NEEMIAS, O RESTAURADOR -
REQUISITOS PARA UMA RESTAURAÇÃO I
NE 1.1-11; 2.1-9
Pr. José Antônio Corrêa
INTRODUÇÃO:
2.
O Livro de Neemias descreve o processo de restauração dos muros da cidade de
Jerusalém, que foram destruídos durante a invasão babilônica comandada por
Nabucodonosor em
3.
Queremos hoje, falar deste processo de restauração dos muros da cidade,
liderado por Neemias, um homem que tinha um grande patriotismo, mas temente a
Deus. Nossa intenção não é apenas descrever os caminhos que o levaram a
realizar sua missão, mas aplicar espiritualmente as verdades contidas nesta
restauração. Vejamos:
ALGUNS REQUISITOS QUE ENVOLVEM
AQUELE QUE ANSEIA POR UMA RESTAURAÇÃO:
I. QUEM ANSEIA POR UMA RESTAURAÇÃO,
SOFRE COM AS CONDIÇÕES MISERÁVEIS DE SUA VIDA E DO POVO DE DEUS
NE 1.1-4
“1
Palavras de Neemias, filho de Hacalias. Ora, sucedeu no mês de quisleu, no ano
vigésimo, estando eu em Susã, a capital, 2 que veio Hanâni, um de meus irmãos,
com alguns de Judá; e perguntei-lhes pelos judeus que tinham escapado e que
restaram do cativeiro, e acerca de Jerusalém. 3 Eles me responderam: Os
restantes que ficaram do cativeiro, lá na província estão em grande aflição e
opróbrio; também está derribado o muro de Jerusalém, e as suas portas queimadas
a fogo. 4 Tendo eu ouvido estas palavras, sentei-me e chorei, e lamentei por
alguns dias”.
1.
O sofrimento de Neemias fica evidente quando lhe chega uma notícia através de
Hanani, um de seus compatriotas, sobre as condições miseráveis da cidade.
Quando pergunta por seus irmãos que haviam ficado na terra, a resposta de
Hanani foi: “...estão em grande aflição e opróbrio”, v. 3. Sobre as condições
da cidade Hanani complementa: “...também está derribado o muro de Jerusalém, e
as suas portas queimadas a fogo”, v. 3.
2.
Não nos ficam quaisquer dúvidas de que o coração de Neemias se derreteu com a
terrível notícia! Foi tomado por um repentino choro – “...sentei-me e chorei, e
lamentei por alguns dias”, v. 4. Como amante de sua terra e do seu povo
Neemias sente a terra fugir-lhe aos pés! Precisou assentar-se diante da grande
tristeza que abateu seu coração, por visualizar as condições de miséria de seu
povo e da cidade santa.
3.
Como povo de Deus não podemos nos conformar com a vida que levamos diante do
Senhor. Os muros (proteção) de muitos filhos de Deus estão destruídos, e o
diabo com seus demônios os invadem cativando-os em seus ardis e artimanhas.
Diante de um quadro assim, precisamos ser levados a uma comoção, como Neemias e
“chorar”, sentindo o sofrimento que nos abate como povo do Senhor! O sentimento
de tristeza associado ao choro é o início de qualquer processo de restauração.
Observe dois exemplos na Palavra de Deus – um deles de caráter pessoal e outro
de caráter nacional:
a)
Sl 31.9-10, “9 Tem compaixão de mim,
ó Senhor, porque estou angustiado; consumidos estão de tristeza os meus olhos,
a minha alma e o meu corpo. 10 Pois a minha vida está gasta de tristeza, e os
meus anos de suspiros; a minha força desfalece por causa da minha iniquidade, e
os meus ossos se consomem”.
-
Todos sabemos do grande pecado na vida de Davi – o adultério com Bate-Seba, que
o arrastou também à mentira e ao assassinato (2Sm 11). Porém quando foi repreendido pelo profeta Natã (2Sm 12.1-15), ele caiu em si. Precisava
urgentemente do perdão de Deus e de uma restauração. Porém este processo não
ocorreu sem que muitas lágrimas e tristezas viessem sobre ele.
