O QUE NOS DIZ O NATAL
LC 2.1-20
Pr. Josias Moura
José Antônio Corrêa
INTRODUÇÃO
Há tanta gente celebrando o natal com
seus familiares, sem compreender a sua essência ou seu significado. Já dizia
Wilson Franklin, articulista do Jornal Batista, que “enquanto o Natal, para
muitos… é apenas sinônimo de presentes, festas, comidas, confraternizações,
amigo oculto, troca de cartões… o Natal que Deus espera de nós é um culto
de adoração a Jesus” (O Jornal Batista, pg. 10 – 17 a 23/12/2001).
Depois de tantos séculos, a cada ano,
a humanidade se prepara novamente para relembrar o maior acontecimento de todos
os tempos: o Natal, o nascimento de Jesus, o Yeshua Hamaschia, – o Messias
prometido, o esperado das nações.
O verdadeiro significado do NATAL está
em LC 2.11: “Hoje vos nasceu, na
cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. Comemoramos a Sua vinda e
usufruímos Sua vida!
Eu estava dizendo esta semana, que os
nossos filhos tem como heróis personagens que não existem. Eles aprendem a
admirar o Ben10, o super homem, o papai Noel, enfim, os heróis dos desenhos
animados e filmes produzidos pela indústria lucrativa do cinema.
Houve uma época em nosso Brasil que os
jovens cantavam uma música de grande sucesso que repetia em seu refrão: “Meus
heróis morreram de overdose”. Esta letra retrata que os heróis dos nossos
jovens são figuras fracas, que não trazem nenhum beneficio para aqueles que
vivem no mundo real.
Se você perguntar a uma criança judia
quais são os seus heróis, provavelmente ela dirá: Abraão, Moisés, Elias, Josué.
Pais e mães, temos que resgatar no imaginário da criança a sua admiração pelos
heróis bíblicos. Precisamos ensinar a nossos filhos que os seus verdadeiros
heróis são aqueles homens e mulheres que foram poderosamente usados por Deus.
Mas, será que temos contado histórias
infantis para os nossos filhos? Será que temos sido para nossos filhos, fontes
geradoras do desejo de adorar a Deus?
Aproveitando a ocasião da chegada do
Natal, reflitamos acerca do que está data representa para nós cristãos.
I. O NATAL NOS DIZ QUE DEUS É O SENHOR DA HISTÓRIA
O que lemos nos vs.1-6, revela isto: “1 Naquele tempo o imperador Augusto mandou
uma ordem para todos os povos do Império. Todas as pessoas deviam se registrar
a fim de ser feita uma contagem da população. 2 Quando foi feito esse
primeiro recenseamento, Cirênio era governador da Síria. 3 Então todos
foram se registrar, cada um na sua própria cidade. 4 Por isso José foi de
Nazaré, na Galileia, para a região da Judéia, a uma cidade chamada Belém, onde
tinha nascido o rei Davi. José foi registrar-se lá porque era descendente de
Davi. 5 Levou consigo Maria, com quem tinha casamento contratado. Ela
estava grávida, 6 e aconteceu que, enquanto se achavam em Belém, chegou o
tempo de a criança nascer”.
Lemos aqui que Deus Se serviu de um
decreto do imperador de Roma, Augusto, para fazer com que José e Maria
voltassem a Belém, a cidade de onde eles eram oriundos. Deus fez isto porque,
conforme traz o Evangelho de Mateus (Mt
2.5-6), estava profetizado que o Rei prometido, nasceria em Belém de
Judá.
Portanto, Deus moveu a história, moveu
o imperador para que a profecia se cumprisse… E todas, e cada uma das profecias
que foram feitas sobre Jesus, todas se cumpriram infalivelmente, porque
Deus é o Senhor da história.
Como Senhor da história, Deus nos
mostra que nada está acontecendo ao acaso. Tudo que ocorre no mundo é resultado
de seu plano. Acompanhando a história da humanidade, iremos observar que tudo
esta sendo conduzido para que a glória de Deus brilhe de forma poderosa e todas
as forças do mal sejam derrotadas.
Deus também é Senhor da minha e da sua
história de vida pessoal. Você chegou até aqui por causa do plano
maravilhoso do Senhor para sua vida. Deus esteve acompanhando cada detalhe de
sua vida. Ele usou as tuas tribulações e lutas para revelar em tua vida a
poderosa glória dEle.
Como o salmista, queremos dizer o que
está em Sl 71.6: “Em ti me
tenho apoiado desde o meu nascimento; do ventre materno tu me tiraste, tu és
motivo para os meus louvores constantemente”.
II. O NATAL NOS DIZ QUE DEUS É HUMILDE
Lemos no v.7: “Então Maria deu à luz o seu primeiro filho. Enrolou o menino
em panos e o deitou numa manjedoura, pois não havia lugar para eles na
pensão”.
Uma das coisas que impressionam são as
condições do nascimento de Jesus.
Você observou? …mesmo sendo Ele o
Criador do universo, o Rei dos reis, o Senhor dos senhores e o Deus
Todo-poderoso, Ele escolheu o berço mais pobre de todos para identificar-se com
os pobres deste mundo.
Jesus podia ter nascido no palácio de
César, em Roma… ou podia, pelo menos, ter sido hóspede de Herodes, rei da
Judéia… Mas, não… Jesus nasceu em um estábulo, foi deitado numa manjedoura, num
coxo onde os animais comiam…
Olavo Bilac, um dos nossos
maravilhosos poetas, disse: “Não nasceu entre pompas reluzentes”. De fato,
Jesus nasceu na pequena Vila de Belém, num lugar humilde como a manjedoura,
tendo enxoval também humilde, porquanto foi “envolto em faixas”.
