A BÍBLIA
SAGRADA
Autoria
Desconhecida
Pr. José
Antônio Corrêa
O que é a
Bíblia Sagrada?
É a revelação de Deus à humanidade. É a
definição canônica mais curta da Bíblia. Tudo o que Deus tem preparado para o
homem, bem como o que Ele requer do homem, e tudo o que o homem precisa saber
espiritualmente da parte dEle quanto a sua redenção e felicidade eterna, está
revelado na Bíblia. Tudo o que o homem tem a fazer é tomar a Palavra de Deus e
apropriar-se dela pela fé. O autor da Bíblia é Deus; seu real intérprete é o
Espírito Santo, e seu assunto central é o Senhor Jesus Cristo. O homem deve ler
a Bíblia para ser sábio, crer na Bíblia para ser salvo e praticar a Bíblia para
ser santo ou santificado. A coleção completa dos livros divinamente inspirados
constituindo a Bíblia é chamada de cânon. Os nomes canônicos mais comuns do
Livro Sagrado são:
- Escrituras ou Sagradas Escrituras: Mt
21:42; Rm 1:2;
- Livro do Senhor, Is 34:16;
- A Palavra de Deus, Mc 7:13; Hb 4:12;
- Oráculos de Deus, Rm 3:2.
Materiais e
línguas originais
MATERIAIS
ORIGINAIS
· PAPIRO: Material extraído de uma
planta aquática desse mesmo nome. Há várias menções dele na Bíblia, como por
exemplo, Jó 8:11; Êx 3:2; Is 18:2; II Jo 12. De papiro deriva o termo papel.
Seu uso na escrita vem de
· PERGAMINHO: Ë a pele de animais,
curtida e preparada para escrita. É material superior ao papiro, porém de uso
mais recente do que aquele. Teve seu uso generalizado, a partir do início do
século I, na Ásia Menor. É também citado na Bíblia, exemplo: 2Tm 4:13.
LINGUAS
ORIGINAIS
· HEBRAICO: Para o Antigo
Testamento.
· GREGO: Para o Novo Testamento.
Estas são as duas línguas principais em que a
Bíblia foi inspirada e escrita. As traduções só conservam a inspiração quando
reproduzem fielmente o original.
. MANUSCRITO: Tudo era feito pelos
escribas de modo laborioso, lento e oneroso. Desse tempo para cá, Deus tem
abençoado maravilhosamente a difusão do Seu Livro, de modo que hoje em dia
milhões de exemplares são impressos em muitos pontos do globo com rapidez e
facilidade em modernas impressoras.
Escritores
da Bíblia
A existência da Bíblia, abrangendo seus
escritores, sua formação, composição, preservação e transmissão, só pode ser
explicada como milagre de Deus, ou melhor: Deus é seu autor. Foram cerca de
quarenta os escritores da Bíblia. Deste modo, a Palavra Escrita de Deus nos foi
dada por canais humanos, assim como o foi a Palavra Viva - Cristo, Ap
19:13.
Esses homens pertenceram às mais variadas
profissões e atividades, escreveram e viveram distantes uns dos outros em época
e condições diferentes. Levaram 1500 anos para escrever a Bíblia. Apesar de
todas estas dificuldades, ela não contém erros nem contradições. Há sim
dificuldades na compreensão, interpretação, tradução, aplicação, mas isso do
lado humano, devido a nossa incapacidade em todos os sentidos.
A origem do
nome Bíblia
· Este nome consta apenas da capa da Bíblia,
mas não o vemos através o volume sagrado. Foi primeiramente aplicado por João
Crisóstomo, grande reformador de Constantinopla. (398 -
· À folha de papiro preparada para a escrita,
os gregos chamavam de biblos. Ao rolo pequeno de papiro, os gregos chamavam
biblion, e ao plural deste chamavam biblos.
