A FAMÍLIA E
AS FINANÇAS
1Tm 6.6-10
Fonte:
Revista de Estudos Bíblicos Aleluia
Pr. José
Antônio Corrêa
Estamos vivendo uma época em que as pessoas
são convidadas a consumir, a comprar. Propagandas bem elaboradas, programas de crédito
facilitado, novidades nas vitrines, etc., são um verdadeiro apelo a gastar. A
fonte de muitos problemas enfrentados pelas famílias está no mau uso do
dinheiro e no abuso do crediário.
Este estudo tem o objetivo de mostrar os
males do amor ao dinheiro, e os benefícios que ele pode proporcionar, se usado
com sabedoria e moderação.
I. O AMOR
AO DINHEIRO E SEUS MALES
Todos estamos cientes da importância do
dinheiro para a sobrevivência da família. No entanto, o amor a ele é a raiz de
todos os males, 1Tm 6.10a. Jesus já falara do perigo do dinheiro
tornar-se um deus na vida do homem, Mt 6.24. Ele quis dizer que a busca
das riquezas poderia exigir uma dedicação tão grande, quanto Deus exigia de
seus servos. Seria, portanto, impossível servir aos dois, ao mesmo tempo.
Esse fato foi exemplificado por Jesus quando
Ele encontrou-se com o jovem rico, Mt 19.16-22. Não que a riqueza em si fosse
de todo má, mas o coração pode estar tão preso por ela que isso se constitui
num obstáculo para seguir a Jesus. Quando o dinheiro se torna um deus na vida
do homem, tal pessoa é capaz de usar até meios ilícitos para obtê-lo ou usá-lo.
Veja como agem alguns:
1. Há pessoas que mentem e enganam com a
finalidade de obter lucros e vantagens pessoais, Pv 21.6;
2. Outros exploram os semelhantes em
benefício próprio, Jr 22.13; Tg 5.4;
3. Muitos praticam o suborno, Is 1.23; Am
5.12;
4. Isso além dos roubos, assassinatos,
assaltos e tantos outros crimes que visam a subtrair bens ou dinheiro de
pessoas ou instituições.
Essas práticas não resolvem o problema de
ninguém porque o resultado desse lucro desonesto são as dificuldades no lar, Pv
15.7; o desapontamento, Ec 5.10; insensatez, Jr 17.11;
miséria, Tg 5.3 e apostasia, 1Tm 6.10.
II. O
DINHEIRO PODE SER BÊNÇÃO
Talvez a palavra dinheiro e o verbo comprar
sejam os mais usados nos lares. Entretanto, a má atitude de algum membro da
família com relação ao dinheiro pode prejudicar a todos. Mas, se houver bom
ensinamento e boa administração financeira, certamente o dinheiro será bênção.
1. É necessário união e compreensão entre os
membros da família. Se todos tiverem afeição e confiança entre si, se houver
altruísmo, tolerância e respeito como base para seu relacionamento, a família
conseguirá superar seus problemas financeiros. É preciso que todos saibam fazer
a diferença entre aquilo que é necessário e o que é supérfluo, 1Tm 6.8,
cooperando-se mutuamente.
2. Deve-se ter uma atitude equilibrada com
relação ao dinheiro. Ele não deve ser encarado como um fim em si mesmo. É
apenas um meio pelo qual se alcançam alguns valores da vida. Por outro lado,
não podemos minimizar sua importância. É justo que se trabalhe, se esforce e
que se poupe certa quantidade para momentos imprevisíveis e para outras
necessidades da vida. Economizar visando a um futuro melhor para os filhos é um
dever dos pais, e os filhos aprenderão a gastar construtivamente e a dar a
devida importância ao dinheiro.
3. Determinação de viver dentro dos
rendimentos. Precauções devem ser tomadas para que as despesas do lar não
ultrapassem ao que se ganha. Se há descontrole nas finanças, se os pais excedem
nos gastos, é claro que no final do mês haverá dificuldades financeiras.
III. AS
FINANÇAS E A COMPLETA DEPENDÊNCIA DE DEUS
No Salmo 73, está a experiência de um
homem chamado Asafe. Ele começou a observar que os ímpios eram prósperos,
sadios e aparentemente felizes, vv. 3-12, enquanto que ele, que
procurava servir a Deus, era afligido a cada manhã. Mas, chegou à conclusão de
que o mais importante era estar junto de Deus, v. 28. Tanto nesse texto,
quanto no Salmo 127, percebemos a importância e a necessidade de
dependermos de Deus para o nosso equilíbrio financeiro.
1. É Deus quem nos dá o trabalho e provê os
meios necessários para suprirmos nossas necessidades, Tg 1.17. Os filhos
precisam aprender a valorizar o trabalho e aquilo que é fruto dele.
2. É melhor o pouco, no temor do Senhor, Pv
15.16. Há pais que, na intenção de ganhar mais, sacrificam sua união
conjugal e isso causa graves prejuízos ao seu lar. Idolatram o emprego e deixam
de lado até mesmo o tempo que seria para enriquecer o convívio familiar.
3. Há promessas de prosperidade àqueles que
honram ao Senhor com suas finanças, Pv 3.9-10; Ml 3.8-10; Lc 6.38. Honrar ao Senhor com dízimos e ofertas é uma
questão de fé e obediência e, quando o lar prioriza a contribuição ao Senhor,
Ele abre as janelas dos céus sobre seus servos.
A nossa contribuição ao Senhor é uma expressão de gratidão e alegria de
nossa parte.
4. Devemos ter sabedoria para gastarmos os
recursos que Deus nos dá, Is 55.2. Precisamos da orientação divina sobre
como, onde e quando gastar o nosso dinheiro. Não podemos esbanjar as nossas
finanças sem direção, aplicando-as em coisas desnecessárias.