A LUTA CONTRA AS POTESTADES DO MAL
EF 6.10-20
Revista de
Estudos Bíblicos Aleluia
José Antônio
Corrêa
Existe um mundo espiritual que,
embora não possamos ver, tem influência poderosa sobre o mundo físico. A Bíblia faz referência a anjos e a demônios, seres
espirituais que agem na terra.
Antes
da conversão, o homem é escravizado pelas forças do mal, Ef 2.2-3, “2 nos quais andastes outrora, segundo o
curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora
atua nos filhos da desobediência; 3
entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da
nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por
natureza, filhos da ira, como também os demais”.
Porém, ele não tem consciência disso. A
partir do momento em que se entrega a Cristo, o crente se
envolve numa intensa batalha espiritual. O príncipe do
império das trevas, de onde fomos libertos, não se dá por vencido.
E daí? Vamos ignorar essas verdades ou
vamos enfrentar esta batalha? Que armas temos à nossa
disposição?
Isso é o que veremos neste estudo.
I. POR QUE NÃO
DEVEMOS IGNORAR A BATALHA ESPIRITUAL
1. A Bíblia dá muita ênfase ao
assunto. Segundo as Escrituras, existe uma contínua e intensa batalha
entre a luz e as trevas, entre Cristo e Satanás, entre a Igreja e o inferno, 1Pe 5.8-9, “8 Sede
sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão
que ruge procurando alguém para devorar; 9 resisti-lhe
firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na
vossa irmandade espalhada pelo mundo”.
Há uma verdadeira riqueza de textos
bíblicos que falam acerca do assunto, mostrando como os espíritos das trevas
trouxeram intenso sofrimento às pessoas:
a) Satanás transtornou a vida de Jó, Jó
1.12-19, “12 Disse
o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder; somente
contra ele não estendas a mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR. 13 Sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas
comiam e bebiam vinho na casa do irmão primogênito, 14 que veio um mensageiro a Jó e lhe disse: Os bois
lavravam, e as jumentas pasciam junto a eles; 15
de repente, deram sobre eles os sabeus, e os levaram,
e mataram aos servos a fio de espada; só eu escapei, para trazer-te a nova. 16 Falava este ainda quando veio outro e disse: Fogo
de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os servos, e os consumiu; só eu
escapei, para trazer-te a nova. 17 Falava
este ainda quando veio outro e disse: Dividiram-se os caldeus em três bandos,
deram sobre os camelos, os levaram e mataram aos servos a fio de espada; só eu
escapei, para trazer-te a nova. 18 Também este falava ainda
quando veio outro e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo
vinho, em casa do irmão primogênito, 19
eis que se levantou grande vento do lado do deserto e deu nos quatro cantos da
casa, a qual caiu sobre eles, e morreram; só eu escapei, para trazer-te a
nova”.
b) Jesus foi tentado pelo diabo, no
deserto, Mt. 4.1-11, “1
A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado
pelo diabo. 2 E, depois de jejuar quarenta dias e
quarenta noites, teve fome. 3 Então,
o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas
pedras se transformem em pães. 4 Jesus,
porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda
palavra que procede da boca de Deus. 5 Então,
o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo 6 e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo,
porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e:
Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. 7 Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não
tentarás o Senhor, teu Deus. 8 Levou-o
ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória
deles 9 e lhe disse: Tudo isto te darei se,
prostrado, me adorares. 10 Então, Jesus lhe
ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus,
adorarás, e só a ele darás culto. 11 Com
isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram”.
c) Nos Evangelhos, relatos sobre a ação do diabo impressionam:
- O gadareno,
possuído por legiões de demônios, Mc 5.1-20, “1
Entrementes, chegaram à outra margem do mar, à terra dos gerasenos. 2 Ao
desembarcar, logo veio dos sepulcros, ao seu encontro, um homem possesso de
espírito imundo, 3 o qual vivia nos sepulcros, e nem
mesmo com cadeias alguém podia prendê-lo; 4
porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram
quebradas por ele, e os grilhões, despedaçados. E ninguém podia subjugá-lo. 5 Andava sempre, de noite e de dia, clamando por
entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras. 6 Quando, de longe, viu Jesus, correu e o adorou, 7 exclamando com alta voz: Que tenho eu contigo,
Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes! 8 Porque Jesus lhe dissera: Espírito imundo, sai
desse homem! 9 E perguntou-lhe: Qual é o teu nome?
