FALANDO SOBRE O PERDÃO DE DEUS
Pr. José Antônio Corrêa
INTRODUÇÃO:
2.
Só poderá haver perdão se houver uma culpa! Havendo uma culpa, poderá ou não
haver perdão. Isso depende de um pedido de perdão da parte ofensiva e a
liberação do perdão da parte ofendida. É evidente que quando pensamos em nosso
relacionamento com o Deus Santo, para nos aproximarmos dEle, precisamos de perdão,
uma vez que os nossos pecados o ofenderam e eles nos impedem de qualquer ato de
relacionamento com o Criador.
I. TODOS
ESTAMOS DISTANTES DE DEUS POR CAUSA DO PECADO
1.
Is 59.1-15,
“1 Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem
surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. 2 Mas as vossas iniquidades fazem
separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de
vós, para que vos não ouça. 3 Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue,
e os vossos dedos, de iniquidade; os vossos lábios falam mentiras, e a vossa
língua profere maldade. 4 Ninguém há que clame pela justiça, ninguém que
compareça em juízo pela verdade; confiam no que é nulo e andam falando
mentiras; concebem o mal e dão à luz a iniquidade 5 Chocam ovos de áspide e
tecem teias de aranha; o que comer os ovos dela morrerá; se um dos ovos é
pisado, sai-lhe uma víbora. 6 As suas teias não se prestam para vestes, os
homens não poderão cobrir-se com o que eles fazem, as obras deles são obras de
iniquidade, obra de violência há nas suas mãos. 7 Os seus pés correm para o
mal, são velozes para derramar o sangue inocente; os seus pensamentos são
pensamentos de iniquidade; nos seus caminhos há desolação e abatimento. 8
Desconhecem o caminho da paz, nem há justiça nos seus passos; fizeram para si
veredas tortuosas; quem anda por elas não conhece a paz. 9 Por isso, está longe
de nós o juízo, e a justiça não nos alcança; esperamos pela luz, e eis que há
só trevas; pelo resplendor, mas andamos na escuridão. 10 Apalpamos as paredes
como cegos, sim, como os que não têm olhos, andamos apalpando; tropeçamos ao
meio-dia como nas trevas e entre os robustos somos como mortos. 11 Todos nós
bramamos como ursos e gememos como pombas; esperamos o juízo, e não o há; a
salvação, e ela está longe de nós. 12 Porque as nossas transgressões se
multiplicam perante ti, e os nossos pecados testificam contra nós; porque as
nossas transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniquidades, 13 como
o prevaricar, o mentir contra o SENHOR, o retirarmo-nos do nosso Deus, o pregar
opressão e rebeldia, o conceber e proferir do coração palavras de falsidade. 14
Pelo que o direito se retirou, e a justiça se pôs de longe; porque a verdade
anda tropeçando pelas praças, e a retidão não pode entrar. 15 Sim, a verdade
sumiu, e quem se desvia do mal é tratado como presa. O SENHOR viu isso e
desaprovou o não haver justiça”.
OBSERVAÇÕES:
a)
A ação devastadora do pecado:
-
prática da violência
– “porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue”, v.3, “obra de
violência há nas suas mãos. Os seus pés correm para o mal, são velozes para
derramar o sangue inocente”, vs.6-7.
Quando
olhamos para os índices de violência nos dias atuais, percebemos o quando o
homem tem se aliado ao pecado e consequentemente se distanciado do Criador.
Hoje se mata alguém por cinco reais! A fúria do homem dominado pelo diabo tem
produzido tantas mortes, inúmeros assassinatos, que a notícia de um crime
horrendo, não nos causa mais impacto. Texto semelhante: “Pelo que,
quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as
vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue”, Is
1.15.
-
prática da mentira
– “vossos lábios falam mentiras, e a vossa língua profere maldade”, v.3,
“o conceber e proferir do coração palavras de falsidade”, v.13.
A
prática da mentira é outro pecado que convive conosco! O “conceber e o proferir
do coração”, nos fala de algo que “nasce” que brota de nosso interior. Tem ver
com o que Jesus denunciou em sua pregação – “18 Mas o que sai da boca vem do
coração, e é isso que contamina o homem. 19 Porque do coração procedem maus
desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos,
blasfêmias. 20 São estas as coisas que contaminam o homem...”, Mt 15.18-20.
-
prática da injustiça
– “ninguém há que clame pela justiça, ninguém que compareça em juízo pela
verdade; confiam no que é nulo e andam falando mentiras”, v.4, “por
isso, está longe de nós o juízo, e a justiça não nos alcança”, v.9.
A
prática da injustiça se observa claramente quando tendemos a aprovar aquilo que
é errado, incoerente, em detrimento do que é certo. Ela ocorre quando ferimos a
ética e aprovamos o erro! Uma das definições de “justiça” no Dicionário Aulete
Digital é a seguinte: “Capacidade ou virtude de ser imparcial ao julgar e de
ser conforme à lei e à ética”.
-
prática semelhante a animais peçonhentos – “chocam ovos de áspide e tecem teias de
aranha; o que comer os ovos dela morrerá; se um dos ovos é pisado, sai-lhe uma
víbora”, v.5.
Tanto
a serpente, como aranha são animais peçonhentos que atacam a presa inoculando
veneno. Muitas vezes agimos desta maneira. Nossas palavras e nosso procedimento
envenenam as pessoas que estão ao nosso alcance.
-
prática de pensamentos malignos – “os seus pensamentos são pensamentos de
iniquidade”, v.7.
Não
é só o que fazemos que se constitui pecado, mas também o que pensamos ou
desejamos – “Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com
intenção impura, no coração, já adulterou com ela”, Mt 5.28.
b)
Consequências lógicas:
-
cegueira espiritual
– “esperamos pela luz, e eis que há só trevas; pelo resplendor, mas andamos na
escuridão. Apalpamos as paredes como cegos, sim, como os que não têm olhos”, vs.9-10.
A
cegueira espiritual é decorrente de uma vida pecaminosa. As trevas ocorrem
porque temos a tendência de rejeitar a verdadeira luz – “19 O julgamento é este:
que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque
as suas obras eram más. 20 Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e
não se chega para a luz, a fim de não serem arguidas as suas obras. 21 Quem
pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam
manifestas, porque feitas em Deus”, Jo 3.19-21.
-
perda da vitalidade
– “tropeçamos ao meio-dia como nas trevas e entre os robustos somos como
mortos”, v.10.
O
pecado tem como consequência a morte – “porque o salário do pecado é a morte”, Rm
6.23. Quanto mais praticamos o pecado, mais cheiramos a defunto. Isto não é
diferente no meio do povo de Deus. Muitas vezes precisamos de ouvir o que Paulo
falou aos efésios – “Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos,
e Cristo te iluminará”, Ef 5.14.
-
convívio com a tristeza – “bramamos como ursos e gememos como pombas”, v.11.
Esta
é uma das consequências lógica do pecado – ele atrai tristeza. Esta tristeza
pode ser para o bem ou para o mal – “Porque a tristeza segundo Deus produz
arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do
mundo produz morte”, 2Co 7.10. Davi fala deste efeito desastroso do
pecado – “Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se
tornou em sequidão de estio”, Sl 32.4.
