DOS SONHOS
A UMA VIDA FRUTÍFERA
Atos
7 – 8.13
Autor:
Mathias Quintela de Souza
Pr. José
Antônio Corrêa
INTRODUÇÃO
1. O nosso tema geral para esta série de
mensagem é: “No limite de Deus”. Começamos com o propósito de Deus nas provações.
Vamos prosseguir selecionando textos que mostram sempre servos de Deus sendo
provados e aprovados por Deus.
2. Neste domingo, refletiremos sobre a
experiência de José, filho de Jacó. Veremos como um sonhador é preparado na
escola da realidade para o cumprimento dos propósitos de Deus em sua vida.
I. OS
SONHOS QUE INSPIRAM
1. “Vem lá o tal sonhador!” (Gn 37.19). Essa
expressão zombeteira mostra como os idealistas podem ter problemas por causa
dos seus sonhos. Os irmãos de José planejaram matá-lo e zombaram: “Vejamos em
que lhe darão os sonhos” (Gn 37.20).
2. Os sonhos podem ser:
a) Associação de ideias às vezes incoerentes
no subconsciente de quem dorme;
b) Sinônimo de ilusão, devaneio e inconsequência;
c) Percepções dos propósitos de Deus para a
vida de quem sonha.
Esses últimos são os sonhos que inspiram.
Devem ser compartilhados com pessoas que estão também vivendo na mesma dimensão
espiritual, como aconteceu com Maria e Isabel (Lc 1.39-45).
3. Mesmo que os sonhos pareçam extravagantes,
devemos ter a mesma atitude de Jacó (Gn 37.10-11) e de Maria (Lc 2.19) que
refletiam sobre as palavras que ouviam e as guardavam no coração. No tempo
próprio, teriam a compreensão plena dessas coisas. Quando recebemos a plenitude
do Espírito Santo, os jovens têm visões e os velhos sonham (At 2.17). Essas
visões e sonhos são inspirações para prosseguirmos firmes como agentes do reino
de Deus no mundo.
II. A
ESCOLA DA VIDA PREPARA OS SONHADORES PARA A MISSÃO
1. Em conversa com Thomas Edison, alguém
observou que ele devia ter muita inspiração para tantas invenções. O cientista
respondeu que devia 1% dessas invenções à inspiração e 99% à transpiração, isto
é, ao duro trabalho de pesquisa.
2. O romantismo dos sonhos de José deu lugar
às duras experiências de escravo (Gn 39.1) e de presidiário no Egito (Gn
37.20). Ele, no entanto, serviu com humildade e lealdade como escravo (Gn
39.2-6) e como presidiário (Gn 39.21-23). O segredo? “O Senhor era com ele e
tudo o que ele fazia o Senhor prosperava em suas mãos” (Gn 39.3, 21, 23). “Deus
estava com ele e o livrou de todas as suas aflições” (At 7.9b-10ª). Por isso,
ele saiu da cadeia para ser conselheiro de Faraó e, mais tarde, primeiro
ministro do Egito (At 7.10).
3. As duras realidades da vida eram
oportunidades aproveitadas por José para ser bênção para as pessoas onde ele
estivesse. Eram também oportunidades de preparo para a missão que ele teria que
cumprir. Ele viveu no espírito de Jesus que transformou a cruz, um instrumento
de vergonha e dor, num instrumento de salvação para a humanidade.
III. OS
SONHOS SE TORNAM REALIDADE NUMA VIDA FRUTÍFERA
1. Chegou o momento no qual os sonhos de José
se cumpriram. Mas ao invés de ele se vingar dos seus irmãos, foi o instrumento
usado por Deus para preservá-los com vida no tempo de fome generalizada no
Oriente Médio (At 7.11-14; Gn 50.18-21).
2. Além de José ter sido bênção para os
egípcios e para o seu povo nos seus dias, Jacó profetizou a seu respeito para
os dias vindouros (Gn 49.1): “José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto à
fonte; os seus galhos se estendem sobre o muro” (Gn 49.22). Esses galhos que se
estendem sobre o muro nos alcançam não só pelo testemunho que José deixou, mas
porque a ação dele foi decisiva para a preservação do povo eleito e para que
Deus enviasse, através desse povo, o seu Filho ao mundo para a nossa salvação.
Em Cristo, somos plenamente abençoados (Ef 1.3).
CONCLUSÃO
Quando os nossos sonhos são percepções dos
propósitos de Deus para nós, eles nos dão forças para sermos treinados na
escola das árduas experiências humanas, a fim de que possamos produzir frutos
que abençoem nossos irmãos e o mundo, pois a árvore não produz frutos para si
mesma.