SAI... ABRAÃO!

GN 12.1-3

 

Pr. José Antônio Corrêa

 

1 Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. 2 Eu farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção. 3 Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.

 

INTRODUÇÃO:

1. A conversão de uma vida para o reino de Deus implica em muitas renúncias pessoais, as quais fazem parte da vida de todo aquele que ainda não desfrutou de uma experiência com Deus. Sem renúncia não há vida em Deus, não há salvação, não há libertação. É por isso que Jesus disse: "Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui, não pode ser meu discípulo", Lc 14.33. Ao olharmos para o Novo Testamento iremos encontrar muitas pessoas que para seguir ao Senhor, tiveram que deixar para trás valores sociais, religiosos e pessoais:

a) Pedro e André deixaram suas redes e a companhia de pesca, Mt 4.20, "Eles, pois, deixando imediatamente as redes, o seguiram". O mesmo aconteceu com Tiago e João, filhos de Zebedeu, Mt 4.21, "E, passando mais adiante, viu outros dois irmãos - Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, no barco com seu pai Zebedeu, consertando as redes; e os chamou".

b) Mateus deixou seu emprego público, Mt 9.9, "Partindo Jesus dali, viu sentado na coletoria um homem chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu".

c) Paulo deixou sua posição social/religiosa, Fp 3.8, "sim, na verdade, tenho também como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo".

2. Analisando o texto bíblico inicial, iremos ver que Abraão, ao ser chamado por Deus teve que "SAIR", deixando para trás muitas coisas, como por exemplo: sua terra, sua conjuntura social, seus parentes, sua religião, etc.. Da mesma forma, o homem moderno, para desfrutar de uma experiência com Deus, precisa sair do contexto em que vive. "A ORDEM DE DEUS É":

 

I. SAI DA TUA TERRA

1. Para obedecer a Deus, Abraão precisava desvincular-se da sociedade pecaminosa em que estava inserido. Quando Josué estava conduzindo o povo de Deus a tomar uma decisão importante, fez referência ao passado de Abraão: Js 24.2, "2 Disse então Josué a todo o povo: Assim diz o Senhor Deus de Israel: Além do Rio habitaram antigamente vossos pais, Tera, pai de Abraão e de Naor; e serviram a outros deuses. 3 Eu, porém, tomei a vosso pai Abraão dalém do Rio, e o conduzi por toda a terra de Canaã; também multipliquei a sua descendência, e dei-lhe Isaque". Desta palavra de Josué deduzimos:

a) A família de Abraão servia outros deuses. Ur da Caldéia, sua cidade natal era a capital, do reino da Babilônia, famosa pela sua religião pervertida, corrupta. No livro de Jeremias Deus anuncia sua destruição e ordena ao seu povo que saia dela: "42 O mar subiu sobre Babilônia; coberta está com a multidão das suas ondas. 43 Tornaram-se as suas cidades em ruínas, terra seca e deserta, terra em que ninguém habita, nem passa por ela filho de homem. 44 E castigarei a Bel em Babilônia, e tirarei da sua boca o que ele tragou; e nunca mais concorrerão a ele as nações; o muro de Babilônia está caído. 45 Saí do meio dela, ó povo meu, e salve cada um a sua vida do ardor da ira do Senhor", Jr 51.42-45. Esta mesma ordem com relação à Babilônia moderna, que ressurgirá no final dos tempos, nos é transmitida no livro de Apocalipse: "Ouvi outra voz do céu dizer: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos sete pecados, e para que não incorras nas suas pragas", Ap 18.4.

b) Observe como Josué fala: "...tomei a vosso pai Abraão dalém do Rio...", Js 24.2. O verbo "tomar", vem do grego "xql" – laqach, e tem a idéia de "arrastar, segurando pela mão", "tirar de", o que nos sugere que Abraão foi "arrancado" por Deus de sua cidade natal com o objetivo de conduzi-lo à terra da promessa. Esta é a idéia que aparece em Gênesis 15.7: "Disse-lhe mais: Eu sou o Senhor, que te tirei (te arrastei) de Ur dos caldeus, para te dar esta terra em herança".

