LIVRANDO-SE DO MEDO
JZ 6.22-23
Pr. José Antônio Corrêa
I. INTRODUÇÃO
(Medo = Perturbação vinda de um perigo
real ou aparente, terror, pavor).
O medo deforma a realidade das
situações, de tal forma que perdemos as noções de valores, como fé, ânimo e
luta.
Gideão era um libertador em potencial,
porém as características dele tinham sido deformadas pela vida de roubo e
terrorismo ocasionados pelo jugo dos midianitas. A opressão e o terror constantes
fizeram com que o povo se escondesse em covas e cavernas (Jz 6.2). Gideão estava fazendo o mesmo, escondido no lagar, local
de pisar uvas, malhando trigo.
O medo faz com que percamos a
realidade a respeito do poder e do amor de Deus. Gideão estava diante da
solução para o seu problema, que era o próprio anjo do Senhor, e, com medo,
achou que iria morrer. Achava que morreria por ter visto o anjo do Senhor.
Porém Deus lhe trouxe a verdade: Não temas, não morrerás
(Jz 6.22-23).
Vamos traçar um paralelo entre a vida
de Gideão e Saul e ver onde ocorreu a falha de Saul.
II. O MEDO DE SAUL E A TOMADA DE POSIÇÃO DE GIDEÃO
Saul, por não entrar e não dominar o
seu medo, tomou posições erradas.
Ele passou por um processo difícil e
esvaziou-se de sua soberania por não crer que Deus estava com ele em todas as
situações.
Vamos acompanhar esse processo na vida
de ambos.
1. Ambos não creram que, com a unção de Deus na suas
vidas, seriam transformados em outros homens (1Sm 10.6 e 9).
Deus transformou Saul em outro homem e
este até profetizou, era o sinal do poder de Deus em sua vida. Porém, ainda
assim, seu medo o fazia perder grandes oportunidades de reconhecimento da sua
soberania perante seu povo. Pois, no momento em que ele seria ungido rei de
Israel, diante de todo o povo, ele estava escondido atrás da bagagem (1Sm 10.21-24).
Gideão também estava escondido. Ambos,
porém, começaram bem, abrindo-se para a palavra de Deus e crendo.
2. Ambos receberam sinais fortes de
Deus.
O profeta Samuel orientou Samuel a
respeito de tudo o que lhe aconteceria no futuro.
Ele creu e, ao caminhar, todos os
sinais que o profeta disse que veria, aconteceram.
Sucedeu, pois, que, virando ele as
costas para partir de Samuel, Deus lhe mudou o coração em outro: e todos
aqueles sinais aconteceram aquele mesmo dia (1Sm 10.9).
Gideão também recebeu sinais claros de
que Deus estava com ele, usando o novelo de lã e a terra de duas formas
diferentes (Jz 6.37 e 38).
Estavam sendo tratados nos seus temores
com esses sinais.
3. Ambos receberam autoridades em
situações de crise e foram cheios do Espírito Santo.
Saul foi tomado pelo Espírito Santo de
Deus e conseguiu congregar os soldados de Israel ao seu redor, com a estratégia
de partir uma junta de boi (2Sm 11.6-8). (330
mil homens).
Gideão também foi cheio do Espírito do
Senhor, reuniu ao seu redor um grande exército, usando a estratégia de tocar a
trombeta a rebate. Só que um exército muito menor, com cerca
de 32 mil homens, 10 vezes menor do que o de Saul (Jz 6.34 e 35).
4. Ambos venceram situações de crise, porém proporcionais aos seus poderios humanos, nada milagroso, e ambos foram conhecidos como
líderes.
Saul, com um exército de 330 mil
homens, venceu os amonitas e foi aclamado rei (1Sm 11.8-15).
Gideão, numa proporção menor, porém
num momento difícil, com dez homens derrubou o altar de Baal e foi reconhecido
como Juiz de Israel, Jerubaal (Jz
6.27-32).
5. Porém, no momento de crise, Saul
teve medo e se esvaziou de seu potencial de Guerreiro de Deus.
Gideão recebeu orientação de Deus para
diminuir seu exército, mandou voltar os medrosos e os tímidos, porque, na hora
de batalhar, eles poderiam comprometer o ânimo dos outros. Porém Deus disse que
ainda era muita gente, e fez voltar praticamente todo o exército, só
conservando 300 guerreiros contra um exército grande, como uma nuvem de
gafanhotos (Jz 7.1-7). Sabia que não
seria seu poderio bélico, sem o poder de Deus, que traria o livramento, e isso
se cumpriu, pois com os 300 homens iniciou a derrota do grande exército
midianitas (Jz 7.18-22). E o resto
do exército de Manassés, Aser, Naftali, juntamente com Efraim, concluíram a
vitória (Jz 7.23-25).
Já Saul não teve o mesmo proceder e,
em meio a um momento tão difícil quanto o de Gideão, ele infelizmente não
procedeu bem. Saul estava diante do exército dos filisteus e o profeta Samuel
tinha dito para ele esperar por sete dias, porém Saul começou a desanimar,
porque viu seu exército se dispersar. Ele confiava no seu grande exército e,
quando o viu desfalcado, não procedeu como Gideão, teve medo e ofereceu
holocausto a Deus, algo que só o profeta Samuel poderia fazer (1Sm 13.8-15). Infelizmente, por causa de
seu medo, perdeu seu reino (1Sm 13.13 e 14).
Saul contou seu exército, viu que só tinha 600 homens e se apavorou, porém seu
filho, Jonatas, assim como Gideão, foi ao arraial dos inimigos e
"extraiu" a vitória, pois não tinha medo e também porque antes
consultara Deus, que não o enganaria (1Sm 14.1-13).
Posicione-se
hoje contra o medo:
a) Seja transformado pelo Espírito
Santo de Deus em outro homem.
b) Busque sinais e consulte Deus
sempre.
c) Ande sempre cheio do Espírito
Santo.
d) Saiba que, em situações de crise,
Deus sempre dá o escape a você.
e) Nunca tenha medo, pois o perfeito
amor lança fora todo o medo.
No amor não existe medo (1Jo 4.18)
O amor de Deus está em sua vida. Não
tenha medo, Ele ama você.
BISPO GERALDO TENUTA
SEGUNDO
REVELAÇÃO DADA POR DEUS AO APÓSTOLO ESTEVAM
HERNANDES
E À BISPA SONIA HERNANDES