19.GUERREANDO NA FORÇA DO SENHOR

JZ 6.11-24; 7.9-22

BISPA SONIA HERNANDES

 

Pr. José Antônio Corrêa

 

Quando o anjo do Senhor encontrou-se com Gideão, ele estava na medida de suas forças, tentando enfrentar a assolação contínua dos midianitas sobre Israel. Porém o que conseguia era muito pouco, dava somente para que ele mal se sustentasse. O que lhe garantia era o menor lugar entre Israel: dos menores ele se enxergava o menor.

 

Gideão era uma pessoa que não tinha conhecimento do que fazia? Não!

 

Gideão, então, era doente ou possuía alguma limitação física que o impedisse de trabalhar ou produzir? Também não!

 

Talvez, então, o que Gideão fazia não era rentável, nem lucrativo?  Errado mais uma vez. Era muito rentável e lucrativo.

 

Bom, por certo, então, Gideão era preguiçoso, displicente, não gostava muito de trabalhar, vivia enrolando, não via a hora de chegar o término do expediente...

 

Não. Tanto não era assim que o anjo do Senhor o encontrou trabalhando, malhando o trigo no lagar de seu pai, para ver se o colocava à salvo dos midianitas (Jz 6.11).

 

Qual era, então, o problema de Gideão?

 

O problema de Gideão é o mesmo que nós, brasileiros, enfrentamos. Apesar de vivermos numa terra ampla e fértil, nosso povo morre de fome, de doenças consequentes da desnutrição e, por incrível que pareça, temos aqui sem-terra com tanta terra sobrando... Só a Igreja Católica se diz proprietária de 280 mil hectares de terra ociosa, sem contar os outros grandes latifundiários.

 

O problema de Gideão era a assolação e a destruição. Um povo mais poderoso e numerosíssimo chamado midianita vinha e levava tudo, todo o fruto do trabalho.

 

Portanto Gideão trabalhava, se esforçava, produzia e não colhia nem desfrutava de nada, porque andava na sua própria força e sabedoria e ainda estava debaixo da autoridade do destruidor e do assolador.

 

O inimigo quer que andemos em nossa própria força, quer que o encaremos com os nossos próprios recursos e sabedoria humana, segundo a lógica humana, porque assim nos tornamos presa fácil.

 

E, como se não bastasse, ele ainda vem com seus enganos para que façamos aliança com o destruidor e, assim, sua autoridade seja completa em nossas vidas, para nos assolar e destruir.

 

I. PARA GUERREAR NA FORÇA DO SENHOR, É PRECISO:

 

1. Romper com todo o tipo de autoridade maligna em nossas vidas

 

Deus não divide Sua glória com ninguém. Não existe meia aliança ou meio pacto no mundo espiritual. Ninguém pode servir a dois senhores. A nossa opção deve ser clara para com o Senhor, não só de palavras, mas também de atitudes.

 

Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro (Mt 6.24).

 

2. Entregar nossa vida completamente ao Senhor e deixar que Ele promova a paz em nosso interior

 

“E o anjo do Senhor estendeu a ponta do cajado, que estava na sua mão, e tocou a carne e os pães ázimos; então subiu o fogo da penha e consumiu a carne e os pães ázimos; e o anjo do Senhor desapareceu de seus olhos. Então viu Gideão que era o anjo do Senhor e disse: Ah Senhor Deus, pois vi o anjo do Senhor face a face.
Porém o Senhor lhe disse: Paz seja contigo; não temas; não morrerás. Então Gideão edificou ali um altar ao Senhor e chamou-lhe: O Senhor é Paz; e ainda até o dia de hoje está em Ofra dos abiezritas”, Jz 6.21-24.

 

Enquanto o nosso coração não for totalmente do Senhor, não haverá maneira do Espírito Santo fluir e operar em nossas vidas.

 

É necessário que nos abramos para sermos curados de nossas mágoas, nossos questionamentos, nossos traumas, nossa baixa-imagem e nossa rejeição, para que, assim, o Senhor possa atuar em nossas vidas.

 

Foi isso o que aconteceu durante a conversa de Gideão com o anjo do Senhor. Ele foi ministrado em cura interior e liberto do velho homem que o condicionava a uma existência miserável. Aí, então, a paz de Deus, que excede todo o entendimento, invadiu o coração de Gideão, pois, após isto, ele pôde assumir sua verdadeira constituição no Senhor. Foi daí que Gideão comemorou sua nova identidade, erigindo um altar a Jehová-Shalom - O Senhor da Paz, o Senhor que faz cessar todo o conflito interior e nos reconcilia com Ele e conosco mesmos.

 

3. Ter ouvidos para a voz do Senhor e obedecer a Ele, por mais absurdas que sejam as ordens

 

“Mas aquele que considera atentamente na lei perfeita, lei da liberdade e nele persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar”, Tg 1.25.

 

4. Entender que este tipo de batalha não se ganha com armas carnais, mas com armas espirituais

 

“Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais e, sim, poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando a nós, sofismas”, 2Co 10.3-4.


5. Deixar-se guiar completamente pelo Espírito de Deus, sem colocar resistência

 

Nesta batalha o que precisamos fazer é tomar posição pela fé, com nossos cântaros quebrados e nossas tochas acesas, proclamando com nossas trombetas a vitória do Senhor. Porque, na realidade, é impossível para nós, homens, mas não é impossível para o nosso Deus. E Ele nos usará somente como instrumentos para detonar a grande vitória que tem para nós.

BISPA SONIA HERNANDES

SEGUNDO REVELAÇÃO DADA POR DEUS AO

APÓSTOLO ESTEVAM HERNANDES