A PÁSCOA E A CEIA DO SENHOR
Pastor Calvin Gardner
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br
Pr. José Antônio Corrêa
Is
53.7, “... como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante
os seus tosquiadores, ele não abriu a boca”; Jo 1.36, “e, vendo Jesus passar,
disse: Eis o Cordeiro de Deus!”; 1Co 5.7, “Pois também Cristo, nosso Cordeiro
pascal, foi imolado”; 1Co 11.24,25, “e, tendo dado graças, o partiu e disse:
Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por
semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este
cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o
beberdes, em memória de mim”.
Assim
que o pecado entrou no mundo, foi necessária a morte de um inocente que
agradava a Deus em favor do verdadeiro culpado. Para cobrir a nudez que o
pecado evidenciou em Adão e Eva o SENHOR Deus fez túnicas de peles, e os
vestiu. Assim Deus mostrou a morte de um inocente para cobrir o culpado (Gn
3.21, “Fez o SENHOR Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os
vestiu”). O primeiro sacrifício com animal que o homem ofereceu que é relatado
na Bíblia foi o que Abel deu, oferecendo dos primogênitos das suas ovelhas. O
SENHOR atentou para o sacrifício do animal em contraste ao sacrifício de Caim
que ofertava frutos da terra. Nisso percebemos que a oferta correta revela a fé
correta (Hb 11.4, “Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente
sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a
aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de
morto, ainda fala”). Também nisso o agrado de Deus por este tipo de sacrifício
é revelado.
Em
Gn 22.7,8 o costume do povo de Deus, que usava cordeiros em seus
holocaustos é notado. Isaque achava estranho fazer um holocausto apenas com
fogo e lenha. Por causa dos holocaustos apontarem a Jesus Cristo o “Cordeiro de
Deus” Abraão profetiza dizendo, “Deus proverá para Si o cordeiro para o holocausto”.
Assim
era o costume de adoração entre o povo de Deus e é visto que a única razão para
o povo de Israel pedir ao Faraó permissão para sair do Egito era, como diziam,
“para que sacrifiquemos ao SENHOR nosso Deus” (Êx 3.18). Um sacrifício,
o inocente no lugar do culpado, foi o que agradou o Senhor desde o começo, e
Ele não mudou (Ml 3.6, “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó
filhos de Jacó, não sois consumidos”).
Se
qualquer culpado arrependido esperava ser aceito pelo eterno e santo Deus, tinha
que ser através do sacrifício de um animal inocente oferecido no lugar do
culpado. É a maneira que o justo Juiz ordenou.
É
o mesmo hoje: Se qualquer culpado arrependido espera ser aceito pelo eterno e
santo Deus, será somente através de fé no Sacrifício do Inocente Jesus
oferecido no lugar do culpado.
É
a única maneira que o Justo Juiz ordenou - Jo 14.6 “Respondeu-lhe Jesus:
Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”;
At 4.12 “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe
nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”;
1Co 3.11 “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi
posto, o qual é Jesus Cristo”.
O
significado do sacrifício de um animal em muito nos ensina doutrinas básicas de
Deus e da salvação por Cristo. Pelos holocaustos entendemos: que a morte é
necessária para pagar o pecado (Ez 18.20, “A alma que pecar, essa
morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai, a iniquidade do filho;
a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre
este”; Rm 6.23, “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom
gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”).
O
inocente pagará pelo culpado e Deus, pela maneira que Ele estipulou, será
agradado; é necessária obediência perfeita para que Deus aceite o sacrifício
dado (veja o exemplo de Caim, Gn 4.2-4, “2
Depois, deu à luz a Abel, seu irmão. Abel foi pastor de ovelhas, e Caim,
lavrador. 3 Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra
uma oferta ao SENHOR. 4 Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho
e da gordura deste. Agradou-se o SENHOR de Abel e de sua oferta”; Hb 11.4,
“Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual
obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas
ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala” e de Cristo, Fp
2.8, “a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de
cruz”); não serve qualquer animal para o sacrifício, o tipo, a idade e o sexo
do animal têm sido determinados por Deus. A maneira como o sacrifício deve ser
feito e oferecido também são estipulados por Deus.
Os
holocaustos com o sacrifício da páscoa e a Ceia do Senhor declaram bem claro o
Único Sacrifício que agrada Deus, o Jesus Cristo.
A PRIMEIRA PÁSCOA
Êx 12.1-12
1.
