O QUE DEUS ESPERA DE MIM?
Miquéias 6.6-8
Júlio Cesar da Silva
Pr. José Antônio Corrêa
INTRODUÇÃO:
Estamos
iniciando um novo ano e muitas pessoas fazem propósitos e projetos de vida.
Tudo isto é muito bom mas, gostaríamos neste momento de refletir sobre o que
Deus espera de cada um de nós; o que Deus espera que façamos neste ano? Esta é
uma pergunta que pouca gente para e pensa. Muitos pensam que apenas com
religiosidade conseguem agradar a Deus e atrair sua benção. Acham que cumprir
rituais e participar de cultos é o suficiente. Entretanto, o Senhor tem
expectativas mais elevadas a nosso respeito. Nesse texto, Ele manda um recado
ao seu povo através do profeta Miquéias. Especialmente no versículo 8, o Senhor
diz o que espera de nós. Vamos meditar um pouco sobre eles.
1. “QUE FAÇAMOS O QUE É DIREITO”
Isto
nos fala da SANTIDADE: Normalmente a palavra fazer o que é direito, na Bíblia,
tem o sentido de santidade, ou seja, de nossa adequação aos padrões de Deus.
Esta é a primeira coisa que Ele exige de nós, que não sejamos apenas religiosos
ocos, sem testemunho (como eram os fariseus), preocupados com rituais, mas
cheios de comportamentos pecaminosos. Se quisermos agradar a Deus, temos que
viver uma vida santa.
Veja o que o próprio Senhor Jesus
disse a este respeito para uma classe religiosa – Mestres da Lei e fariseus, Mt 23.27-28, “27
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos
sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios
de ossos de mortos e de toda imundícia! 28 Assim também vós exteriormente
pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de
iniquidade”.
O escritor de Hebreus fala para não
sermos como uma planta amarga prejudicando todos ao seu redor, Hb 12.14-15, “14
Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, 15
atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça
de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por
meio dela, muitos sejam contaminados”.
O apóstolo Paulo também diz que é
preciso tomar uma posição hoje – entregar-se inteiramente ao feitio do que é
direito e agrada a Deus. Isto requer dedicação e leva tempo, Rm 6.19-22, “19
Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes
os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade,
assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a
santificação. 20 Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em
relação à justiça. 21 Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as
coisas de que, agora, vos envergonhais; porque o fim delas é morte. 22 Agora,
porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso
fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna”.
2. “QUE AMEMOS UNS AOS OUTROS COM DEDICAÇÃO...”
Isto
nos fala de SERVIÇO: Beneficência ou benevolência tem o sentido de abençoar os
outros de maneira prática. Podemos fazer isso através da oração, do
evangelismo, da consolidação, do discipulado e nos esforçando por suprir as
necessidades físicas, emocionais e espirituais de quem está à nossa volta. E
mais: devemos amar a beneficência, ou seja, fazer tudo isso com paixão! Não
podemos dizer que amamos a Deus, se não amamos as pessoas, e não podemos dizer
que amamos as pessoas se não estamos dispostos a investir nelas:
1Jo 4.20, “Se alguém
disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a
seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê”.
Gl
6.9,10, “9 E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo
ceifaremos, se não desfalecermos. 10 Por isso, enquanto tivermos oportunidade,
façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé”.
3. “QUE VIVAMOS EM HUMILDE OBEDIÊNCIA AO NOSSO DEUS...”
É
ter uma vida de intimidade com Ele. A religião, por meio de suas práticas e
dogmas, usos e costumes, nos faz escravos de Deus, mas Ele nos quer como
filhos. A condição para isso é que tenhamos um coração quebrantado e humilde,
que aceite sua palavra.
Não
conseguiremos agradá-lo, sem investir em práticas como a oração, a meditação na
palavra e a adoração genuína.
Jo
15.13-15, “13 Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a
própria vida em favor dos seus amigos. 14 Vós sois meus amigos, se fazeis o que
eu vos mando. 15 Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o
seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai
vos tenho dado a conhecer.”
Is 55.6, “Buscai o
SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto”.
Jo 14.6, “Respondeu-lhe
Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por
mim”.
CONCLUSÃO:
As
pessoas sempre querem saber o que fazer para agradar a Deus. Nos dias de Jesus
na terra algumas pessoas o procuraram para saber sobre isso (Mt 19.16 – um moço
rico e Jo 3.1 – Nicodemos, um velho religioso) e muitos outros tiveram a mesma
dúvida e Jesus lhes disse o que fazer. A grande pergunta para nossos dias é: Se
queremos saber como agradar a Deus, o que fazemos com a informação quando
descobrimos? Hoje, através do profeta Miquéias ficamos sabendo de alguma coisa
a fazer. Iremos fazer? Espero que neste início de ano todos nós não sejamos
apenas curiosos, mas desejosos de praticar o que aprendemos. O Senhor nos
abençoará por isso. Amém.