-
amargamos a perdição
– “e não o há; a salvação, e ela está longe de nós”, v.11.
O
grande perigo do pecado – levar o homem à perdição, à condenação eterna –
“Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma
vez consumado, gera a morte”, Tg 1.15.
-
temos o testemunho do pecado contra nós - “e os nossos pecados testificam contra
nós; porque as nossas transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas
iniquidades”, v.12.
-
acabamos por trocar o bem pelo mal – “Sim, a verdade sumiu, e quem se desvia do
mal é tratado como presa. O SENHOR viu isso e desaprovou o não haver justiça”, v.15.
c)
A Pior consequência – O pecado afeta nosso relacionamento com Deus, afeta nossa
vida interior, e nossa vida em comunidade.
-
Nos separa de Deus - “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o
vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não
ouça”, v.2, “como o prevaricar, o mentir contra o SENHOR, o
retirarmo-nos do nosso Deus”, v.13.
Esta
é a pior parte – perdemos a comunhão com Deus! Foi o que aconteceu com Adão
após a queda – “9 E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?
10 Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e
me escondi”, Gn 3.9-10. Observe novamente Is 1.15, “...quando
multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias
de sangue”.
OUTROS
TEXTOS RELACIONADOS:
Rm
3.10-18,
“10 como está escrito: Não há justo, nem um sequer, 11 não há quem entenda, não
há quem busque a Deus; 12 todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não
há quem faça o bem, não há nem um sequer.
Rm
5.12,
“12 Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo
pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos
pecaram”.
Rm
7.14-224,
“14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido
à escravidão do pecado. 15 Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de
agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. 16 Ora, se faço o que
não quero, consinto com a lei, que é boa. 17 Neste caso, quem faz isto já não
sou eu, mas o pecado que habita em mim. 18 Porque eu sei que em mim, isto é, na
minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não,
porém, o efetuá-lo. 19 Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não
quero, esse faço. 20 Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz,
e sim o pecado que habita em mim. 21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a
lei de que o mal reside em mim. 22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho
prazer na lei de Deus; 23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando
contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos
meus membros. 24 Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta
morte?”
Ec
7.20,
“Não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque”.
II. DEUS SEMPRE BUSCOU UM RELACIONAMENTO MAIS PRÓXIMO COM O HOMEM
Jr
31.31-34,
“31 Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de
Israel e com a casa de Judá. 32 Não conforme a aliança que fiz com seus pais,
no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto
eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o
SENHOR. 33 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois
daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também
no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 34
Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo:
Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior
deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados
jamais me lembrarei”.
“Deus
chamou Jeremias para ser profeta do Reino Sul, i.e., Judá. Seu ministério
abrangeu os últimos quarenta anos da nação, inclusive os dias que precederam a
destruição de Jerusalém e a deportação do povo de Deus a Babilônia (627-
Durante
esse período, a nação manteve-se rebelde contra Deus e confiava nas alianças
políticas para conseguir livrar-se dos inimigos. Jeremias conclamou o povo a
arrepender-se dos seus pecados e os advertiu que não escapariam do castigo por
rejeitarem a Deus e à sua lei. Por causa da sua mensagem de julgamento e da sua
devoção ao Senhor, Jeremias enfrentou muita oposição e sofrimento” (Bíblia
de Estudos Pentecostal).
Em
meio a esta situação de rebelião e abastamento de seu povo Deus, pela boca do
profeta, fala de um tempo de visitação e restauração. Deus viria restaurar seu
povo de seus pecados e fazer com ele uma nova aliança. Vejamos as bases desta
nova aliança:
1.
PRIMEIRA BASE – TERÍAMOS UMA ALIANÇA SUPERIOR À ALIANÇA MOSAICA. “Eis aí vêm dias,
diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de
Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela
mão, para os tirar da terra do Egito”, vs. 31-32.
a)
Vejamos os termos da antiga aliança: Êx 19.3-8, “3 Subiu Moisés a Deus, e
do monte o SENHOR o chamou e lhe disse: Assim falarás à casa de Jacó e
anunciarás aos filhos de Israel: 4 Tendes visto o que fiz aos egípcios, como
vos levei sobre asas de águia e vos cheguei a mim. 5 Agora, pois, se
diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis
a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é
minha; 6 vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras
que falarás aos filhos de Israel. 7 Veio Moisés, chamou os anciãos do povo e
expôs diante deles todas estas palavras que o SENHOR lhe havia ordenado. 8
Então, o povo respondeu à uma: Tudo o que o SENHOR falou faremos. E Moisés
relatou ao SENHOR as palavras do povo”.
O
principal ingrediente da aliança mosaica estava na obediência aos princípios
divinos (“se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha
aliança”). Em havendo obediência o povo seria “propriedade particular de Deus
entre outros povos”, e ao mesmo tempo exerceriam o “sacerdócio” (representação
divina) como nação santa (espelho da santidade de Deus).
b)
Nesta nova aliança, Jesus é tido como fiador – “por isso mesmo, Jesus se tem
tornado fiador de superior aliança”, Hb 7.22.
O
termo “fiador” indica “alguém que se obriga a pagar dívida ou a cumprir
obrigação de outra pessoa, caso esta não as cumpra no tempo e sob as condições
dispostas em contrato” (Dicionário Aulete Digital). É isso que Jesus fez por
nós – “tendo cancelado (pago) o escrito de dívida, que era contra nós e que
constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente,
encravando-o na cruz”, Cl 2.14.
c)
Esta nova aliança foi instituída à base de superiores promessas – “Agora, com
efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também
Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas”, Hb
8.6.
d)
Esta nova aliança é eterna – “Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os
mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da
eterna aliança”, Hb 13.20.
2.
SEGUNDA BASE – SERIAM ALCANÇADOS NOSSOS SENTIMENTOS E NOSSO CORAÇÃO. “Porque esta é a
aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR:
Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei”, v.
33.
a)
Se na antiga aliança o alvo era a obediência de preceitos legais que iriam
preparar o homem num relacionamento saudável com Deus, nesta nova aliança, Deus
objetiva buscar o coração do homem petrificado pelo pecado. O grande problema
do homem que não está em aliança com Deus é que seu coração está corrompido –
“Por isso, me indignei contra essa geração e disse: Estes sempre erram no
coração; eles também não conheceram os meus caminhos”, Hb 3.10.
b)
Por esta razão, há duas coisas que Deus promete fazer para conquistar o coração:
-
A lei estaria na mente (emoções) - “Na mente, lhes imprimirei as minhas leis”.
-
A lei estaria no coração (parte interior do homem) - “também no coração
lhas inscreverei”.
3.
TERCEIRA BASE – SERÍAMOS LEVADOS A UM RELACIONAMENTO MAIS PESSOAL COM DEUS. “eu serei o seu
Deus, e eles serão o meu povo”, v. 33.
a)
Esta base de relacionamento envolve intimidade, e não apenas algo formal,
hipócrita.
