AINDA BEM QUE VOU MORAR NO CÉU
Miss.
Helena Paladino
Pr.
José Antônio Corrêa
“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus,
crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu
vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar, voltarei e vos receberei para
mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós
também”, Jo 14.1-3.
O texto
acima, ainda se encontra no contexto da “Ceia Pascal”, da qual Jesus
participava com seus discípulos. O clima era de despedida e revelações.
Jesus
falara que um traidor se levantaria dentre eles e o entregaria nas mãos
de homens ímpios; anuncia seu sofrimento, de como muito breve, Ele não
mais estaria com os discípulos. Nada poderia impedir tais acontecimentos. Seu
tempo de estar com eles, chegara ao fim. Agora, iriam passar por uma tremenda
prova, estariam sem o Mestre, mesmo que por pouco tempo.
Diante
dessa iminente realidade, as mentes daqueles discípulos se turbaram e seus
corações se encheram de desânimo e de abatimento as suas almas. Restringiram
suas visões apenas às circunstâncias e começaram a vivenciar apena a esfera
real terrena. Aqueles três anos de treinamento, ensino árduo, renúncias,
começavam a deixar de ter sentido. Um espírito de desesperança encheu seus
corações. E agora?
Contudo,
Jesus conhecia o que os afligia a alma e sabia que um pesado véu encobriu o
entendimento daqueles homens e disse: “Não se turbe o vosso coração;
credes em Deus, crede também em mim...", e começou a envolvê-los na
paisagem da esfera celestial, tirando os olhos deles das circunstâncias e
elevando-os para um mundo além, que sobrepujava toda a escuridade que se
avizinhava deles.
Jesus
anima-os dizendo: “Eu vou para esse lugar, vós também podereis ir para onde eu
vou, não agora, mas eu os quero junto de mim, e pessoalmente vou preparar um
lugar especial para cada um. Creiam que essa separação é temporária, e virei
para buscá-los e os receberei para que fiquem eternamente comigo”.
Após essa
palavra, eles tiveram as mentes iluminadas pela promessa, os ânimos e a
esperança foram renovados e a fé restabelecida.
I O CÉU É NOSSO DESTINO
A
perspectiva de irmos para o céu não é uma atitude escapista quanto a esta vida.
Ela vem da certeza da realização do propósito de Deus para os salvos.
Os céus e a
terra que hoje existem passarão, dando lugar a um novo céu e a uma nova terra.
”Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o
mar já não existe”, Ap 21.1.
“Nós,
porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos
quais habita justiça”, 2Pe 3.13.
O céu é o
lugar da nossa habitação definitiva. Por isso nosso olhar deve elevar-se acima
das circunstâncias adversas pelas quais passemos nesta terra.
”Porque nossa
pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus
Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao
corpo de sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar
a si todas as coisas”, Fp 3.20-21.
Devemos
reconhecer que estamos apenas de passagem neste mundo, caminhando para o nosso
lar na pátria celestial. Não devemos pensar em segurança plena neste
mundo, ou ficar fascinados por ele. Há algo maior e melhor aguardando
todas as almas redimidas pelo sangue do Cordeiro. Um mundo onde todos os
anseios serão cumpridos. Um mundo puro e isento de pecado, de choro e de
tristeza. Uma vida gloriosa na cidade Maravilhosa: a Nova Jerusalém. Lá teremos
comunhão plena com o Senhor, e viveremos em infinita adoração.
II. O CÉU É UM LUGAR DE DECISÃO
Muitos têm
escolhido habitar com príncipe deste mundo. Muitos insistem em permanecer em
seus delitos e pecados. Jesus fez tudo o que tinha que ser feito para nos
livrar de uma eternidade com o diabo. Entregou sua vida por amor de nós,
derramou seu sangue, único sacrifício aceito pelo Pai para remissão de pecados,
1Jo 1.7-9.
Se há
pecado em nossa vida, isso nos impede de habitar os céus. “Nela, nunca jamais
penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas
somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro”, Ap 21.27.
Assim,
amados, precisamos abandonar o pecado, nos arrependemos, confessarmos e
seguirmos em frente, em liberdade para Deus. Aspirarmos a Pátria
superior, a celestial, Hb 11.13-16.
III. O CÉU É MUITO MAIS QUE UM LUGAR
É a vida de
Cristo da qual temos participado, a verdade que tem nos libertado e a
transformação pelo Espírito que tem atingido todo o nosso Ser. A igreja deve
ser um símbolo do céu (comunhão, presença, justiça, verdade, santidade), já
podemos sentir o doce aroma dos céus, na igreja.
No tempo
perfeito de Deus para cada um, estaremos lá. Esse é nosso alento, esperança e
certeza de fé.
Clamemos
para que a cada dia, o Senhor cumpra sua promessa derramando seu Espírito sobre
toda carne e avivando assim, sua obra neste século.
Uma coisa
eu sei: Vou morar no céu. E você tem essa certeza?