IGREJA
VITORIOSA PARA TRANSFORMAR O MUNDO
EF 4.1-16
Pr. José
Antônio Corrêa
“1
Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com
que fostes chamados, 2 Com toda a humildade
e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, 3 Procurando guardar a unidade do
Espírito pelo vínculo da paz. 4 Há
um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança
da vossa vocação; 5 Um só Senhor,
uma só fé, um só batismo; 6 Um só
Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós. 7 Mas a graça foi dada a cada um de nós
segundo a medida do dom de Cristo. 8
Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, E deu dons aos homens.
9 Ora, isto ele subiu que é, senão
que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra? 10 Aquele que desceu é também o mesmo
que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. 11 E ele mesmo deu uns para apóstolos,
e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e
doutores, 12 Querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo
de Cristo; 13 Até que todos
cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem
perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, 14 Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda
por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam
fraudulosamente. 15 Antes, seguindo
a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, 16 Do qual todo o corpo, bem ajustado,
e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada
parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor”.
INTRODUÇÃO:
1.
Estamos vivendo uma época de grande corrupção em nossa sociedade, isto até
mesmo em altos escalões de nosso governo. Temos presenciado a deterioração da
moral e dos bons costumes, do sexo ilícito, das drogas, da rebelião dos filhos.
Temos também vivenciado altos níveis de violência, não somente nos grandes
centros urbanos, mas também em centros menores, com a criminalidade que tem
ceifado muitas vidas prematuramente.
2. Evidentemente, que
a função principal da
Igreja, é “transformar o mundo
corrupto e perverso”. Devemos ser o “sal da terra”,
e a “luz do mundo”,
no dizer de Jesus, para que os “homens observem as nossas boas obras e glorifiquem ao Pai
que está nos Céus”, Mt 5.13-16. Paulo escreveu aos filipenses, que
devemos “resplandecer
como luzeiros no mundo”, Fp 2.15.
3.
No texto que lemos, há princípios, que se observados na sua integra e
praticados por esta igreja, a capacitará para exercer a função de salgar a
terra e iluminar Taiuva, e até mesmo o mundo, promovendo desta maneira grandes transformações.
Vejamos “AS QUALIDADES DE UM IGREJA QUE
PODE TRANSFORMAR O MUNDO EM SUA VOLTA”:
I. PARA QUE
A IGREJA DE TAIUVA POSSA TRANSFORMAR O MUNDO A SUA VOLTA, SE ELA VIVER UMA VIDA
CORRESPONDENTE AO QUE DEUS DETERMINOU PARA ELA, EM SUA VOCAÇÃO
VS. 1-2
“1 Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da
vocação com que fostes chamados, 2
Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos
outros em amor”.
1. Dentro desta primeira
qualidade, o apóstolo, procura mostrar que para a Igreja andar de modo digno de
sua vocação, ela precisa desenvolver alguns pontos:
a) Seus membros devem cultivar a prática da humildade. A palavra “humildade”
no original tem a ideia de “ser dotado de mente humilde”, “ser modesto”, “despretensioso”. Aqui está em evidência, uma qualidade
mental que é oposta ao orgulho.
Quando a humildade é
praticada na Igreja, abre caminho para que Deus nos abençoe e nos exalte, 1Pe 5.6, “Humilhai-vos, pois, debaixo da potente
mão de Deus, para que a
seu tempo nos exalte”.
Porém quando não nos humilhamos e
mantemos uma atitude orgulhosa, a queda, virá sem precedentes:
Pv 16.18, “A soberba precede a ruína, e a altivez de
espírito, precede a queda”. O orgulho leva o homem à queda, numa escalada sem
precedentes.
1Pe 5.5, “Semelhantemente,
vós mancebos, sede
sujeitos aos anciãos;
e sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade, porque Deus
resiste aos soberbos, mas dá
graça aos humildes”. O orgulhoso luta
contra Deus!
b) Seus membros devem cultivar a prática da mansidão. Andar em mansidão significa ter “cortesia”, “gentileza”, “consideração”.
É uma qualidade
intimamente relacionada à
humildade. Esta qualidade, como um dos aspectos do Fruto do Espírito, figura em Gl 5.22-23, “Mas o fruto do Espírito é amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão...”. No dizer de Jesus, “os mansos”,
herdarão a terra, Mt 5.5, “Bem aventurados os mansos, porque eles
herdarão a terra”. Jesus é tido como “manso e humilde de
coração”, Mt 11.29, “Tomai sobre vós o meu jugo, e
aprendei de mim que sou manso e humilde de coração...”. Não
se trata de um “vício de deficiência” (Aristóteles), mas sim uma
grande virtude.
c) Seus Membros Devem Cultivar a prática da
Longanimidade.
