ALGUNS ASPECTOS DA CONTRIBUIÇÃO
PARA A OBRA DE DEUS
Pr. José Antônio Corrêa
Textos:
a. 2 Co 9.7, "Cada um contribua segundo propôs no
seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama ao que
dá com alegria".
b. 2 Co 16.1-2, "1 Ora, quanto à coleta para os
santos fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galiléia. 2 No
primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder, conforme
tiver prosperado, guardando-o, para que se não façam coletas quando eu
chegar".
INTRODUÇÃO:
2.
O que de fato, podemos notar em muitos destes irmãos, não é a sua preocupação
específica com a "doutrina do dízimo", mas sim, a sua
tentativa de justificar a sua avareza em relação ao dinheiro e bens materiais.
3.
De acordo com os textos lidos, vejamos: "Alguns Aspectos da
Contribuição Para a Obra de Deus".
I. A CONTRIBUIÇÃO DEVE SER
VOLUNTÁRIA
1.
Paulo, em sua carta aos Coríntios, Cap. 9, Vs. 7, escreve o seguinte:
"Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não por tristeza
ou por necessidade, porque Deus ama ao que dá com alegria".
2.
Os antidizimistas procuram ver neste versículo da Palavra de Deus uma arma
contra o dízimo, achando que a contribuição pode ser feita com qualquer base, e
não com os 10 por cento exigidos pelo sistema do dízimo. Porém devemos entender
que Paulo aqui não está falando de "quantidade", mais sim de "voluntariedade".
3.
Jesus procurou ensinar que nossa "justiça", deve exceder em
muito a "justiça", dos fariseus e escribas, Mt 5.20,
"Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos
escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus". Toda
prática religiosa do N.T., deve ser superior à prática religiosa do V.T.
4.
Olhando para o V.T., podemos ver esta "voluntariedade", tanto
na vida de Abraão, Gn 14.18-20, "18 Ora, Melquisedeque, rei
de Salem, trouxe pão e vinho; pois era sacerdote do Deus Altíssimo; 19 e
abençoou a Abrão, dizendo: bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Criador
dos céus e da terra! 20 E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os
teus inimigos nas tuas mãos! E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo", como na
vida de Jacó, Gn 28.20-22, "20 Fez também Jacó um voto,
dizendo: Se Deus for comigo e me guardar neste caminho que vou seguindo, e me
der pão para comer e vestes para vestir, 21 de modo que eu volte em paz
à casa de meu pai, e se o Senhor for o meu Deus, 22 então esta pedra que
tenho posto como coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres,
certamente te darei o dízimo." E pasmem! Eles viveram antes que a lei
fosse dada a Moisés. E mesmo assim foram dizimistas fieis.
II. A CONTRIBUIÇÃO DEVE SER
METÓDICA
1.
Na primeira carta aos Coríntios, Cap. 16, Vs. 2, Paulo faz a seguinte
recomendação: "No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o
que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que se não façam as
coletas quando eu chegar."
2.
Aqueles que defendem a "voluntariedade" da contribuição, a seu
modo, acabam não sendo metódicos. As suas contribuições, via de regra, acabam
sendo avulsas e desorganizadas, e as vezes só contribuem quando a Igreja tem
necessidade, o que é contra os ensinos da Palavra.
3.
Em sua segunda carta aos Coríntios, Cap. 9, Vs. 7, Paulo nos mostra que
não devemos contribuir "por necessidade", ou seja ele está se
referindo à contribuição que só chega quando há uma "necessidade
extrema", ou quando o pastor faz apelos alarmantes. Veja novamente o
texto: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza,
nem por constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria".
4.
Olhando para a Palavra de Deus, sabemos que o que Deus quer é que haja "mantimento"
e "fartura" em sua casa e não "mendicância." A casa
de Deus não pode manter-se por migalhas que sobram, ou de esmolas de quem quer
que seja. Vejam dois textos que abordam o tema:
a.
Ml 3.10, "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja
mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos,
se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que
dela vos advenha a maior abastança".
b.
At 4.34, "Pois não havia entre eles necessitado algum; porque todos
os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que vendiam e
o depositavam aos pés dos apóstolos".
5.
Olhando para o texto da primeira carta de Paulo aos Coríntios, Cap. 16, Vs.
2, encontramos alguns indícios da contribuição metódica, através das
seguintes frases:
a.
"no primeiro dia da semana",
b.
"cada um de vós ponha de parte",
c.
"o que puder ajuntar".
6.
Como podemos observar, tudo obedece a um plano estabelecido por Deus. É um
sistema perfeito em que há método e ordem.
III. A CONTRIBUIÇÃO TEM QUE SER
PROPORCIONAL AOS RENDIMENTOS
1.
Paulo nos informa no mesmo texto que "cada um de vós ponha de parte o que
puder ajuntar, conforme a sua prosperidade".
2.
Olhando por este prisma, entendemos a justiça de Deus; Quem ganha muito deve
dar muito, quem ganha pouco deve dar pouco. Por esta razão o dízimo era no
A.T., e é no N.T., uma forma de estabelecermos a "justiça de Deus".
CONCLUSÃO:
1.
De acordo com o que vimos nesta noite, há três aspectos importantes
relacionados ao dízimo:
a.
A contribuição deve ser voluntária,
b.
A contribuição deve ser metódica,
b.
A contribuição de ser proporcional aos rendimentos.
2.
Para sermos abençoados de acordo com Ml 3.10, é necessário que
obedeçamos a estes princípios. Se você não os têm observado, é provável que sua
vida financeira esteja um caos, e a única forma de você ser abençoado, é você
praticar a doutrina do dízimo.
3.
Relembre Ml 3.10, "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para
que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor
dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós
tal bênção, que dela vos advenha a maior abastança".