4.QUEBRANDO AS MALDIÇÕES FAMILIARES

 

Pr. José Antônio Corrêa

 

A maldição familiar atravessa as gerações através de três veículos:

 

1. Herança genética

2. Aprendizado 

3. Influência demoníaca

 

I. HERANÇA GENÉTICA

 

No caso de Gideão, vemos que ele pertencia à família mais pobre de Manassés e era o mais pobre da família. Suas características genéticas e em família o conduziam a um fracasso na área financeira. E o pior de tudo era o sentimento que ele possuía de não querer lutar contra isso. Uma das maiores lutas de nossas vidas é contra nossas características genéticas, pois elas se evidenciam em nossas vidas de forma concluente num fenótipo (características exteriores) e não num genótipo (características genéticas verdadeiras). Em Biologia, pela combinação de dois tipos de genes, é possível a formação de uma variedade de fenótipos diferentes.

 

Ex.: Ratos de cores diferentes, mesmo que tenham fenótipos iguais, podem gerar ratos de cores variadas. O que quer dizer que, em sua linhagem genética, existe a possibilidade de ser de uma cor (branca) ainda que a que tenha se manifestado de forma mais acentuada seja outra (cinza ou preto).

 

Gideão era alguém que, com certeza, tinha em sua vida a condição genética de um vencedor, porém outros fatores exteriores e familiares impediram a sua manifestação. Havia a necessidade de um agente de ordem exterior e interior que modificasse essa situação.

 

II. APRENDIZADO

 

Gideão foi bombardeado com uma série de informações desde sua infância. Seu pai, com certeza, o ensinou a aceitar uma vida de miséria e ele, que já possuía características genéticas para continuar nesta situação, aprendeu a se conformar e viver com aquele pouco, sem querer sequer pensar numa condição melhor. Vemos famílias em que há uma maldição familiar, por exemplo, ligação ao vício da bebida. Vemos também que geralmente o pai ou o avô já acostumaram o filho ou o neto a frequentar, desde pequeno, os bares em seus bairros. O filho, ou neto, já começa a aprender o caminho do vício da bebida.


III. INFLUÊNCIA DE ESPÍRITOS FAMILIARES

 

Outro agente de maldição familiar são os espíritos familiares. São entidades que atuam em famílias de geração em geração. Estas, quando percebem que existe uma tendência genética natural a algum vício ou deformidade que reside na família (jogo, sexo, bebida, etc.), através de opressão e tentação, levam essas pessoas ao cativeiro da maldição familiar.

 

Gideão estava envolvido por esses três fatores, que o mantinham em cadeias de maldição familiar e, para os três, Deus trouxe alternativas de bênção.

 

1. Como quebrar a maldição familiar?

 

a) Contando com Deus e Seus anjos, que conhecem nossos valores genéticos, que podem ser explorados e potencializados.

 

“Então o anjo do Senhor lhe apareceu e lhe disse: O Senhor é contigo, varão valoroso. Mas Gideão lhe respondeu: Ai, Senhor meu, se o Senhor é conosco, por que tudo isto nos sobreveio? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém agora o Senhor nos desamparou, e nos deu na mão dos midianitas”, Jz 6.12-14.

 

Gideão não sabia de sua valentia e sua força, porém Deus e os anjos sabiam, e iriam com ele para transformá-lo num conquistador.

 

Não olhe suas deformações. Não fique abatido. Olhe para Deus, que vai com você para vencer, e entregue suas deformações para serem tratadas por Ele. Faça cura interior. Gideão entregou seus limites e de miserável se transformou em príncipe.

 

b) Recebendo um novo aprendizado, que vem do Espírito Santo de Deus.

 

“E o Senhor lhe disse: Porquanto eu hei de ser contigo, tu feriras aos midianitas como se fossem um só homem”, Jz 6.16.

 

Deus estaria com ele e lhe mostraria um novo caminho de vida. Deus ensinou novos valores de fé (Jz 6.19-21), novos valores de ousadia (Jz 6.25 e 34), novos valores de soberania (Jz 7.14), novos valores de batalha (Jz 7.7-8), ensinou-o a pedir sinais (Jz 6.36-40). Definitivamente transformou a vida de Gideão na do outro homem que havia nele. Transformou-o numa nova criatura, gerada por Deus.

 

Antes Gideão não tinha identidade, era simplesmente "o filho de Joás" (Jz 6.30), porém Deus o transformou em Jerubaal (Jz 6.32; Jz 8.29), alguém que vencia o inimigo.

 

c) Não permitindo mais a influência de espíritos familiares, Jz 6.25.

 

Gideão tinha um altar a Baal, deus da tempestade, dentro da sua casa. A influência e a opressão seriam, sem dúvida, fortíssimas. Era um espírito de miséria. Gideão, além de destruir o altar de Baal, não o alimentou mais, pois, em seguida, fez uma oferta a Deus de um boi, rompendo definitivamente com esse demônio, dando uma oferta que muito lhe custava.

 

E aquilo que fez deu tão certo que seu próprio pai, que também cultuava esse espírito de miséria e roubo, não se abalou; pelo contrário, se tornou partidário na luta contra Baal.

 

IV. CONCLUSÃO

 

Foi quebrada a maldição familiar, pois seu pai o apoiou (Jz 6.31). Gideão foi vencedor (Jz 8.28) e sua família se transformou em família de nobres (Jz 8.18).

 

Deus quer fazer a obra completa na sua vida.

 

E, além de tudo, Gideão destruiu dois príncipes dos midianitas e também dois reis, mostrando a sua soberania sobre os reis da Terra (Jz 7.25 e 8.21).

 

BISPO GERALDO TENUTA

SEGUNDO REVELAÇÃO DADA POR DEUS

AO APÓSTOLO ESTEVAM HERNANDES E À

BISPA SONIA HERNANDES