GUARDIÕES DA ARCA DE DEUS

1SM 2.22SESS

 

Pr. José Antônio Corrêa

 

INTRODUÇÃO:

 

1. A Arca da Aliança se constituiu num símbolo da presença divina por todo o Velho Testamento. Ela ficava no interior do Tabernáculo, ou do Templo (quando este foi construído), no lugar denominado “Santo dos Santos”, onde somente o sumo-sacerdote podia entrar uma vez por ano para oferecer sacrifícios pelos seus próprios pecados e pelos pecados do povo.

 

2. Depois que o povo de Israel conquistou a terra da promessa, o Tabernáculo foi estabelecido em Siló, uma cidade de Efraim (Js 18.1). O texto que lemos nos mostra que nesse tempo o responsável para oficiar o sacerdócio era Eli, juntamente com seus filhos Hofni e Fineias (1Sm 1.3) Como sacerdotes instituídos por Deus eram eles os responsáveis pela guarda e cuidado da Arca da Aliança. Queremos ver o papel daqueles que são guardiões da Arca Divina:

 

I. COMO GUARDIÕES DA ARCA DIVINA, DEUS NOS COLOCA À DISPOSIÇÃO TUDO O QUE É DELE

V. 28

 

1.    “Meu nome”;

2.    “Meu altar”;

3.    “Perante mim”.

4.    Hoje somos “templo do Espírito Santo”, e é através dEle que Deus mantém sua presença em nós, Ez 37.14, “Porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos estabelecerei na vossa própria terra. Então, sabereis que eu, o SENHOR, disse isto e o fiz, diz o SENHOR”. Ver ainda 1Co 3.16, “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós”.   

 

II. COMO GUARDIÕES DA ARCA DIVINA, DEUS COBRA DE NÓS RESPONSABILIDADES

V. 29

 

1.    Nos sacrifícios e ofertas;

2.    Em sua honra acima de qualquer coisa. Deus entendeu que Eli honrava seus filhos mais do a Ele! Veja como se comportavam os filhos de Eli:

 

a)      Deviam tirar seu sustento obedecendo a normas estabelecidas por Deus. Porém, agiam de maneira errada, 1Sm 2.12-17, “12 Ora, os filhos de Eli eram homens ímpios; não conheciam ao Senhor. 13 Porquanto o costume desses sacerdotes para com o povo era que, oferecendo alguém um sacrifício, e estando-se a cozer a carne, vinha o servo do sacerdote, tendo na mão um garfo de três dentes, 14 e o metia na panela, ou no tacho, ou no caldeirão, ou na marmita; e tudo quanto a garfo tirava, o sacerdote tomava para si. Assim faziam a todos os de Israel que chegavam ali em Siló. 15 Também, antes de queimarem a gordura, vinha o servo do sacerdote e dizia ao homem que sacrificava: Dá carne de assar para o sacerdote; porque não receberá de ti carne cozida, mas crua. 16 se lhe respondia o homem: Sem dúvida, logo há de ser queimada a gordura e depois toma quanto desejar a tua alma; então ele lhe dizia: Não hás de dá-la agora; se não, à força a tomarei. 17 Era, pois, muito grande o pecado destes mancebos perante o Senhor, porquanto os homens vieram a desprezar a oferta do Senhor”.

 

b)      Prostituíam-se com as mulheres que ministrava à porta da tenda, 1Sm 2.22-25, 22 Eli era já muito velho; e ouvia tudo quanto seus filhos faziam a todo o Israel, e como se deitavam com as mulheres que ministravam à porta da tenda da revelação. 23 E disse-lhes: Por que fazeis tais coisas? pois ouço de todo este povo os vossos malefícios. 24 Não, filhos meus, não é boa fama esta que ouço. Fazeis transgredir o povo do Senhor. 25 Se um homem pecar contra outro, Deus o julgará; mas se um homem pecar contra o Senhor, quem intercederá por ele? Todavia eles não ouviram a voz de seu pai, porque o Senhor os queria destruir”.

 

c) Como temos tratado o Espírito Santo, agente da presença de Deus em nós. Muitos O têm entristecido – “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção”, Ef 4.30. Em muitas vidas Ele está sem ação – “Não apagueis o Espírito”, 1Ts 5.19.

 

III. COMO GUARDIÕES DA ARCA DIVINA, PERDEMOS PRIVILÉGIOS QUANDO NÃO ANDAMOS NA OBEDIÊNCIA A DEUS

VS. 30-36.

 

1.    Deus somente honra aqueles que o honram. Embora os filhos de Eli fossem maus, ele os honrava mais do que a Deus, v. 30;

2.    Deus despreza aqueles que o desprezam. Deus entendeu que o apego exagerado de Eli pelos seus filhos rebeldes, fazia com que ele desprezasse ao Senhor, v. 30;

3.    Afasta-nos da ministração, v. 31;

4.    Somos abatidos pela tristeza, v. 32;

5.    Morte prematura, vs. 33-34;

6.    Outro é colocado em nosso lugar, v. 35;

7.    Mendicância de pão, v. 36.

8.    Precisamos nos portar como “filhos da obediência”, 1Pe 1.14, “Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância”

 

 

CONCLUSÃO: Como responsáveis pela manutenção da presença de Deus em nós, santuários do Espírito Santo, precisamos levar uma vida tendo como modelo a santidade divina – “Sede santos, porque eu sou santo”, 1Pe 1.16.