DISCIPLINA NA IGREJA

Por Hélio de M. Silva

 

Pr. José Antônio Corrêa

 

A Bíblia exige disciplina. Propósito é pureza da igreja e restauração. Atitude é amor humildade obediência. Cresce de advertência repreensão suspensão a eliminação. Arrependimento leva ao perdão.

 

I. Necessidade (Obrigação!) inescapável da igreja disciplinar: O Senhor (!) ordenou!!!  Claramente! Versos abaixo:

 

Rm 2.24, “Pois, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa”.

 

1Ts 5.14, “Exortamo-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos”.

 

Ap 2.2,14,15,20, “2 Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos. 14 Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição. 15 Outrossim, também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas. 20 Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos”.

 

 

II. A base da disciplina: é a santidade de Deus:

 

Sl 93.5, “Fidelíssimos são os teus testemunhos; à tua casa convém a santidade, SENHOR, para todo o sempre”.

 

1Pe 1.16, “porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo”.

 

 

III. Propósito do disciplinar:

 

1. Glorificar a Cristo, sua igreja e o evangelho, 1Sm 15.22, “Porém Samuel disse: Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros”; Mt 5.16, “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. Por obedecer aos padrões e ordens (versos abaixo) do Senhor.

 

a) Advertir o ofensor de mais e mais graves consequências, 1Co 11.30-31, “30 Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem. 31Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados”.

 

b) Recuperar, reganhar o ofensor:

 

Mt 18.15, “Se teu irmão pecar contra ti, vai arguí-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão”.

 

1Co 5.5, “entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus”.

 

2Co 2.6-8, “6 basta-lhe a punição pela maioria. 7 De modo que deveis, pelo contrário, perdoar-lhe e confortá-lo, para que não seja o mesmo consumido por excessiva tristeza. 8 Pelo que vos rogo que confirmeis para com ele o vosso amor”.

 

Gl 6.1, “Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado”.

 

c) Combater o fermento infectante e favorecer a pureza da igreja e da sua adoração, Js 7 (Acã); 1Co 5.6-8, “6 Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? 7 Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. 8 Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade”.

 

d) Desestimular outros de pecarem:

 

Dt 13.11, “E todo o Israel ouvirá e temerá, e não se tornará a praticar maldade como esta no meio de ti”.

 

Dt 17.12-14, “12 O homem, pois, que se houver soberbamente, não dando ouvidos ao sacerdote, que está ali para servir ao SENHOR, teu Deus, nem ao juiz, esse morrerá; e eliminarás o mal de Israel, 13 para que todo o povo o ouça, tema e jamais se ensoberbeça. 14 Quando entrares na terra que te dá o SENHOR, teu Deus, e a possuíres, e nela habitares, e disseres: Estabelecerei sobre mim um rei, como todas as nações que se acham em redor de mim”.

 

1Tm 5.20, “Quanto aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para que também os demais temam”.

 

e) Evitar o castigo de Deus contra a igreja local:

 

Js 7.1,13, 1 Prevaricaram os filhos de Israel nas coisas condenadas; porque Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zera, da tribo de Judá, tomou das coisas condenadas. A ira do SENHOR se acendeu contra os filhos de Israel. 13 Dispõe-te, santifica o povo e dize: Santificai-vos para amanhã, porque assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Há coisas condenadas no vosso meio, ó Israel; aos vossos inimigos não podereis resistir, enquanto não eliminardes do vosso meio as coisas condenadas”.

 

Ap 2.14-15, “14 Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição. 15 Outrossim, também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas”.

 

 

IV. Atitude de coração, ao disciplinarmos:

 

1. Amor sincero (ataca o pecado em nós mesmos, nossos filhos, nossos irmãos...), gentil, compassivo (não sarcástico):

 

1Co 5.2, “E, contudo, andais vós ensoberbecidos e não chegastes a lamentar, para que fosse tirado do vosso meio quem tamanho ultraje praticou?”.