3. Outro fator que devemos considerar é que Ur da Caldéia, estava no coração de Abraão! Observe a expressão: "tua terra" (Js 24.3), o que mostra o quanto Abraão estava vinculado ao seu contexto social. Era ali que ele trabalhava, havia constituído família, tinha acumulado riquezas, etc. Deixar a cidade implicava em deixar para trás tudo quanto possuía!

4. Antes de conhecermos a Palavra de Deus nós também pertencíamos à "terra", nosso lugar de apego. Todo filho de Deus tem uma história pregressa que inclui família, vida pessoal, vida social, amigos, etc. Houve um momento de nossa vida em que precisamos deixar estes vínculos para servirmos a Deus. Paulo fala desta transformação ocorrida nos irmãos tessalonicenses, "...como vos convertestes dos ídolos a Deus, para servirdes ao Deus vivo e verdadeiro", 1 Ts 1.9.

5. Algo importante que precisamos entender é que, da mesma forma que Abraão precisou ser "arrancado" da "terra" pela ação de Deus, nós também precisamos depender da ação de Deus para nos tirar das garras do mundo. Certamente, por nossas próprias forças não conseguiríamos deixar para trás valores pessoais, sociais, religiosos, etc. para servirmos ao Deus Vivo! Assim, todos aqueles que aspiram por uma vida em Deus, precisam da ajuda de seu Espírito Santo, para arrancá-los das influências da "terra".

6. Fato inusitado é que precisamos sair da "terra", símbolo do mundo, para caminhar em demanda à terra da promessa, a Canaã celestial. Assim como Abraão "...esperava a cidade que tem os fundamentos, da qual o arquiteto e edificador é Deus", Hb 11.10, também nós, filhos de Deus esperamos a cidade santa, a nova Jerusalém (Ap 21.1-2). Como nos diz o escritor da Carta aos Hebreus, "...mas tendes chegado ao Monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial...", Hb 12.22.

 

II. SAI DA TUA PARENTELA

1. Não somente Abraão deveria deixar sua terra, mas também necessitava deixar sua parentela, uma vez que os vínculos familiares são muito fortes e podem impedir a bênção de Deus. É bem verdade que foi mais difícil Abraão romper com seus familiares, do que romper com sua terra. Tanto é, que arrastou após si seu pai e seu sobrinho Ló. Seu pai morreu em Harã. Porém quando partiu de Harã, a Palavra de Deus nos diz que "Ló foi com ele", Gn 12.4.

2. Este vínculo não desfeito de Abraão com Ló custou, mais tarde, muitos aborrecimentos, conforme podemos destacar:

a) A contenda entre os pastores de Ló e os pastores de Abraão, que forçou uma separação traumática, Gn 13.7-12, "7 Pelo que houve contenda entre os pastores do gado de Abrão, e os pastores do gado de Ló. E nesse tempo os cananeus e os perizeus habitavam na terra. 8 Disse, pois, Abrão a Ló: Ora, não haja contenda entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos irmãos. 9 Porventura não está toda a terra diante de ti? Rogo-te que te apartes de mim. Se tu escolheres a esquerda, irei para a direita; e se a direita escolheres, irei eu para a esquerda. 10 Então Ló levantou os olhos, e viu toda a planície do Jordão, que era toda bem regada (antes de haver o Senhor destruído Sodoma e Gomorra), e era como o jardim do Senhor, como a terra do Egito, até chegar a Zoar. 11 E Ló escolheu para si toda a planície do Jordão, e partiu para o oriente; assim se apartaram um do outro. 12 Habitou Abrão na terra de Canaã, e Ló habitou nas cidades da planície, e foi armando as suas tendas até chegar a Sodoma".

