O OUTRO EVANGELHO

 

Pr. José Antônio Corrêa

 

Gl 1.6-12, “6 Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, 7 o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. 8 Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. 9 Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema. 10 Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo. 11 Faço -vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem, 12 porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo”.

 

Duas coisas que podem deturpar o evangelho de Cristo:

 

1) A influência de demônios, 1Tm 4.1-5, “1 Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, 2 pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, 3 que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade; 4 pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável. 5 porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificado”.

 

2) O coração do homem, 2Tm 4.1-4, “1 Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: 2 prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. 3 Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; 4 e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas”.

 

 

ALGUMAS DIFERENÇAS ENTRE O EVANGELHO VERDADEIRO E O EVANGELHO FALSO:

 

1) O evangelho verdadeiro é cristocêntrico; o evangelho falso é antropocêntrico. A pregação atual está totalmente centralizada no homem. A satisfação dos desejos humanos (riqueza, cura, sucesso, vida longa, etc.) é ponto de atração no evangelho atual. Cristo, que deveria ser o centro da pregação é relegado a um segundo plano. Ele se tornou um papai-noel, que é obrigado a nos encher de presentes. Porém, veja o que nos diz a Bíblia:

 

a) At 5.42, “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo”.

 

b) At 8.5-8, “5 Filipe, descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo. 6 As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava. 7 Pois os espíritos imundos de muitos possessos saíam gritando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos foram curados. 8 E houve grande alegria naquela cidade”.

 

c) At 17.3, “expondo e demonstrando ter sido necessário que o Cristo padecesse e ressurgisse dentre os mortos; e este, dizia ele, é o Cristo, Jesus, que eu vos anuncio”.

 

d) At 28.31, “pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo”.

 

c) 2Co 2.2, “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado”.

 

2) O evangelho verdadeiro implica em perdas; o evangelho falso traz prosperidade.

 

a) perdas de bens materiais;

 

Fp 4.8, “Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo”.

 

Hb 10.34, “Porque não somente vos compadecestes dos encarcerados, como também aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens, tendo ciência de possuirdes vós mesmos patrimônio superior e durável”.

 

b) perda da própria vida;

 

Mc 8.35, “Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á”.

 

Rm 6.3-6, “3 Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? 4 Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. 5 Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição, 6 sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos”.

 

Hb 11.37, “Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados”.

 

Rm 6.8, “Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos”.

 

c) perda de posição.

 

3) O evangelho verdadeiro prega um reino celestial, o evangelho falsos constrói um reino terreno.

 

4) O evangelho verdadeiro implica em sofrimento, o evangelho falso repudia todo e qualquer contratempo.

 

a) Rm 8.17, “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados”.

 

Rm 8.35-39, “35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? 36 Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. 37 Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. 38 Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, 39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”.

 

5) O evangelho verdadeiro nos torna servos; no evangelho falso aspiramos ser servidos.