As qualificações para o sacrifício, Êx 12.1-5, “1 Disse o
SENHOR a Moisés e a Arão na terra do Egito: 2 Este mês vos será o principal dos
meses; será o primeiro mês do ano. 3 Falai a toda a congregação de Israel,
dizendo: Aos dez deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa
dos pais, um cordeiro para cada família. 4 Mas, se a família for pequena para
um cordeiro, então, convidará ele o seu vizinho mais próximo, conforme o número
das almas; conforme o que cada um puder comer, por aí calculareis quantos
bastem para o cordeiro. 5 O cordeiro será sem defeito, macho de um ano; podereis
tomar um cordeiro ou um cabrito”.
a)
“cada um por si” (v.3) - a responsabilidade individual
b)
um cordeiro “segundo as casas dos pais?” (vs.3,4) – “segundo as
necessidades de cada um”.
c)
“sem mácula” (v.5) - a pureza do sacrifício
d)
“macho” (v.5) - por determinação divina; a qualificação perfeita.
e)
“tomado entre as ovelhas ou as cabras” (v.5) - a utilidade e
acessibilidade do sacrifício
f)
“um ano de idade” (v.5) - a inocência e preciosidade do sacrifício
a)
Para que fosse aceito o cordeiro era guardado do décimo até o décimo quatro dia
(v.6).
b)
Era sacrificado à tarde (v.6).
c)
o seu sangue era um sinal para o Senhor não ferir ninguém na casa onde o seu
sangue era posto na verga e nas ombreiras da porta (v.7).
d)
A sua carne deveria ser assada no fogo com pães ázimos e comida com ervas
amargas (v.8).
e)
Nada dele deveria ser comido cru, nem cozido em água, mas assado no fogo (v.9).
f)
A sua cabeça e os pés com a sua fressura, nada podia ser deixado até o amanhecer
(v.9).
a)
Os que comiam na páscoa tinham que estar vestidos para viajar (v.11,
lombos cingidos, sapatos nos pés, o cajado na mão).
b)
deviam comer apressadamente (v.11). Prontos para obedecer na
peregrinação.
CRISTO É A PÁSCOA
1.
Cristo: o sacrifício propício
a)
Jesus era o sacrifício dado por Deus (Jo 3.16, “Porque Deus amou ao
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna”; Is 28.16; “Portanto, assim diz
o SENHOR Deus: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, pedra já provada, pedra
preciosa, angular, solidamente assentada; aquele que crer não foge”; Is 42.1,
“Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha
alma se compraz; pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para
os gentios”; 1Pe 2.4, “Chegando-vos para ele, a pedra que vive,
rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa”). Por si “O
Cordeiro de Deus”.
b)
Cristo é segundo o que é necessário, Ele é o “justo para os injustos" (1Pe
3.18, “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo
pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado
no espírito”); veio ao mundo, nascido de mulher, sob a lei (Gl 4.4, “vindo,
porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido
sob a lei”), verdadeiramente Ele é “segundo a casa dos pais” (Êx 12.3,4, “3 Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez
deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um
cordeiro para cada família 4 Mas, se a família for pequena para um cordeiro,
então, convidará ele o seu vizinho mais próximo, conforme o número das almas;
conforme o que cada um puder comer, por aí calculareis quantos bastem para o
cordeiro”).
c)
Cristo era o sacrifício de Deus sem mácula (2Co 5.21, “Aquele que não
conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos
justiça de Deus”; Hb 4.15, “Porque não temos sumo sacerdote que não
possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as
coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”; 1Pe 2.22, “o qual não
cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca”).
