QUEBRANDO A BAIXA-IMAGEM

JZ 6

Sonia Hernandes

 

Pr. José Antônio Corrêa

 

Ninguém nasce com baixa-imagem, ela vai se formando ao longo dos primeiros anos de nossa vida, cristalizando-se, e depois confirmando-se em nossa maturidade.

 

Poderíamos dizer sem nenhum exagero que a baixa-imagem é exatamente a imagem que o inferno nos fornece de nós mesmos, para que, assim, sejamos presas fáceis do inimigo.

 

A baixa-imagem é mais do que a falta de consciência de quem realmente somos, é também uma consciência distorcida, deteriorada e frustrada do que se é.

 

A baixa-imagem é uma arma eficaz que o inimigo muitas vezes começa a construir em nós enquanto estamos em estado fetal, provocando, em nossas mães e nossos pais, grande rejeição pelo neném em formação. Com o decorrer dos anos, as experiências que se somam acabam por completar a imagem de um ser incapaz, rejeitado, frustrado, medroso, violento, fraco, enfim, a imagem de alguém que nunca vai poder alçar altos voos, pois antes da largada já foi vencido interiormente pela baixa-imagem. Esta era a situação de Gideão: cheio de baixa-imagem.

 

Gideão: - morava em cavernas (Jz 6.2):

 

- sentia-se desamparado por Deus (Jz 6.13);

- tentava sobreviver com suas próprias forças, porém o que conseguia era medíocre (Jz 6.11-12);

- sentia-se incapaz, impotente (Jz 6.15);

- sentia-se pior que pobre, miserável mesmo (Jz 6.15);

- era inseguro (Jz 6.36-37);

- era medroso (Jz 7.10-11);

- era desprezado em sua própria casa, ou se sentia assim, o menor de sua família (Jz 6.15).

 

Para que Gideão se transformasse em um grande libertador, conforme o chamado do Senhor para ele, era necessário que a baixa-imagem que ele tinha de si mesmo, com todos os seus apêndices, fosse quebrada.

 

Também nós, enquanto não quebrarmos a baixa-imagem de nós mesmos que o inimigo quer nos impor e nos condicionarmos a ser vitoriosos, não poderemos assumir a condição soberana e vitoriosa que Cristo nos dá.

 

Deus, como Pai amoroso que é, foi tratando de Gideão e quebrando um a um os pilares que sustentavam sua baixa-imagem, até que Gideão assumiu sua constituição no Senhor, sua verdadeira identidade de líder e libertador. Foi liberto pelo amor insistente do Senhor de toda escravidão, mediocridade e baixa-imagem. Foi restaurado pelo próprio Senhor, para ser aqui na Terra à imagem e semelhança do Deus Vivo.

 

Neste processo, oito pilares, sustentáculos da baixa-imagem, foram quebrados pela ação poderosa do Senhor na vida de Gideão:

 

I. FUGA DOS PROBLEMAS

 

“Prevalecendo o domínio dos midianitas sobre Israel, fizeram estes para si, por causa dos midianitas, as covas que estão nos montes, as cavernas e as fortificações” (Jz 6.2).

 

A baixa-imagem produz uma reação avestruz: o avestruz, quando vê que o inimigo se aproxima, cava um buraco na terra e esconde sua cabeça para não vê-lo, pois acha que assim o inimigo desaparecerá.

 

Fugir do problema, além de não resolvê-lo, ainda faz com que este aumente de proporção.

 

Quando somos tomados de baixa-imagem, esta grita alto em nossos ouvidos e, usando a manipulação de fatos, convence-nos de que nem vale a pena ir para a guerra, pois seremos derrotados mesmo! O melhor é fazer uma caverna e se esconder. Para alcançar melhor seu propósito de roubo em nossas vidas, a baixa-imagem tem grandes aliados, que são a depressão, o cansaço de viver, a falta de esperança e fé e a escuridão interior.

 

Em toda a Bíblia vemos o Senhor tratando de Seus servos e quebrando este pilar da baixa-imagem, que é a fuga dos problemas. Pois Deus não nos livra das lutas, mas nos dá vitória nelas, nos faz soberanos nelas, nos faz assumir nossa posição em Cristo: acima de todo o poder, principado e autoridade do inimigo.