Este foi o grande erro dos fariseus nos dias de Cristo – havia superficialidade
no relacionamento deles com o Senhor: “Este povo honra-me com os lábios, mas o
seu coração está longe de mim”, Mt 15.8.
b)
Foram considerados “hipócritas”. “Ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes, por
dentro, estão cheios de rapina e intemperança!”, Mt 23.25. Ver ainda
Mt 23.27, “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois
semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas
interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia!”.
Definição
da palavra hipócrita:
“Que simula ter uma qualidade ou sentimento que não tem, ou finge ser
verdadeira alguma coisa (sabendo que não o é); FINGIDO; FALSO” (Dicionário
Aulete Digital). “Intérprete, ator, artista de teatro, dissimulador, impostor,
hipócrita” (BOL – Bíblia Online).
4.
QUARTA BASE – NOS PROPICIARIA UM CONHECIMENTO PESSOAL MAIS PROFUNDO DE DEUS. “Não ensinará
jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao
SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR”,
v. 34.
a)
A falta do conhecimento de Deus gera destruição. “O meu povo está
sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote,
rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas
sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu
me esquecerei de teus filhos”, Os 4.6.
b)
Conhecer verdadeiramente a Deus é uma exigência superior a qualquer sacrifício
e está ligado à misericórdia. “Pois misericórdia quero, e não sacrifício,
e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos”, Os 6.6.
5.
QUINTA BASE – RECEBERÍAMOS O PERDÃO DE DEUS E O ESQUECIMENTO DE NOSSOS PECADOS. “Pois perdoarei as
suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei”, v. 34.
a)
Há condições para recebermos o perdão de Deus. “se o meu povo, que se chama pelo
meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus
caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua
terra”, 2Cr 7.14.
b)
Ao sermos perdoados por Deus recebemos alivio. “Bem-aventurado aquele cuja
iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto”, Sl 32.1.
Outros
textos relacionados
Êx
19.3-8,
“3 Subiu Moisés a Deus, e do monte o SENHOR o chamou e lhe disse: Assim falarás
à casa de Jacó e anunciarás aos filhos de Israel: 4 Tendes visto o que fiz aos
egípcios, como vos levei sobre asas de águia e vos cheguei a mim. 5 Agora,
pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança,
então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a
terra é minha; 6 vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as
palavras que falarás aos filhos de Israel. 7 Veio Moisés, chamou os anciãos do
povo e expôs diante deles todas estas palavras que o SENHOR lhe havia ordenado.
8 Então, o povo respondeu à uma: Tudo o que o SENHOR falou faremos. E Moisés
relatou ao SENHOR as palavras do povo”.
Is
54.1-10,
“1 Canta alegremente, ó estéril, que não deste à luz; exulta com alegre canto e
exclama, tu que não tiveste dores de parto; porque mais são os filhos da mulher
solitária do que os filhos da casada, diz o SENHOR. 2 Alarga o espaço da tua
tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não o impeças; alonga as tuas
cordas e firma bem as tuas estacas. 3 Porque transbordarás para a direita e
para a esquerda; a tua posteridade possuirá as nações e fará que se povoem as
cidades assoladas. 4 Não temas, porque não serás envergonhada; não te
envergonhes, porque não sofrerás humilhação; pois te esquecerás da vergonha da
tua mocidade e não mais te lembrarás do opróbrio da tua viuvez. 5 Porque o teu
Criador é o teu marido; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de
Israel é o teu Redentor; ele é chamado o Deus de toda a terra. 6 Porque o
SENHOR te chamou como a mulher desamparada e de espírito abatido; como a mulher
da mocidade, que fora repudiada, diz o teu Deus. 7 Por breve momento te deixei,
mas com grandes misericórdias torno a acolher-te; 8 num ímpeto de indignação,
escondi de ti a minha face por um momento; mas com misericórdia eterna me
compadeço de ti, diz o SENHOR, o teu Redentor. 9 Porque isto é para mim como as
águas de Noé; pois jurei que as águas de Noé não mais inundariam a terra, e
assim jurei que não mais me iraria contra ti, nem te repreenderia. 10 Porque os
montes se retirarão, e os outeiros serão removidos; mas a minha misericórdia
não se apartará de ti, e a aliança da minha paz não será removida, diz o
SENHOR, que se compadece de ti”.
1Pe
1.3-9,
“3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita
misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de
Jesus Cristo dentre os mortos, 4 para uma herança incorruptível, sem mácula,
imarcescível, reservada nos céus para vós outros 5 que sois guardados pelo
poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no
último tempo. 6 Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se
necessário, sejais contristados por várias provações, 7 para que, uma vez
confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível,
mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus
Cristo;
1Jo
3.1-10,
“1 Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados
filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não
nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. 2 Amados, agora, somos
filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que,
quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo
como ele é. 3 E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança,
assim como ele é puro. 4 Todo aquele que pratica o pecado também transgride a
lei, porque o pecado é a transgressão da lei. 5 Sabeis também que ele se
manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado. 6 Todo aquele que
permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o
conheceu. 7 Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica
a justiça é justo, assim como ele é justo. 8 Aquele que pratica o pecado
procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se
manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo. 9 Todo aquele que
é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a
divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus. 10
Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que
não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão”.
III. DEUS PESSOALMENTE FEZ CONTATO CONOSCO AO ENVIAR SEU FILHO JESUS
CRISTO
Ef
2.1-10,
“1 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, 2 nos
quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da
potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; 3
entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da
nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por
natureza, filhos da ira, como também os demais. 4 Mas Deus, sendo rico em
misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, 5 e estando nós mortos
em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois
salvos, 6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos
lugares celestiais em Cristo Jesus; 7 para mostrar, nos séculos vindouros, a
suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. 8
Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de
Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie. 10 Pois somos feitura dele,
criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para
que andássemos nelas”.
Temos
visto que o homem devido à sua pecaminosidade acabou por distanciar-se de seu
Criador, perdendo contato e intimidade com Ele. Uma reaproximação e reconciliação
se fizeram necessárias, porém esta reaproximação e reconciliação só se tornaram
possíveis quando o próprio Deus tomou a iniciativa para buscar o homem. Foi
realmente isso que aconteceu. No texto lido, podemos ter um raios-X da situação
do homem e como Deus cumpriu seu plano de resgate. Vejamos alguns pontos:
1.
NOSSA CONDIÇÃO ANTERIOR À REAPROXIMAÇÃO DE DEUS:
a)
Estávamos mortos espiritualmente – “estando vós mortos nos vossos delitos e
pecados”.
A
principal função do pecado sempre foi de levar o homem à morte e mantê-lo neste
estado – “porque o salário do pecado é a morte...”, Rm 6.23. Ver ainda Cl
2.13, “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e
pela incircuncisão da vossa carne...”. Este estado de “morte espiritual” nos
impede de nos achegarmos ao Criador.
Este
tem sido o estado lamentável da raça humana desde a queda – “Portanto, assim
como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim
também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”, Rm 5.12.
b)
Vivíamos à deriva num mundo mal – “andastes outrora, segundo o curso deste
mundo”.
Andar
“segundo o curso do mundo”, é ser levado, arrastado, pelas influências
pecaminosas da geração em que estamos inseridos. Isto é semelhante a um barco
sem leme à deriva no mar. Tal barco é levado para onde as ondas o impulsionam.