 

2Co 2.4. “Porque, no meio de muitos sofrimentos e angústias de coração, vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que ficásseis entristecidos, mas para que conhecêsseis o amor que vos consagro em grande medida”.

 

2. Não considerar o ofensor como inimigo-inferior, mas como irmão em erro:

 

Gl 6.1-3, “1 Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado. 2 Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo. 3 Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se engana”.

 

2Ts 3.15, “Todavia, não o considereis por inimigo, mas adverti-o como irmão”.

 

3. Humildade (não vingança/arrogância/tripudiar), Gl 6.1, “Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado”.

 

4. Oração fervente (jejum?): antes da confrontação, durante, e depois (incessantemente).

 

 

V. Progressão e modos da disciplina:

 

1. Normalmente, 3 etapas Mt 18.15-18, “15 Se teu irmão pecar contra ti, vai arguí-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. 16 Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. 17 E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano. 18 Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus”.

 

 

a) 1a. etapa: o ofendido amorosa-sabiamentemente exorta. Privadamente!

 

b) 2a. etapa: idem, acompanhado de 1 ou 2 irmãos, espirituais.

 

c) 3a. etapa: idem, a igreja local.

 

d) Mas, se a ofensa foi por líder (1Tm 5.20, “Quanto aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para que também os demais temam”), ou parece poder ser um dos 11 casos (logo abaixo) que podem levar até à imediata suspensão da comunhão da igreja local, passa-se logo à 3a. etapa.

 

e) A 3a. etapa consiste na igreja: ouvir todos os lados e testemunhas da questão, mantendo decência e ordem, procurando a mente do Senhor (!), para a glória do Senhor (!); e escolher a progressão:

 

·      Advertir de mais e mais graves consequências e exortar (animar):

 

2Ts 3.14,15, “14 Caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado. 15 Todavia, não o considereis por inimigo, mas adverti-o como irmão”.

 

 

Tt 3.10,11, “10 Evita o homem faccioso, depois de admoestá-lo primeira e segunda vez, 11 pois sabes que tal pessoa está pervertida, e vive pecando, e por si mesma está condenada”.

 

·      Convencer, reprovar e repreender:

 

1Tm 5.20, “Quanto aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para que também os demais temam”.

 

2Tm 4.2, “prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina”.

 

Tt 1.9, 13, 2.15, “9 apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem. 13 Tal testemunho é exato. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sadios na fé. 2.15 Dize estas coisas; exorta e repreende também com toda a autoridade. Ninguém te despreze”.

 

·      Suspender da comunhão. A Bíblia é explícita somente em 11 casos, não devemos ir além:

 

·      · Mt 18.17 (“E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano”) - caso 1: ofensor pessoal de irmão queixoso rebela-se contra igreja;

·      · 1Co 5.11,13 (“11 Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais. 13 Os de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor”) - caso2: fornicador-devasso;

·      · caso3: avarento;

·      · caso4: idólatra;

·      · caso 5: maldizente;

·      · caso 6: beberrão;

·      · caso7: roubador.  (Ou seja, tudo que tem o potencial de escandalizar até alguns Cornélios-não-salvos, que ouçam a “lei da natureza”);

·      · Pv 6.16,19 (“Seis coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma abomina, 19 testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos”); Rm 16.17,18 (“17 Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles 18 porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos); Tt 3.10,11 (10 Evita o homem faccioso, depois de admoestá-lo primeira e segunda vez. 11 pois sabes que tal pessoa está pervertida, e vive pecando, e por si mesma está condenada”) - caso8:  divisicionista;

·      · caso9:  ensinador de falsa doutrina;

