É TEMPO DE FESTA - NATAL

Lc 2.10

 

Autoria desconhecida

Adaptado

 

 

Pr. José Antônio Corrêa

 

 

O filósofo dinamarquês Sören Kierkegaard certa vez tentou descrever a encarnação de Deus em Cristo através desta história ilustrativa simples:

 

Um certo rei era muito rico. O seu poder era conhecido em todo o mundo. Mas ele era muito infeliz, porque não possuía uma esposa. Sem uma rainha, o imenso palácio ficava vazio. 

 

Um dia, enquanto cavalgava pelas ruas de uma pequena aldeia, viu uma menina camponesa muito bonita. Tão adorável lhe pareceu ela que o coração do rei se apaixonou à primeira vista. Por isso, a quis mais que qualquer coisa que já tinha desejado. Nos dias subseqüentes, ele passaria em frente a casa dela apenas na esperança de avistá-la outra vez. 

 

O rei começou a fazer planos para conquistar o amor dela. Ele pensou: eu prepararei um decreto real e exigirei que ela seja trazida a mim para se tornar a rainha de minha terra. Mas, pensando melhor, ele percebeu que, sendo ela uma súdita, se sentiria forçada a obedecer. Assim, ele nunca poderia estar certo de que tinha conquistado o amor dela. 

 

Então, ele disse a si mesmo: "Eu vou chamá-la pessoalmente. Vestirei o meu melhor traje real, usarei meus anéis de diamante, minha espada prateada, minhas reluzentes botas pretas e minha túnica mais colorida. Farei com que caia aos meus pés e se torne minha noiva". Mas, ponderando nestas coisas, chegou à conclusão que, se fizesse isso, nunca saberia se ela realmente tinha se casado com ele por amor ou por causa do poder e das riquezas que ele lhe poderia dar. 

 

Então, ele decidiu vestir-se como um camponês, dirigir-se ao vilarejo, deixando, contudo, a sua carruagem fora de vista. Em disfarce, ele se aproximaria da casa dela. Mas, de alguma maneira a duplicidade deste plano não lhe agradou. 

 

Afinal, ele decidiu o que fazer: Ele deixaria seu trono real. Ele iria para a aldeia e se tornaria um dos camponeses. Ele trabalharia e sofreria com eles. Ele se tornaria um camponês de fato. E foi isto que ele fez. Assim conquistou a sua esposa.

 

Assim agiu Deus. Considere como ele poderia ganhar a humanidade. Ele poderia ter usado sua força, seu poder, sua autoridade. Mas ele queria mais do que a nossa obediência - ele queria o nosso coração. Por isso, Deus, em Cristo, se tornou um de nós. Ele se vestiu de carne humana para morar entre nós. 

 

 

A PERGUNTA QUE SURGE É A SEGUINTE: O QUE DEUS SE TORNOU PARA NÓS?

 

 

I. DEUS SE TORNOU FILHO DO HOMEM PARA QUE NÓS PUDÉSSEMOS SER FILHOS DE DEUS


“Mas a todos os que o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus”, Jo 1.12.

 

O Natal diz que eu posso ser filho de Deus. Isto é motivo para festejarmos.

 

O Natal fala de relacionamento - Deus é meu Pai e eu sou seu filho.

 

Como filho eu recebi autoridade  “Tudo o que pedirdes em meu Nome”, disse Jesus, “eu o farei”, Jo 14.13-14, “13 E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. 14 Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei”. Nós temos perdão, paz, cura, sabedoria, alegria. Somos filhos.

 

Como Filho tenho direito à Herança - a Bíblia diz: “Tendo nele crido, fostes selados com o Espírito Santo da Promessa, o qual é o penhor (garantia) da nossa herança...”, Ef 1.13-14.

 

É uma “herança incorruptível, incontaminável e imarcescível, guardada nos céus para nós”, 1Pe 1.4.

 

Um lugar eterno está sendo preparado para os filhos de Deus. Um lugar na presença de Deus, um lugar de adoração, uma herança tremenda.

 

Você já aceitou a provisão de Deus para você? Você já entregou sua vida a Jesus? Se não, faça isto agora recebendo a Jesus Cristo como teu Senhor e Salvador. Ele é a única porta para o céu. Somente a fé em Jesus te abrirá esta porta.

 

 

II. DEUS SE TORNOU POBRE PARA QUE NÓS PUDÉSSEMOS SER RICOS

 

“Pois já conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo. que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que pela pobreza vos tornásseis ricos”, 2Co 8.9.

 

Deus entrou em um mundo de pobreza e miséria para nos dar suas riquezas. Ele tomou as minhas fraquezas e me deu alegria, minha vergonha e me deu honra, minhas doenças e me deu saúde, meus pecados e me deu justiça.

 

Eu era pobre, mas agora sou rico.

 

Eu vivia debaixo da maldição, mas agora vivo debaixo da bênção. A bênção corre atrás de mim. Eu estava sem esperança, então Jesus veio. Tirou a angústia e colocou sonhos, tirou os pecados e colocou santidade.

 

Isto é motivo para festejarmos. Não apenas por um dia, mas sempre.

 

 

III. DEUS SE FEZ PECADO PARA NOS TORNAR JUSTOS

 

“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que nele fossemos feitos justiça de Deus” 2Co 5.21.

 

O Deus da perfeição e pureza infinita tomou sobre si, na cruz, nossa imperfeição e impureza.

 

O profeta disse acerca de Jesus, quando ele foi crucificado: “...O Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos”, Is 53.6.

 

Deus em Cristo se tocado por nós. Por quê? Para que fôssemos feitos “justiça de Deus”.

 

Deus nos deu a sua justiça. Nós não somos mais indignos e injustos. Isto é motivo para festejarmos.

 

 

IV. DEUS SE TORNOU UM SERVO PARA QUE FÔSSEMOS REIS


Jesus “sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas a si mesmo se esvaziou, tomando a forma de servo...”, Fp 2.6-7.

 

João disse no livro de Apocalipse que “Aquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, nos fez reis e sacerdotes para o seu Deus e Pai”, Ap 1.6. Ver ainda Ap 22.5, “...e reinarão para todo sempre”.

 

Nós fomos chamados para reinar. Reinar sobre as circunstâncias. Reinar em vida através de Jesus Cristo.

 

Isto é motivo para festejarmos.

 

Sim, este é motivo para festejarmos é: que Deus veio a esta terra, e se revestiu de tudo o que é humano, para que nós, eu e você, pudéssemos participar de tudo o que é divino.