Gl
4.3,
“Assim, também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos
rudimentos do mundo”. O termo “menores” tem a ver com nossa vida antes de nossa
experiência com Cristo. Observe a expressão: “estávamos servilmente sujeitos
aos rudimentos do mundo”. A palavra “rudimento” tem a ver com fundamentos,
princípios. Quais são os princípios que gerem o mundo? Estes princípios
exerciam poder de escravidão sobre nossas vidas.
c)
Éramos dominados pelo diabo – “segundo o príncipe da potestade do ar, do
espírito que agora atua nos filhos da desobediência”.
Com
certeza, toda pessoa que não tem Jesus Cristo é controlada pelo "príncipe
das potestades do ar" - Satanás. Sua mente é ofuscada pelo diabo, para que
não possa ver a verdade de Deus – “3 Mas, se o nosso evangelho ainda está
encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, 4 nos quais o deus deste
século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz
do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”, 2Co 4.3-4.
d)
Sobressaiam nossas inclinações e paixões carnais – “segundo as
inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos”.
Estas
inclinações para a carne e suas paixões é fruto desta vida à deriva. O homem
sem Deus é controlado inteiramente pela sua impulsão carnal.
-
As operações da carne frutificam para morte, Rm 7.5, “Porque, quando
vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei
operavam em nossos membros, a fim de frutificarem para a morte”. Ver ainda Rm
8.13, “Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte...”.
-
O próprio Apóstolo Paulo tinha consciência do poder que sua carne exercia sobre
sua vontade, Rm 7.18,
“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois
o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo”.
-
A vida na carne é oposta à vida no espírito, Gl 5.17, “Porque a carne
milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos
entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer”.
e)
Éramos filhos da ira – “éramos, por natureza, filhos da ira, como também os
demais”.
Embora
Deus ame o pecador, jamais poderá ser complacente com o pecado. Sua ira se
manifestou contra o pecado e suas consequências – “A ira de Deus se revela do
céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela
injustiça”, Rm 1.18.
Em
vários textos bíblicos temos a manifestação da ira de Deus contra as atitudes
pecaminosas do homem:
-
Se manifestou contra os desobedientes na Antiga Aliança – “27 Também fez
chover sobre eles carne como poeira e voláteis como areia dos mares. 28 Fê-los
cair no meio do arraial deles, ao redor de suas tendas. 29 Então, comeram e se
fartaram a valer; pois lhes fez o que desejavam. 30 Porém não reprimiram o
apetite. Tinham ainda na boca o alimento. 31 quando se elevou contra eles a ira
de Deus, e entre os seus mais robustos semeou a morte, e prostrou os jovens de
Israel”, Sl 72.27-31.
-
Se manifesta contra aqueles que rejeitam o filho de Deus – “Por isso, quem
crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o
Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus”, Jo 3.36.
-
Se manifesta contra toda sorte de pecados – “Ninguém vos engane com palavras
vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da
desobediência”, Ef 5.6. Ver ainda Cl 3.5-6, “5 Fazei, pois,
morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo
maligno e a avareza, que é idolatria; 6 por estas coisas é que vem a ira de
Deus sobre os filhos da desobediência”.
2.
NOSSA SITUAÇÃO ATUAL:
a)
Recebemos vida, mediante Cristo – “nos deu vida juntamente com Cristo”.
Se
o pecado produz a morte, Cristo tem o poder de destruir a ação da morte na vida
do homem:
-
Recebemos a vida eterna como “dom de Deus”, o que anula o poder do pecado sobre
nós,
Rm 6.23 “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de
Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”.
-
Recebemos vida através de uma nova lei – a lei do Espírito de Vida, Rm 8.2
“Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado
e da morte”.
b)
Fomos salvos pela graça, mediante à fé – “pela graça sois salvos”; “Porque pela
graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus”.
Jamais
teríamos condições de nos salvar de nossos pecados! A salvação é um ato
excepcional da graça de Deus:
-
João fala do “maior amor”, Jo 15.13 – “Ninguém tem maior amor do que este: de dar
alguém a própria vida em favor dos seus amigos”.
-
A salvação foi uma grande prova deste amor divino, Rm 5.8 -
“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido
por nós, sendo nós ainda pecadores”.
c)
Fomos colocados em uma nova posição – “juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos
fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus”.
Muitos
crentes vivem uma vida miserável aqui na terra esperando um dia ter uma vida
vitoriosa no céu. Não é assim que a Palavra de Deus nos ensina! Ao recebermos
Jesus, já passamos a desfrutar da vida de Deus aqui na terra, aguardando nosso
encontro com o Senhor e a glorificação de nosso corpo:
-
Nesta nova posição já reinamos agora em Cristo, Rm 5.17, “Se, pela ofensa de
um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância
da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus
Cristo”.
-
Nesta nova posição precisamos viver na busca das coisas do alto, aguardando
nossa manifestação em glória com o Senhor Cl 3.1-4, “1 Portanto, se
fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde
Cristo vive, assentado à direita de Deus. 2 Pensai nas coisas lá do alto, não
nas que são aqui da terra; 3 porque morrestes, e a vossa vida está oculta
juntamente com Cristo, em Deus. 4 Quando Cristo, que é a nossa vida, se
manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória”.
d)
Fomos preparados para a prática de boas obras – “criados em Cristo
Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos
nelas”.
Se
é certo que não precisamos fazer boas obras para conquistar a vida eterna, uma
vez que somos salvos inteiramente pela graça de Deus, também é certo que ao
recebermos a salvação pela graça, precisamos corresponder ao amor de Deus
fazendo boas obras:
-
Os crentes em condições melhores devem generosos, 1Tm 6.17, “17 Exorta aos
ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua
esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona
ricamente para nosso aprazimento; 18 que pratiquem o bem, sejam ricos de boas
obras, generosos em dar e prontos a repartir”.
-
Nossa vida em Deus deve ser recheada de boas obras o que reforçará nosso
testemunho de Deus ao mundo, Mt 5.16, “Assim brilhe também a vossa luz diante dos
homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está
nos céus”. Ver também 1Pe 2.12, “mantendo exemplar o vosso procedimento
no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de
malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da
visitação”.
-
Deve ser uma característica marcante de todos os filhos de Deus, Tt 2.14, “o qual a si mesmo
se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si
mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras”
Outros
textos relacionados:
Cl
1.15-22,
“15 Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; 16
pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as
visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados,
quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. 17 Ele é antes de
todas as coisas. Nele, tudo subsiste. 18 Ele é a cabeça do corpo, da igreja.
Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas
ter a primazia, 19 porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude
20 e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele,
reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus.
21 E a vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no
entendimento pelas vossas obras malignas, 22 agora, porém, vos reconciliou no
corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele
santos, inculpáveis e irrepreensíveis”.
Rm
5.1-2,
6-11, “1 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio
de nosso Senhor Jesus Cristo; 2 por intermédio de quem obtivemos igualmente
acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na
esperança da glória de Deus”. Vs. 6-11, “6 Porque Cristo, quando
nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. 7 Dificilmente,
alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a
morrer. 8 Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter
Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. 9 Logo, muito mais agora,
sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. 10 Porque,
se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu
Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; 11 e
não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus
Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação”.