· Portanto o vocábulo Bíblia deriva da língua
grega. Os vocábulos “bíblia” e “biblion” constam do Novo Testamento grego, mas
não referente à própria Bíblia:
- Bíblia: Jo 21:25; 2Tm 4:13; Ap 20:12; Dn 4:
2; (hb).
- Biblion: Lc 4:17; Jo 20:30.
Manuscritos
originais
Manuscritos originais, isto é, saídos das
mãos dos escritores, não existe nenhum conhecido no momento. Deus na Sua
providência permitiu isso. Se existisse algum, os homens o adorariam mais do
que o seu divino Autor. A serpente de metal posta entre os israelitas como meio
de auxilio à fé em Deus (Nm 21.8,9; Is 45:22), foi depois idolatrada por eles
(II Reis 18:4).
Deus cuidou do sepultamento de Moisés e
ocultou o seu local porque certamente o povo adoraria seu corpo, (Dt 34:5, 6).
O Diabo tinha interesse na idolatria e contendeu com o arcanjo que procedeu ao
funeral de Moisés (Jd 9). Milhões, em muitas terras adoram a cruz de Cristo, ao
invés do Cristo da cruz. É também o caso da virgem mãe de Jesus Cristo, que
milhões adoram-na mais do que ao filho. Além disso, temos a considerar o seguinte,
historicamente, quanto a inexistência de manuscritos originais:
1) Era costume dos judeus enterrarem os
manuscritos estragados pelo uso ou qualquer outra causa, para evitar sua
mutilação ou interpolação espúria.
2) Os reis idólatras e ímpios de Israel,
podem ter destruído muitos, ou contribuído para isso, como é o caso descrito em
Jeremias 36:20-26.
3) O monstro Antíoco Epífanes, rei da Síria
(175 -
4) Nos dias do feroz imperador romano
Deocleciano (284 -
A literatura judaica afirma que a missão da
chamada Grande Sinagoga, presidida por Esdras, foi reunir e preservar os
manuscritos originais do Antigo Testamento - os de que se serviram os Setenta
no preparo da Septuaginta - a primeira tradução da Escrituras.
Os textos em línguas originais de que
utilizam os atuais eruditos no preparo das modernas versões, são reproduções
das atuais cópias de originais.
Cópias de manuscritos originais. Há inúmeras, em
várias partes do mundo. Discorrer sobre elas, foge ao escopo desta obra. Esses
manuscritos existentes harmonizam-se admiravelmente, assegurando-nos assim da
sua autenticidade. Uma confirmação disso vemos nos manuscritos do Mar Morto.
Resumo: Em 1947, próximo ao Mar Morto foi descoberto um manuscrito do profeta
Isaías, em forma de rolo, escrito em hebraico, datado do ano
Os manuscritos bíblicos são sempre indicados
pela abreviatura MS.
A Bíblia em
suas línguas
A BÍBLIA EM
HEBRAICO
Consiste apenas do nosso Antigo Testamento. É
essa a Bíblia dos judeus. Lá, o arranjo dos livros é diferente, e o total é 24
em vez de 39, porque vários grupos de livros são contados como um só livro. O
texto é sempre o mesmo. Os 24 livros estão classificados em 3 grupos a que
Jesus referiu-se em Lc 24.44 - LEI PROFETAS, ESCRITOS. Os Salmos eram o
primeiro livro do último grupo, talvez por isso citados em Lc 24.44, querendo
indicar todo o grupo.
A BÍBLIA EM
PORTUGUÊS
A primeira tradução da Bíblia em português,
foi feita por um evangélico: o pastor João Ferreira de Almeida. Fato interessante
é que o trabalho foi realizado fora de Portugal. A Cidade foi Batávia, na Ilha
de Java, no Oceano Índico. Hoje, essa cidade chama-se Djacarta, capital da
República da Indonésia. Almeida foi ministro do Evangelho da Igreja Reformada
Holandesa, a mesma que evangelizou no Brasil, com sede em Recife durante a
ocupação holandesa, no século XVII. Nasceu em Portugal, perto de Lisboa, em
1628. Faleceu em Java em
O Novo Testamento. Almeida traduziu
primeiro do Novo Testamento, o qual foi publicado em 1681 em Amsterdam,
Holanda. Na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, há um exemplar da 3a. Edição
do Novo Testamento de Almeida, feita em 1712.
