ELIAS, VIVENDO MOMENTOS DE CRISE
1RS 19.1-18
Pr. José Antônio Corrêa
1
RS 19.1-18,
“1 Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito e como matara todos
os profetas à espada. 2 Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias a
dizer-lhe: Façam-me os deuses como lhes aprouver se amanhã a estas horas não
fizer eu à tua vida como fizeste a cada um deles. 3 Temendo, pois, Elias,
levantou-se, e, para salvar sua vida, se foi, e chegou a Berseba, que pertence
a Judá; e ali deixou o seu moço. 4 Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho
de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte
e disse: Basta; toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor do que
meus pais. 5 Deitou-se e dormiu debaixo do zimbro; eis que um anjo o tocou e
lhe disse: Levanta-te e come. 6 Olhou ele e viu, junto à cabeceira, um pão
cozido sobre pedras em brasa e uma botija de água. Comeu, bebeu e tornou a
dormir. 7 Voltou segunda vez o anjo do SENHOR, tocou-o e lhe disse: Levanta-te
e come, porque o caminho te será sobremodo longo. 8 Levantou-se, pois, comeu e
bebeu; e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites
até Horebe, o monte de Deus. 9 Ali, entrou numa caverna, onde passou a noite; e
eis que lhe veio a palavra do SENHOR e lhe disse: Que fazes aqui, Elias? 10 Ele
respondeu: Tenho sido zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos
de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus
profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida. 11 Disse-lhe
Deus: Sai e põe-te neste monte perante o SENHOR. Eis que passava o SENHOR; e um
grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas diante do SENHOR,
porém o SENHOR não estava no vento; depois do vento, um terremoto, mas o SENHOR
não estava no terremoto; 12 depois do terremoto, um fogo, mas o SENHOR não
estava no fogo; e, depois do fogo, um cicio tranquilo e suave. 13 Ouvindo-o
Elias, envolveu o rosto no seu manto e, saindo, pôs-se à entrada da caverna.
Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias? 14 Ele respondeu:
Tenho sido em extremo zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos
de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus
profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida. 15 Disse-lhe o
SENHOR: Vai, volta ao teu caminho para o deserto de Damasco e, em chegando lá,
unge a Hazael rei sobre a Síria.
INTRODUÇÃO:
Mesmo sendo tocados pelo Senhor, podemos enfrentar momentos de crise que
afetarão nossa vida em Deus.
I. A AÇÃO DO DIABO PARA ESFRIAR O AVIVAMENTO
VS. 1-2
1.
Jezabel, o instrumento. Esta mulher fruto de um casamento misto de Acabe
era a grande promotora da condução do povo de Deus à idolatria e ao afastamento
do Senhor:
a)
Levado por ela, Acabe tornou-se adorador de Baal, 1Rs 16.31, “Como se fora coisa
de somenos andar ele nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, tomou por mulher
a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi, e serviu a Baal, e o
adorou”.
b)
Acabe de vendeu para praticar o mal, porque ela o instigara, 1Rs 21.25, “Ninguém houve,
pois, como Acabe, que se vendeu para fazer o que era mau perante o SENHOR,
porque Jezabel, sua mulher, o instigava”.
c)
Jezabel, sinônimo de falsa profetisa no Novo Testamento, Ap 2.20, “Tenho, porém,
contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara
profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a
prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos”.
II. O COMPORTAMENTO DO CRENTE QUE DEVERIA MANTER-SE NO FOGO
1.
Temendo, fugiu para salvar sua pele, v. 3.
2.
Desejou morrer, v. 3.
3.
Amaldiçoou sua geração – “...não sou melhor do que meus pais”, v. 3.
4.
Sua decepção – achava-se sozinho, “”Tenho sido zeloso pelo SENHOR, Deus
dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os
teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram
tirar-me a vida”, v. 10.
5.
Dormiu, v. 5.
III. A AÇÃO DE DEUS NA RESTAURAÇÃO DAQUELE QUE SE MANTEM NA DECEPÇÃO
1.
Ordena a assistência dos anjos:
a) O anjo tocou-lhe,
o acordando por duas vezes, vs. 5, 7.
b)
Providenciou-lhe comida e água – “...viu, junto à cabeceira, um pão cozido
sobre pedras em brasa e uma botija de água. Comeu, bebeu e tornou a dormir”, v.
6.
c)
Ordenou-lhe o passo seguinte – “Levanta-te e come, porque o caminho te
será sobremodo longo” (quarenta dias e quarenta noites), v. 7.
2.
Vem-lhe ao encontro, mas não da maneira que queremos:
a)
Foi parar numa caverna – “entrou numa caverna, onde passou a noite”, v. 9.
b)
Continua resmungando,
“só eu...”, v. 10.
c)
A voz de Deus – “Que
fazes aqui, Elias?”, v. 9; “Sai e põe-te neste monte (Horebe)”, v. 11.
Horebe significa “deserto”. Foi o mesmo monte onde Moisés recebeu a lei de Deus
(só que em Moisés este monte recebeu o nome de “Sinai” – que quer dizer
“espinhoso”.
-
Fez um grande vento, mas o Senhor não estava no vento, “um grande e forte vento
fendia os montes e despedaçava as penhas diante do SENHOR, porém o SENHOR não
estava no vento”, v. 11.
-
Houve um terremoto, mas o Senhor também não estava no terremoto, “...um
terremoto, mas o SENHOR não estava no terremoto”, v. 11.
-
Veio também um fogo, mas o Senhor não estava no fogo, “...um fogo, mas o SENHOR
não estava no fogo”, v. 12.
-
O Senhor se manifestou através de um “som suave” – “depois do fogo, um cicio
tranquilo e suave”, v. 12.
3.
Deus lhe transmite as últimas instruções:
“13
Ouvindo-o Elias, envolveu o rosto no seu manto e, saindo, pôs-se à entrada da
caverna. Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias? 14 Ele
respondeu: Tenho sido em extremo zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque
os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e
mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida.
15 Disse-lhe o SENHOR: Vai, volta ao teu caminho para o deserto de Damasco e,
em chegando lá, unge a Hazael rei sobre a Síria.
-
O que mais chama nossa atenção foi que Elias perdeu seu ministério – “e também
Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar”, v. 16.
CONCLUSÃO: Precisamos ter cuidado para que depois de sermos
tocados, ungidos não venhamos a cair novamente!