O RICO
SIMBOLISMO DA PÁSCOA
Êx 12.1sess
Extraído e
adaptado pelo
Pr. José
Antônio Corrêa
INTRODUÇÃO:
Somos enriquecidos com o simbolismo que a
páscoa apresenta:
I. O
CORDEIRO
1. Um cordeiro morreu no lugar de um filho na
casa de Israel. Uma vida inocente foi sacrificada para que outra pudesse se
salvar. Isto aponta para o sacrifício vicário de Cristo, o inocente morrendo no
lugar do pecador. A morte de Cristo na cruz seria a vida da humanidade – “Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado”, 1Co
5.7.
2. O cordeiro tinha que ser um macho de um
ano, sem defeito, sem mancha, e não poderia ter nem um osso partido, Êx
12.46, “O cordeiro há de ser comido numa só casa;
da sua carne não levareis fora da casa, nem lhe quebrareis osso nenhum”.
Não é em vão que o Novo Testamento aponta para Cristo, nosso cordeiro, nossa
páscoa, inclusive cumprindo este detalhe, Jo 19.36, “E isto aconteceu para se cumprir a Escritura: Nenhum dos
seus ossos será quebrado”.
II. AS
ERVAS AMARGAS
As ervas amargas serviam para lhes lembrar o
amargor da escravidão. A escravidão é algo que deve ser amargamente relembrada.
A liberdade é algo precioso. O Espírito de Deus dá liberdade, enquanto as
forças das trevas escravizam, Jo 8.36, “Se,
pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. Ver ainda
2Co 3.17, “Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde
está o Espírito do Senhor, aí há liberdade”.. Israel jamais teria se
libertado sozinho.
III. OS
PÃES SEM FERMENTO
1. Deveriam fazer os pães sem fermento e
jogar fora todo o fermento que tivessem em casa. A ausência do fermento
indicava pressa (não daria tempo à massa crescer), eles deviam estar preparados
e prontos para a liberdade.
2. O fermento, símbolo da corrupção, ensinava
que eles precisavam romper com a cultura, a idolatria e os pecados do Egito:
a) Mt 16.12, “Então,
entenderam que não lhes dissera que se acautelassem do fermento de pães, mas da
doutrina dos fariseus e dos saduceus”.
b) Lc 12.1, “Posto que
miríades de pessoas se aglomeraram, a ponto de uns aos outros se atropelarem,
passou Jesus a dizer, antes de tudo, aos seus discípulos: Acautelai-vos do
fermento dos fariseus, que é a hipocrisia”.
a)
1Co 5.6-8,
“6 Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um
pouco de fermento leveda a massa toda? 7 Lançai fora o velho fermento, para que
sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso
Cordeiro pascal, foi imolado”.
3. Eles deveriam deixar para trás, abandonar,
jogar fora.
IV. O SANGUE
NAS VERGAS DAS PORTAS
3. Todos que quiserem receber o benefício
eterno da expiação efetuada por Cristo precisam alimentar-se dEle, pela fé,
acolhendo-o em seus corações – “Quem comer a minha
carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último
dia”, Jo 6.54. Ver ainda Jo 6.56, “Quem comer a minha carne e
beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele”.
V. O COMEÇO
DE UMA NOVA VIDA
3. Após nossa libertação por Cristo, uma vida
nova tem início – “E, assim, se alguém está em
Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram
novas”, 2Co 5.17. Ver ainda Rm 6.4, “Fomos, pois, sepultados com
ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os
mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida”.
VI. A VIDA
FAMILIAR
1. No início, a páscoa era uma comemoração
doméstica e familiar, sem templo, altar, sacerdote. O chefe da família era o sacerdote.
Isto mostra a importância que a família e o lar tem nos planos de Deus. Ele
incentiva a celebração e a adoração no lar.
2. Com o tempo, a páscoa passou a ser
comemorada no templo, oficializada por um sacerdote profissional, e se tornou
mais pública e formal (grupos se reuniam por consentimento, como Jesus e os
seus discípulos, como uma família, para celebrar a páscoa).
3. Este fato mostra que a Igreja de Cristo é
uma família – “Assim, já não sois estrangeiros e
peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus”, Ef 2.19.
É como família de Deus que nos reunimos para relembrar nossa libertação no
Calvário, através da Ceia do Senhor – “Diariamente
perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas
refeições com alegria e singeleza de coração”, At 2.46.
VII.
JULGAMENTO
1. Houve uma guerra espiritual. Os poderes
espirituais que estavam por trás dos símbolos adorados seriam derrotados e
julgados como os egípcios, Êx 12.12, “Porque,
naquela noite, passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos
os primogênitos, desde os homens até aos animais; executarei juízo sobre todos
os deuses do Egito. Eu sou o SENHOR”.
2.
Então, a páscoa foi uma derrota não só para os inimigos humanos do povo de Deus,
mas também do inimigo espiritual – “14 tendo
cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças,
o qual nos era prejudicial, removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz; 15
e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao
desprezo, triunfando deles na cruz”, Cl 2.14-15.