COMO POSSO SABER SE UMA PALAVRA PROFÉTICA É VERDADEIRA?

Extraído da “Bíblia de Estudo das Profecias”, Editora Atos – Belo Horizonte/Sociedade Bíblica do Brasil – Barueri, John C. Hagee, págs. 1295-96.

 

 

Pr. José Antônio Corrêa

 

 

Há nove princípios para julgar uma profecia nas Escrituras. Obviamente, nem toda profecia vem de Deus, ou Paulo não teria escrito 1Co 14.29, dizendo: “Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os ou­tros julguem” 1Jo 4.1 afirma: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito: antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora”.

 

Somos alertados para “provar os espíritos”, porque todas as profecias vêm de Deus, da carne ou do diabo através de espíritos malignos.

 

Quando a verdade é negada, o engano é liberado. Falsos profetas e falsas profecias estão no mundo atual­mente. A falsa profecia leva ao engano e faz com que o crente seja manipulado ou dominado por falsos pro­fetas que têm objetivos malignos e planos escusos.

 

PRINCÍPIO 1: O propósito da profecia do Novo Testamento é edificar exortar e confortar (1Co 14.3). A pala­vra “edificar” significa melhorar ou fortalecer; a palavra “exortar” significa encorajar; e a palavra “confortar” signi­fica exatamente isto. Quando alguém fala uma mensagem sobre sua vida dizendo que é profecia, mas o deixa cheio de condenação ou medo, esta mensagem não vem de Deus.

 

PRINCÍPIO 2: A profecia está de acordo com a Palavra de Deus! Todas as profecias verdadeiras vêm do Espí­rito Santo, que é o autor da Palavra de Deus. Assim, toda profecia tem de estar de acordo, de fato e em espíri­to, com a Palavra de Deus. Qualquer mensagem que não concorde com a Palavra de Deus é uma falsa profecia.

 

PRINCIPIO 3: A profecia deve produzir frutos e concordar com o Espírito Santo em conduta e caráter. Paulo escreveu em Rm 14.17: “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”.

 

Qualquer forma de alegria ou paz que ultrapasse a justiça é um espírito demoníaco de religiosidade. Um homem que profetiza e não paga suas contas é um falso profeta. Um homem que profetiza e vive em imora­lidade sexual ou irresponsabilidade financeira está em engano profundo e é um falso profeta.

 

A profecia deve concordar com o fruto do Espírito, que em Gálatas afirma ser amor, alegria, paz, longa­nimidade, bondade, benignidade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Se a profecia não tem amor, alegria ou paz, ela não vem de Deus.

 

Os falsos profetas não descem a rua principal gritando palavras obscenas. Mt 7.15-16 (“15Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?”) afirma que os falsos profetas vêm como lobos em pele de cordeiro. Parecem boas pessoas. Até agem como cordeiros; mas seus propósitos são devorar e enganar o corpo de Cristo.

 

A primeira coisa que um falso profeta ou qualquer pessoa que está em engano nos dirá é: “Não me jul­gue!” Você não está julgando; está simplesmente checando seus frutos.

 

PRINCÍPIO 4: Se uma profecia contém predições que não se realizam, a profecia era falsa. Dt 18.22 diz: “sabe que quando esse profeta falar, em nome do SENHOR, e a palavra dele se não cumprir, nem suceder, como profetizou. Esta é palavra que o SENHOR não disse: com soberba, a falou o tal profeta”.

 

PRINCÍPIO 5: Se uma profecia se cumprir e promover a desobediência contra Deus ou contra as Escrituras, não é uma profecia verdadeira. A Bíblia diz: “Quando profeta ou sonhador se levantar no meio de ti e te anunciar um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio de que te houver falado, e disser: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras desse profeta ou sonhador” (Dt 13.1-3).


 

Moisés claramente afirmou que somente porque a profecia se cumpriu, não significa que a pessoa que deu a profecia é de Deus. Se esta profecia faz com que você olhe para outra fonte de orientação espiritual como horóscopo, consultas a médiuns e quiromantes, você está vivendo adultério espiritual.

 

PRINCÍPIO 6: A verdadeira profecia produz liberdade e não escravidão. A Bíblia diz: “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai” (Rm 8.15).

 

Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2Co 3.17). A verdadeira profecia trará liberdade ao indivíduo, e não escravidão.

 

Qualquer forma de controle sobre outra pessoa através da intimidação, manipulação ou domínio é bruxaria. A falsa profecia levará à bruxaria. Não se apegue a ninguém a não ser em Jesus.

 

PRINCÍPIO 7: A verdadeira profecia injeta vida nova na reunião dos crentes. A Bíblia diz que “a letra mata, mas o Espírito vivifica (2Co 3.6). A verdadeira profecia inspirada do Espírito Santo traz vida espiritual à reunião dos crentes. Se uma profecia vem para destruir o culto de adoração, esta profecia não vem de Deus.

 

PRINCÍPIO 8: A verdadeira profecia dada pelo Espírito Santo testemunhará com o seu espírito. A Bíblia diz: “E o Espírito é que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade” (1 Jo 5.6b).

 

Este é o único princípio subjetivo dos nove princípios usados para julgar a profecia. Todos os outros são baseados em fatos da Palavra. Este aqui é baseado em como a profecia dá testemunho com seu espírito.

 

PRINCÍPIO 9: Qualquer profecia que se cumpre, mas não dá glória e honra ao Senhor Jesus Cristo é um espírito de adivinhação. O fato da profecia se cumprir não é prova de que vem de Deus. (Veja Dt 13.1-3 (“1 Quando profeta ou sonhador se levantar no meio de ti e te anunciar um sinal ou prodígio, 2 e suceder o tal sinal ou prodígio de que te houver falado, e disser: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, 3 não ouvirás as palavras desse profeta ou sonhador; porquanto o SENHOR, vosso Deus, vos prova, para saber se amais o SENHOR, vosso Deus, de todo o vosso coração e de toda a vossa alma.”) que também é usada paro apoiar o Princípio 5 acima).

 

“Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando”, 1 Coríntios 14.3.