Respondeu ele: Legião é o meu nome, porque somos muitos. 10 E rogou-lhe encarecidamente que os não mandasse
para fora do país. 11 Ora, pastava ali
pelo monte uma grande manada de porcos. 12 E
os espíritos imundos rogaram a Jesus, dizendo: Manda-nos para os porcos, para
que entremos neles. 13 Jesus o permitiu.
Então, saindo os espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada, que era
cerca de dois mil, precipitou-se despenhadeiro abaixo, para dentro do mar, onde
se afogaram. 14 Os porqueiros
fugiram e o anunciaram na cidade e pelos campos. Então, saiu o povo para ver o
que sucedera. 15 Indo ter com
Jesus, viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido, em
perfeito juízo; e temeram. 16 Os
que haviam presenciado os fatos contaram-lhes o que acontecera ao endemoninhado
e acerca dos porcos. 17 E entraram a
rogar-lhe que se retirasse da terra deles. 18 Ao
entrar Jesus no barco, suplicava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse
estar com ele. 19 Jesus, porém, não lho permitiu, mas ordenou-lhe: Vai para tua casa, para os
teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti. 20 Então, ele foi e começou a
proclamar em Decápolis tudo o que Jesus lhe fizera; e
todos se admiravam”.
- O jovem que era jogado na água e no
fogo, Mc 9.14-22, “14 Quando
eles se aproximaram dos discípulos, viram numerosa multidão ao redor e que os
escribas discutiam com eles. 15 E
logo toda a multidão, ao ver Jesus, tomada de surpresa, correu para ele e o
saudava. 16 Então,
ele interpelou os escribas: Que é que discutíeis com
eles? 17 E um, dentre a
multidão, respondeu: Mestre, trouxe-te o meu filho, possesso de um espírito
mudo; 18 e este, onde quer
que o apanha, lança-o por terra, e ele espuma, rilha os dentes e vai
definhando. Roguei a teus discípulos que o expelissem, e eles não puderam. 19 Então, Jesus lhes disse: Ó geração incrédula, até
quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-mo.
20 E trouxeram-lho; quando ele viu a Jesus, o espírito
imediatamente o agitou com violência, e, caindo ele por terra, revolvia-se
espumando. 21 Perguntou Jesus ao
pai do menino: Há quanto tempo isto lhe sucede? Desde a infância, respondeu; 22 e muitas vezes o tem lançado no fogo e na água,
para o matar; mas, se tu podes alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos”.
- Maria Madalena, liberta de sete demônios, Lc 8.2,
“e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de
enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios”.
- Espíritos de enfermidade, Lc 13.11-13,
“11 E veio ali uma
mulher possessa de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; andava
ela encurvada, sem de modo algum poder endireitar-se. 12 Vendo-a Jesus, chamou-a e
disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade; 13 e, impondo-lhe as mãos, ela imediatamente se
endireitou e dava glória a Deus”.
- Ananias e Safira foram enganados por
Satanás para que mentissem ao apóstolo Pedro, At 5.1-11,
“1 Entretanto, certo
homem, chamado Ananias, com sua mulher Safira, vendeu uma propriedade, 2 mas, em acordo com sua mulher, reteve parte do
preço e, levando o restante, depositou-o aos pés dos apóstolos. 3 Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás
teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do
campo? 4 Conservando-o, porventura, não seria
teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração
este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus. 5 Ouvindo estas palavras, Ananias caiu e expirou,
sobrevindo grande temor a todos os ouvintes. 6
Levantando-se os moços, cobriram-lhe o corpo e, levando-o, o sepultaram.
7 Quase três horas depois, entrou a
mulher de Ananias, não sabendo o que ocorrera. 8
Então, Pedro, dirigindo-se a ela, perguntou-lhe: Dize-me, vendestes por
tanto aquela terra? Ela respondeu: Sim, por tanto. 9 Tornou-lhe Pedro: Por que entrastes em acordo para
tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu
marido, e eles também te levarão. 10 No
mesmo instante, caiu ela aos pés de Pedro e expirou. Entrando os moços,
acharam-na morta e, levando-a, sepultaram-na junto do marido. 11 E sobreveio grande temor a toda a igreja e a todos
quantos ouviram a notícia destes acontecimentos”.
Para
ludibriar o homem, Satanás se transforma até em anjo de luz e seus ministros
são capazes de se mascararem como ministros de justiça, 2Co 11.13-15, “13 Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros
fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. 14 E não é de admirar, porque o próprio Satanás se
transforma em anjo de luz. 15
Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros
de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras”.
