A ARCA DA ALIANÇA

EX 25.10-16; HB 9.4

 

 

Pr. José Antônio Corrêa

 

 

INTRODUÇÃO:

 

1. Nesta noite queremos tecer algumas considerações sobre a “Arca da Aliança”. A arca era um móvel de madeira, com revestimento em ouro puro por dentro e por fora. Sobre a Arca estava o propiciatório, que era uma espécie de tampa em forma de coroa, também revestido totalmente de ouro. Sobre o propiciatório havia dois querubins de ouro que eram colocados um de frente para o outro e tendo suas asas estendidas sobre o propiciatório.

 

2. No período de caminhada no deserto, a Arca da Aliança, era um instrumento que simbolizava a presença de Deus no meio de seu povo. Tanto é, que ela ia à frente do povo conduzida por quatro sacerdotes, um sinal de que o Deus que cremos caminha à nossa frente nos embates da vida. Hoje, a presença de Deus não é mais simbolizada por quaisquer instrumentos de ouro ou de madeira. Ele está em nós! Todo cristão autêntico tornar um templo do Espírito Santo de Deus, 1Co 3.16, “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?”.

 

3. Quando o povo de Deus chegou na Terra da Promessa, e com a construção do Templo nos dias de Salomão, a Arca da Aliança, foi colocada em um lugar dentro do Templo chamado “Santo dos Santos”, lugar este, separado dos outros compartimentos por uma cortina muito resistente. Dentro da Arca estavam três peças importantes e que marcaram época na história do povo de Deus: As Tábuas da Lei, um Pote do Maná e a Vara de Arão. Nesta noite queremos verificar:

 

 

“QUAL A SIMBOLOGIA DESTES INSTRUMENTOS, APLICANDO-A EM NOSSAS VIDAS”:

 

 

I. AS TÁBUAS DA LEI – A PALAVRA DE DEUS

 

“Então, disse o SENHOR a Moisés: Sobe a mim, ao monte, e fica lá; dar-te-ei tábuas de pedra, e a lei, e os mandamentos que escrevi, para os ensinares”, Êx 24.12.

 

“9 Subindo eu ao monte a receber as tábuas de pedra, as tábuas da aliança que o SENHOR fizera convosco, fiquei no monte quarenta dias e quarenta noites; não comi pão, nem bebi água. 10 Deu-me o SENHOR as duas tábuas de pedra, escritas com o dedo de Deus; e, nelas, estavam todas as palavras segundo o SENHOR havia falado convosco no monte, do meio do fogo, estando reunido todo o povo. 11 Ao fim dos quarenta dias e quarenta noites, o SENHOR me deu as duas tábuas de pedra, as tábuas da aliança”, Dt 9.9-11.

 

1. “As tábuas da lei foram colocadas dentro da arca porque os mandamentos constituíam o regulamento da aliança de Deus com Israel. A lei é a Palavra de Deus. Se já recebemos a Cristo em nossos corações, nossa próxima providência deve ser a busca do conhecimento da Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Como escreveu Paulo: “A Palavra de Cristo habite abundantemente em vossos corações”. (Cl 3.16) (Anísio Renato de Andrade - e-mail anisiora@mg.trt.gov.br ).

 

2. É preciso que valorizemos a Palavra de Deus em nossas vidas. Certamente a ação dela em nós irá determinar o tipo de vida cristã que teremos. Quando valorizamos a Palavra, nossa comunhão com Deus cresce, nossa vida em Deus enriquece. Vejamos alguns textos que nos mostram o valor da Palavra de Deus para vida íntima daquele que é servo:

 

a) A intimidade com a Palavra de Deus nos dará prazer, Sl 1.1-3, “1 Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. 2 Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. 3 Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido”.

 

- A expressão “o seu prazer está na lei do Senhor”, designa muito bem o que o salmista achava da Palavra de Deus. É preciso trocar o prazer das companhias humanas pelo prazer do contato com a Palavra. O homem que tem prazer em ler e meditar na Palavra de Deus, certamente prosperará em seu caminho – “tudo quanto fizer prosperará”.

 

- Observe que aquele que tem intimidade com a Palavra de Deus atrai sobre a sua vida a “prosperidade”. É como uma árvore junto à margem de um rio – estará sempre viçosa e frutífera. Este foi o segredo do José, no Egito – “O SENHOR era com José, que veio a ser homem próspero; e estava na casa de seu senhor egípcio”, Gn 39.2.

 

b) A intimidade com a Palavra de Deus nos dá direção Sl 119.105, “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos”.