d)
Cristo é macho “E dará à luz um filho" (Mt 1.21, “Ela dará à luz um
filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados
deles”); os anjos anunciaram aos pastores de Belém, “Achareis o menino envolto
em panos" (Lc 2.12, “E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma
criança envolta em faixas e deitada em manjedoura”); os pastores foram a Belém
e “acharam ...". O menino deitado na manjedoura? (Lc 2.16, “Foram
apressadamente e acharam Maria e José e a criança deitada na manjedoura”); na
fuga para o Egito, o anjo do Senhor apareceu em sonhos, “Levanta-te, e toma o
menino". (Mt 2.13, “Tendo eles partido, eis que apareceu um anjo do
Senhor a José, em sonho, e disse: Dispõe-te, toma o menino e sua mãe, foge para
o Egito e permanece lá até que eu te avise; porque Herodes há de procurar o
menino para matá-lo”); na volta do Egito para Israel, “Levanta-te, e toma o
menino", (Mt 2.20, “Dispõe-te, toma o menino e sua mãe e vai para a
terra de Israel; porque já morreram os que atentavam contra a vida do menino”);
e em Jerusalém, Jesus foi circuncidado (Lc 2.21, “Completados oito dias
para ser circuncidado o menino, deram-lhe o nome de JESUS, como lhe chamara o
anjo, antes de ser concebido”) e foi apresentado no templo pois “Todo o macho
primogênito será consagrado ao Senhor", (Lc 2.23, “conforme o que
está escrito na Lei do Senhor: Todo primogênito ao Senhor será consagrado”); na
volta a Nazaré Lucas foi inspirado a relatar “E o menino crescia". (Lc
2.40, “Crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a
graça de Deus estava sobre ele”). Verdadeiramente Cristo é o Filho de Deus.
e)
Cristo foi tomado entre o povo (Is 53.2, “Porque foi subindo como renovo
perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura;
olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse”; Jo 1.11, “Veio para
o que era seu, e os seus não o receberam”; Mt 26.45, “Então, voltou para
os discípulos e lhes disse: Ainda dormis e repousais! Eis que é chegada a hora,
e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores”).
f)
Inocente e precioso diante de Deus, (1Pe 1.19, “mas pelo precioso
sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo”; Pv
8.29-31, “29 quando fixava ao mar o seu limite,
para que as águas não traspassassem os seus limites; quando compunha os
fundamentos da terra; 30 então, eu estava com ele e era seu arquiteto, dia após
dia, eu era as suas delícias, folgando perante ele em todo o tempo; 31
regozijando-me no seu mundo habitável e achando as minhas delícias com os
filhos dos homens. 2Sm 12.3, “mas o pobre não tinha coisa nenhuma, senão
uma cordeirinha que comprara e criara, e que em sua casa crescera, junto com
seus filhos; comia do seu bocado e do seu copo bebia; dormia nos seus braços, e
a tinha como filha”). Assim como foi precioso o cordeiro de um ano.
a)
Cristo foi guardado à parte, até que fosse “chegada a hora” certa (Jo 17.1, “Tendo
Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a
hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti”), Cristo foi
aguardado até a “plenitude do tempo? (Gl 4.4, “vindo,
porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido
sob a lei”); “a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho” (Hb 1.1, “Havendo
Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas”).
b)
Jesus também foi crucificado à tarde (Mt 27.46, “Por volta da hora nona,
clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni. O que quer dizer:
Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”; Mc 15.34, “À hora nona,
clamou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? Que quer dizer: Deus meu,
Deus meu, por que me desamparaste?”; Lc 23.44, “Já era quase a hora
sexta, e, escurecendo-se o sol, houve trevas sobre toda a terra até à hora
nona”; Jo 19.14, “E era a parasceve pascal, cerca da hora sexta; e disse
aos judeus: Eis aqui o vosso rei”) e foi diante todo o ajuntamento da
congregação: os políticos, soldados, religiosos e o público geral (Mt
27.11-20, 27-31, 39-44). Portanto, são testemunhas.
c)
A aspersão (aplicação) do seu sangue é sinal que Deus aceita o sacrifício (Hb
9.14, “muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo
se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas,
para servirmos ao Deus vivo!”; Hb 12.24, “e a Jesus, o Mediador da nova
aliança, e ao sangue da aspersão que fala coisas superiores ao que fala o
próprio Abel”). Quem tem o sangue de Cristo em seu coração nunca verá a morte
mas já passou da morte para a vida (Jo 5.24, “Em verdade, em verdade vos
digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna,
não entra em juízo, mas passou da morte para a vida”; 2Ts 1.10, “quando
vier para ser glorificado nos seus santos e ser
admirado em todos os que creram, naquele dia (porquanto foi crido entre vós o
nosso testemunho)”; 1Jo 1.7, “Este veio como testemunha para que
testificasse a respeito da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio
dele”).