-
É possível que este salmo tenha sido escrito no período em que Davi amargava as
consequências de seu pecado. Note como se sentia: “...consumidos estão de
tristeza os meus olhos, a minha alma e o meu corpo”. Veja ainda: “Pois a minha
vida está gasta de tristeza, e os meus anos de suspiros; a minha força
desfalece...”. Se não houvesse na vida de Davi o choro e a tristeza em razão de
sua podridão, jamais haveria sido restaurado pelo Senhor!
b)
Ed 10.1-3, “1 Ora, enquanto Esdras
orava e fazia confissão, chorando e prostrando-se diante da casa de Deus,
ajuntou-se a ele, de Israel, uma grande congregação de homens, mulheres, e
crianças; pois o povo chorava amargamente. 2 Então Seeanias, filho de Jeiel, um
dos filhos de Elão, dirigiu-se a Esdras, dizendo: Nós temos sido infiéis para
com o nosso Deus, e casamos com mulheres estrangeiras dentre os povos da terra;
contudo, no tocante a isto, ainda há esperança para Israel. 3 Agora, pois,
façamos um pacto com o nosso Deus, de que despediremos todas as mulheres e os
que delas são nascidos, conforme o conselho do meu Senhor, e dos que tremem ao
mandamento do nosso Deus; e faça-se conforme a lei”.
-
Assim como Neemias, Esdras foi um restaurador. Enquanto que Neemias foi
levantado por Deus para restaurar os muros de Jerusalém, Esdras foi levantado
para restaurar o Templo e o povo, espiritualmente e moralmente. Quando Esdras
descobre que a razão principal da deterioração moral e espiritual do povo
advinha de uma mistura racial, adquirida através de casamentos com mulheres
estrangeiras, debaixo de choro e de muita tristeza levou o povo a abandonar
tais mulheres, para que o processo de restauração fosse concretizado.
-
Num processo de restauração certamente haverá “coisas” que precisam ser
abandonadas por nós, apetrechos que se arraigaram em nossas vidas e que já
fazem parte de nosso dia-a-dia! Tais apetrechos nos levam a uma insensibilidade
espiritual, impedindo nossa comunhão com o Senhor. Que o mover do Espírito de
Deus nos leve a abandonar o lixo mundano, ainda que à custa de muito choro e
tristeza!
4.
Certamente, virá a restauração, quando nos lançarmos às lágrimas, inconformados
com nossa apatia espiritual!
II. QUEM ANSEIA POR UMA RESTAURAÇÃO
SE PÕE A JEJUAR E ORAR, RECONHECENDO QUE O ESTADO DE MISÉRIA É RESULTADO DE UMA
VIDA DE PECADOS DIANTE DO DEUS DE PODER
NE 1.4-11
“4
...e continuei a jejuar e orar perante o Deus do céu, 5 e disse: Ó Senhor, Deus
do céu, Deus grande e temível, que guardas o pacto e usas de misericórdia para
com aqueles que te amam e guardam os teus mandamentos: 6 Estejam atentos os
teus ouvidos e abertos os teus olhos, para ouvires a oração do teu servo, que
eu hoje faço perante ti, dia e noite, pelos filhos de Israel, teus servos,
confessando eu os pecados dos filhos de Israel, que temos cometido contra ti;
sim, eu e a casa de meu pai pecamos; 7 na verdade temos procedido perversamente
contra ti, e não temos guardado os mandamentos, nem os estatutos, nem os
juízos, que ordenaste a teu servo Moisés. 8 Lembra-te, pois, da palavra que
ordenaste a teu servo Moisés, dizendo: Se vós transgredirdes, eu vos espalharei
por entre os povos; 9 mas se vos converterdes a mim, e guardardes os meus
mandamentos e os cumprirdes, ainda que os vossos rejeitados estejam na
extremidade do céu, de lá os ajuntarei e os trarei para o lugar que tenho
escolhido para ali fazer habitar o meu nome. 10 Eles são os teus servos e o teu
povo, que resgataste com o teu grande poder e com a tua mão poderosa. 11 Ó
Senhor, que estejam atentos os teus ouvidos à oração do teu servo, e à oração
dos teus servos que se deleitam em temer o teu nome; e faze prosperar hoje o
teu servo, e dá-lhe graça perante este homem. (Era eu então copeiro do rei).”