O Antigo Testamento. Almeida traduziu o
AT até o livro de Ezequiel. A essa altura Deus o chamou para o lar celestial,
em 1691. Ministros do Evangelho, amigos seus terminaram a tradução, a qual foi
publicada completa em 1753.
A sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira,
de Londres, começou a publicar a tradução de Almeida em 1809, apenas o Novo
Testamento. A Bíblia completa num só volume, a partir de 1819. O texto em
apreço foi revisado em 1894 e
A Versão ARA (= Almeida Revista e
Atualizada). Uma comissão de especialistas brasileiros trabalhando de
É uma obra magnífica, com melhor linguagem e
melhor tradução. O NT foi publicado em 1951. O AT, em
Foi usado o texto grego de Neste para o NT e
o hebraico do Brasil.
Comissão
Permanente Revisora da ARA
Revisão é uma atualização do texto em
vernáculo, para que se o entenda melhor.
Razão: uma língua viva evolui como todas as
coisas vivas. Há uma comissão viva permanente de revisão da ARA, mantida pela
Sociedade Bíblica Brasileira, acompanhando os progressos da crítica
textual.
2. Antônio Pereira de Figueiredo. Padre
católico romano. Grande latinista. Editou o NT em 1778 e o AT em 1790. Tradução
feita em Portugal.
4. Huberto Rhoden. Padre brasileiro, de Santa
Catarina. Foi publicada em 1935. Esse padre deixou a igreja Romana. E versão
muito usada na crítica textual. Esgotada.
5. Matos Soares. Também padre brasileiro.
Traduziu da Vulgata. Foi publicada no Brasil em 1946. Já o era em Portugal
desde 1933. É a Bíblia popular dos católicos romanos de fala portuguesa. Um grave
inconveniente são os itálicos que às vezes são mais extensos do que o texto em
si, e conduzem a preconceitos e tendências.
7. Outras Versões. A igreja Católica Romana
tem publicado mais edições dos Evangelhos e Novo Testamento Os itálicos, notas
e apêndices, conduzem, é claro, às doutrinas daquela Igreja. Os Testemunhas de
Jeová publicam uma versão falsificada de toda a Bíblia - “a Tradução Novo
Mundo”. O texto é mutilado e cheio de interpolação. Foi preparado para apoiar
as cenas anti-bíblicas dessa seita falsa.
BÍBLIA
CATÓLICA ROMANA
Estas têm 7 livros a mais, perfazendo 73 ao
todo. Esses livros a mais são os chamados “apócrifos”, palavra que no sentido
religioso significa não genuíno. São livros não inspirados por Deus. Os 7
apócrifos estão inseridos todos no Antigo Testamento. Isso foi feito muito
depois de encerrado o cânon do AT, por conveniência da igreja Romana. A
aprovação deles, por essa igreja deu-se no Concílio de Trento em 1546 em meio a
muita controvérsia. Seus títulos são:
TOBIAS
JUDITE
SABEDORIA DE SALOMÃO
ECLESIÁSTICO (Não confundir com o livro
canônico Eclesiastes).
BARUQUE
I MACABEUS
II MACABEUS
ESTER (Ao livro de Ester).
CÂNTICO DOS TRÊS SANTOS FILHOS (Ao livro de
Daniel)
HISTÓRIA DE SUZANA (Ao livro de Daniel)
BEL E O DRAGÃO (Ao livro de Daniel)
As Bíblias católicas têm livros cujos nomes
daqueles empregados nas edições evangélicas. Essas diferenças não têm grande
importância. Entretanto. Como os protestantes usam também Bíblias de edição
católica, é bom que se dê um quadro explicativo, que os auxilie no manejo das
diferentes edições:
Bíblia protestante Bíblia católica
I, II Samuel I,
II Reis
I, II Reis III,
IV Reis
I, II Crônicas I, II Esdras
Como se vê é simples questão de nomes, mais
ou menos apropriados, seguindo o critério das autoridades que dirigem as
edições, e para todos eles há justificativas histórica e tradicional.
