Pr.
Elis Clementino
Pr.
José Antônio Corrêa
Lc 9.23, “Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue,
dia a dia tome a sua cruz e siga-me”.
INTRODUÇÃO
Nessa
vida existem coisas que o indivíduo precisa abandonar, principalmente
aquelas que em nada contribuem para termos uma vida saudável. Outras, porém,
são bastante nocivas, e de alguma maneira elas podem causar danos tanto na vida
secular quanto na espiritual. Existem outras que são bastante favoráveis em
todos os sentidos contribuindo para o nosso desenvolvimento. Comentarei, dentro
de um breve relato, sobre as coisas que eu preciso deixar.
Felicidade
A
nossa felicidade depende daquilo de bom que realizamos nessa vida, muitas
vezes, queremos que as outras pessoas nos façam felizes, quando na realidade
não estamos preocupados em ser. As pessoas vivem em uma constante busca pela
felicidade e prazer, esse é um profundo desejo do coração humano, no entanto
algumas coisas precisam ser abdicadas para que essa felicidade se
concretize. Muitos procuram a felicidade nos lugares errados. Para Aristóteles,
a felicidade não está ligada aos prazeres ou às riquezas, mas à atividade
prática da razão: “Tudo aquilo que diz respeito à alma quando submetido à
razão, conduz à felicidade" (Sócrates).
Domínio
Próprio
A
tarefa mais difícil para o homem é dominar-se a si mesmo, enquanto não fizer
isso, não passará de um escravo de si mesmo. “Negar-se a si mesmo” foi uma das
frases citada por Jesus acerca dos que desejassem lhe servir (Lc 9.23), desprender-se de tudo aquilo
que o impeça de servi-lo.
COISAS
QUE PRECISO VENCER
Muitas
coisas é preciso dominar para poder alcançar êxito na vida em todas as áreas: A
felicidade, paz, alegria e até a conquista do reino de Deus depende dessa
abdicação “renúncia”.
Veremos algumas delas:
1. Vencer o próprio eu.
Para tanto é necessário ter uma vida de renúncia dentro de si ou do homem
interior, Paulo fala a respeito desse controle em,
Rm 7.15-25, “15 Porque nem mesmo
compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que
detesto. 16 Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. 17
Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. 18
Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o
querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. 19 Porque não faço o bem que
prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. 20 Mas, se eu faço o que não
quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. 21 Então, ao
querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. 22 Porque, no
tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; 23, mas vejo, nos meus
membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz
prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. 24 Desventurado homem
que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? 25 Graças a Deus por Jesus
Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo
da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado”.
Isso
prova que não é fácil negar-se a si mesmo, porém não é impossível, por causa da
natureza pecaminosa,
Gl 5.16,17,
“16 Digo,
porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne.
17 Porque a
carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são
opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer”.
2.
Despir-se de todo orgulho. O orgulho precede a ruína. Os orgulhosos não vão
muito longe, eles são atropelados pela própria altivez de espírito,
Pv 16.18,
“A soberba
precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda”.
Pv 11.2,
“Em vindo a
soberba, sobrevém a desonra, mas com os humildes está a sabedoria”.
Pv 15.33,
“O temor do
SENHOR é a instrução da sabedoria, e a humildade precede a honra”.
3. Vencer o mal com o bem.
Isso é um dos princípios fundamentais para quem busca a felicidade, o apóstolo
Paulo enfatizou essa prática,
Rm 12.21,
“Não te
deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”.
Lição
essa aprendida com Jesus Cristo,
Mt 5.43-47,
“43 Ouvistes
que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. 44 Eu, porém, vos
digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; 45 para que vos
torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus
e bons e vir chuvas sobre justos e injustos. 46 Porque, se amardes os que vos
amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo?
47 E, se
saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios
também o mesmo?”.
Essa
é uma tarefa difícil, porém não impossível, porque exige a negação de si
próprio,
Lc 9.23,
“Dizia a
todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua
cruz e siga-me”.
4. Deixar as coisas de menino.
Amadurecimento espiritual. O menino não tem a consciência daquilo que faz.
Paulo conclama a todos os cristãos a praticar essa verdade espiritual,
1Co 13.11,
“Quando eu
era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando
cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino”.
5. Deixar as obras da carne.
Os desejos carnais prejudicam o andamento na vida moral e espiritual de
qualquer indivíduo, principalmente o cristão, Deus quer que abandonemos tudo
aquilo que venha interromper o bom andamento espiritual e o relacionamento entre
nós e Deus,
Gl 5.19-21,
“19 Ora, as
obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, 20
idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias,
dissensões, facções, 21 invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a
respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não
herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam”.
CONCLUSÃO
Abdiquemos
das coisas que nos fazem infelizes, e busquemos a felicidade em Deus e na
prática do bem, para isso o domínio próprio é imprescindível, negarmo-nos a nós
mesmos é exigido a todos que querem viver dignamente.