1.
Outro ingrediente importante num processo de restauração é a oração associada
ao jejum. Observe que Neemias não ficou apenas “sentado” lamentando e chorando.
Como nos mostra a Palavra de Deus, ele continuou a “...jejuar e orar perante o
Deus do céu”, v. 4, numa oração
objetiva, cujo propósito era tocar o coração de Deus. Veja alguns pontos em sua
oração:
a)
Procurou comover Deus, através da exaltação de Seu nome - “Ó Senhor,
Deus do céu, Deus grande e temível...”, v.
5.
b)
Houve anseio em sua alma no sentido de que Deus o ouvisse – “Estejam
atentos os teus ouvidos e abertos os teus olhos, para ouvires a oração do teu
servo...”, v. 6; “Ó Senhor, que
estejam atentos os teus ouvidos à oração do teu servo”, v. 11.
c)
Reconheceu que o estado de miséria era proveniente da desobediência –
“...na verdade temos procedido perversamente contra ti, e não temos guardado os
mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos...”, v. 7.
d)
Apelou para as promessas divinas, “Lembra-te, pois, da palavra que
ordenaste a teu servo Moisés...”, v. 8,
“...de lá os ajuntarei e os trarei para o lugar que tenho escolhido para ali
fazer habitar o meu nome”, v. 9.
2.
É através da oração que abrimos nossa alma perante o Senhor! Porém, quando
oramos em jejum nossa sensibilidade espiritual se intensifica, uma vez que o
jejum mortifica nossa carne. Sabemos que as grandes batalhas espirituais
somente serão vencidas através da oração e jejum. Podemos ver dois exemplos nas
Escrituras:
-
Ensino de Jesus – “Esta casta não sai de modo algum, salvo à força de
oração e jejum”, Mc 9.29.
A
palavra “casta” neste texto se refere a uma grande quantidade de demônios que
viviam no corpo daquele menino. Quando lemos os versículos anteriores, podemos
ver que os discípulos não haviam conseguido expulsar aqueles demônios. Ao
perguntarem a Jesus o porquê do fracasso, veio a resposta de que somente seriam
vitoriosos em situações assim, através do jejum e oração.
-
Batalha de Josafá – “1 Depois disto sucedeu que os moabitas, e os
amonitas, e com eles alguns dos meunitas vieram contra Josafá para lhe fazerem
guerra. 2 Vieram alguns homens dar notícia a Josafá, dizendo: Vem contra ti uma
grande multidão de Edom, dalém do mar; e eis que já estão em Hazazom-Tamar, que
é En-Gedi. 3 Então Josafá teve medo, e pôs-se a buscar ao Senhor, e apregoou
jejum em todo o Judá”, 2 Cr 20.1-3.
O
cenário de uma grande guerra estava desenhado! Subiram contra os israelitas uma
multidão de moabitas, amonitas e meunitas causando grande pavor no rei Josafá e
no povo. Diante de sua incapacidade frente aos seus inimigos, Josafá ordenou um
jejum nacional. A vitória veio adiante:
“22
Ora, quando começaram a cantar e a dar louvores, o Senhor pôs emboscadas contra
os homens de Amom, de Moabe e do monte Seir, que tinham vindo contra Judá; e
foram desbaratados. 23 Pois os homens de Amom e de Moabe se levantaram contra
os moradores do monte Seir, para destruí-los e exterminar; e, acabando eles com
os moradores do monte Seir, ajudaram a destruir-se uns aos outros. 24 Nisso
chegou Judá à atalaia do deserto; e olharam para a multidão, e eis que eram
cadáveres que jaziam por terra, não havendo ninguém escapado”, 2 Cr 20.22-24.
3.
Uma verdadeira restauração espiritual sempre será precedida por um tempo
dedicado à oração e ao Jejum. Esta prática, quando observada com sinceridade,
certamente moverá o coração de Deus – “...e se o meu povo, que se chama pelo meu
nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus
caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua
terra”, 2 Cr 7.14. Deus conclama a
nos humilharmos em oração sincera, para sarar nosso coração, doente pelo
pecado!
