O dom de Curas –
Serie Dons Espirituais
1Co 12.1-11
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Pr. José Antônio Corrêa
Texto
Básico: “A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim
proveitoso. Porque a um é dada, mediante o Espírito [...] e a outro, no mesmo
Espírito, dons de curar” (1Co 12.7-9).
Introdução:
Quem é que não desejaria
ser curado de algum tipo de enfermidade ou até mesmo ver um parente
ou amigo sendo curado por um ato milagroso. Pois então, a Palavra de Deus
ensina que Cristo já levou sobre si as nossas dores e pelas suas
pisaduras somos sarados. (Veja Isaias
53.1-5). Nessa lição vamos estudar sobre o dom de curas e esperamos ao
terminar a lição que a sua fé seja edificada ao ponto de buscar com fé a cura
para seus males e também de amigos e parentes.
EXPOSIÇÃO DO ESTUDO
Definindo o dom de curas: “O dom de Curas é a
capacitação divina, que torna o cristão um canal, através do qual Deus restaura
pessoas emocional, espiritual ou fisicamente” (2CTL p.170).
Um crente com dons de
curar tem a habilidade de permitir o poder de Deus fluir através dele para
restaurar a saúde sem o uso de métodos naturais. Cura significa fazer o bem.
Este tipo de cura é
chamado de “cura divina” porque é feito pelo poder divino de Deus em lugar de
ser através dos meios naturais. As curas registradas na Bíblia foram todas
recuperações imediatas e completas das funções corporais normais. A cura física
é um dos sinais espirituais que devem acompanhar o ministério dos crentes:
“Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem:
em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes;
e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos
sobre enfermos, eles ficarão curados” (Mc
16.17-18).
Quem pode orar por curas?
Todos os crentes podem
orar pelos enfermos. Os presbíteros da igreja também podem orar pelos enfermos. “Está
alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes
façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor.
E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará;
e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados” (Tg 5.14-15). Mas
nem todos que oram por curas tem do “dom de curas”.
Aqueles tem o dom de
Curas
Porém, um crente que tem
dons de curar é usado especificamente e de forma consistente por Deus nesta
área de ministério. O nome deste dom é plural. Ele é “dons de
curar”. Isso é porque á vários dons de cura, diferentes maneiras pelas quais a
cura e vários métodos de usar a capacidade de curar. Deus usa alguns crentes na
cura de enfermidades específicas. Por exemplo, a Bíblia registra que Paulo foi
usado em milagres especiais de cura (At
19.11-12).
Alguns crentes podem ter
uma unção especial para orar pelos cegos e surdos. Outros são usados no
ministério de cura mais geral para orar por todos os tipos de enfermidades.
Além de curar a aflição
física, curas podem incluir também a expulsão dos espíritos imundos [os
demônios]:
“Afluía também muita gente das
cidades vizinhas a Jerusalém, levando doentes e atormentados de espíritos
imundos, e todos eram curados” (At 5.16).
A fé em Deus é uma chave à
recepção da cura. A cura divina pode vir pela fé de alguém que ministra com
este dom. Jesus levantou uma jovem dos mortos e a curou:
“Mas, afastado o povo, entrou
Jesus, tomou a menina pela mão, e ela se levantou” (Mt 9.25).
Visto que a jovem estava
morta, ela não poderia ter a fé para curar. A cura veio pelo ministério e fé de
Jesus.
A cura também pode vir
devido à fé da pessoa que está enferma: “E Jesus, voltando-se e vendo-a, disse: Tem
bom ânimo, filha, a tua fé te salvou. E, desde aquele instante,
a mulher ficou sã” (Mt 9.22).
Também a cura vem pela fé
combinada do que está enfermo com a do que está ministrando:
“Tendo ele entrado em casa,
aproximaram-se os cegos, e Jesus lhes perguntou: Credes que eu posso fazer
isso? Responderam-lhe: Sim, Senhor! Então, lhes tocou os olhos, dizendo:
Faça-se-vos conforme a vossa fé” (Mt 9.28-29).
Jesus tinha a habilidade
de realizar esta cura. Ele sabia que Ele podia curar. Isto foi combinado com a
fé dos homens cegos para trazer a cura. O plural, “dons”, também é usado porque
a cura vem através de vários métodos bíblicos. Por exemplo:
A cura pode vir pela palavra falada: “Enviou-lhes a sua palavra, e os sarou, e os livrou do que lhes era mortal” (Sl 107.20).
A cura vem pela imposição de mãos: “Ao pôr-do-sol, todos os que tinham enfermos de diferentes moléstias lhos traziam; e ele os curava, impondo as mãos sobre cada um” (Lc 4.40). “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). “E Deus, pelas mãos de
Paulo, fazia milagres extraordinários” (At 19.11).
A cura vem por ungir no nome
do Senhor
“Está alguém entre vós doente?
Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com
óleo, em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o
levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados” (Tg 5.14-15).
A cura vem inclusive pela
sombra de alguém com este dom
“A ponto de levarem os enfermos
até pelas ruas e os colocarem sobre leitos e macas, para que, ao passar Pedro,
ao menos a sua sombra se projetasse nalguns deles. Afluía também muita gente das cidades vizinhas a Jerusalém, levando
doentes e atormentados de espíritos imundos, e todos eram curados” (At
5.15-16).
Nós devemos ter a cura
divina porque Jesus sofreu e levou sobre Si nossas enfermidades:
“Mas ele foi traspassado pelas
nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a
paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53.5).
Jesus não somente sofreu
no Calvário para livrar-nos do pecado, porém também para livrar-nos da
enfermidade. Ele foi golpeado e recebeu açoites em suas costas para trazer cura
às enfermidades. Ele sofreu para que nós sejamos salvos e curados.
Nem todos são curados
Quando ministrando com os
dons de cura é importante entender que nem todos a quem nós ministramos podem
ser curados. Paulo falou de obreiros companheiros que estavam enfermos e parece
que não haviam recebido cura através de seu ministério: “Erasto
ficou em Corinto. Quanto a Trófimo, deixei-o doente em Mileto” (2Co 4.20). Paulo tinha os dons de cura e de milagres, mas ainda
assim, por alguma razão, Trófimo
não foi curado através de seu ministério. Paulo também escreveu a Timóteo com respeito a uma enfermidade crônica. (1Tm
5.23).
Paulo não deixou de usar
seu dom de curar simplesmente porque nem todos pelos quais ele orou foram
curados. Isto seria o mesmo que um evangelista deixar de ministrar porque nem
todos aos quais ele pregou respondeu ao evangelho. Nem todos a quem Paulo
pregou responderam positivamente à mensagem do evangelho. Todos pelos quais ele
orou não foram curados. Porém, ele continuou fazendo o que Deus o havia chamado
a fazer. Ele pregou o evangelho e orou pelo enfermo e deixou os resultados nas
mãos de Deus.