 

- Neste caso, o salmista afirma que a única direção segura para a vida está na observância da Palavra de Deus. Sabemos da importância da luz para iluminar as trevas. Com toda certeza, somente a Palavra de Deus pode iluminar o nosso caminho, nos mostrando as armadilhas e artimanhas do diabo o Príncipe das Trevas.

 

- Quando temos a Palavra de Deus como condutora em nosso caminho, ficaremos livres de muitas decepções, enganos, erros, que certamente marcam a existência de muitas vidas que caminham sem rumo!

 

c) A intimidade com a Palavra de Deus, nos proporciona o autoexame para estarmos sempre concertando nossa vida cristã diante do Pai, Hb 4.12, “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”. 

 

- Seu poder de penetração nos tornará conscientes quando errarmos e em sua obediência, somos trazidos de volta a Deus. Ela nos regenera na salvação e nos vivifica quando o pecado nos abate – “pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente”, 1Pe 1.23.

 

d) A intimidade com a Palavra de Deus nos garante a vitória contra o diabo, Ef 6.17, “Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”.

 

- É no o exercício da Palavra de Deus que vencemos as tentações e toda astúcia de nosso inimigo – “Filhinhos, eu vos escrevi, porque conheceis o Pai. Pais, eu vos escrevi, porque conheceis aquele que existe desde o princípio. Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno”, 1Jo 2.14.

 

Veja o exemplo de Cristo ao ser tentado pelo diabo no deserto:

 

A Tentação na hora da fome: “3 Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. 4 Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”, Mt 4.3-4.

 

A tentação sobre proteção de perigos: “5 Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo 6 e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. 7 Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus”, Mt 4.5-7.

 

A tentação da riqueza fácil: “8 Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles 9 e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. 10 Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. 11 Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram”, Mt 4.8-11.

 

Observe que Jesus venceu Satanás utilizando somente a Palavra de Deus.

 

3. Sim, precisamos beber da Palavra de Deus! Ela precisa “habitar ricamente em nós”, para podermos ser transformados à imagem de Cristo, e sermos vitoriosos contra os ataques do inimigo.

 

 

II. O MANÁ – PROVISÃO DE DEUS

 

 

“14 E, quando se evaporou o orvalho que caíra, na superfície do deserto restava uma coisa fina e semelhante a escamas, fina como a geada sobre a terra. 15 Vendo-a os filhos de Israel, disseram uns aos outros: Que é isto? Pois não sabiam o que era. Disse-lhes Moisés: Isto é o pão que o SENHOR vos dá para vosso alimento”, Êx 16.14-15.

 

“Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do SENHOR viverá o homem”, Dt 8.3.

 

O alimento material constitui-se uma das maiores preocupações do homem. Calcula-se que pelo menos 30% da população mundial vive em condições altamente precárias sofrendo os horrores da fome. Quando falamos de maná, não estamos falando de alimento material, embora ele tenha sido dado com esta função, mas estamos falando do alimento espiritual, da provisão de Deus para seus filhos.

 

1. No Antigo Testamento, o maná passou a ser figura da provisão e cuidado de Deus ao seu povo:

 

a) Ne 9.20, “E lhes concedeste o teu bom Espírito, para os ensinar; não lhes negaste para a boca o teu maná; e água lhes deste na sua sede”.

 

b) Sl 78.23-25, “23 Nada obstante, ordenou às alturas e abriu as portas dos céus; 24 fez chover maná sobre eles, para alimentá-los, e lhes deu cereal do céu. 25 Comeu cada qual o pão dos anjos; enviou-lhes ele comida a fartar”.

 

2. No Novo Testamento, o mesmo é figura do próprio Jesus em seu cuidado e provisão com seus discípulos:

 

a) Quando Jesus foi tentado pelo diabo no deserto, o tentador sabendo que o mestre estava há quarenta dias sem comer, sugeriu que Ele transformasse pedras em pães: Mt 4.3, “Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães”. Pela resposta do Senhor, percebemos que embora o pão seja essencial, o alimento mais importante para o homem é a Palavra de Deus: “Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”, Mt 4.4.

 

b) Quando o mestre coloca o pão equiparado à “Palavra de Deus”, ele falava de si mesmo. Veja como Jesus é a própria “Palavra de Deus”: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”, Jo 1.1.

 

c) Jo 8.31-35, “31 Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer pão do céu. 32 Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: não foi Moisés quem vos deu o pão do céu; o verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos dá. 33 Porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo. 34 Então, lhe disseram: Senhor, dá-nos sempre desse pão. 35 Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede”.

