Pr. Antônio Carlos Barro
Pr. José Antônio Corrêa
I. INTRODUÇÃO
1. Finalmente chegamos ao fim de mais
um ano.
2. Duas coisas são características em
todo o final de ano:
a) Fazer um balanço do ano que se
finda, arrepender-se de muitas coisas que se fez ou não fez, e alegrar-se pelas
vitórias alcançadas.
b) Fazer promessas ou desejos para o
ano que está para iniciar-se. Aquele sentimento de “agora vai”, “este ano é
para valer”, é geral.
TRANSIÇÃO: Nesta noite eu gostaria de
olhar para um dos desejos mais ardentes do coração de Jesus que ele tem para a
sua igreja em todas as eras, mas que precisa ser renovado em cada um de nós
para o ano de 1996.
LER O TEXTO DE JOÃO 4.31-38
II. OUSADIA PARA ALIMENTAR-SE DA COMIDA
DE DEUS
1. O contexto mostra que os discípulos
foram à cidade de Sicar em busca de alimentos para eles e também para Jesus.
“Mestre, come”, eles insistiam com Jesus.
2. A resposta de Jesus é cheia de
mistérios: “Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis.” Jesus já
estava alimentado, sem que ninguém tivesse lhe trazido comida. O que teria
acontecido?
3. Eu me alimento quando duas coisas
acontecem:
a) Eu faço a vontade de Deus – neste
caso era estar com uma pecadora.
b) Eu realizo a obra de Deus – buscar
e salvar o perdido.
4. O Apóstolo Pedro: “... somos a
resposta para um mundo sem esperanças, por isso, devemos estar preparados para
responder a quem pedir a razão da nossa esperança".
Aplicação: Você está disposto neste novo ano a
alimentar-se mais da comida de Deus?
III. OUSADIA PARA VER O MUNDO COMO JESUS
VÊ
1. O cristianismo nasceu debaixo de
uma grande confrontação com o mundo da sua época:
a) Política – nasceu um novo Rei, e
toda lealdade é dada a ele.
b) Religiosa – a velha aliança deu
lugar a uma nova aliança que inclui todos.
c) Econômica – buscai em primeiro lugar
as coisas do reino de Deus.
2. O cristianismo desenvolveu-se em
meio a muitas lutas. Este mundo, intrinsecamente mau, combate os valores
deixados por Jesus.
3. Existe, portanto, na vida de cada
cristão uma tensão, uma dualidade – Ao mesmo tempo em que declara não ser deste
mundo e não participar das suas misérias – ele é convidado a amar o mundo, pois
nisto reside a única esperança para a humanidade perdida.
4. Nós que somos herdeiros de tão
grande fé, precisamos com ousadia ver a mesma coisa que Jesus vê, quando ele
olha para o mundo.
a) “Erguei os vossos olhos”- Estamos
acostumados com as migalhas.
b) “Veja os campos” – gente das mais
diversas camadas da sociedade.
c) “Os campos estão brancos para a
ceifa”- pessoas famintas de Deus.
Aplicação: Você está disposto neste novo ano a
ver as mesmas coisas que Jesus está vendo?
IV. OUSADIA PARA COLOCAR AS MÃOS NA FOICE
1. O cristianismo não é tão somente uma
religião de contemplação.
2. O cristianismo do qual somos herdeiros,
é um cristianismo ousado, sem medo, corajoso. O seu exército é composto de
gente pobre e rica, humilde, culta, letrada. É basicamente o exército de gente
que não tem receio de sangrar as mãos no serviço de Cristo.
3. Jesus declara: “Eu vos enviei para
ceifa.” Precisamos redescobrir esta verdade para as nossas vidas. O raciocínio
da igreja deve ser lógico: “Se Jesus nos enviou para ceifar, é porque a
colheita é certa, pois ninguém enviaria os trabalhadores para ceifar o que não
existe.”
4. É chegado, portanto, o tempo da
colheita! Façamos isto com duas certezas:
a) Jesus é quem prepara os campos
para a ceifa.
b) A ceifa só pode ser realizada por
gente obediente a Jesus
5. Calvino: “A mente humana tem mais
preocupações com as coisas da terra do que com as divinas. Ela é consumida com
a colheita daquilo que foi plantado que conta dias e meses, todavia, é
tremendamente preguiçosa em colher o trigo celestial”.
Aplicação: Você está disposto neste novo ano a
colocar as mãos na foice para realizar a grande colheita de vidas para Jesus?
V. CONCLUSÃO
1. Se as intenções do seu coração não
têm espaço para estes desejos de Jesus, então você ainda não experimentou a
paixão por Cristo e ainda não passou pela loucura da cruz do Calvário.
2. Permita que neste novo ano Jesus
renove em seu coração aquele primeiro amor que um dia foi fervoroso, mas que os
cuidados deste mundo têm feito com que este amor não passe de um mero
sentimento.
3. Cristo em nós, a esperança da
glória.