· 1Tm 1.19,20 (19 mantendo fé e boa consciência, porquanto alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé. 20 E dentre esses se contam Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para serem castigados, a fim de não mais blasfemarem”); 1Tm 6.3-5 (“3 Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, 4 é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, 5 altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro”); Tt 1.9 (“apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem); 2 Jo 7-11 (“7 Porque muitos enganadores têm saído pelo mundo fora, os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne; assim é o enganador e o anticristo. 8 Acautelai-vos, para não perderdes aquilo que temos realizado com esforço, mas para receberdes completo galardão. 9 Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho. 10 Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. 11 Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más”) - caso 10: rejeitador obstinado de doutrinas essenciais da fé;

·      · 2Ts 3.6-14 (“6 Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebestes; 7 pois vós mesmos estais cientes do modo por que vos convém imitar-nos, visto que nunca nos portamos desordenadamente entre vós, 8 nem jamais comemos pão à custa de outrem; pelo contrário, em labor e fadiga, de noite e de dia, trabalhamos, a fim de não sermos pesados a nenhum de vós; 9 não porque não tivéssemos esse direito, mas por termos em vista oferecer-vos exemplo em nós mesmos, para nos imitardes. 10 Porque, quando ainda convosco, vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma. 11 Pois, de fato, estamos informados de que, entre vós, há pessoas que andam desordenadamente, não trabalhando; antes, se intrometem na vida alheia. 12 A elas, porém, determinamos e exortamos, no Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando tranquilamente, comam o seu próprio pão, 13 E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem. 14 Caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado”) - caso 11: vagabundo ou sem-regras, especialmente a pretexto de religião.

 

·      Suspensão da comunhão significa:

 

·      · nenhuma comunhão, cooperação, identificação em matérias espirituais (cultos, etc.); nem em matérias sociais (exceto as indispensáveis familiares, comerciais, profissionais, legais), inclusive não comendo socialmente com ele:

 

Mt 18.17, “E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano”.

 

Rm 16.17, “Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles”.

 

1Co 5.11, “Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais”.

 

2Ts 3.6,14, “5 Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebestes. 14 Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebestes”.

 

1Tm 6.3,5, “6 Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade. 5 altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro”.

 

Tt 3.10, “Evita o homem faccioso, depois de admoestá-lo primeira e segunda vez”.

 

·      · entregar a Satanás, 1Co 5.5, (“entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus”); 1Tm 1.20 (“E dentre esses se contam Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para serem castigados, a fim de não mais blasfemarem”); a carne pode chegar a ser destruída, pior que Jó 2.6 (“Disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele está em teu poder; mas poupa-lhe a vida”); salvação, se houver, não.

·      · Advertir para não participar da Ceia do Senhor (Mas cada um decida-se... Judas participou, (mas teve triste fim...))

·      · O ofensor (até como os descrentes) pode (e deve!) ouvir as pregações, 1Co 14.23-25, “23 Se, pois, toda a igreja se reunir no mesmo lugar, e todos se puserem a falar em outras línguas, no caso de entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão, porventura, que estais loucos? 24 Porém, se todos profetizarem, e entrar algum incrédulo ou indouto, é ele por todos convencido e por todos julgado; 25 tornam-se-lhe manifestos os segredos do coração, e, assim, prostrando-se com a face em terra, adorará a Deus, testemunhando que Deus está, de fato, no meio de vós”.

 

 

VI. Perdão e Restauração:

 

1. Logo que o ofensor expressar arrependimento e evidenciá-lo pelo comportamento, o ofendido e a igreja devem expressar-lhe e evidenciar-lhe pleno perdão e plena restauração da comunhão:

 

Mt 18.34-35, “33 não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti? 34  E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida. 35 Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão”

 

Mt 6.14-15, “14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; 15 se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”.

 

 

Lc 17.3-4, “3 Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. 4 Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe”.

 

2Co 2.6-8,11, “6 basta-lhe a punição pela maioria. 7 De modo que deveis, pelo contrário, perdoar-lhe e confortá-lo, para que não seja o mesmo consumido por excessiva tristeza. 8 Pelo que vos rogo que confirmeis para com ele o vosso amor. 11 para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios”.