2. O contexto cultural e religioso do país em que vivemos é outra
forte razão para não ignorarmos a batalha espiritual. O
Brasil é considerado hoje o maior país espírita do mundo, com aproximadamente
5.500 centros espalhados pelo território nacional. Deve haver um despertar do
cristão para a realidade da batalha espiritual e, assim, preparar-se para
vencê-la.
II. COMO DESFAZER
AS ESTRATÉGIAS DO INIMIGO
1. Conhecer o inimigo. Paulo, em Efésios 6:12, fala de uma hierarquia no reino das trevas, Ef 6.12, “porque a nossa luta não é
contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os
dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas
regiões celestes”.
Principados são os chefes ou os líderes
da maldade; os dominadores são espíritos malignos; as potestades são os que têm
poder para governar. Todos promovem males na terra.
a) Estes principados, dominadores e potestades do mal procuram
levar o homem à desobediência, à insubmissão. Tornam as pessoas irreverentes e
insubordinadas quanto ao seu comportamento, Ef 2.2, “nos quais andastes outrora,
segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito
que agora atua nos filhos da desobediência”.
b) Estes espíritos malignos atuam
também como agitadores da consciência humana, fazendo com que sentimentos de culpa
sejam mais intensos, Zc 3.1-5, “1 Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual
estava diante do Anjo do SENHOR, e Satanás estava à mão direita dele, para se
lhe opor. 2 Mas o SENHOR disse a Satanás: O SENHOR
te repreende, ó Satanás; sim, o SENHOR, que escolheu a Jerusalém, te repreende;
não é este um tição tirado do fogo? 3 Ora,
Josué, trajado de vestes sujas, estava diante do Anjo. 4 Tomou este a palavra e disse aos que estavam diante
dele: Tirai-lhe as vestes sujas. A Josué disse: Eis que tenho feito que passe
de ti a tua iniqüidade e te vestirei de finos trajes.
5 E disse eu: ponham-lhe
um turbante limpo sobre a cabeça. Puseram-lhe, pois,
sobre a cabeça um turbante limpo e o vestiram com trajes próprios; e o Anjo do
SENHOR estava ali”.
c) Os seres invisíveis da maldade são
acusadores. Vemos claro exemplo em Jó 1.1-12, “1 Havia um homem na
terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto,
temente a Deus e que se desviava do mal. 2
Nasceram-lhe sete filhos e três filhas. 3 Possuía
sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas
jumentas; era também mui numeroso o pessoal ao seu serviço, de maneira que este
homem era o maior de todos os do Oriente. 4
Seus filhos iam às casas uns dos outros e faziam banquetes, cada um por sua
vez, e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. 5 Decorrido o turno de dias de seus banquetes,
chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia
holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os
meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó
continuamente. 6 Num dia em que os filhos de Deus vieram
apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles. 7 Então, perguntou o SENHOR a Satanás: Donde vens?
Satanás respondeu ao SENHOR e disse: De rodear a terra e passear por ela. 8 Perguntou ainda o SENHOR a Satanás: Observaste o
meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e
reto, temente a Deus e que se desvia do mal. 9
Então, respondeu Satanás ao SENHOR: Porventura, Jó debalde teme a Deus? 10 Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e
a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e os seus bens se
multiplicaram na terra. 11 Estende, porém, a
mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua
face. 12 Disse o SENHOR a
Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder; somente contra ele não
estendas a mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR”.
Quando o diabo fica questionando a
respeito da integridade e justiça de Jó. A busca exagerada, detalhista e
obcecada de “justiça” é também diabólica. Tenhamos cuidado com o exagero
legalista.
2. Conhecer e tomar posse das
armas celestiais, 2Co 10.4-5,
“4 Porque as armas da nossa milícia não
são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós
sofismas 5 e toda altivez que se levante contra o
conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo”.
As armas da nossa guerra são ofensivas
e defensivas, 2Co 6.4-7,
“4 Pelo contrário, em tudo
recomendando-nos a nós mesmos como ministros de Deus: na muita paciência, nas
aflições, nas privações, nas angústias, 5 nos
açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, 6 na pureza, no saber, na longanimidade, na bondade,
no Espírito Santo, no amor não fingido, 7
na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, quer
ofensivas, quer defensivas”.
