AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO

Extraído da Revista “Alimento Diário”,

Editora Árvore da Vida, Dong Yu Lan

Adaptado

 

 

Pr. José Antônio Corrêa

 

 

“Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a lei e os profetas”, Mt 7.12

 

 

Os cinco últimos mandamentos em Êxodo 20 são os cinco nãos: não matar, não adulterar, não furtar, não dizer falso testemunho contra o próximo e não cobiçar coisa alguma do próximo.

 

Esses são os mandamentos que se referem ao nosso relacionamento com as pessoas. O Senhor os resumiu em: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, Mt 22.39.

 

Porque esses cinco “nãos” também se resumem em “amar”? Para nós, podem parecer apenas ensinamentos negativos, proibições, ordens imperativas e autoritárias. Talvez não vejamos amor nisso. Mas eles incluem-se no amar ao próximo como a si mesmo.

 

 

I. NÃO MATAR

 

Tomemos o exemplo de não matar. Se alguém mata, isso quer dizer que ele não ama a pessoa a quem matou. Se a amasse, não a mataria. Se a amasse como ama a si mesmo, será que iria matar? Logicamente não.

 

Desse modo o Senhor elevou esse mandamento. Não devemos apenas não matar, mas também não odiar, pois isso resulta em homicídio:

 

Mt 5.21-22, “21 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. 22 Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo”.

 

Esse é o princípio de amar o próximo!

 

 

II. NÃO ADULTERAR

 

O mesmo se aplica a não adulterar. Alguns dizem que adultério é resultado do amor. De forma nenhuma. A relação entre marido e mulher é normal; é realmente algo de amor.

 

Mas, tornar outra pessoa e cometer adultério com ela, pode parecer algo de amor, mas certamente não o é, pois o prejuízo é triplo: para o marido, a mulher e a terceira pessoa.

 

Se a terceira pessoa for também casada, o prejuízo será quádruplo Se houver filhos, a ruína então, será muitas vezes maior.

 

Portanto não adulterar é questão de amar ao próximo. Adulterar é egoísmo; quer dizer que o adúltero na verdade, ama apenas a si mesmo.

 

Até mesmo uma intenção impura pode ser considerada adultério:

 

Mt 5.27-28, “27 Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. 28 Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela”.

 

 

III. NÃO FURTARÁS

 

O oitavo mandamento diz: “Não furtarás”, Êx 20.15, ou seja, não tomar o que é dos outros para tornar-se seu.

 

Quando isso ocorre, você causa prejuízo aos outros. Isso também não é amor. Se você toma algo que não lhe pertence e dele se apossa, você não ama a pessoa de quem roubou.

 

Você só ama a si mesmo Não tome coisas dos outros assim como também você não gostaria que suas coisas fossem tomadas por outros. Isso não é amar ao próximo como a si mesmo.

 

O furto como outros pecados, tem origem no coração:

 

Mt 15.19, “Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias”.

 

 

IV. NÃO DIZER FALSO TESTEMUNHO

 

O nono mandamento é não dizer falso tes­temunho contra o próximo, Êx 20.16. Em outras palavras não mentir.

 

Toda mentira é resultado da falta de amor. Quando você dá um falso testemunho você prejudica o próximo. Quando diz que uma pessoa fez algo que não fez, você a prejudica e não a ama.

 

Portanto não diga falso testemunho, ou seja, não minta.

 

É impressionante como a mentira sempre está associada ao outros pecados:

 

Os 4.1-2, “1 Ouvi a palavra do SENHOR, vós, filhos de Israel, porque o SENHOR tem uma contenda com os habitantes da terra, porque nela não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus. 2 O que só prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre homicídios”.

 

Não podemos nos esquecer de quem é o grande promotor da mentira:

 

Jo 8.44, “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”.

 

 

V. NÃO COBIÇAR

 

O último é: “Não cobiçarás (...) coisa alguma que pertença ao teu próximo”, Êx 20.17. Quando cobiça, você quer que o que é do outro seja seu. Isso também não se inclui no princípio de amar ao próximo.

 

A cobiça não só prejudica nosso relacionamento com os irmãos, mas também nosso relacionamento com Deus:

 

Sl 106.14, “entregaram-se à cobiça, no deserto; e tentaram a Deus na solidão”.

 

1Tm 6.10, “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores”.

 

 

 

CONCLUSÃO

 

Nós, o povo do reino dos céus, temos esses mandamentos, todos resumidos em dois: Amar a Deus acima de todas as coisas e amar ao próximo como a nós mesmos.

 

Amamos a Deus, que inclui amar aos nossos pais, e amamos os homens como a nós mesmos.

 

Se não queremos que alguém nos prejudique, não devemos prejudicar ninguém. Devemos amar as pessoas assim como amamos a nós mesmos.

 

Palavra chave: Amar ao próximo