FACETAS DO MINISTÉRIO
CL 4.17, “Também dizei a Arquipo: atenta
para o ministério que recebeste no Senhor, para o cumprires”.
Pr. José Antônio Corrêa
INTRODUÇÃO: Paulo como líder espiritual e formador de líderes, via com
muita preocupação certos ministérios que se desenvolviam de maneira inadequada.
Seu alvo de exortação no presente texto é Arquipo, um determinado mestre na
cidade de Colossos. Colossos ficava na Ásia e distava de Éfeso cerca de 120
quilômetros. De acordo com a tradição, Arquipo era um membro da família de
Filemon, provavelmente seu filho. Aparentemente Arquipo estava negligenciando o
ministério que havia recebido do Senhor.
Todo pastor deve ser em sua essência
um “ministro”! Porém, será que estamos cumprindo de maneira adequada o
ministério que recebemos do Senhor. Quero analisar com vocês nesta manhã
algumas facetas do ministério cristão:
I. QUANTO À SUA IMPORTÂNCIA (“Atenta”)
1. A palavra “atenta” vem do grego “blepo”, que significa: “ver, discernir, através do olho
como órgão da visão”; “discernir mentalmente, observar, perceber, descobrir,
entender”; “voltar os pensamentos ou dirigir a mente para alguma coisa,
considerar, contemplar, olhar para, ponderar cuidadosamente, examinar"
(BOL, Strong). Levando em consideração esta palavra, podemos dizer do grau de
importância que o ministério deveria ocupar na vida de Arquipo.
2. Que grau de importância o
ministério ocupa em nossas vidas?
a) Alguns pastores valorizam o
ministério mais do que a Deus. São tão zelosos que o ministério ocupa o
primeiro lugar em suas vidas e Deus o segundo lugar;
b) Há outros pastores, cujo ministério
não tem qualquer valor! Pelo descaso com que tratam a obra de Deus. Com isso,
comprometem sensivelmente a visão de Deus em suas vidas.
c) Quanto a nós, precisamos colocar o
ministério no devido lugar. Veja o exemplo de Paulo: “Porém
em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha
carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho
da graça de Deus”, At 20.24.
II. QUANTO À SUA EXECUÇÃO (“o ministério”)
1. O termo “ministério” – grego “diakonia” e tem a ver com o “serviço daqueles que executam
os pedidos de outros”, “aqueles que ajudam a atender necessidades alheias”
(BOL, Strong).
2. Na verdade o ministro nada mais é
do que um servo. Paulo alude a isso: “Quem é Apolo? E
quem é Paulo? Servos por meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor
concedeu a cada um”, 1Co 3.5. Ver ainda Ef 6.6, “não servindo à
vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de
coração, a vontade de Deus”.
III. QUANTO À SUA ORIGEM (“que recebeste do Senhor”)
1. O ministério legítimo tem origem em
Deus! Nenhum ministério com enfoque
apenas humano será reconhecido por Deus. Soará como fogo estranho perante Ele:
Assim como Nadabe e Abiú ofereceram fogo estranho diante do Senhor e morreram
(“Mas Nadabe e Abiú morreram perante o SENHOR, quando
ofereciam fogo estranho perante o SENHOR, no deserto do Sinai, e não tiveram
filhos; porém Eleazar e Itamar oficiaram como sacerdotes diante de Arão, seu
pai”, Nm 3.4), qualquer ministério
que não tenha origem em Deus irá fracassar.
2. Paulo é contundente
nesta questão - “Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo,
contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor
Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus”, At 20.24.
IV. QUANTO AO SEU PROPÓSITO (“para o cumprires”)
1. A palavra “cumprires”, vem do grego
“pleroo” - “tornar cheio,
completo, preencher até o máximo”, “preencher até o topo, assim que nada
faltará para completar a medida, preencher até borda”, “levar até o fim,
realizar, levar a cabo, (algum empreendimento)” (BOL, Strong).
2. Dessa maneira Paulo exortou a
Timóteo: “Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas,
suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu
ministério”, 2Tm 4.5.
3. Ele nos deu fortes evidências de que cumpriu honrosamente o ministério que recebeu do Senhor – “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé”, 2Tm 4.7.