O PÁTIO DO CÁRCERE - LIVRE DE PRISÕES
NE 3.25
Pr. José Antônio Corrêa
TEXTO: “Palal, filho de
Uzai, reparou defronte do ângulo e da torre que sai da casa real superior, que
está junto ao pátio do cárcere; depois dele, reparou Pedaías, filho de Parós”.
INTRODUÇÃO
1.
Aqui se fala do átrio, ou Pátio do Cárcere, ou prisão, uma referência ao local
onde muitas vidas eram encarceradas, aprisionadas. Este é o local onde nossas
prisões devem ser quebradas. Há muitas prisões em nossa vida que precisam ser
quebradas. Entre elas estão as prisões do medo, depressões, amarguras e tantas
outras.
2.
Para muitos, a comida, um pedaço de bolo, uma Coca-Cola, uma xícara de café, o
sexo, a posição social e coisas semelhantes, são prisões. Tudo o que tem sobre
nós poder de fascínio, ou domínio, se constitui numa prisão. A tudo o que
dizemos “não consigo deixar isso”, ou “viver sem isso”, acabamos por servir
como escravos.
3.
Toda e qualquer prisão enfraquece a alma, ou a personalidade. Nossa
personalidade deve ser tão equilibrada, que nada, nem ninguém consiga pôr sobre
nós o seu jugo. O único julgo que devemos aceitar é o jugo de Jesus, Mt
11.29-30, “29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou
manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. 30 Porque o
meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”.
4.
Quais são as prisões principais que podem vir sobre nós?
I. A PRISÃO DO PECADO
1.
Jo 8.34, “Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o
que comete pecado é escravo do pecado”.
2.
Temos no presente texto a palavra “doulos”, que traz a ideia de “escravo”,
“servo”. Na forma verbal, esta palavra tem o significado de “reduzir alguém à
escravidão absoluta”, Pv 5.22, “Quanto ao perverso, as suas iniquidades
o prenderão, e com as cordas do seu pecado será detido”.
3.
Rm 6.18-22, “18 e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da
justiça. 19 Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como
oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a
maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para
a santificação. 20 Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em
relação à justiça. 21 Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as
coisas de que, agora, vos envergonhais; porque o fim delas é morte. 22 Agora,
porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso
fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna”.
4.
1 Jo 3.9, “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de
pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver
pecando, porque é nascido de Deus”.
II. A PRISÃO DA CARNE
1.
Estão inclusos neste tipo de prisão, os vícios, bebida, cigarro, Coca-Cola,
café, etc., Rm 8.12-15, “12 Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à
carne como se constrangidos a viver segundo a carne. 13 Porque, se viverdes
segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes
os feitos do corpo, certamente, vivereis. 14 Pois todos os que são guiados pelo
Espírito de Deus são filhos de Deus. 15 Porque não recebestes o espírito de
escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito
de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai”.
No
Vs. 15,
temos a expressão: “espírito de escravidão”, que vem da expressão grega “pneuma
douleias”.
2.
Rm 8.3-6, “3 Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava
enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de
carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na
carne, o pecado,
III. A PRISÃO RELIGIOSA
1.
Tradições humanas, doutrinas erradas, Gl 5.1-4, “1 Para a liberdade foi
que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo,
a jugo de escravidão. 2 Eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar,
Cristo de nada vos aproveitará. 3 De novo, testifico a todo homem que se deixa
circuncidar que está obrigado a guardar toda a lei. 4 De Cristo vos
desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes”.
2.
Cl 2.16-23, “16 Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida,
ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, 17 porque tudo isso tem sido sombra
das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo. 18 Ninguém se faça
árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se
em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal, 19 e não retendo a
cabeça, da qual todo o corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e
ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus. 20 Se morrestes com
Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos
sujeitais a ordenanças: 21 não manuseies isto, não proves aquilo, não toques
aquiloutro, 22 segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas
estas coisas, com o uso, se destroem. 23 Tais coisas, com efeito, têm aparência
de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor
ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade”.
III. A PRISÃO SATÂNICA
1.
Está em evidência aqui o domínio de Satanás sobre a mente, 2Tm 2.25-26,
“25 disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes
conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, 26 mas
também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido
feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade”.
A
expressão “retorno a sensatez”, traduz o termo grego “anenepho”, que significa
“recuperar a sobriedade”, “readquirir o bom senso”.
2.
No Antigo Testamento, uma das figuras do Diabo é a do “passarinheiro”, Sl
91.3, “Pois ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa”.
CONCLUSÃO: Vamos nos livrar das
prisões que prendem nossa alma, Gl 5.1, “Para a liberdade foi que Cristo
nos libertou...”. O único jugo que podemos permitir sobre nós, é o jugo de
Cristo.