 

2Co 7.10-11, “10 Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte. 11 Porque quanto cuidado não produziu isto mesmo em vós que, segundo Deus, fostes contristados! Que defesa, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vindita! Em tudo destes prova de estardes inocentes neste assunto”.

 

(Mas, em certos casos, será melhor para o progresso do reino de Deus que o ofendido não assuma, ao menos por algum tempo, certas funções e cargos...).

 

2. Pecados sobremaneira graves (como os 11 casos acima, especialmente com endurecimento-rebeldia; e por líderes?) devem ser castigados, mesmo depois do ofensor pedir e receber perdão

 

Js 7.20, “Respondeu Acã a Josué e disse: Verdadeiramente, pequei contra o SENHOR, Deus de Israel, e fiz assim e assim”.

 

2Sm 12.13-14, “13 Então, disse Davi a Natã: Pequei contra o SENHOR. Disse Natã a Davi: Também o SENHOR te perdoou o teu pecado; não morrerás. 14 Mas, posto que com isto deste motivo a que blasfemassem os inimigos do SENHOR, também o filho que te nasceu morrerá”.

 

 

VII. Objeções e Perguntas:

 

1. “Causa divisões” - Inevitáveis para sermos fiéis, Lc 12.51-53 (“51 Supondes que vim para dar paz à terra? Não, eu vo-lo afirmo; antes, divisão. 52 Porque, daqui em diante, estarão cinco divididos numa casa: três contra dois, e dois contra três. 53 Estarão divididos: pai contra filho, filho contra pai; mãe contra filha, filha contra mãe; sogra contra nora, e nora contra sogra”). Obedecer é melhor que ..., 1Sm 15.22, “Porém Samuel disse: Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros”.

 

2. “Seria julgar irmão” - O julgamento já foi ordenado, por Deus, não obedecê-lo trar-nos-ia repreensão:

 

1Co 5.1,2, “1 Geralmente, se ouve que há entre vós imoralidade e imoralidade tal, como nem mesmo entre os gentios, isto é, haver quem se atreva a possuir a mulher de seu próprio pai. 2 E, contudo, andais vós ensoberbecidos e não chegastes a lamentar, para que fosse tirado do vosso meio quem tamanho ultraje praticou?”.

 

Ap 2.20, “Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos”.

 

3. “A quem confidenciaríamos quando tivéssemos problemas com pecado?“ - Basicamente, disciplina é para continuação, endurecida ou rebelde, no pecado.

 

4. “O ‘contra ti’ de Mt 18.15 (“Se teu irmão pecar contra ti, vai arguí-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão”) implica que disciplina é só pelo ofendido” - Todo pecado continuado, endurecido/rebelde, é contra Deus e sua igreja. E esta é quem disciplina:

 

Mt 18.18, “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus”.

 

Rm 16.17, “Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles”.

 

1Co 5

 

2Ts 3.14, “Caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado”.

 

5. “Quem pode decidir o tempo entre as etapas de Mt 18?” - O Espírito Santo, guiando os disciplinadores (o ofendido, depois ele mais outro irmão, depois toda a igreja), através de oração e sincera dependência.

 

6. “Por que prosseguir até disciplina pública, quando o ofensor afasta-se da igreja?” - Este é outro pecado dele; Deus não se agrada de “concessões”, da hipocrisia de apenas varrermos sujeira para debaixo do tapete; é nosso dever para com igreja que vier a recebê-lo.

 

7. “Não engulo excomungarmos irmãos por todo pecadinho; nem espreitarmo-nos policialescamente” - Disciplina é só por o continuar em pecado e dura-rebelião. Não espreitamos: amamo-nos, oramos.

 

8. “Que fazer se há dúvidas da genuinidade do arrependimento?” - Devemos julgar o comportamento, só ele, não o coração 1Co 13.7, “É assim que instrumentos inanimados, como a flauta ou a cítara, quando emitem sons, se não os derem bem distintos, como se reconhecerá o que se toca na flauta ou cítara?”.