A PORTA DAS OVELHAS
NE 3.1SESS.
Pr. José Antônio Corrêa
INTRODUÇÃO:
2.
As portas são o lugar onde exercemos nossa autoridade e manifestamos nossa
vontade. Fazemos também nossas escolhas, e tomamos nossas decisões. Elas
precisam ser restauradas. Um ponto importante é observarmos que o Diabo não
consegue nos forçar a fazer nada, quando lhe dizemos não. Temos uma vontade
livre e quando dizemos não ao inimigo, é o mesmo que dizer sim a Deus. Daí, a
importância da restauração da vontade, pois se esta estiver livre, não
obedeceremos nossa carne, nem as insinuações do inimigo, nem as atrações do
mundo.
3.
Certamente que a retomada do domínio de nossa vontade levará certo tempo. Há
inimigos que se habituaram a viver conosco por muitos anos e oferecerão
resistência quando quisermos expulsá-los. Um exemplo é o medo. Nossos
pensamentos serão restaurados passando do medo para a segurança em Deus.
Devemos lembrar que temos a ajuda do Espírito Santo e não vamos fazer a obra
sozinhos. Lembremos de Neemias, que foi a Jerusalém ajudar, porém, cada um teve
que colocar as mãos na obra. Vamos falar das portas, como sendo uma "Obra
Obrigatória":
LUGAR DE ENCONTRO COM O CORDEIRO
NE 3.1
-
Há menção desta porta em Jo 5.2, quando Jesus cura o Paralítico de
Betesta: “Ora, existe ali, junto à Porta das Ovelhas, um tanque, chamado em
hebraico Betesda, o qual tem cinco pavilhões”.
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Esta porta nos lembra que o "Cordeiro de Deus", foi sacrificado por
nós, Jo 1.29, “No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e
disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”. Isaías anteviu o
Senhor como ovelha sendo levado ao matadouro: “Ele foi oprimido e humilhado,
mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha
muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca”, Is 53.7.
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Esta porta, também nos lembra que hoje o Senhor Jesus está assentado à direita
do Pai e Ele é o único digno, capaz de abrir o livro de nossa plena redenção e
quebrar os seus selos, forçando, Satanás a recuar e respeitar nossos direitos, Ap
5.1-10, “1 Vi, na mão direita daquele que estava sentado no trono, um livro
escrito por dentro e por fora, de todo selado com sete selos. 2 Vi, também, um
anjo forte, que proclamava em grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de
lhe desatar os selos? 3 Ora, nem no céu, nem sobre a terra, nem debaixo da
terra, ninguém podia abrir o livro, nem mesmo olhar para ele; 4 e eu chorava
muito, porque ninguém foi achado digno de abrir o livro, nem mesmo de olhar
para ele. 5 Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da
tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos.
6 Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos,
de pé, um Cordeiro como tendo sido morto. Ele tinha sete chifres, bem como sete
olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados por toda a terra. 7 Veio,
pois, e tomou o livro da mão direita daquele que estava sentado no trono; 8 e,
quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos
prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro
cheias de incenso, que são as orações dos santos, 9 e entoavam novo cântico,
dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto
e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua,
povo e nação 10 e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e
reinarão sobre a terra”.
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Por ela recebemos o Senhor Jesus, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
Ele tomou nosso lugar na Cruz do Calvário, como nosso Senhor, Salvador e Rei.
Esta porta em nossa vida deve estar escancarada para Jesus. É uma decisão da
vontade, permitir que Ele entre em nossa vida e efetue dentro de nós a sua obra
redentora e libertadora, pelo seu precioso sangue remidor, derramado em nosso
lugar.
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Ap 1.5, “e
da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o
Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos
libertou dos nossos pecados”. Ver também Ap 7.13-17, “13 Um dos anciãos
tomou a palavra, dizendo: Estes, que se vestem de vestiduras brancas, quem são
e donde vieram? 14 Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse:
São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as
alvejaram no sangue do Cordeiro, 15 razão por que se acham diante do trono de
Deus e o servem de dia e de noite no seu santuário; e aquele que se assenta no
trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo. 16 Jamais terão fome, nunca mais
terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, 17 pois o Cordeiro que
se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água
da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima”.
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Jesus recebido em seu coração afeta não apenas seu espírito, mas toda a sua
personalidade. Ele encherá seus pensamentos, seus sentimentos e motivará suas
decisões. É uma identificação constante com Ele, Hb 12.2a, “olhando
firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus...”. Quando convivemos muito
tempo com uma pessoa, acabamos por nos assemelhar a ela. É isto o que a Palavra
de Deus nos fala do nosso relacionamento com Jesus, Rm 8.29, “Porquanto
aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à
imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”.
II. AO NOS TORNARMOS OVELHA, PASSAMOS A TER PERSONALIDADE DE OVELHA
JO 10
1.
Vejamos algumas características da ovelha às quais precisamos ter para levarmos
uma vida vitoriosa:
a)
A verdadeira ovelha precisa conhecer a voz do Pastor: “as ovelhas ouvem a
sua voz”, v.
b)
A verdadeira ovelha precisa ser conduzida pelo Pastor: “ele chama pelo nome
as suas próprias ovelhas e as conduz para fora”, v. 3. Ver também v.
4, “vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe reconhecem a voz”. Ao
nos colocarmos na posição de ovelha, o salmo 23 se torna uma realidade
em nossa vida: “1 SENHOR é o meu pastor; nada me faltará. 2 Ele me faz
repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso; 3
refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome. 4
Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque
tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam”, Sl 23.1-4.
c)
A verdadeira ovelha precisa aprender a obedecer: “e elas o seguem”, v.
4. Ver ainda o v. 5, “mas de modo nenhum seguirão o estranho; antes,
fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos”. Seguir ao Pastor é
trilhar o caminho da obediência. Pedro nos diz: “eleitos, segundo a presciência
de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência”, 1Pe 1.2. O
próprio Senhor Jesus precisou aprender a obediência: “embora sendo Filho,
aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu”, Hb 5.8.
d)
A verdadeira ovelha não usará sua liberdade em Cristo para dar ocasião à carne,
ou ao pecado:
“Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem”, Jo
10.9. Paulo aborda esta questão: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à
liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes,
servos uns dos outros, pelo amor”, Gl 5.13.
e)
A verdadeira ovelha é dependente de seu Pastor: “porque sem mim
nada podeis fazer”, Jo 15.5. Veja a exortação de Paulo: “não que, por
nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós;
pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus”, 2Co 2.5.