1Pe
2.9-10,
21-25, “9 Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa,
povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes
daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; 10 vós, sim, que,
antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado
misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia”. Vs. 21-25, “21
Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em
vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, 22 o qual não cometeu
pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; 23 pois ele, quando ultrajado, não
revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se
àquele que julga retamente, 24 carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o
madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para
a justiça; por suas chagas, fostes sarados. 25 Porque estáveis desgarrados como
ovelhas; agora, porém, vos convertestes ao Pastor e Bispo da vossa alma”.
Jo
3.1-21,
“1 Havia, entre os fariseus, um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos
judeus. 2 Este, de noite, foi ter com Jesus e lhe disse: Rabi, sabemos que és
Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu
fazes, se Deus não estiver com ele.
2Tm
1.8-14,
“8 Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem do seu
encarcerado, que sou eu; pelo contrário, participa comigo dos sofrimentos, a
favor do evangelho, segundo o poder de Deus, 9 que nos salvou e nos chamou com
santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria
determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos
eternos, 10 e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo
Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a
imortalidade, mediante o evangelho, 11 para o qual eu fui designado pregador,
apóstolo e mestre 12 e, por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me
envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso
para guardar o meu depósito até aquele Dia. 13 Mantém o padrão das sãs palavras
que de mim ouviste com fé e com o amor que está em Cristo Jesus. 14 Guarda o
bom depósito, mediante o Espírito Santo que habita em nós”
IV. O PERDÃO DE DEUS, ATRAVÉS DO SEU FILHO JESUS CRISTO ESTÁ AO
ALCANCE DE TODOS
Sl
32,
“1 Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto. 2
Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não atribui iniquidade e em cujo
espírito não há dolo. 3 Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus
ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. 4 Porque a tua mão pesava dia e
noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio. 5 Confessei-te o
meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR
as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado. 6 Sendo
assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te. Com
efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão. 7 Tu és o meu
esconderijo; tu me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de
livramento. 8 Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob
as minhas vistas, te darei conselho. 9 Não sejais como o cavalo ou a mula, sem
entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não
te obedecem. 10 Muito sofrimento terá de curtir o ímpio, mas o que confia no
SENHOR, a misericórdia o assistirá. 11 Alegrai-vos no SENHOR e regozijai-vos, ó
justos; exultai, vós todos que sois retos de coração”.
Não
há limites para o perdão de Deus! Por mais que seja grande o nosso pecado, Deus
tem o remédio para ele – “Vinde, pois, e arrazoemos, diz o SENHOR; ainda que os
vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve;
ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã”, Is 1.18.
Nos
dias de Isaías, Israel estava atolado em muitos pecados: Injustiça social,
violência, idolatria, práticas cultuais falsas, etc. – Veja a situação da
nação: “4 Ai desta nação pecaminosa, povo carregado de iniquidade, raça de
malignos, filhos corruptores; abandonaram o SENHOR, blasfemaram do Santo de
Israel, voltaram para trás. 5 Por que haveis de ainda ser feridos, visto que
continuais em rebeldia? Toda a cabeça está doente, e todo o coração, enfermo. 6
Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas,
contusões e chagas inflamadas, umas e outras não espremidas, nem atadas, nem
amolecidas com óleo, Is 1.4-6. No entanto, Deus promete perdão e alívio,
ainda que seus pecados fossem tão alarmantes!
Deus
deseja perdoar nossos pecados. No texto lido temos o retrato de Davi abatido
pelo pecado e nele podemos ver algumas maneiras de nos achegarmos a Deus para
que ele nos perdoe e trate com os nossos pecados:
1.
PRECISAMOS RECONHECER QUE SÓ O PERDÃO VERDADEIRO NOS TRAZ ALÍVIO E PAZ
a)
Davi reconhece que o estado de felicidade que consegue aquele “cuja iniquidade é
perdoada, cujo pecado é coberto”, v.1. Jamais o filho de Deus terá paz
enquanto convive com pecados não confessados e perdoados. Esta era a situação de
Davi – “Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre
diante de mim”, Sl 51.3.
b)
Ele também reconhece que é feliz o homem a quem o Senhor “Bem-aventurado o
homem a quem o SENHOR não atribui iniquidade e em cujo espírito não há dolo”, v.2.
A expressão “bem aventurado”, literalmente significa “o estado de alguém que
goza de verdadeira felicidade”. Só poderá ser verdadeiramente feliz o homem que
tem os seus pecados tratados e anda em comunhão com o Criador – “bem-aventurado
o homem a quem o Senhor jamais imputará pecado”, Rm 4.8.
2.
DEVEMOS SABER QUE EXISTE UM PREÇO ALTO PARA AQUELE QUE NÃO CONFESSA SEUS
PECADOS
a)
Abrimos a porta para terríveis doenças – “Enquanto calei os meus pecados,
envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia”, v.3.
“Envelhecer” aqui tem de sentido de “desgastar”, “consumir”. A condição de
incomodação causada pelo pecado não tratado, certamente nos levará a um
desgaste emocional e físico que vai refletir em nossa saúde.
Poderão
surgir, então, as chamadas doença psicossomáticas – “As doenças psicossomáticas
surgem como consequência de processos psicológicos e mentais do indivíduo
desajustados das funções somáticas e viscerais e vice-versa. Caracterizam-se as
possibilidades de distúrbios de função e de lesão nos órgãos do corpo, devido
ao mau uso e ao efeito degenerativo, e descontroles dos processos mentais”
(extraído).
“A
história da mulher que procurou um pastor: crente, casada, 02 filhos, marido
tem um bom salário, sou uma profissional realizada, mas não tenho alegria. O
pastor disse: Só há uma explicação, você está se sentindo culpada por alguma
coisa. Ela calou, e disse: eu sei o que é. Contou uma longa história que terminou
num aborto. Meu pai, mãe, marido, mas este fardo insuportável tem consumido a
minha vida. Eles se ajoelharam e ela chorou muito. Depois ela levantou-se e seu
rosto era ouro rosto. Agora eu tenho paz e alegria. Profira meu perdão.
Passados alguns dias o seu marido foi à igreja e perguntou: o que você fez com
minha esposa ela ficou muita diferente? O pastor disse: Jesus tirou o seu
fardo. Seu marido disse: se foi bom para ela eu também quero” (extraído).
b)
Perdemos a alegria da salvação – “Porque a tua mão pesava dia e noite sobre
mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio”, v.4. Quando estamos
em pecado e não buscamos o perdão de Deus mediante à confissão, perdemos o
prazer de estar em sua presença. A tradução na Linguagem de Hoje: “e as
minhas forças se acabaram como o sereno que seca no calor do verão”. Davi
implora a Deus para que Ele lhe devolva a alegria perdida – “Restitui-me a
alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário”, Sl 51.12.
3
PRECISAMOS ENTENDER QUE A CONFISSÃO ESTÁ ATRELADA AO PERDÃO E AO
RESTABELECIMENTO DA COMUNHÃO COM O PAI
a) Deixando de
ocultar o pecado e confessando obtemos o perdão – “Confessei-te o meu
pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as
minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado”, v.5.