 

Por maior e pavoroso que seja o inimigo ou a situação que tenhamos que enfrentar, a voz do Senhor é:

 

- Já que Eu estou contigo, ferirás os midianitas (vencerás tudo isto), como se fossem um!

 

“Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Is 41.10).

 

“Não to mandei Eu? Sê forte e corajoso; não temas e nem te espantes, porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares” (Jz 1.9).

 

II. REJEIÇÃO POR PARTE DE DEUS

 

Outro sustentáculo da baixa-imagem é sentir-se rejeitado por Deus. O inimigo vem e nos assola, convencendo-nos de que não somos importantes para o Senhor e que nossa vida aos Seus olhos não vale nada.

 

Esta é uma mentira das mais deslavadas, mas que tem conseguido envolver vidas preciosas. Somos tão valiosos para o Senhor que Ele não poupou nada para nos salvar, nem mesmo Seu próprio Filho: Jesus Cristo. Cada uma de nossas vidas vale mais do que o mundo inteiro!

 

O que acontece é que, quando estamos convencidos por este espírito maligno de rejeição, ainda que o Senhor apareça e fale conosco, estamos cegos para vê-Lo e surdos para ouvi-Lo, como Gideão (Jz 6.12-13).

 

Hoje é dia de rompermos com esta mentira, com esta cadeia de Satanás. Rejeitado é Satanás e seus demônios! Nós somos chamados para ser coerdeiros com Cristo, participantes de Sua vitória aqui na Terra.

 

II. FALTA DE RAZÃO PARA VIVER (JZ 6.11 E 15)

 

Apesar de ser trabalhador e esforçado, tudo o que Gideão fazia acabava em nada. Era nadar, nadar e morrer na praia, porque os midianitas vinham e roubavam todo o fruto do seu trabalho. Isto faz com que a vida vire uma grande punição e roube de nossos horizontes toda a esperança e perspectiva de algo melhor.

 

Quando as pessoas estão afastadas do Senhor, quando estão debaixo de poderes malignos satânicos, como era o caso de Gideão, que estava debaixo do poder de Baal e dos demônios do poste-ídolo, estamos à mercê daquele que tem só as funções de matar, roubar, destruir e levar nossa alma para o inferno.


A partir do momento em que teve uma experiência com Deus, Gideão reconciliou-se com o Senhor e:

 

- consigo mesmo;

- com a vida;

- com a alegria de viver.

 

Para vencermos a falta de razão para viver é preciso entregar nossa vida a Jesus Cristo e termos uma experiência profunda com o Senhor: Ele é a alegria e a razão para viver (Jz 6.24).


IV. INCAPACIDADE, IMPOTÊNCIA E FRAQUEZA

 

Na realidade, em nós mesmos não há condições para vencer o inimigo e suas artimanhas, porém somos instrumentos poderosos nas mãos de Deus. Somos como instrumentos musicais, como um lindo saxofone ou um belo piano de cauda. De si mesmos não podem emitir som algum, porém, quando tocados por grandes artistas, seu som é maravilhoso.

 

Assim também, quando somos instrumentados pelo poder do Espírito Santo, ganhamos condições e armas poderosas para destruir fortalezas, anular sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus (2Co 10.3-5).

 

“Porque, embora andando na carne, tudo podemos naquele que nos fortalece” (Fp 4.13).


V. SENTIMENTO DE INFERIORIDADE (JZ 6.15)

 

O fato de nós nos enxergarmos menores ou piores, ou mesmo de nos enxergarem e nos tratarem assim, não quer dizer que isto seja verdade. Veja o exemplo de Davi, do rei Davi.

 

Obs.: Os tópicos restante deste estudo deverão ser concluídos por cada pastor conforme a direção do Espírito Santo.

 

DEUS OS ABENÇOE!

 

BISPA SONIA HERNANDES

SEGUNDO REVELAÇÃO DADA POR DEUS AO

APÓSTOLO ESTEVAM HERNANDES