4.
Nos dias do profeta Joel, o caos tomava conta da nação. Em virtude do alarmante
crescimento do pecado, veio o juízo de Deus. As plantações foram devoradas por
uma grande nuvem de gafanhotos! Nada que era verde escapou de seus dentes
afiados! Até mesmo as cascas das árvores foram devoradas. Não bastasse a
miséria provocada por estes insetos glutões, havia a ameaça da invasão de um
exército do norte que certamente iria “completar” o que os gafanhotos não
conseguiram! Neste clima Joel profetizou: “Todavia ainda agora diz o Senhor:
Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e
com pranto”, Jl 2.12. Aqui estava o
remédio de Deus – arrependimento sincero com jejuns, choro e pranto!
5.
Quantas vezes sofremos diante das ameaças e ações de nosso inimigo por não
buscarmos a vitória através da oração e jejum. Se quisermos uma restauração,
devemos proceder como Neemias – orar e jejuar!
III. QUEM ANSEIA POR UMA
RESTAURAÇÃO SE LANÇA À AÇÃO, INICIANDO O PROCESSO RESTAURADOR COM DISPOSIÇÃO
NE 2.1-8
“1
Sucedeu, pois, no mês de nisã, no ano vigésimos do rei Artaxerxes, quando o
vinho estava posto diante dele, que eu apanhei o vinho e o dei ao rei. Ora, eu
nunca estivera triste na sua presença. 2 E o rei me disse: Por que está triste
o teu rosto, visto que não estás doente? Não é isto senão tristeza de coração.
Então temi sobremaneira. 3 e disse ao rei: Viva o rei para sempre! Como não há
de estar triste o meu rosto, estando a cidade, o lugar dos sepulcros de meus
pais, assolada, e tendo sido consumidas as suas portas pelo fogo? 4 Então o rei
me perguntou: Que me pedes agora? Orei, pois, ao Deus do céu, 5 e disse ao rei:
Se for do agrado do rei, e se teu servo tiver achado graça diante de ti,
peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu
a reedifique. 6 Então o rei, estando a rainha assentada junto a ele, me disse:
Quanto durará a tua viagem, e quando voltarás? E aprouve ao rei enviar-me,
apontando-lhe eu certo prazo. 7 Eu disse ainda ao rei: Se for do agrado do rei,
dêem-se-me cartas para os governadores dalém do Rio, para que me permitam
passar até que eu chegue a Judá; 8 como também uma carta para Asafe, guarda da
floresta do rei, a fim de que me dê madeira para as vigas das portas do castelo
que pertence à casa, e para o muro da cidade, e para a casa que eu houver de
ocupar. E o rei mas deu, graças à mão benéfica do meu Deus sobre mim. 9 Então
fui ter com os governadores dalém do Rio, e lhes entreguei as cartas do rei.
Ora, o rei tinha enviado comigo oficiais do exército e cavaleiros”.
1.
Em angústia, devido a situação de seu povo na terra, Neemias não pôde esconder
do rei sua tristeza. Seu comportamento foi modificado e a alegria sumiu de seu
rosto, ao ponto do rei perguntar: “Por que está triste o teu rosto, visto que
não estás doente?”, v.
2.
Deste diálogo com o rei, surge uma grande oportunidade, onde Neemias coloca a
intenção de seu coração – voltar à sua terra para promover uma grande
restauração da cidade. Observe a decisão do rei: “...aprouve ao rei
enviar-me...”, v. 6. Quando buscamos
a Deus com nosso coração disposto, Ele cria situações, remove obstáculos, abre
portas, etc. No dizer de Daniel o Senhor “...muda os tempos e as estações; ele
remove os reis e estabelece os reis; é ele quem dá a sabedoria aos sábios e o
entendimento aos entendidos”, Dn 2.21.
O caminho para a restauração estava aberto!
3.