Assim como Davi ocultou o seu pecado – “minha iniquidade não mais ocultei” -
podem existir em nossa vida alguns pecados ocultos que precisam ser confessados
e deixados! Basta confessarmos com arrependimento sincero que Deus está pronto
a perdoar – “tu perdoaste a iniquidade do meu pecado”.
Devido
a fidelidade de Deus para conosco qualquer pecado confessado recebe o imediato
perdão de Deus: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos
perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”, 1Jo 1.9.
b)
O canal de oração antes obstruído, agora é aberto – “Sendo assim, todo
homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te”, v.6.
Certamente, uma outra consequência do pecado é interromper nosso canal de
comunicação com Deus – “Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os
olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as
vossas mãos estão cheias de sangue”, Is 1.15.
O
estado de pecado de Israel fazia com que suas orações ficassem inoperantes!
Algo precisava ser feito para que Deus pudesse voltar a escutá-los em suas
orações – a confissão e o abandono ao pecado! “Porque, se vós vos converterdes
ao SENHOR, vossos irmãos e vossos filhos acharão misericórdia perante os que os
levaram cativos e tornarão a esta terra; porque o SENHOR, vosso Deus, é
misericordioso e compassivo e não desviará de vós o rosto, se vos converterdes
a ele”, 2Cr 30.9.
c)
Somos novamente colocados debaixo de proteção – “Com efeito, quando
transbordarem muitas águas, não o atingirão”, v.6. Todo crente distante
de Deus em razão do pecado fica frágil diante dos ataques do diabo. Porém
quanto nossa sorte é restaurada e nossa comunhão com o Senhor é restabelecida,
recebemos o manto da proteção divina! Ver Sl 91.14, “Porque a mim se
apegou com amor, eu o livrarei; pô-lo-ei a salvo, porque conhece o meu nome”.
4.
PRECISAMOS ENTENDER AINDA QUE AO RESTABELECERMOS A COMUNHÃO COM O PAI PELO PERDÃO
NOVOS CANAIS DE BÊNÇÃOS SÃO ABERTOS EM NOSSO FAVOR
a)
Canal do louvor –
“tu me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento”, v.7.
A adoração e o louvor devem ocupar nossa mente e coração em nosso serviço a
Deus – “Eu, porém, cantarei a tua força; pela manhã louvarei com alegria a tua
misericórdia; pois tu me tens sido alto refúgio e proteção no dia da minha
angústia”, Sl 59.16.
b)
Canal do ensino – “Instruir-te-ei
e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei
conselho”, v.8. Todo crente precisa ser ensinado pelo Senhor. Deus usar
muitos meios para nos ensinar, mas os mais comuns são a ação do Espírito Santo
e a pregação da Palavra.
c)
o canal da obediência – “Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento,
os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem”,
v.9. O crente em pecado se torna rebelde, mas ao ser livre da ação do
pecado, entra em obediência. Estar em obediência é obrigação de todo filho de
Deus – “Porém Samuel disse: Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em
holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o
obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de
carneiros”, 1Sm 15.22.
d)
O canal da misericórdia – “Muito sofrimento terá de curtir o ímpio, mas o que
confia no SENHOR, a misericórdia o assistirá”, v.10. Para provarmos a
misericórdia de Deus precisamos estar em comunhão com Ele – Sl 32.18-19,
“18 Eis que os olhos do SENHOR estão sobre os que o temem, sobre os que esperam
na sua misericórdia, 19 para livrar-lhes a alma da morte, e, no tempo da fome,
conservar-lhes a vida”.
Sl
51.1-12,
“1 Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a
multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. 2 Lava-me
completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. 3 Pois eu
conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. 4
Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos,
de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar. 5 Eu
nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe. 6 Eis que te comprazes
na verdade no íntimo e no recôndito me fazes conhecer a sabedoria. 7
Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo que a
neve. 8 Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que exultem os ossos que
esmagaste. 9 Esconde o rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas
iniquidades 10 Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um
espírito inabalável. 11 Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu
Santo Espírito. 12 Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um
espírito voluntário”.
1
Jo 1.5-10,
“5 Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta:
que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. 6 Se dissermos que mantemos
comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. 7
Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os
outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. 8 Se
dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade
não está em nós. 9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para
nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. 10 Se dissermos que
não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em
nós”.
Rm
3.21-26,
“21 Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e
pelos profetas; 22 justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e
sobre todos os que creem; porque não há distinção, 23 pois todos pecaram e
carecem da glória de Deus, 24 sendo justificados gratuitamente, por sua graça,
mediante a redenção que há em Cristo Jesus,
Rm
8.31-39,
“31 Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será
contra nós? 32 Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós
o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? 33
Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. 34
Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o
qual está à direita de Deus e também intercede por nós. 35 Quem nos separará do
amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou
nudez, ou perigo, ou espada? 36 Como está escrito: Por amor de ti, somos
entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro.
37 Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele
que nos amou. 38 Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem
os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os
poderes, 39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura
poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”.
Rm
10.8-13,
“8 Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração;
isto é, a palavra da fé que pregamos. 9 Se, com a tua boca, confessares Jesus
como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos,
serás salvo. 10 Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se
confessa a respeito da salvação. 11 Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que
nele crê não será confundido. 12 Pois não há distinção entre judeu e grego, uma
vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. 13
Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”.
V.
VIVEMOS A NOVA VIDA EM CRISTO QUANDO VIVEMOS COMO ELE VIVEU
Rm
12.1-2,
9-21, “1 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que
apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é
o vosso culto racional. 2 E não vos conformeis com este século, mas
transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja
a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. 9 O amor seja sem hipocrisia.
Detestai o mal, apegando-vos ao bem. 10 Amai-vos cordialmente uns aos outros
com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. 11 No zelo, não
sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor; 12
regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração,
perseverantes; 13 compartilhai as necessidades dos santos; praticai a
hospitalidade; 14 abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis. 15
Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram. 16 Tende o mesmo
sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei
com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos. 17 Não
torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os
homens; 18 se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens;
19 não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está
escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor. 20
Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede,
dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua
cabeça. 21 Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”.
Quando
assumimos nossos pecados e buscamos o perdão de Deus, nossa vida em Deus é
restaurada. Porém um alvo maior se interpõe em nossa frente, ou seja,
precisamos viver a mesma vida que Jesus viveu – “aquele que diz que permanece
nele, esse deve também andar assim como ele andou”, 1Jo 2.6. Pesa sobre
nós o seguinte mandamento: “Sede santos, porque eu sou santo”, 1Pe 1.16.
Antes
de nos exortar com o mandamento acima, Pedro fala o seguinte: “14 Como filhos
da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa
ignorância; 15 pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou,
tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento”, 1Pe 1.14-15. Observe a expressão
“paixões que tínheis anteriormente”, que é uma vertente daquele que ainda não
conhece verdadeiramente ao Senhor. Todos os homens sem Deus são “amoldados”
pelas paixões mundanas. Era assim que vivíamos antes de nossa experiência de
salvação em Cristo! Porém, agora devemos ser “santos” em “todo nosso
procedimento”.