Notam-se também variações na numeração dos
Salmos Vejamos essas variações num quadro. Assim:
Bíblia protestante Bíblia católica
Sl 9,10 Sl
9
Sl 11-113 Sl
10-112
Sl 114,115 Sl
113
Sl 116 Sl
114,115
Sl 117-146 Sl
116-145
Sl 147 Sl
146,147
Sl 148-150 Sl
148-150
Conclusão: Cancelados os livros apócrifos, as
Bíblias católicas e protestantes são substancialmente idênticas. Basta
conferi-las. Aparecem naturalmente variações na linguagem e até mesmo de
sentido, o que é inevitável, em qualquer obra de tradução. A causa às vezes,
está na diferença de competência do tradutor, outras vezes nas variações das
fontes originais. Os nossos 39 livros do AT, os católicos chamam
protocanônicos. Os que chamamos pseudoepígrafos, eles chamam apócrifos. (Os
evangélicos chamam de pseudoepígrafos a um grupo de livros espúrios, nunca
reconhecidos pela Igreja Católica. A esses, essa Igreja chama apócrifos).
A estrutura
da Bíblia
Estudaremos neste ponto um resumo da
estrutura da Bíblia quanto a sua composição em partes principais, livros,
classificação dos livros por assuntos, divisão dos livros em capítulos e
versículos, e certas particularidades indispensáveis.
1. Divisão em partes principais. São duas:
Antigo e Novo Testamento. O AT é três vezes mais volumoso do que NT.
2. Composição quanto a livros. São 66, sendo
39 no AT e 27 no NT. O maior livro é o dos Salmos; o menor é III João.
3. Divisão em capítulos. São 1.189, sendo 929
no AT e 260 no NT. O maior capítulo é o Salmo 119; e o menor é o Salmo 117.
Para ler A Bíblia toda em um ano basta ler % capítulos aos domingos e 3 nos
demais dias da semana. Foi dividida em capítulo em 1250 AD por Hugo de Saint
Cher, abade dominicano, estudioso das Escrituras.
4. Divisão em versículos. São 31.173, sendo
23.214 no AT e 7.959 no NT O maior versículo está em Ester 8.9 e o menor em
Êxodo 20.13,na ARC; em Lucas 20.30 na TRBR; em Jó 3.2 na ARA. Como se vê,
depende da Versão. Noutras línguas varia também. Isso não tem muita
importância. Foi dividida em versículos em duas etapas: AT em 1445 pelo Rabi de
Paris. Stevens publicou a primeira Bíblia dividida em capítulos e versículos em
1555, sendo esta a Vulgata Latina. Em inúmeros casos, essas divisões são
inexatas, bipartindo o texto e alterando a linha do pensamento. São utilíssimas
na localização de qualquer fração do texto.
5. Classificação dos livros. Os 66 livros
estão classificados ou agrupados por assuntos, sem ordem cronológica. É bom ter
isso em mente ao estudar A Bíblia, pois evitará muito mal entendido,
especialmente na esfera da história, da profecia bíblica e no desenvolvimento
da doutrina. A classificação dos livros do AT, por assuntos, acima, vem da
ordem cronológica dos mesmos, o que para o leitor menos avisado, dá lugar a não
poucas confusões quando o mesmo procura agrupar os assuntos cronologicamente. O
Antigo Testamento. Seus 39 livros estão divididos em 4 classes: LEI, HISTÓRIA,
POESIA, PROFECIA. Os livros de cada
classe são os seguintes.
- LEI: 5 livros - de Gênesis a Deuteronômio
esses cinco livros são chamados Pentateuco. Tratam da criação e da LEI.
