O COMPORTAMENTO ERRADO DO POVO DE DEUS
IS 1.1-9
Pr. José Antônio Corrêa
INTRODUÇÃO:
1.
Como profeta designado por Deus, Isaías começou seu ministério em
2.
O longo ministério profético de Isaías teve lugar na época do reino dividido
(ver 1Rs 12.20 nota; 2 Cr 10.1 nota). O Reino do Norte chamado pelos diferentes
nomes de Israel, Samaria e Efraim abrangia dez tribos de Israel. O Reino do Sul
comumente chamado de Judá, com sua capital em Jerusalém consistia das tribos de
Judá e de Benjamim. Os dois reinos, na época de Isaías, estavam desviados de
Deus e da sua lei e recorriam às nações pagãs e seus deuses falsos para
livrá-los dos seus inimigos. O Reino do Norte foi subjugado e destruído pela
Assíria em
3.
Nesta noite queremos analisar o comportamento maligno de Judá e as complicações
que este comportamento trouxe para a nação. Queremos analisar este
comportamento de Judá em comparação ao povo de Deus de hoje. O COMPORTAMENTO
ERRADO DO POVO DE DEUS:
I. É PAUTADO PELA PREVARICAÇÃO
“Criei
filhos e exalcei-os, mas eles prevaricaram contra mim”,
v.
2
2.
Como povo de Deus precisamos nos dispor a obedecê-LO. Povo obediente é povo
abençoado! Hoje como “filhos da obediência”, não podemos mais andar nos
caminhos que andávamos antes de conhecer a graça de Deus – “Como filhos da
obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa
ignorância”, 1Pe 1.14. Fomos eleitos para a obediência – “...eleitos,
segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a
obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo”, 1Pe 1.2.
3.
É preciso aprender a obedecer. Veja o exemplo de Cristo: “...embora sendo
Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu...”, Hb 5.8.
II. É MOTIVADO PELA FALTA DE CONHECIMENTO DE DEUS
“O
boi conhece o seu possuidor, e o jumento, a manjedoura do seu dono, mas Israel
não tem conhecimento, o meu povo não entende”,
v.
3
1.
Muitas de nossas falhas e pecados ocorrem em razão de nossa falta de
conhecimento de Deus e de sua Palavra. “O meu povo está sendo destruído, porque
lhe falta o conhecimento”, Os 4.6; “Respondeu-lhes Jesus: Errais, não
conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus”, Mt 22.29. O verbo
“conhecer”, vem de um termo hebraico (edy - yada‘), que tem o sentido não
apenas de um conhecimento teórico, mas também implica num “conhecimento
experimental”.
2.
Devemos procurar conhecer a Deus não somente por aquilo que lemos dEle em sua
Palavra, mas procurarmos manter intimidade com Ele. Esta intimidade virá a nós
através de momentos a sós com Deus. Jesus nos deu uma receita importante: “Tu,
porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai,
que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”, Mt 6.6.
3.
O conhecimento de Deus deve estar acima de nossa disposição para cultuá-lo –
“Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do
que holocaustos”, Os 6.6.
III. GERA O ABANDONO AO SENHOR
“Deixaram
o SENHOR, blasfemaram do Santo de Israel, voltaram para trás”,
v.
4
1.
De acordo com o texto em referência, o povo de Judá não somente abandonou ao
Senhor, mas também regrediu – “voltaram para traz”. “Voltar para traz”
significa retroceder às antigas práticas pecaminosas – cultos pagãos,
idolatria, adultério, feitiçaria, etc. Quando não levamos uma vida à sério
diante de Deus, corremos o mesmo risco. Primeiramente esfria-se o amor a Deus e
sua causa; na sequencia vem o indiferentismo e consequentemente a apostasia.
Daí para a prática de atos pecaminosos é apenas uma questão de tempo. É por
esta razão que Jesus aconselha a igreja de Éfeso que volte à prática do
primeiro amor – “4 Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.
5 Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras
obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não
te arrependas”, Ap 3.4-5.
2.
Paulo escrevendo aos coríntios denuncia irmãos que estavam retrocedendo
voltando aos antigos pecados: “8 Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o
dano, e isto aos próprios irmãos! 9 Ou não sabeis que os injustos não herdarão
o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros,
nem efeminados, nem sodomitas, 10 nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem
maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. 11 Tais fostes alguns de
vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em
o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus”, 1Co 6.8-11.
CONCLUSÃO:
1.
O resultado de um comportamento errado e de uma vida sem Deus é:
a)
Uma vida espiritual enferma: “Toda a cabeça está doente, e todo o
coração, enfermo”, v. 5; “Desde a planta do pé até à cabeça não há nele
coisa sã, senão feridas, contusões e chagas inflamadas, umas e outras não
espremidas, nem atadas, nem amolecidas com óleo”, v. 6.
b)
Uma presa fácil de nossos inimigos: “
No
seu empenho de levar Judá ao arrependimento, Deus permitiu o despojo da sua
terra por estrangeiros (ver 2 Cr 28.5-18). O pecado dos israelitas
privou-os da bênção e proteção de Deus, e o castigo veio sobre eles. A terra e
o seu povo seriam finalmente subjugados por Nabucodonosor e seu exército
babilônico (
2.
Precisamos corrigir nossa vida tendo como modelo a santidade de Deus. Deus é
Santo! – “o Santo de Israel”, v. 4. Esta expressão, como um título de
Deus, ocorre vinte e seis vezes em Isaías, além de mais cinco vezes em que Ele
é chamado apenas “o Santo”. O profeta, ao usar esse nome de Deus (certamente
originado, em parte, da sublime visão que Isaías teve de Deus, na sua santidade
cap. 6), não somente ressalta o caráter expressamente santo de Deus, mas também
que os que são de Deus devem ser santos, para que possam continuar em comunhão
com Ele. (Bíblia de Estudos Pentecostal).