 

- Note que nesta passagem das Escrituras, o Senhor está fazendo uma comparação entre o “maná”, e Ele próprio. Ele afirma ser o pão que desceu dos céus. Lembre-se que da mesma forma que o maná descia do céu, Jesus também desceu do céu, como alimento espiritual daqueles que o recebem como Senhor de suas vidas.

 

- Um fato a destacar é que o alimento material - “maná” supria a necessidade do povo apenas por um dia e não podia ser guardado para o dia seguinte: Êx 16.20, “Eles, porém, não deram ouvidos a Moisés, e alguns deixaram do maná para a manhã seguinte; porém deu bichos e cheirava mal. E Moisés se indignou contra eles”. Já o “Pão do Céu” – Jesus, nos alimenta para sempre: “Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede”, v.35.

 

3. Um fato notável é que tanto no Antigo, quando no Novo Testamento há promessas do cuidado de Deus para conosco:

 

a) Sl 23.1-6, “1 O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará. 2 Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso; 3 refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome. 4 Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam. 5 Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda. 6 Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do SENHOR para todo o sempre”.

 

b) Sl 37.25, “Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão”.

 

c) Fp 4.19, “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades”.

 

d) 2Co 9.7-9, “7 Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. 8 Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra, 9 como está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre”.

 

 

III. A VARA DE ARÃO – O PODER DE DEUS

 

“1 Disse o SENHOR a Moisés: 2 Fala aos filhos de Israel e recebe deles bordões, uma pela casa de cada pai de todos os seus príncipes, segundo as casas de seus pais, isto é, doze bordões; escreve o nome de cada um sobre o seu bordão. 3 Porém o nome de Arão escreverás sobre o bordão de Levi; porque cada cabeça da casa de seus pais terá um bordão. 4 E as porás na tenda da congregação, perante o Testemunho, onde eu vos encontrarei. 5 O bordão do homem que eu escolher, esse florescerá; assim, farei cessar de sobre mim as murmurações que os filhos de Israel proferem contra vós. 6 Falou, pois, Moisés aos filhos de Israel, e todos os seus príncipes lhe deram bordões; cada um lhe deu um, segundo as casas de seus pais: doze bordões; e, entre eles, o bordão de Arão. 7 Moisés pôs estes bordões perante o SENHOR, na tenda do Testemunho. 8 No dia seguinte, Moisés entrou na tenda do Testemunho, e eis que o bordão de Arão, pela casa de Levi, brotara, e, tendo inchado os gomos, produzira flores, e dava amêndoas. 9 Então, Moisés trouxe todos os bordões de diante do SENHOR a todos os filhos de Israel; e eles o viram, e tomou cada um o seu bordão. 10 Disse o SENHOR a Moisés: Torna a pôr o bordão de Arão perante o Testemunho, para que se guarde por sinal para filhos rebeldes; assim farás acabar as suas murmurações contra mim, para que não morram”, Nm 17.1-10.

 

1. Podemos destacar abaixo o comentário do Prof. Anísio:

 

- “Essa vara era um pedaço de pau, galho da amendoeira, usado, provavelmente, para conduzir o rebanho. Quando Deus quis dar um sinal ao povo, fez com que a vara de Aarão, aquela madeira seca e velha, produzisse brotos, flores e frutos. Isso é extraordinário!

 

- Qual o significado da vara de Aarão para nós? Poder de Deus, ação do Espírito Santo, de maneira que o impossível acontece e maravilhas se realizam. É o poder da ressurreição. Aleluia! O sinal da vara de Aarão nos mostra a ação de Deus quando já se pensa que é tarde demais.

 

Se já recebemos o Senhor Jesus e já temos adquirido o conhecimento da Palavra de Deus, busquemos ainda o batismo e o enchimento do Espírito Santo. Dessa forma, nossa vida cristã não se resumirá em fé e palavras, mas em manifestação do poder de Deus” (Anísio Renato de Andrade - e-mail anisiora@mg.trt.gov.br ).