- HISTÓRIA: 12 livros - de Josué a Ester.
Contém a história do povo escolhido: Israel.
- POESIA: 5 livros - de Jó a Cantares. São
chamados poéticos devido ao gênero do seu conteúdo e não por outra razão.
- PROFECIA - 17 livros - de Isaías a
Malaquias. Esses 17 livros estão subdivididos em dois grupos:
- Profetas Maiores: 5 livros, de Isaías a
Daniel.
- Profetas Menores: 12 livros, de Oséias a
Malaquias.
Os nomes maiores “maiores e menores”
referem-se ao volume de matéria dos livros e extensão do ministério profético.
Na Bíblia hebraica (o nosso Antigo testamento), a divisão dos livros é bem
diferente como já falamos.
O Novo Testamento. Seus 27 livros também
estão divididos em quatro classes: BIOGRAFIA, HISTÓRIA, DOUTRINA, PROFECIA. Os
livros de cada classe são os seguintes:
- BIOGRAFIA: São os quatro Evangelhos.
Descrevem a vida terrena do Senhor Jesus e o Seu glorioso ministério entre os
homens. Os três primeiros são chamados Sinópticos dos Evangelhos fala também da
sua universalidade, por serem quatro os pontos cardeais.
- HISTÓRIA: É o livro de Atos dos Apóstolos.
Registra a história da Igreja Primitiva, seu viver e agir. O livro mostra que o
segredo do progresso da Igreja é a plenitude do Espírito Santo.
- DOUTRINA: São 21 livros chamados Epístolas
ou Cartas. Vão de Romanos a Judas. Umas são dirigidas a igrejas e outras a
indivíduos, etc. As 7 que vão de Tiago a Judas, são chamadas epístolas
Universais ou Gerais.
- PROFECIAS: É o livro de Apocalipse. Esta
palavra significa revelação. Trata da volta pessoal da volta do Senhor Jesus à
terra, é o inverso do livro de Gênesis. Lá narra como tudo começou; aqui, como
tudo findará.
Há outras modalidades de classificação, mas a
que vai acima, parece-nos bastante simples e prática.
Exemplo em o Novo Testamento: As Epístolas.
vejamos:
- Romanos, fala da salvação.
- Primeira e Segunda Coríntios, fala da Vida
Cristã Disciplinada.
- Efésios, Filipenses e Colossenses, falam da
Vida Consagrada.
- Primeira e segunda Tessalonicenses, falam
da Vinda de Jesus.
- Primeira e Segunda Timóteo, Tito falam de
Obreiros e Ministério.
- Primeira e Segunda Pedro, falam de Provas e
Tribulações.
Fatos e
peculiaridades
O Salmo 119 tem em hebraico 22 seções de 8
versículos cada. O número 22 corresponde ao de letras do alfabeto hebraico.
Cada uma das 22 seções inicia com uma letra do referido do alfabeto, e em cada
seção dos versículos começam com a letra da respectiva seção. Ali, em hebraico,
os capítulos 1,2 e 4 têm 22 versículos cada, correspondendo ás 22 letras do
alfabeto, de Álefe a Tau. Porém o capítulo 3 tem 66 versículos, levando cada
três deles, a mesma letra do alfabeto. Há outros casos assim na estrutura da
Bíblia. Isso jamais poderia ser obra do acaso. Por exemplo: O Salmo 22 é
alfabético - um versículo para cada letra hebraica.
O livro de Isaías é uma miniatura da Bíblia.
Tem 66 capítulos correspondentes aos 66 livros. A primeira seção tem 39
capítulos correspondendo à mensagem do Antigo Testamento. A segunda seção tem
27 livros, tratando de conforto, promessa e salvação seção tem 27 livros,
tratando de conforto, promessa e salvação, correspondendo à mensagem do Novo
testamento. O Novo Testamento termina mencionando o novo céu e a nova terra. O
mesmo ocorre no término de Isaías (66.22). O próprio nome Isaías tem semelhança
com o que Jesus, no significado. Isaías quer dizer Salvação de Jeová, e Jesus
Jeová é Salvação.