d)
A morte de Cristo foi acompanhada por tristeza e sofrimento, da mesma maneira
que a carne da páscoa, assada no fogo e comida com ervas amargas (Mt 26.37-44, “37 e, levando consigo a Pedro e
aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. 38
Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai
aqui e vigiai comigo. 39 Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto,
orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não
seja como eu quero, e sim como tu queres. 40 E, voltando para os discípulos,
achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar
comigo? 41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na
verdade, está pronto, mas a carne é fraca. 42 Tornando a retirar-se, orou de
novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu
o beba, faça-se a tua vontade. 43 E, voltando, achou-os outra vez dormindo;
porque os seus olhos estavam pesados. 44 Deixando-os novamente, foi orar pela
terceira vez, repetindo as mesmas palavras”; 2Co 7.10, “tristeza segundo
Deus opera arrependimento para a salvação”. Cristo foi desamparado por Deus (Mt
27.46, “Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli,
Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?”), um sacrifício completo, nada terminando antes da hora (Fp
2.8, “obediente até a morte, e morte de cruz.”). Tudo “consumado”
perfeitamente.
e)
Assim como nenhum pedaço da carne da páscoa deveria ficar para depois, nada do
corpo de Cristo foi deixado além da hora prevista na cruz (Mt 27.57-60, “57
Caindo a tarde, veio um homem rico de Arimateia, chamado José, que era também
discípulo de Jesus. 58 Este foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus.
Então, Pilatos mandou que lho fosse entregue. 59 E José, tomando o corpo,
envolveu-o num pano limpo de linho 60 e o depositou no seu túmulo novo, que
fizera abrir na rocha; e, rolando uma grande pedra para a entrada do sepulcro,
se retirou) ou na sepultura, pois ressuscitou no terceiro dia (Mt 28.1-6,
“1 No findar do sábado, ao entrar o primeiro dia da
semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. 2 E eis que houve
um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu
a pedra e assentou-se sobre ela. 3 O seu aspecto era como um relâmpago, e a sua
veste, alva como a neve. 4 E os guardas tremeram espavoridos e ficaram como se
estivessem mortos. 5 Mas o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais;
porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado. 6 Ele não está aqui;
ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia”), exatamente como foi
profetizado (Mt 16.21, “Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar
a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas
coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e
ressuscitado no terceiro dia”)..
a)
comem se preparando para peregrinar honestamente (Rm 6.4, “Fomos, pois,
sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi
ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em
novidade de vida” - para andar “em novidade de vida”) entre os gentios, até o
“dia da visitação” (1Pe 2.11,12, “11 Amados, exorto-vos, como peregrinos
e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra
contra a alma 12 mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios,
para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores,
observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação”).
Nossa morada, tesouro, vida e reino são tudo no céu. Estamos em terra estranha
e devemos andar como os do dia (1Ts 5.5,6, “5
Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem
das trevas. 6 Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos
sóbrios”; Ef 5.8, “Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz
no Senhor; andai como filhos da luz”; 1Co 11.28, “Examine-se, pois, o
homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice”).
b)
Também há uma certa pressa para que o pecador seja
salvo, para não deixar para outra hora a salvação que é tão necessária (At
17.30, “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém,
notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam”; Hb 3.7-11, “7
Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, 8 não
endureçais o vosso coração como foi na provocação, no dia da tentação no
deserto, 9 onde os vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, e viram as minhas
obras por quarenta anos. 10 Por isso, me indignei contra essa geração e disse:
Estes sempre erram no coração; eles também não conheceram os meus caminhos. 11
Assim, jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso”). Há pressa também
para os salvos. Eles têm responsabilidades sérias para cumprir antes da vinda
do Senhor: evangelização; santificação pessoal.
c)
O crente é um peregrino e a vinda de Cristo é iminente. Portanto, trilhe o seu
caminho apressando-se enquanto olhe para Jesus que logo virá (Hb 12.1,2, “1 Portanto, também nós, visto que temos a
rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e
do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira
que nos está proposta 2 olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé,
Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz,
não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus”; 1Ts
5.2, “pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor
vem como ladrão de noite”; 2Pe 3.10, “Virá, entretanto, como ladrão, o
Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os
elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem
serão atingidas”; 1Co 11.26, “Porque todas as vezes que comerdes este
pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha”).