Pelo
texto lido, podemos destacar alguns pontos que precisamos observar e andar
neles para que tenhamos uma vida que terá como modelo a vida do próprio Senhor:
1.
NOSSOS CORPOS DEVEM SER OFERECIDOS EM SACRIFÍCIO A DEUS
“Rogo-vos,
pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”.
a)
A linguagem utilizada por Paulo vem do sistema de sacrifícios do Antigo
Testamento. Para servir a Deus naquele tempo, eram necessárias as ofertas e os
sacrifícios de animais os quais eram os substitutos humanos. Em razão do pecado
o homem não podia comparecer perante ao Senhor de mãos vazias – “ninguém
apareça de mãos vazias perante mim”, Êx 23.15. O sacrifício era o meio
de aproximação: “5 mas buscareis o lugar que o SENHOR, vosso Deus, escolher de
todas as vossas tribos, para ali pôr o seu nome e sua habitação; e para lá
ireis.
b)
Se pensarmos que nossa vida em Deus hoje, é isenta de sacrifícios, estaremos
pensando de forma errada. O simples fato de vivermos em um mundo contrário aos
planos e propósitos de Deus, nos trará uma carga de intensos sacrifícios.
Quantas vezes somos prejudicados no emprego, na escola, na sociedade, etc.,
simplesmente por professarmos uma fé cristã?
Alguns
problemas em nosso relacionamento com o mundo:
-
O mundo nos odeia, Jo 15.18-19, “18 Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro
do que a vós outros, me odiou a mim. 19 Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria
o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos
escolhi, por isso, o mundo vos odeia”.
-
Enquanto choramos, o mundo se alegra, Jo 16.20-22, “20 Em verdade, em
verdade eu vos digo que chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará; vós
ficareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria.
-
O mundo nos traz tribulações, Jo 16.33, “Estas coisas vos tenho dito para que
tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu
venci o mundo”.
-
O mundo agride aqueles que vivem piedosamente, 2Tm 3.12, “Ora, todos quantos
querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”.
c)
Até mesmo para termos um comportamento que agrade ao Senhor, estaremos nos
sacrificando, uma vez que as pressões do mundo e do pecado não são fáceis de
serem suportadas.
-
É bem difícil tirarmos de nossa vida o “peso” e o “pecado”, 12.1, “Portanto, também
nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas,
desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia,
corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta”.
-
A luta contra o pecado pode custar nosso sangue, Hb 12.4, “Ora, na vossa luta
contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue”.
-
Sacrificamos quando vivemos uma vida de quebrantamento diante do Senhor, Sl
51.17,
“Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e
contrito, não o desprezarás, ó Deus”.
d)
Devemos considerar que até mesmo algumas práticas cristãs envolvem certo
sacrifício de nossa parte – “Não negligencieis, igualmente, a prática do bem e a
mútua cooperação; pois, com tais sacrifícios, Deus se compraz”, Hb 13.16.
Observe que neste texto, a “prática do bem” e a “mútua cooperação”, são
colocadas como sacrifícios que agradam a Deus.
-
Nossas ofertas no reino de Deus, envolvem sacrifícios – “Recebi tudo e
tenho abundância; estou suprido, desde que Epafrodito me passou às mãos o que
me veio de vossa parte como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível
a Deus”, Fp 4.18.
-
Hoje praticamos “sacrifícios espirituais”, “também vós mesmos, como
pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo,
a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio
de Jesus Cristo”, 1Pe 2.5.
2.
EMBORA NOSSO CAMPO DE BATALHA SEJA NO MUNDO, JAMAIS PODEREMOS NOS CONFORMAR COM
OS PADRÕES MUNDANOS
“E
não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa
mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de
Deus”.
a)
A expressão “não vos conformeis” tem a ver com “não tomar a fôrma”. Seria como se nós
ficássemos tão parecidos com o mundo que não haveria diferenciação entre o que
fazemos e o que o mundo faz.
b)
O mundo tem um padrão que não pode ser absorvido pelo cristão. Dizemos que as
práticas mundanas precisam até mesmo, serem rechaçadas. Vejamos alguns ensinos
sobre como não nos envolvermos com o mundo e suas práticas:
-
Este mundo está sob o domínio do diabo, Jo 14.30, “Já não falarei
muito convosco, porque aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em mim”. Ver
ainda Ef 2.2, “nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo,
segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da
desobediência”.
-
Entretanto, a alma humana tem mais valor do que o mundo todo, Mt 16.26, “Pois que aproveitará
o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em
troca da sua alma?”.
-
Os cuidados do mundo podem sufocar a ação da Palavra de Deus em nós, Mt 13.22, “O que foi semeado
entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a
fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera”.
-
O mundo odeia os filhos de Deus, Jo 17.14, “Eu lhes tenho dado a tua palavra, e
o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou”.
-
Porém, os filhos de Deus não podem amar o mundo, 1Jo 2.15-17, “15 Não ameis o
mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não
está nele; 16 porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a
concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede
do mundo. 17 Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém,
que faz a vontade de Deus permanece eternamente”.
-
A amizade com o mundo compromete nosso relacionamento com Deus, Tg 4.4, “Infiéis, não
compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser
ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”.
-
Não podemos nos contaminar com o mundo, Tg 1.27, “A religião pura e
sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas
nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo”.
-
Os verdadeiros filhos morreram para o mundo, Cl 2.20, “Se morrestes com Cristo
para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais
a ordenanças”. Ver ainda Cl 3.3, “porque morrestes, e a vossa vida está
oculta juntamente com Cristo, em Deus”.
3.
PARA LEVAMOS UMA VIDA EM DEUS SEM NOS ENVOLVERMOS COM O MUNDO, PRECISAMOS
OBEDECER ALGUNS CONSELHOS DADOS PELO APÓSTOLO
a)
Praticar o verdadeiro amor, vs.9-10, “9 O amor seja sem hipocrisia. Detestai o
mal, apegando-vos ao bem. 10 Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor
fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros”.
-
Ao praticarmos o amor, teremos em vista as necessidades de nossos irmãos, e a
prática da hospitalidade, v.13, “compartilhai as necessidades dos
santos; praticai a hospitalidade”. Ver 1Jo 3.17, “Ora, aquele que
possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e
fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?”.
-
Ao praticarmos o amor, devemos ter empatia tanto como o sofrimento, como com a
alegria de nossos irmãos, v.15, “Alegrai-vos com os que se alegram e
chorai com os que choram”.
1.
Exemplo de participação no sofrimento (Jesus e a viúva de Naim): “12 Como se
aproximasse da porta da cidade, eis que saía o enterro do filho único de uma
viúva; e grande multidão da cidade ia com ela. 13 Vendo-a, o Senhor se
compadeceu dela e lhe disse: Não chores!”, Lc 7.12-13.
2.