b) O surgimento de nações inimigas do povo judeu através do relacionamento incestuoso de Ló com suas filhas, Gn 19.30-37, "30 E subiu Ló de Zoar, e habitou no monte, e as suas duas filhas com ele; porque temia habitar em Zoar; e habitou numa caverna, ele e as suas duas filhas. 31 Então a primogênita disse à menor: Nosso pai é já velho, e não há varão na terra que entre a nós, segundo o costume de toda a terra; 32 vem, demos a nosso pai vinho a beber, e deitemo-nos com ele, para que conservemos a descendência de nosso pai. 33 Deram, pois, a seu pai vinho a beber naquela noite; e, entrando a primogênita, deitou-se com seu pai; e não percebeu ele quando ela se deitou, nem quando se levantou. 34 No dia seguinte disse a primogênita à menor: Eis que eu ontem à noite me deitei com meu pai; demos-lhe vinho a beber também esta noite; e então, entrando tu, deita-te com ele, para que conservemos a descendência de nosso pai. 35 Tornaram, pois, a dar a seu pai vinho a beber também naquela noite; e, levantando-se a menor, deitou-se com ele; e não percebeu ele quando ela se deitou, nem quando se levantou. 36 Assim as duas filhas de Ló conceberam de seu pai. 37 A primogênita deu a luz a um filho, e chamou-lhe Moabe; este é o pai dos moabitas de hoje. 38 A menor também deu à luz um filho, e chamou-lhe Ben-Ami; este é o pai dos amonitas de hoje".

- Após a separação entre Abraão e Ló, podemos notar que em virtude de sua má escolha, Ló foi habitar nas proximidades de Sodoma, cidade grandemente pervertida, atolada nos mais terríveis pecados. Atraído pela "cidade grande", mais tarde vemos Ló fixando residência em Sodoma. Com a destruição da cidade através da intervenção direta de Deus, que a consumiu em meio ao fogo e enxofre, Ló perde sua mulher ao fugir para salvar sua pele. Suas filhas, com medo de perder a descendência da família, programaram um relacionamento sexual com o próprio pai, que teve como conseqüência o surgimento dos moabitas e amonitas, nações que mais tarde foram "pedra no sapato" de Israel, levantando constantes conflitos bélicos.

- Se Abraão houvesse tido o cuidado de obedecer na íntegra a ordem de Deus, deixando para trás, além da "terra", também seus parentes, com certeza teria evitado tantos aborrecimentos futuros.

2. Nós também precisamos deixar nossa parentela, se desejamos ser abençoados por Deus:

a) Há uma promessa do Senhor para aqueles que rompem com seus parentes por amor à causa divina: "E todo o que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna", Mt 19.29.

- Jesus sabia o quanto nossa família de sangue pode ser instrumento nas mãos do diabo para impedir o operar de Deus em nós. Isto não significa que precisamos desprezar nossos parentes, mas não podemos permitir que eles interfiram em nosso relacionamento com o Deus Santo. O Deus a quem servimos é mais importante que a família terrena! Se temos que fazer uma opção, que optemos pelo Senhor e sua obra!

b) Não podemos amar nossa família com um amor superior ao amor que devemos a Deus, "Se alguém vier a mim, e não aborrecer a pai e mãe, a mulher e filhos, a irmãos e irmãs, e ainda também à própria vida, não pode ser meu discípulo, Lc 14.26.

- Jesus sabia o quanto o homem está vinculado pelos laços familiares. Algumas vezes encontrou pessoas que não estavam dispostas a abandonar estes vínculos para segui-lo: "59 E a outro disse: Segue-me. Ao que este respondeu: Permite-me ir primeiro sepultar meu pai. 60 Replicou-lhe Jesus: Deixa os mortos sepultar os seus próprios mortos; tu, porém, vai e anuncia o reino de Deus", Lc 9.59-60. Por esta razão adverte que nosso amor a Deus, deve ser superior ao amor que temos pela nossa família!

3. Veja o que Paulo fala quando foi chamado ao ministério: "15 Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça, 16 revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, não consultei carne e sangue". A expressão "não consultei carne e sangue", tem a ver com pessoas, que podiam ser até seus familiares mais chegados. Ao receber o chamado de Deus para Sua obra, Paulo não foi pedir permissão para sua família, ou para qualquer pessoa a quem ele estava vinculado. Pelo contrário seguiu o comando do Senhor engajando-se no ministério da Palavra, ainda que isso viesse contrariar seus parentes ou pessoas mais próximas!

4. Precisamos perder o vínculo com a família terrena para nos vincularmos à família de Deus, "Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus", Ef 2.19. Ao recebermos Jesus em nosso coração, passamos a fazer parte de uma família especial que é a "família de Deus". O vínculo que temos na família de Deus nos trás inúmeros privilégios, incomparáveis aos privilégios terrenos. Paulo nos diz: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo", Ef 1.3.

