DISPOSIÇÕES para o Ano Novo

 

 

 

Pr. José Antônio Corrêa

 

 

 

1. Deixando tudo para traz, 2Co 5.17, “...as coisas antigas já passaram...”. Muitas são as coisas que nos amarram ao passado: decepções, frustrações, desilusões, lembranças, pecados, etc. Viver com a mente voltada para o passado pode nos fazer estagnar o presente, nos deixando sem perspectivas para o futuro. No dizer de Paulo “as coisas antigas” já se foram, ficaram para trás. Somente aqueles que se libertaram do peso do passado podem adentrar despreocupadamente pelas portas de um novo ano. O escritor da Carta aos Hebreus nos mostra um caminho pelo qual devemos trilhar: “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé...”, Hb 12.2. Tendo Jesus como alvo jamais seremos decepcionados.

 

2. Andando em novidade de vida, 2Co 5.17, “...eis que se fizeram novas...”. Se não devemos ficar apegados ao passado, mergulhados em nossas frustrações, decepções, etc., precisamos viver no presente as alegrias da nova vida que recebemos pela fé ao nos tornarmos filhos de Deus. João nos fala de “vida abundante” (João 10.10 – “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância”). Por desfrutarmos dessa “vida abundante” é que Paulo nos incentiva a viver em alegria e regozijo: “Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos”, Fp 4.4. Aquele que confiou sua vida a Cristo tem a eternidade para si; porém aquele que vive sem Jesus e sem a graça de Deus, está perdendo tudo desde agora.

 

3. Buscando a benção de Deus, 1 Cr 4.10, “Porque Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Se me abençoares muitíssimo, e meus termos ampliares, e a tua mão for comigo, e fizeres que do mal não seja afligido! E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido”. A primeira pintura de Michelangelo na Capela Sistina, considerada sua maior obra, foram duas mãos que abençoavam. Com isso ele era convicto de que tudo depende das bênçãos de Deus. Esta convicção deve permear também nossa vida para o novo ano. Devemos estar cientes de que para sermos bem sucedidos, precisamos contar com a bênção de Deus. Veja a promessa de Deus ao seu povo na possessão de Canaã: “Porque o SENHOR teu Deus te abençoará, como te tem falado; assim, emprestarás a muitas nações, mas não tomarás empréstimos; e dominarás sobre muitas nações, mas elas não dominarão sobre ti”.

 

4. Conscientizando-nos de que nada acontece conosco por acaso, Jo 13.7, “O que eu faço não o sabes agora; compreendê-lo-ás depois”. Jesus estava praticando algo com seus discípulos (o lava pés), que eles não podiam compreender sua extensão naquele momento. Por isso que Jesus assevera a Pedro: “compreendê-lo-ás depois”. Assim também algumas coisas que nos acontecem e que nos parecem estranhas, ou muitas situações permitidas por Deus em nossa vida e que parecem ininteligíveis, ali na frente receberemos a revelação, e é possível que algumas delas só entenderemos na eternidade. Deus nunca erra! Não devemos questionar o momento! Simplesmente devemos seguir a direção divina. Se o povo de Deus quisesse estar debaixo da proteção divina quando se dirigia à terra da promessa, deveria permanecer debaixo da nuvem: “E o SENHOR ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite”, Êx 13.21. 

 

5. Vivendo uma vida compromissada na fé, Gl 2.20, “...a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus”. A fé deve ser nosso alimento diário! Bem disse o escritor da carta aos hebreus, citando o profeta Habacuque: “Mas o justo viverá da fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele”, Hb 10.38. Nossa fé deve ser alimentada pela garantia de cumprimento das promessas de Deus em nosso favor. O Deus que nos salvou mediante a fé, por Jesus, também cumprirá todas as promessas descritas na sua Palavra. Não podemos nos esquecer ainda, que Jesus é o Autor e Consumador da fé, Hb 12.2. Se desejamos viver uma fé operante, devemos olhar para Jesus.

 

6. Andando na obediência e dependência de Deus, Mt 6.10, “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”. Qualquer decisão nossa que não seja pautada na vontade de Deus nos trará consequências irremediáveis. Portanto, se queremos tomar decisões que se tornarão em bênçãos, devemos conhecer antes a vontade de Deus. Muitas vezes surge a questão: Como posso saber qual é a vontade de Deus? Antes de mais nada você deve olhar para a Palavra, verificando se naquela decisão algum princípio está sendo quebrado; Depois siga a voz do teu coração. Observe o que eu disse: “coração”, não “mente” ou “raciocínio”. Seguir a vontade do Senhor com um coração íntegro e prestar-LHE obediência traz bênção sem medida, e é o melhor para nós em termos de sucesso espiritual. Observe o que diz o salmista: “Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração”, Sl 40.8.

 

7. Esperando o retorno do Senhor, Lc 12.36, “Sede vós semelhantes a homens que esperam pelo seu senhor”. Embora Jesus aqui esteja usando um exemplo humano de uma festa, em que os convidados devem estar preparados quando o dono da festa chegar, a aplicação é espiritual e fala da vinda do grande Senhor – Jesus Cristo.   William McDonald disse: “Não basta defender a verdade acerca de Sua vinda; essa verdade deve nos dominar”. Devemos ansiar noite e dia pela vinda do Senhor para participarmos das “Bodas do Cordeiro” (Ap 19.9 – “Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus”. Precisamos orar como Paulo: “Maranata” (expressão aramaica que quer dizer: “Vem nosso Senhor”), 1Co 16.22.