A frase “não temas”, ocorre 395 vezes em toda
a Bíblia, o que dá uma para cada dia do ano! O capítulo 19 de II Reis é
idêntico ao 37 de Isaías. O Antigo Testamento encerra citando a palavra
“maldição”, o Novo Testamento encerra citando “a graça de Nosso Senhor Jesus
Cristo”.
A Bíblia foi o primeiro livro impresso no
mundo após a invenção do preto; isso se deu em 1452 em Mainz, Alemanha.
Os números 3 e 7 predominam admiravelmente em
toda a Bíblia. O nome de Jesus consta do primeiro e último versículo do Novo
Testamento.
A Bíblia completa pode ser lida em 70 horas e
40 minutos, na cadência de leitura de púlpito. O Antigo Testamento leva 52
horas e 20 minutos. O Novo Testamento, 18 horas e 20 minutos.
Que estás fazendo, irmão, para difundir a
Bíblia o livro que te salvou?
A unidade
física da Bíblia
Unidade e existência física da Bíblia até os
nossos dias só pode ser explicada como um milagre. Há nela 66 livros, escritos
por cerca de 40 escritores, cobrindo um período de 16 séculos. Esses homens
tinham diferentes atividades e escreveram sob diferentes situações. Na maior
parte dos casos não se conhecem, escrevendo em duas línguas principais. Devido
a essas circunstâncias, em muitos casos, os autores nada sabiam sobre o que já
havia sido escrito, Muitas vezes um escritor iniciava um assunto e, século
depois um outro o completava. Tudo isto somando num livro puramente humano
daria uma babel indecifrável! Imagine o que seria fisicamente a Bíblia, se não
fosse a mão de Deus!
Quanto à unidade física da Bíblia, ninguém
sabe ao certo como os 66 livros encontraram-se e agruparam-se num dó volume;
isso é obra de Deus. Sabemos que os escritores não escreveram os 66 livros de
uma só vez, nem em um só lugar, nem com o objetivo de reuni-los num só volume,
mas em intervalos durante 16 séculos, em que lugares que vão de Babilônia a
Roma.
Se alguma falha for encontrada na Bíblia,
será sempre do lado humano, como tradução mal feita, grafia inexata,
Interpretação forçada, má compreensão de quem estuda, falsa aplicação quanto
aos sentidos do texto, etc. Portanto quando encontrarmos na Bíblia um trecho
discrepante, não pensemos logo que é erro! Saibamos refletir como Agostinho,
que disse: “Num caso desse, deve haver erro do copista, que não consigo
entender...”.
O tema
central da Bíblia
É o Senhor Jesus Cristo. Ele mesmo declara em
Lucas 24:27,44 e João 5:39. Considerando Cristo como o tema central da Bíblia,
os 66 livros poderão ficar resumidos em 5 palavras, todas referente a Cristo,
assim:
PREPARAÇÃO - Todo o Antigo Testamento trata
da preparação para o advento de Cristo.
MANIFESTAÇÃO - Os Evangelhos tratam da
manifestação de Cristo ao mundo, como Redentor.
PROPAGAÇÃO - Os Atos dos Apóstolos tratam da
propagação de Cristo por meio da Igreja.
EXPLANAÇÃO: As Epístolas tratam da explanação
de Cristo. São os detalhes da doutrina.
CONSUMAÇÃO: O Apocalipse trata de Cristo
consumando todas as coisas - C. I. Scofield .
Tendo Cristo como o tema central da Bíblia,
podemos resumir todo o Antigo Testamento numa frase: JESUS VIRÁ, e o Novo
Testamento noutra frase: JESUS JÁ VEIO (é claro, como Redentor). Assim sendo,
as Escrituras sem a pessoa de Jesus seriam como a física sem a matéria e a
matemático sem os números.