CÉU E
INFERNO?
Autoria
Desconhecida
Pr. José
Antônio Corrêa
BIBLICAMENTE
FALANDO
1. O CÉU
O Senhor Jesus prometeu àqueles que O recebam
a preparação de um lugar «na casa do Pai», na qual havia muitas moradas (João
14.1). É nesse lugar que se encontra o trono de Deus (Is 66.1), sendo daí que o
Senhor estende a Sua soberania, faz conhecer o Seu poder, a Sua glória e a Sua
sabedoria.
O céu é um lugar eterno (2Co 5.1, Salmo 45.6;
145.13), um alto e santo lugar (Is 57.15), onde se manifesta a paz, onde não
pode entrar choro, tristeza ou dor (Ap 7.16, 17).
Não é simbólico ou um mero estado de
espírito. Foi para esse lugar que Enoque e Elias foram elevados, assim como foi
para esse lugar que o Senhor Jesus ascendeu (At 1.11). O Senhor Jesus não ascendeu
para um mero estado de espírito ou para uma vaga esfera abstrata no universo,
mas para um lugar real de honra, e onde foi visto por Estevão, à mão direita de
Deus (At 7.56), assim como por Paulo (2Co 12) e por João (Ap 1.10-18).
2. O
INFERNO
O Senhor Jesus alertou para o inferno, um
lugar onde o seu “bicho não morre nem o fogo nunca se apaga”. Assegurou que os
que praticarem a iniquidade serão lançados no lago de fogo e enxofre, onde
haverá choro e ranger de dentes (Mt 13.42).
Ele, um dia, dirá a esses: “Apartai-vos de
mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos” (Mt
25.41. Cfr. ainda Ap 20.10 e 21.8)
Tal como o céu, o inferno e o lago de fogo e
enxofre são lugares reais. E entre o inferno e o céu existe um abismo tal impossível
de transpor (Lc 16.26).
O inferno é um lugar de tormento (Lc 16.23),
de vergonha e desprezo eterno (Dn 12.2) onde existe separação absoluta e eterna
de Deus e o desprezo eterno de todos os que lá se encontra. “A fumaça do seu
tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite”
(Ap 14.11)
3. O
PURGATÓRIO
(não existe)
O purgatório não existe. Trata-se de uma
invenção da Religião Católica, concretamente do papa Gregório I, em 593 e que
veio a ser aprovada no Concílio de Florença de 1439 e confirmada no de Trento
em 1563, sustentando-se nos livros apócrifos de II Macabeus 12.42-46.
A Bíblia é bem clara ao afirmar (Mt 25.46)
que uns irão para o tormento eterno e os justos para a vida eterna. Não há
outro lugar ou outro destino.
O malfeitor que foi crucificado ao lado do
Senhor Jesus, apesar dos seus muitos pecados, não teve de ir para um lugar de
purificação, antes o Senhor Jesus lhe assegurou: “em verdade te digo que hoje
estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.3). Lemos igualmente em 1 João 1.7 que “o
sangue de Jesus Cristo, nos purifica de todo o pecado”. Só pela graça do Senhor
Jesus somos salvos, por meio da fé e nunca pelas obras de justiça que possamos
fazer (Ef 2.8, 9; Rm 10.9-13; 3.20-28 e 5.1-10), só dessa forma podendo
alcançar a paz com Deus.
Como pode um Deus de amor mandas as pessoas
para o inferno?
Esta pergunta nos faz lembrar das duas
anteriores. Mais uma vez partem da aversão entre os conceitos, certo e
errado.
Resposta: Deus não manda ninguém para o inferno.
As pessoas é que se colocam lá.
O inferno nunca foi criado para o homem, mas
para o demônio e seus “anjos”. Mateus 25.41 diz, “... Afastem-se de mim, vocês
que estão debaixo da maldição de Deus! Vão para o fogo eterno, preparado para o
Diabo e seus anjos!”.
Além disso, Deus não quer que ninguém vá para
lá! Ele diz, “... não me alegro pela morte de um pecador. Eu gostaria que
ele parasse de fazer o mal e vivesse” (Ez 33.11). As escrituras declaram, “ele
tem paciência com vocês porque não quer que ninguém seja destruído, mas que
todos se arrependam” (2Pe 3.9).
Ninguém irá para o inferno “acidentalmente”,
nem haverão pessoas “acidentalmente” no céu. As pessoas irão para o céu por
causa da sua deliberada escolha, e pessoas irão para o inferno pela mesma
razão.
Por que algumas
pessoas não vão até Cristo?
Se alguém está realmente querendo as
respostas paras as perguntas que eu mencionei, esta vai procurá-las. Mas muitas
não vêm. Não é porque as questões não foram respondidas. É porque elas se
sentem mais “confortáveis” onde elas estão agora.
Leia João 3.16.21
A simples resposta para o fato de muitos não
irem para Cristo é resumida nos versos 19 e 20: “O julgamento é este: a luz
veio do mundo, mas as pessoas preferiram a escuridão porque fazem o que é mal.
Pois todos os que fazem o mal odeiam a luz e fogem dela, para que ninguém veja
as coisas más que fazem”.
Uma história foi contada sobre um
castelo-calabouço, em Paris, chamado Bastille, que foi destruído em 1789. Um
prisioneiro que foi pego e confinado num calabouço escuro e sujo por muitos
anos, saiu. Mas ou invés de se alegram com sua liberdade alcançada, ele queria
ser levado de volta. Fazia um longo tempo que ele não via o raiar do sol, que
seus olhos não suportavam tal brilho. Seu único desejo era morrer na escuridão
do calabouço onde ele estava cativo. Desse mesmo modo, alguns homens continuam
rejeitando a Jesus Cristo até que eles se endureçam no seus pecados, que eles
acabam por preferir a escuridão da morte eterna. Devemos procurar, dar o melhor
das nossas habilidades como cristãos, para responder às questões que as pessoas
nos fazem. Ao mesmo tempo em que devemos nos lembrar que a conversão é um
trabalho somente de Deus. Ore para que seus amigos não cristãos, colegas de
trabalho, e membros da sua família venham reconhecer sua necessidade pessoal
por Jesus Cristo.