A
instituição da Ceia do Senhor foi durante a observação da Ceia da Páscoa (Mt
26.17-19, “17 No primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, vieram os discípulos
a Jesus e lhe perguntaram: Onde queres que te façamos os preparativos para
comeres a Páscoa? 18 E ele lhes respondeu: Ide à cidade ter com certo homem e
dizei-lhe: O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo; em tua casa
celebrarei a Páscoa com os meus discípulos. 19 E eles fizeram como Jesus lhes
ordenara e prepararam a Páscoa”; Mc 14.12-16, “12 E, no primeiro dia da
Festa dos Pães Asmos, quando se fazia o sacrifício do cordeiro pascal,
disseram-lhe seus discípulos: Onde queres que vamos
fazer os preparativos para comeres a Páscoa? 13 Então, enviou dois dos seus
discípulos, dizendo-lhes: Ide à cidade, e vos sairá ao encontro um homem
trazendo um cântaro de água; 14 segui-o e dizei ao dono da casa onde ele entrar
que o Mestre pergunta: Onde é o meu aposento no qual hei de comer a Páscoa com
os meus discípulos? 15 E ele vos mostrará um espaçoso cenáculo mobilado e
pronto; ali fazei os preparativos. 16 Saíram, pois, os discípulos, foram à
cidade e, achando tudo como Jesus lhes tinha dito, prepararam a Páscoa”; Lc
22.7-13, “7 Chegou o dia da Festa dos Pães Asmos, em que importava
comemorar a Páscoa. 8 Jesus, pois, enviou Pedro e João, dizendo: Ide
preparar-nos a Páscoa para que a comamos. 9 Eles lhe perguntaram: Onde queres
que a preparemos? 10 Então, lhes explicou Jesus: Ao entrardes na cidade,
encontrareis um homem com um cântaro de água; segui-o até à casa em que ele
entrar 11 e dizei ao dono da casa: O Mestre manda perguntar-te: Onde é o
aposento no qual hei de comer a Páscoa com os meus discípulos? 12 Ele vos
mostrará um espaçoso cenáculo mobilado; ali fazei os preparativos. 13 E, indo,
tudo encontraram como Jesus lhes dissera e prepararam a Páscoa”) assim trazendo
as verdades da Ceia da Páscoa para A Ceia do Senhor:
O
Pão Ázimo representa Cristo sem pecado como o sacrifício idôneo no lugar dos
pecadores que se arrependem e creem nEle (2Co 5.21, “Aquele que não
conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos
justiça de Deus”; fermento representa pecado: 1Co 5.6-8, “6 Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de
fermento leveda a massa toda? 7 Lançai fora o velho fermento, para que sejais
nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso
Cordeiro pascal, foi imolado. 8 Por isso, celebremos a festa não com o velho
fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade
e da verdade.”; Lc 12.1, “Posto que miríades de pessoas se aglomeraram,
a ponto de uns aos outros se atropelarem, passou Jesus a dizer, antes de tudo,
aos seus discípulos: Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a
hipocrisia”).
O
Fruto da Vide representa a inocência e a preciosidade da vida de Cristo (1Pe
1.18,19, “18 sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata
ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos
legaram, 19 mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem
mácula, o sangue de Cristo”) que foi derramada na cruz para todos estes que
creram, creem e crerão nEle (Jo 3.16, “Porque Deus amou ao mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna”; Jo 17.9,20, “9 É por
eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são
teus 20 Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em
mim, por intermédio da sua palavra”)
A
Ceia do Senhor é de natureza memorial. - Lc 22.19 “E, tomando um pão,
tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido
por vós; fazei isto em memória de mim”; 1Co 11.24, “e, tendo dado
graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em
memória de mim”. Não salva o memorial. Este não tem poder para salvar. É apenas
uma lembrança que aponta à morte de Jesus. Cristo é a salvação perfeita. Crendo
nEle entra no agrado de Deus. Rejeitando Cristo, rejeita o único sacrifício
pelos pecados que agrada Deus.
Cristo
é o “Cordeiro de Deus?, a “nossa páscoa? (1Co 5.7,
“Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.”; 1Pe 2.24, “carregando
ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós,
mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes
sarados”) em todas as maneiras, e a Ceia do Senhor relembra-nos disso.
Tem
a plena certeza de estar confiando somente em Cristo para a salvação completa
dos seus pecados? Somente Cristo agrada a Deus (Jo 12.28, “Pai,
glorifica o teu nome. Então, veio uma voz do céu: Eu já o glorifiquei e ainda o
glorificarei”; Is 53.11, “Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua
alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento,
justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si”). O anjo da
morte certamente virá e somente o sangue de Cristo agrada o Santo Deus.
Tendo
Cristo como a sua Páscoa, e sendo obediente, ou seja, batizado e membro dessa
igreja que está administrando essa Ceia, pode observá-la “em memória de
Mim”.