No original, o sentido é
de “paciência”, “tolerância”,
“constância”. Esta qualidade
aparece também em Gl 5.22-23, como um dos aspectos do
Fruto do Espírito. Ela subentende,
paciência sob sofrimento,
paciência para com os irmãos e pessoas que nos
querem prejudicar, afrontar, bem como a lentidão para nos irarmos e tomarmos vingança. Tg 1.19-20, “Sabeis isto, meus
amados irmãos; mas todo homem,
seja pronto para ouvir, tardio para falar,
tardio para se irar, porque a ira do homem não opera a justiça de Deus”. Tiago aqui sugere a
constância no
desenvolvimento espiritual.
d) Seus Membros Devem Manter Viva a Chama do
Amor. Notem a frase: “suportando uns aos outros em amor”.
Trata-se daquela “disposição altruísta”, que deseja para os
outros aquilo que queremos para nós mesmos. O amor é uma dádiva
divina, Rm 5.5, “...Porquanto, o amor
de Deus está derramado em nossos
corações, pelo Espírito Santo que nos
foi dado”. Nós iremos amar mais ou
menos, na medida em que permitirmos o controle do Espírito Santo sobre
nossas vidas. Crentes sem amor são crentes vazios do Espírito Santo. Precisamos ser cheios do Espírito Santo de Deus, Ef 5.18, “Não vos embriagueis com
vinho no qual há dissolução, mas enchei-vos do
Espírito”. Quando somos cheios
do Espírito Santo, o amor
passa a ser uma evidência
clara em nós.
2. Se cultivarmos
estas virtudes, certamente evidenciaremos uma vida em crescimento e edificação. Assim, estaremos
transformando o mundo à
nossa volta.
II. PARA QUE
A IGREJA DE TAIUVA POSSA TRANSFORMAR O MUNDO EM SUA VOLTA, SE ELA CULTIVAR A
UNIDADE DO ESPÍRITO E A COMUNHÃO ENTRE OS IRMÃOS
VS. 3-6
“3 Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. 4 Há um só corpo e um só Espírito, como
também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; 5 Um só Senhor, uma só fé, um só
batismo; 6 Um só Deus e Pai de
todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós”.
1. Vivemos num tempo
de divisões no seio da Igreja.
Pessoas que se dizem “cheias do Espírito”, tem promovido “dissensões e divisões”
desastrosas para o povo de Deus. Dizem que há necessidade de divisão, por causa da incompatibilidade entre a “vida santa”
que levam, e a vida mundana de outros crentes. Desconhecem que as divisões são provocadas por
atitudes puramente carnais:
a) Jd 19, “São estes os que promovem
divisões, sensuais, que não têm o Espírito”.
b) 1Co 3.1-4, “Eu porém, irmãos, não vos
pude falar como a espirituais; e, sim, como a carnais, como a crianças em
Cristo. Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não
podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais.
Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?
Quando, pois alguém diz: Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo; não é evidente
que andais segundo os homens?”.
2. No presente texto,
Paulo nos alerta sobre o perigo de tais divisões. É importante, notarmos o
relacionamento entre “unidade do
Espírito” e o “vínculo da paz”, Vs. 3. Tais divisões promovem no seio
da Igreja um clima de guerra, onde todos perdem, Tg 4.1, “De onde procedem guerras e contendas, que há entre vós?
De onde, senão dos prazeres que militam
na vossa carne?”. Não poderá haver paz, quando falta a unidade do Espírito.
3. Esta unidade do
Espírito é expressa em alguns
pontos:
a) Um só corpo,
b) Um só Espírito,
c) Uma só esperança de vocação,
d) Um só Senhor,
e) Uma só fé,
f) Um só batismo,
g) Um só Deus.
4. O Espírito Santo através de sua residência no crente é o elemento essencial
nesta unidade. Muitas vezes, embora nos reunamos sob o mesmo teto, participando
da mesma mesa de comunhão,
estamos tão divididos em
pensamentos, atitudes e posições,
que retalham o “corpo local” do Senhor Jesus.
