céu; não é o caso de
vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para
sempre”.
b) Porém, mais à frente, Cristo explicou o
queria dizer, Jo 6.60-63, “60 Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto,
disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir? 61 Sabendo, pois, Jesus em
si mesmo que os seus discípulos murmuravam disto, disse-lhes: Isto
escandaliza-vos? 62 Que seria, pois, se vísseis subir o Filho do homem para
onde primeiro estava? 63 O espírito é o que vivifica, a carne para nada
aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida”.
4. Pela cobertura de Cristo, recebemos do
“Pão da Vida”, e nos alimentamos espiritualmente, recebendo cada dia a vida de
Deus em nós.
CONCLUSÃO:
1. Devemos nos manter debaixo da cobertura de
Deus, pois assim Satanás, não nos toca. Teremos proteção, direção e vida.
2.
Não Crente: Deus deseja te dar cobertura hoje. Basta você estar disposto
a tornar-se um filho dele, Jo 6.51, “Eu sou o pão vivo que desceu do
céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a
minha carne, que eu darei pela vida do mundo”.