 

III. SAI PARA SER UMA BÊNÇÃO

1. Abraão estaria apto para "ser abençoado" e ser uma bênção para outros ("sê tu uma bênção", v. 2), somente se deixasse para traz todo vínculo social e familiar. É preciso nos esvaziar, perder tudo o que temos e somos, para Deus operar em nós. Nossa vida, nossas posses, nossos sonhos, devem ser substituídos pela vida de Deus. Não há como levar uma vida "dupla" e ser agradáveis ao Senhor a quem nos propomos servir! Não podemos servir ao mesmo tempo a "dois senhores", Mt 6.24, "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas".

2. Quando Paulo, teve o encontro com o Senhor na estrada de Damasco, precisou renunciar tudo o que era e fazia parte de sua vida. Dali para frete sua vida seria dirigida pelo Senhor! Ele fala disso em muitos textos das Escrituras:

a) Fp 3.7-8, "7 Mas o que para mim era lucro passei a considerá-lo como perda por amor de Cristo; 8 sim, na verdade, tenho também como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo".

b) Gl 2.19-20, "19 Pois eu pela lei morri para a lei, a fim de viver para Deus. 20 Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim".

c) Paulo tinha convicção que para estar no centro da vontade de Deus e ser bênção para outros, deveria investir todos os seus recursos no reino. Só assim poderia cumprir o propósito de Deus para ele! Só assim poderia tornar o nome de Jesus conhecido dos gentios, dos reis da terra e de seu próprio povo, At 9.15, "Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome perante os gentios, e os reis, e os filhos de Israel".

3. Quando entregamos nossa vida aos cuidados do Senhor, devemos entender que não mais vivemos para nós mesmos, Rm 14.7, "Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si". Muitos filhos de Deus, mesmo após professar a fé cristã, ainda estão comprometidos com a vida que levavam no mundo e vivem em função de si mesmos. São pessoas que saíram do mundo, mas o mundo não saiu delas! Não é por acaso que João nos adverte: "15 Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. 16 Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo.17 Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para sempre".

4. Se vivemos em função do reino de Deus, nada mais tem valor para nós, a não ser os próprios valores do reino! Seremos equiparados aos "heróis da fé" que sofreram escárnios, açoites, cadeias e prisões; foram apedrejados, tentados, serrados pelo meio, morreram ao fio da espada, necessitados, aflitos, maltratados; viveram errantes pelos desertos e montes, pelas covas e cavernas da terra (Hb 11.36-38). Estes homens, "dos quais o mundo não era digno" (v. 38), somente sofreram tais afrontas e agressões, porque vislumbram o reino, e buscavam uma pátria superior. Esperam a "...cidade que tem os fundamentos, da qual o arquiteto e edificador é Deus", v. 10.

5. Ao nos tornarmos participantes do reino de Deus, devemos sair da conjuntura que vivíamos, trocando nossos valores pelo valor maior. Devemos entender que agora fazemos parte de uma nova pátria, um novo povo, uma nova família, etc.. Assim como Paulo, preciso ter consciência de que "o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo" (Gl 6.14), e devo gloriar-me não em minhas posses terrenas mas "na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo" (Gl 6.14).

6. Agindo assim, seremos bênção para Deus e para aqueles que estão à nossa volta!

 

CONCLUSÃO:

1. Pelo exemplo de Abraão, ao nos tornarmos filhos de Deus pela fé em Cristo, precisamos:

a.    deixar a nossa terra – todos os valores mundanos;

b.    deixar nossa parentela – todos os vínculos familiares e humanos;

2. Se assim procedermos, da mesma maneira que Abraão haveria de ser uma bênção para "todas as famílias da terra", seremos também fonte de bênçãos para outras vidas! Precisamos entender que como filhos de Deus, não dá para vivermos em dois reinos – o reino de Deus e o mundo. Se o mundo ainda está enraizado em nós, se sedemos às suas paixões e concupiscências, estamos perdendo os valores do reino. O mundo para o crente deve ficar para trás, como uma lembrança amarga e irrepetível!