 

2. Certamente, o milagre da vara de Arão nos aponta para os impossíveis. Quando não há nenhuma possibilidade de ação de homem é que Deus entra e age para demonstrar o seu grande poder de realizações. Vejamos alguns exemplos na Palavra de Deus:

 

a) A passagem pelo Mar Vermelho, Êx 14. 6-16, 21-22, “6 E aprontou Faraó o seu carro e tomou consigo o seu povo; 7 e tomou também seiscentos carros escolhidos e todos os carros do Egito com capitães sobre todos eles. 8 Porque o SENHOR endureceu o coração de Faraó, rei do Egito, para que perseguisse os filhos de Israel; porém os filhos de Israel saíram afoitamente. 9 Perseguiram-nos os egípcios, todos os cavalos e carros de Faraó, e os seus cavalarianos, e o seu exército e os alcançaram acampados junto ao mar, perto de Pi-Hairote, defronte de Baal-Zefom. 10 E, chegando Faraó, os filhos de Israel levantaram os olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então, os filhos de Israel clamaram ao SENHOR. 11 Disseram a Moisés: Será, por não haver sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos trataste assim, fazendo-nos sair do Egito? 12 Não é isso o que te dissemos no Egito: deixa-nos, para que sirvamos os egípcios? Pois melhor nos fora servir aos egípcios do que morrermos no deserto. 13 Moisés, porém, respondeu ao povo: Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do SENHOR que, hoje, vos fará; porque os egípcios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. 14 O SENHOR pelejará por vós, e vós vos calareis. 15 Disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem. 16 E tu, levanta o teu bordão, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco. 21 Então, Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o SENHOR, por um forte vento oriental que soprou toda aquela noite, fez retirar-se o mar, que se tornou terra seca, e as águas foram divididas. 22 Os filhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas lhes foram qual muro à sua direita e à sua esquerda.

 

b) O cego de nascença, Jo 9.1-7, “1 Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. 2 E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? 3 Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus. 4 É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. 5 Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. 6 Dito isso, cuspiu na terra e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego, 7 dizendo-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado). Ele foi, lavou-se e voltou vendo”.

 

3. Porém, o maior significado relacionado à vara de Arão, está no poder de Deus para dar vida àquilo que está morto:

 

a) O vale de ossos secos, Ez 37.1-15, “1 Veio sobre mim a mão do SENHOR; ele me levou pelo Espírito do SENHOR e me deixou no meio de um vale que estava cheio de ossos, 2 e me fez andar ao redor deles; eram mui numerosos na superfície do vale e estavam sequíssimos. 3 Então, me perguntou: Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos? Respondi: SENHOR Deus, tu o sabes. 4 Disse-me ele: Profetiza a estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do SENHOR. 5 Assim diz o SENHOR Deus a estes ossos: Eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis. 6 Porei tendões sobre vós, farei crescer carne sobre vós, sobre vós estenderei pele e porei em vós o espírito, e vivereis. E sabereis que eu sou o SENHOR. 7 Então, profetizei segundo me fora ordenado; enquanto eu profetizava, houve um ruído, um barulho de ossos que batiam contra ossos e se ajuntavam, cada osso ao seu osso. 8 Olhei, e eis que havia tendões sobre eles, e cresceram as carnes, e se estendeu a pele sobre eles; mas não havia neles o espírito. 9 Então, ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. 10 Profetizei como ele me ordenara, e o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso. 11 Então, me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; estamos de todo exterminados. 12 Portanto, profetiza e dize-lhes: Assim diz o SENHOR Deus: Eis que abrirei a vossa sepultura, e vos farei sair dela, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel. 13 Sabereis que eu sou o SENHOR, quando eu abrir a vossa sepultura e vos fizer sair dela, ó povo meu. 14 Porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos estabelecerei na vossa própria terra. Então, sabereis que eu, o SENHOR, disse isto e o fiz, diz o SENHOR”.

 

b) Um coração novo e um espírito novo, Ez 18.31, “Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes e criai em vós coração novo e espírito novo; pois, por que morreríeis, ó casa de Israel?”. Ver ainda Ez 36.26, “Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne”.

 

4. Temos um Deus que age quando tudo está seco, sem vida! Ele é capaz de colocar vida em uma vara seca! Ele pode dar um novo sabor à tua vida!

 

 

CONCLUSÃO:

 

1. Vimos nesta noite algumas aplicações sobre os utensílios que ficavam na Arca da Aliança:

 

a) As Tábuas da Lei, que representam a Palavra de Deus, à qual devemos amar profundamente e fazer dela nossa fonte de vida.

 

b) O Pote de Maná, um tipo de Cristo, que é o “Pão” que desceu do céu, nosso alimento espiritual. Quem se alimenta de Cristo não terá mais fome – “o que vem a mim jamais terá fome”.

 

c) A Vara de Arão, que nos mostra a ação de Deus nas coisas consideradas impossíveis aos olhos humanos.