Porém, Neemias foi ainda mais ousado. Havia necessidade de uma grande
quantidade de material para a obra. Ele aproveitou o momento, para solicitar de
seu rei algumas cartas e entre elas, uma carta especial para Asafe, guarda da
floresta do rei para que lhe fornecesse madeira “...para as vigas das portas do
castelo que pertence à casa, e para o muro da cidade, e para a casa que eu
houver de ocupar”, v. 8. Seu pedido
foi atendido prontamente.
4.
Tudo estava pronto! Neemias parte e chega a Jerusalém: “Cheguei a Jerusalém,
onde estive três dias”, v. 11.
Bastava agora arregimentar o pessoal necessário e começar a obra, o que
aconteceu alguns dias depois. E desta forma os muros foram restaurados, Ne 4.6, “Assim edificamos o muro; e
todo o muro se completou até a metade da sua altura; porque o coração do povo
se inclinava a trabalhar”.
5.
Uma restauração somente poderá acontecer quando nos lançarmos à ação! De nada
adianta ficarmos apenas orando, jejuando, nos humilhando, se algo não for
feito! Neemias foi à frente, se lançou à ação e pôde contemplar o êxito de sua
missão.
6.
Porém algo é certo! Jamais poderemos contemplar o poder de Deus estando nossas
vidas arruinadas pelo pecado! A restauração se faz necessário para
visualizarmos o poder de Deus. Dois exemplos:
a)
Elias no Monte Carmelo, 1Rs 18.30, “Então Elias disse a todo o povo:
chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele. E Elias reparou o altar do
Senhor, que havia sido derrubado”.
Na
sequência deste texto, podemos observar a manifestação poderosa de Deus:
“38
Então caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, a lenha, as pedras, e o pó,
e ainda lambeu a água que estava no rego. 39 Quando o povo viu isto, prostraram-se
todos com o rosto em terra e disseram: O senhor é Deus! O Senhor é Deus!”
Deus
jamais poderia agir se o altar não fosse restaurado. Elias poderia clamar, se
dilacerar, assim como já haviam procedido os profetas de Baal, e com certeza
nenhum sinal de Deus viria! Porém, com o altar restaurado, o fogo caiu!
b)
Profecia de Jeremias, Jr 15.19, “Portanto assim diz o Senhor: Se tu
voltares, então te restaurarei, para estares diante de mim; e se apartares o precioso
do vil, serás como a minha boca; tornem-se eles a ti, mas não voltes tu a
eles”.
Não
podemos negligenciar o fato de que é Deus quem nos restaura e isto somente
acontecerá quando “nos voltarmos para Ele”, a aprendermos a separar “o precioso
do vil”.
6.
Deus não quer que seu povo viva arruinado, aos cacos, aos pedaços, vivendo no
opróbrio. No entanto, muitos filhos de Deus estão perdendo o melhor da vida
cristã, por negligenciarem o poder restaurador do Senhor. Devemos nos lançar à
ação e deixar o resto com o Deus Eterno.
CONCLUSÃO
1.
Deus planejou na terra uma igreja forte, um povo vitorioso, filhos que não
estejam comprometidos com o pecado e nem associados ao mundanismo. Contudo, ao
olharmos para o povo de Deus, percebemos o quanto carecemos do poder
restaurador do Espírito Santo.
2.
Sabemos que o sacrifício de Jesus pela sua Igreja, foi para “...para
apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem qualquer
coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”, Ef 5.27. Deve haver entre nós um anseio forte por uma restauração
que de fato agrade ao Senhor da Glória!
3.
Não podemos nos conformar com esta avalanche de mundanismo invadindo a Igreja
de Cristo, causando tristezas ao coração do Pai. Paulo nos alertou
veementemente: “E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela
renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e
perfeita vontade de Deus”, Rm 12.2.
Observe duas palavras que são evidentes em qualquer processo de restauração –
“transformação” e “renovação”. Ou seja precisamos ser “transformados” pelo
poder do Espírito e “renovados” em nossa vida com Deus!
4.
Não podemos nos esquecer que “se alguém está em Cristo, nova criatura é; as
coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”, 2Co 5.17. Quanta “velharia” precisa ser extirpada de nossa vida! Só
assim provaremos o sabor de uma verdadeira restauração, experimentando a
“...boa, agradável e perfeita vontade de Deus”!