Não se você percebe, mas Jesus fez
isto para nos dizer que, desde o Seu berço, Ele está ao lado dos mais pobres,
dos mais necessitados.
Mais tarde, Jesus pregaria nas
montanhas: “Felizes os que sabem que são espiritualmente pobres” (Mt 5.3).
Lembre-se que a humildade sempre abriu
e continuará abrindo portas e oportunidades para sua vida.
…em terceiro lugar:
III. O NATAL NOS DIZ QUE HÁ BOAS NOTÍCIAS EM UM MUNDO DE MÁS
NOTÍCIAS
Vejamos estes próximos vs.8-14: “8 Naquela região havia
pastores que estavam passando a noite nos campos, tomando conta dos rebanhos de
ovelhas. 9 Então um anjo do Senhor apareceu, e a luz gloriosa do Senhor
brilhou por cima dos pastores. Eles ficaram com muito medo, 10 mas, o anjo
disse: -Não tenham medo! Estou aqui a fim de trazer uma boa notícia para vocês,
e ela será motivo de grande alegria também para todo o povo! 11 Hoje
mesmo, na cidade de Davi, nasceu o Salvador de vocês – o Messias, o Senhor!
12 Esta será a prova: Vocês encontrarão uma criancinha enrolada em panos
e deitada numa manjedoura. 13 No mesmo instante apareceu junto com o anjo uma
multidão de outros anjos, como se fosse um exército celestial. Eles cantavam
hinos de louvor a Deus, dizendo: 14 -Glória a Deus nas maiores alturas do
céu! E paz na terra para as pessoas a quem ele quer bem!”
Novamente: a aparição de anjos e a
revelação do nascimento de Jesus, não se dá nos palácios nem nos tronos do
mundo, mas em meio de um grupo de simples pastores, próximos da pequena vila de
Belém.
Ali, os anjos proclamaram; “Glória a
Deus nas maiores alturas do céu! E paz na terra para as pessoas a quem ele quer
bem!”. Ali, naquela região de pastos, Deus foi exaltado… ali, os anjos
indicaram aos crentes em Deus: “Não tenham medo! Estou aqui a fim de trazer uma
boa notícia para vocês, e ela será motivo de grande alegria também para todo o
povo! Hoje mesmo, na cidade de Davi, nasceu o Salvador de vocês - o
Messias, o Senhor!”
Aleluia! Que notícia boa: “nasceu o
Salvador de vocês”!
Um povo, uma nação que estava
subjugada, e oprimida pelas injustiças, recebe a grande notícia de que o salvador
haveria de nascer.
Esta é a grande noticia que temos para
este mundo onde imperam inúmeras injustiças! O justo juiz nasceu, e veio para
nos convidar para o seu reino.
…depois disto:
IV. O NATAL NOS DIZ QUE AGORA NÓS DEVEMOS LEVAR TAMBÉM AS BOAS NOTÍCIAS
Vamos ler o vs.15-20: “15 Quando os anjos voltaram para o céu, os pastores
disseram uns aos outros: - Vamos até Belém para vermos o que aconteceu; vamos
ver aquilo que o Senhor nos contou. 16 Eles foram depressa, e encontraram
Maria e José, e viram o menino deitado na manjedoura. 17 Então contaram o
que os anjos tinham dito a respeito dele. 18 Todos os que ouviram o que
os pastores diziam ficaram muito admirados”.
Entenda isto: os pastores disseram uns
aos outros: “Vamos até Belém para vermos o que aconteceu… então contaram o que
os anjos tinham dito”.
Agora, cabe também a nós, imitarmos
estes pastores, dar esse passo… esse é o momento de conhecer a Jesus… e é
o momento de voltarmos à nossa casa, ao nosso trabalho, ao nosso estudo, e
compartilhar com todos que Jesus é o Salvador.
Irmãos, o dia 25 de dezembro dividiu a
história do mundo em duas partes, mas o Natal, o nascimento de Jesus em nós,
dividiu a nossa história pessoal, a nossa biografia. Todos podemos contar como
era nossa vida antes de Cristo e de como é agora, depois de Cristo!
CONCLUSÃO
Pois bem, não há no mundo, nem poderá
haver jamais, uma história mais linda que a ocorrida em Belém, e da qual, Jesus
é o personagem central. O Natal não deve apenas representar para nós uma bela
história, mas também um momento para refletirmos acerca da nossa comunhão com
Deus.
Penso que o natal é um momento também
apropriado para refletirmos sobre a qualidade de nosso relacionamento com nossa
família.
Um comediante Frances, chamado Dom
DeLuise relata que houve um tempo obscuro em sua vida em que nada o
fazia sorrir.
Certa vez ele declarou: “Tudo em
minha vida dava errado. Vivia sem esperança e
sentia-me completamente inútil”.
Ao aproximar-se o Natal,
seu filho pequeno lhe perguntou o que desejaria ganhar
de presente. DeLuise, desanimado, respondeu: “Felicidade —
e você não pode me dar isso.”
Quando chegou o Dia de Natal e a
família abriu seus presentes, o menino entregou a seu pai um pedaço
de papelão onde estava escrita com letras
um tanto rabiscadas, a palavra felicidade. O menino
disse: “Veja, papai, eu posso lhe dar felicidade!”
Acho que natal é momento para que
possamos olhar mais para os nossos filhos e cônjuges, e perceber como eles são
importantes para nossa história.