Exemplo de participação nas alegrias (a mulher que encontrou a dracma perdida): “8 Ou qual é a
mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a
casa e a procura diligentemente até encontrá-la? 9 E, tendo-a achado, reúne as
amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu
tinha perdido”, Lc 15.8-9.
b)
Sermos zelosos e fervorosos de espírito em nosso serviço ao Senhor, v.11, “No zelo, não
sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor”. Isto implica
numa dedicação intensa. Veja o primeiro mandamento dado pelo Senhor –
“Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma,
de todo o teu entendimento e de toda a tua força”, Mc 12.30.
c)
Nos alegrar na esperança, sermos pacientes na tribulação e perseverantes na
oração, v.12,
“regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração,
perseverantes”. São três coisas difíceis, pois implica em esperar algo que
parece distante, vivendo intenso sofrimento, regados à oração perseverante.
1.
Exemplo de como viver na esperança. “Guardemos firme a confissão da esperança,
sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel”, Hb 10.23. Ver também
Hb 11.9-10, “9 Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra
alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma
promessa 10 porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o
arquiteto e edificador”.
2.
Exemplo de paciência nas tribulações: “10 Irmãos, tomai por modelo no sofrimento
e na paciência os profetas, os quais falaram em nome do Senhor. 11 Eis que
temos por felizes os que perseveraram firmes. Tendes ouvido da paciência de Jó
e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna
misericórdia e compassivo”, Tg 5.10-11. Ver também Ec 7.9,
“Melhor é o fim das coisas do que o seu princípio; melhor é o paciente do que o
arrogante”.
3.
Exemplo de oração perseverante: “Perseverai na oração, vigiando com ações
de graças”, Cl 4.2; “Orai sem cessar”, 1Ts 5.17.
d)
Nossa boca deve ser aberta apenas para abençoar e não lançar maldições, v.14, “abençoai os que
vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis”. Observe que a bênção deve ser
proferida até mesmo sobre aqueles que nos perseguem. Veja a repreensão de
Tiago pelo mal uso da língua: “
1.
O maldizente é o grande promotor da contenda no meio do irmãos, Pv 26.20-21, “20 Sem lenha, o
fogo se apaga; e, não havendo maldizente, cessa a contenda. 21 Como o carvão é
para a brasa, e a lenha, para o fogo, assim é o homem contencioso para acender
rixas”.
2.
Nossas palavras têm o poder de dar vida e trazer a morte, Pv 18.21, “A morte e a vida
estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”.
3.
O mal uso da língua pode nos levar a muitos problemas, Pv 21.23, “O que guarda a
boca e a língua guarda a sua alma das angústias”. Ver ainda Pv 12.20, “O
perverso de coração jamais achará o bem; e o que tem a língua dobre vem a cair
no mal”.
e)
Buscar a unidade entre os irmãos, v.16, “Tende o mesmo sentimento uns para com os
outros”. Ver ainda: 1Co 1.10, “Rogo-vos, irmãos, pelo nome de
nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre
vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e
no mesmo parecer”. Ver também: Fp 2.2, “completai a minha
alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos
de alma, tendo o mesmo sentimento”.
f)
Praticar a humildade, v.16, “em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que
é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos”.
-
Observe que aquele que verdadeiramente é humilde, o é na prática, pois vai
condescender com o que é humilde e jamais será sábio aos seus próprios olhos.
Ver
também 1Pe 5.5:
“Rogo igualmente aos jovens: sede submissos aos que são mais velhos; outrossim,
no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus
resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça”.
g)
Não pagar o mal com o mal, mas praticar o bem a todos os homens, v.17, “Não torneis a
ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens”.
-
Na prática do bem estarão incluídos até mesmo nossos inimigos, v.20, “Pelo contrário, se
o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber;
porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça”.
-
Devemos vencer o mal praticando o bem, v.21, “Não te deixes vencer do mal, mas
vence o mal com o bem.
h)
Ser promotor da paz entre os homens e os irmãos de fé, v.18. “se possível,
quanto depender de vós, tende paz com todos os homens”. Veja o conselho de
Jesus: “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de
Deus”, Mt 5.9.
i)
Jamais ser vingativo, sabendo que a vingança pertence ao Senhor, v.19, “não vos vingueis a
vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence
a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor”. Sabemos que a vingança
pertence ao Senhor: “30 Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim
pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo.
31 Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo”, Hb 10.30.
OUTROS
TEXTOS RELACIONADOS
Rm
6.1-7,
“1 Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais
abundante? 2 De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para
ele morremos? 3 Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em
Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? 4 Fomos, pois, sepultados com ele na
morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos
pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. 5 Porque, se
fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também
na semelhança da sua ressurreição, 6 sabendo isto: que foi crucificado com ele
o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos
o pecado como escravos; 7 porquanto quem morreu está justificado do pecado”.
Mt
20.20-28,
“20 Então, se chegou a ele a mulher de Zebedeu, com seus filhos, e, adorando-o,
pediu-lhe um favor. 21 Perguntou-lhe ele: Que queres? Ela respondeu: Manda que,
no teu reino, estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita, e o outro à
tua esquerda. 22 Mas Jesus respondeu: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber
o cálice que eu estou para beber? Responderam-lhe: Podemos. 23 Então, lhes
disse: Bebereis o meu cálice; mas o assentar-se à minha direita e à minha
esquerda não me compete concedê-lo; é, porém, para aqueles a quem está
preparado por meu Pai. 24 Ora, ouvindo isto os dez, indignaram-se contra os
dois irmãos. 25 Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores
dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. 26 Não é
assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será
esse o que vos sirva; 27 e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso
servo; 28 tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para
servir e dar a sua vida em resgate por muitos”.
Ef
4.17-32,
“17 Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também
andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, 18 obscurecidos de
entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela
dureza do seu coração, 19 os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram
à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza. 20 Mas não foi
assim que aprendestes a Cristo, 21 se é que, de fato, o tendes ouvido e nele
fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus, 22 no sentido de que, quanto
ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as
concupiscências do engano, 23 e vos renoveis no espírito do vosso entendimento,
24 e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão
procedentes da verdade. 25 Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade
com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros. 26 Irai-vos e não
pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, 27 nem deis lugar ao diabo. 28
Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias
mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado. 29 Não saia da
vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para
edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem. 30
E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da
redenção. 31 Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e
blasfêmias, e bem assim toda malícia. 32 Antes, sede uns para com os outros
benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em
Cristo, vos perdoou”.
Gl
5.16-26,
“16 Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne.
17 Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne,
porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do
vosso querer. 18 Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei. 19
Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia,
20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias,
dissensões, facções, 21 invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a
estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que
não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. 22 Mas o fruto do
Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, 23 mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. 24 E
os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e
concupiscências. 25 Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. 26 Não
nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns
dos outros”.
1João
4.7-21,
“7 Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo
aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. 8 Aquele que não ama não
conhece a Deus, pois Deus é amor. 9 Nisto se manifestou o amor de Deus em nós:
em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio
dele. 10 Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em
que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. 11
Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos
outros. 12 Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece
em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado. 13 Nisto conhecemos que
permanecemos nele, e ele, em nós: em que nos deu do seu Espírito. 14 E nós temos
visto e testemunhamos que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. 15
Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele,
em Deus. 16 E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é
amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele. 17 Nisto
é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança;
pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo. 18 No amor não existe medo;
antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo,
aquele que teme não é aperfeiçoado no amor. 19 Nós amamos porque ele nos amou
primeiro. 20 Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso;
pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem
não vê. 21 Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a
Deus ame também a seu irmão”.