Paulo se preocupava profundamente com as divisões na Igreja:
a) Fp 2.1-4, “Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma
consolação de amor, alguma
comunhão do Espírito, se há entranháveis afetos e misericórdias, completai a
minha alegria de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais
unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo, ou vanglória, mas por
humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em
vista o que é propriamente seu,
senão também cada qual o que é dos outros”.
b) Fp 1.27, “Vivei acima de tudo, por modo digno do
Evangelho de Cristo, para que, indo eu ver-vos, ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais
firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos
pela fé evangélica”.
5. A Igreja que
preservar em seu seio esta unidade espiritual é uma Igreja que estará sendo edificada para
transformar o mundo que a cerca.
III. PARA QUE A IGREJA DE TAIUVA POSSA TRANSFORMAR
O MUNDO EM SUA VOLTA, SE ELA MANTIVER UMA LIDERANÇA VOLTADA PARA O CRESCIMENTO
ESPIRITUAL DE SEUS MEMBROS
VS. 7-16
“7
Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo. 8 Por isso diz: Subindo ao alto, levou
cativo o cativeiro, E deu dons aos homens. 9
Ora, isto ele subiu que é, senão que também antes tinha descido às partes mais
baixas da terra? 10 Aquele que
desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as
coisas. 11 E ele mesmo deu uns para
apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para
pastores e doutores, 12 Querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo
de Cristo; 13 Até que todos
cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito,
à medida da estatura completa de Cristo, 14
Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o
vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam
fraudulosamente. 15 Antes, seguindo a
verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, 16 Do qual todo o corpo, bem ajustado,
e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada
parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor”.
1.
A Igreja recebe o aparato necessário para cultivar esta qualidade. Contamos com
os pastores, evangelistas, mestres, e outros líderes, motivados pelo Espírito
Santo, para proporcionar ao Corpo de Cristo, o crescimento necessário. Exemplo, At 13.1-3, “Havia na Igreja de
Antioquia, profetas e mestres: Barnabé, Simeão, por sobrenome Niger, Lúcio de
Cirene, Manaém, colaço de Herodes, o tetrarca e Saulo. E, servindo eles ao
Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me a Barnabé e a Saulo para
a obra que os tenho chamado. Então, jejuando e orando, e impondo sobre eles as
mãos, os despediram”.
2. Há alguns alvos a serem
atingidos, neste desenvolvimento do corpo
Vs. 12-14:
a)
Aperfeiçoamento (capacitação, dote) dos
santos, para o desempenho do serviço, V.
12,
b) Edificação do corpo, V. 12; 1Pe 2.5, “Também
vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual, para serdes
sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a
Deus, por intermédio de Jesus Cristo”.
c) Atingir unidade de fé e conhecimento de
Cristo, V. 13; 2Pe 1.3, “Visto
como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo
conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude”.
d) Sermos preparados para enfrentar as falsas
doutrinas, V. 14. O crente que se deixa envolver por certas doutrinas,
evidencia certa imaturidade espiritual, Hb
13.9, “Não vos deixeis
envolver por doutrinas várias
e estranhas, porquanto, o que vale é estar com o coração confirmado com graça, e não
com alimentos, que nunca tiveram proveito os que com isto se preocuparam”.
3. A Igreja deve
investir em sua liderança,
para que esta esteja apta para promover a edificação de seus membros, promovendo também o seu crescimento
espiritual compatível
com a vida determinada por Deus para sua Igreja. A Igreja que desprezar sua
liderança, não criando suporte
necessário para que seus líderes sejam
preparados devidamente, será
uma Igreja sem crescimento e edificação e não
apta para transformar o mundo.
CONCLUSÃO
1. Na história da
Igreja Cristã, temos muitos exemplos de Igrejas que com sua atuação,
transformaram o mundo de sua época. Um dos exemplos foi a Igreja de Antioquia,
como vimos, At 13.1-4. Esta Igreja
enviou missionários para todo o mundo de seus dias e muitas vidas foram
alcançadas pela pregação da Palavra de Deus. Certamente, aquela Igreja foi uma
Igreja que cultivou uma vida correspondente ao que Deus determinou em sua
chamada. Cultivou a unidade do Espírito Santo e promoveu o crescimento de sua
liderança.
2. Se a Igreja viver
estes princípios, com toda a
certeza, estará exercendo uma grande
influência no mundo em que
vivemos. É a Palavra de Deus,
colocada em prática pelos filhos de
Deus, o instrumento que poderá
transformar o mundo. Não
os bem intencionados, os governantes, os meios de educação, etc..