A MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA DE DEUS AO MUNDO
João 3.16
Por Fábio Vedoato
Pr. José Antônio Corrêa
O texto que serve de base para a nossa
meditação, é um versículo muito conhecido, é o coração da Bíblia: “Deus amou ao
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna”, João
3.16.
Deus amou o mundo de tal maneira mesmo após
diversas e fracassadas alianças com o ser humano, a começar de Abraão e por
culpa exclusiva da humanidade, num gesto de amor, enviou seu único Filho, Jesus
Cristo, para o mundo, com o objetivo de salvar o mundo e não de julgá-lo, o que
seria até plausível, pela infidelidade da raça humana. E Jesus veio ao mundo, o
amor e a graça não têm limites. Com base nesse texto, destacamos as seguintes
lições:
I. A EXTENSÃO DA GRAÇA
“Deus amou ao mundo...”, isto é, Deus amou
todas as pessoas. Deus nunca faz separação entre os bons e os maus, pois ele
ama a todos. Como Jesus mesmo disse, “... o Pai faz nascer o seu sol sobre maus
e bons e vir a chuva sobre justos e injustos” (Mateus 5.45).
Ele quer que o perverso e o iníquo se
convertam e se voltem para ele, porque ele é rico em perdoar, Isaías 55.7 diz: “Deixe o ímpio o seu
caminho, e o homem maligno os seus pensamentos. Converta-se ao Senhor, que se
compadecerá dele, e torne para o nosso Deus, pois grandioso é em perdoar”.
A base do mandamento é que Deus ama o mundo
inteiro, de modo geral, sem distinção de pessoas, e que Jesus Cristo agiu do
mesmo modo. Esta é a lei do amor que devemos cumprir em nossa vida cristã. Deus
estende de forma graciosa o seu amor a todas as pessoas sem fazer acepção,
conforme Romanos 2.11, “Pois para
com Deus não há acepção de pessoas”. Que maravilha, Deus nos acolhe por seu
grandioso amor!
II. A INTENSIDADE DA GRAÇA
“De tal maneira que deu o seu Filho
unigênito...” - Esta frase descreve a profundeza do amor de Deus. Sua maior
expressão, o seu Filho muito amado foi justamente a quem Deus deu em favor da
humanidade.
Encontramos aqui uma referência a historia de
Abraão e do sacrifício de seu filho muito querido Isaque. É necessário que o
amor se difunda profunda e amplamente a fim de poder provocar essa forma de
ação. Porquanto o amor ao mundo se deu em sacrifício, o amor do Filho
Unigênito.
Deus nos deu o seu próprio Filho, tanto para
viver entre os homens e as mulheres, como para assumir a natureza deles, como
para ser o pioneiro no caminho e o próprio caminho para a vida eterna, como
finalmente para ser a expiação pelo nosso pecado. Ele foi inteiramente dado na
vida e na morte, e também na sua ressurreição, visando o benefício do homem.
“De tal maneira que deu o seu Filho
unigênito...” O verdadeiro caráter do amor consiste em dar-se perenemente. Por
esse motivo Paulo diz que o amor se mostra paciente, é bondoso, não inveja, não
se mostra altivo, não busca o seu próprio interesse, não contempla o mal, mas
pelo contrário, suporta tudo, acredita em tudo e espera tudo.
III. A EXIGÊNCIA DA GRAÇA
“Para que todo o que nele crê...” Aqui é
descrita a fé em sua grandeza, porquanto por intermédio do homem encarnado,
através de Jesus é que vem a experiência da regeneração.
A fé é encarada como a expressão da vida do
indivíduo. É o resultado da regeneração, mas também, ao mesmo tempo, é aquilo
que faz movimentar o Espírito Santo na direção do homem, levando-o a regenerar
o pecador arrependido.
Assim, pois, na pessoa de Cristo, chegamos a
conhecer o plano de Deus relativo aos homens, e é em Cristo que encontramos o
nosso destino. A fé é o reconhecimento e a aceitação de todas essas verdades.
A
Palavra de Deus é clara quando ensina que não somos salvos pelas boas obras que
praticamos, mas pela graça mediante a fé (Efésios
2.8-9, 8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é
dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie). A fé, no
entanto, é rendição a Jesus como Salvador e Senhor. “O Pai ama o Filho, e todas
as coisas tem confiado às suas mãos. Por isso, quem crê no Filho tem a vida
eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas
sobre ele permanece a ira de Deus” (João
3.35-36).
IV. O RESULTADO DA GRAÇA
“Não pereça, mas tenha a vida eterna...” O
resultado da graça que se manifesta em Jesus é a salvação, o dom da vida
eterna, da vida plena e abundante.
“Não pereça” o verbo perecer é o mesmo que
morrer. Consiste em perder o grande destino que o homem possui, na pessoa de
Cristo, porquanto esse destino é infinitamente glorioso; mas somente os
indivíduos regenerados podem participar de tal destino.
Esta vida eterna é muito mais do que uma vida
meramente sem fim, pelo contrário é uma forma de vida. Na realidade, é a vida
de Deus em contraste com o tipo de vida com o qual estamos familiarizados nesta
dimensão terrena.
Que ao celebrar o Natal haja em nós o
reconhecimento deste grande amor nos dado pela imensa graça de nosso Deus por
intermédio do seu Filho Jesus Cristo. Deus nos abençoe! Amém.