Vejamos:
III. ARMAS DEFENSIVAS
Ef 6.13-18, “13 Portanto, tomai toda a armadura
de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo,
permanecer inabaláveis. 14 Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e
vestindo-vos da couraça da justiça. 15 Calçai os pés com a preparação do
evangelho da paz; 16 embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis
apagar todos os dardos inflamados do Maligno. 17 Tomai também o capacete da
salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; 18 com toda oração e
súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda
perseverança e súplica por todos os santos”.
1. O Nome de Jesus, Fp 2.9-10,
“9 Pelo que também
Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos
céus, na terra e debaixo da terra”.
É
a arma mais poderosa contra o inimigo. Ele tem autoridade sobre os seres
angelicais, sobre os homens e sobre os demônios. Jesus está acima de todo
principado, e potestade, e poder e domínio, Ef 1.20-22, “20 o qual exerceu ele em Cristo,
ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares
celestiais. 21 acima de todo
principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa
referir, não só no presente século, mas também no vindouro. 22 E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja”.
2. A oração,
Ef 6.18, “com toda oração e súplica,
orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e
súplica por todos os santos”.
Esta é a arma que nos coloca em contato
direto com o mundo espiritual. A oração nos fortalece,
nos capacita para conquistarmos todo o território que o diabo invadiu.
Veja Marcos 3.23-27,
“23 Então,
convocando-os Jesus, lhes disse, por meio de parábolas: Como pode Satanás
expelir a Satanás? 24 Se um reino
estiver dividido contra si mesmo, tal reino não pode subsistir; 25 se uma casa estiver dividida contra si mesma, tal
casa não poderá subsistir. 26
Se, pois, Satanás se levantou contra si mesmo e está dividido, não pode
subsistir, mas perece. 27 Ninguém pode
entrar na casa do valente para roubar-lhe os bens, sem primeiro amarrá-lo; e só
então lhe saqueará a casa”
O Senhor equipou Sua Igreja com uma
armadura sobrenatural para que ela exerça domínio sobre o reino da maldade e
resista às suas forças, a fim de sair da guerra sã e salva.
3. O capacete, Ef 6.17, “Tomai também o capacete da salvação
e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”.
Paulo faz esta peça representar a
salvação, possivelmente referindo-se a Isaías
59.17, “Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs o capacete da
salvação na cabeça; pôs sobre si a vestidura da vingança e se cobriu de zelo,
como de um manto”.
A salvação protege o homem em Cristo de
ser desintegrado sob os efeitos condenadores do pecado.
4. O cinto da verdade, Ef 6.14, “Estai, pois, firmes, cingindo-vos
com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça”.
A verdade é Jesus.
O cristão deverá estar inteiramente ligado a Ele numa comunhão perfeita, Jo 15.2-7, “2 Todo ramo que, estando em mim, não der
fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto
ainda. 3 Vós já estais limpos pela palavra que
vos tenho falado; 4 permanecei em mim, e eu permanecerei
em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na
videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. 5 Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em
mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. 6 Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora,
à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam. 7 Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras
permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito”.
Esta armadura significa que o cristão
se reveste do Senhor Jesus, assumindo a natureza moral de Cristo, Rm 8.29, “Porquanto aos que de antemão
conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a
fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”.
5. A couraça da justiça, Ef
6.14, “Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da
couraça da justiça”.
a) O crente está revestido da justiça de Deus, Rm 3.21,
“Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e
pelos profetas”.
Ver também Rm 5.1, “Justificados, pois, mediante a fé,
temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”.
b) Sua culpa foi lançada na cruz de
Cristo, Rm 13.12-14, “12 Vai
alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as
obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. 13 Andemos dignamente, como em pleno dia, não em
orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e
ciúmes; 14 mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo
e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências”.
Ver também Ef 4.24, “e vos revistais do novo homem,
criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade”.
6. Pés calçados com a preparação do evangelho da paz, Ef 6.15,
“Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz”.
Significa
o estabelecimento de um alicerce espiritual firme. Assim calçados, com
prontidão e disposição, aparecem os pés daqueles que cruzam desertos e terrenos
montanhosos, levando as boas novas da paz, Is
52.7-9, “7 Que formosos são sobre os montes os pés do que
anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz
ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina! 8 Eis o grito dos teus atalaias! Eles erguem a voz,
juntamente exultam; porque com seus próprios olhos distintamente vêem o retorno do SENHOR a Sião. 9 Rompei em júbilo, exultai à uma, ó ruínas de
Jerusalém; porque o SENHOR consolou o seu povo, remiu a Jerusalém”.