QUATRO PECADOS QUE IMPEDEM O FLUIR DE
DEUS EM NÓS
Nilson
Júnior
Pr.
José Antônio Corrêa
Sabemos que o pecado não perdoado nos impede de ter plena comunhão com Deus.
Além disso, sabemos também que não existe hierarquia entre pecados, ou seja,
não há uma classificação de pecados em mais leves e mais graves. Existem
pecados diferentes e que, por isso, possuem consequências diferentes. Mas todos
eles nos afastam de um relacionamento pleno com Deus.
Assim,
precisamos ser purificados dos pecados da carne. Mesmo não havendo pecados mais
graves que outros, existem pecados que, por suas consequências, fazem com que o
nosso canal de comunicação com Deus fique entupido, de forma que Deus não terá
a oportunidade de fluir através de nós. A maioria das pessoas luta com quatro
pecados da carne, os quais devem ser vencidos antes que o cristão seja capaz de
operar ativamente com Deus.
1. O pecado do ódio. Uma das
ordenanças de Cristo à igreja é a de que ela permaneça em oração e que
evite o sentimento de ódio,
1Tm 2.8, “Quero, portanto, que os
varões orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira e sem animosidade”.
Por quê?
Porque o ódio impede o fluir de Deus, já que esse sentimento sempre está
associado a um pecado ou a ausência de perdão, que também não deixa de ser um
pecado.
Quando
odiamos outra pessoa, estamos colocando nós mesmos e nossos próprios conceitos
no centro. O ódio caminha em direção oposta ao amor. Se a Bíblia nos diz que temos
que amar ao próximo como a nós mesmos, e que o nosso Deus é amor, se nutrimos
tais sentimentos em nosso coração, estamos negando a própria natureza de homens
nascidos de novo que somos.
Por isso a
nossa comunicação com o Pai fica impedida.
Um comportamento
não perdoador é o inimigo número um da nossa fé. Mágoas e ressentimentos com
relação a pessoas nos prendem a elas. Todavia, o ódio destrói muito mais a
pessoa que alimenta em si tal sentimento do que aquele que é odiado, mesmo
porque este às vezes sequer sabe que está sendo odiado por alguém.
Assim como
temos que sujar nossas mãos de barro antes de jogá-lo em alguém, o ódio machuca
primeiro aquele que carrega tal sentimento.
Além disso,
a Bíblia compara o sentimento de ódio ao homicídio. Aquele que odeia uma pessoa
está matando ela dentro de si,
1Jo 3.15, “Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que
todo assassino não tem a vida eterna permanente em si”.
Na verdade,
os homicídios reais nada mais são do que sentimentos de ódio que são externados
contra a vida de uma pessoa.
Em nossa
vida cristã, precisamos ser canal de benção na vida das pessoas. Contudo,
nossas palavras e atitudes sempre irão refletir somente aquilo que está em
nosso coração. Será impossível estar em contato com o Senhor e transmitir o
amor dele a outras vidas se o nosso coração estiver contaminado com sentimentos
de ódio.
Apenas
quando o ódio é substituído pelo perdão e pelo amor, podemos expressar o
verdadeiro amor de Cristo para as pessoas.
2. O pecado do medo. O
medo é outro grande inimigo do nosso crescimento espiritual. Se a pessoa
carrega em si um temor específico, o poder da destruição começará a fluir a
partir dele.
Existem
diversos tipos de medos, que podem surgir dos mais diversos tipos de
circunstâncias:
Existem cristãos, por exemplo, que tem medo de
manifestações demoníacas. Assim, se ele se deparar com alguém possesso, ele
procurará meios de não orar sobre essa pessoa.
Deixa,
portanto, de reconhecer a autoridade que a nós é dada por Deus,
Lc 10.19, “Eis aí vos dei autoridade
para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada,
absolutamente, vos causará dano”.
Nós como
seres humanos temos a infeliz tendência de olhar para as circunstâncias com
nossos olhos e com nossos sentidos. Só que fazendo isso, Satanás nos destruirá
com o medo. O medo sempre é fruto de uma olhar natural sobre as coisas.
Se fechamos
os olhos naturais e olhamos para Deus, a nossa fé é exercida e não há espaço
para temores. Estando no amor, não há motivos para ter medo,
1Jo 4.18, “No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor;
porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor”.
Logo, as
pessoas devem ser instruídas a desistir do temor do seu ambiente e de suas
circunstâncias. Se não o fizerem, não poderão desenvolver a fé nem Deus fluirá
através delas.
A Bíblia
diz que Deus não nos deu espírito de temor, mas de amor,
2Tm 1.7, “Porque Deus não nos tem
dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação”.
O único temor
que devemos ter é o de Deus,
Pv 1.7, “O temor do SENHOR é o princípio do saber, mas os loucos desprezam
a sabedoria e o ensino”.
Uma das
recomendações que Deus sempre deu, desde os patriarcas até aos apóstolos, era a
de que eles não temessem as dificuldades que haveriam de passar, pois Deus era
com eles. Deus só age onde não há medo.
Para que
Ele venha a agir, o medo e a ansiedade devem ser substituídos pela paciência e
pela fé,
Sl 40.1, “Esperei confiantemente
pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro”.
O temor nos
liga a nossas dificuldades e limitações, e não àquilo que podemos ser em
Cristo.
3. O pecado da inferioridade. Sempre
que olhamos as circunstâncias, temos o hábito errado de nos sentir pequenos,
impotentes. Também o sentimento de inferioridade é demonstração de falta de fé.
É necessário que cada um entregue seu complexo de inferioridade a Deus e se
permita ser reconstruído pelo amor dele.
O complexo
de inferioridade é muito destrutivo. Além de minar nosso potencial, nos torna
vulneráveis e nos faz sujeitos a ameaças externas. Quem tem complexo de
inferioridade sempre terá a tendência de se achar incapaz de tomar decisões e
passos de fé, pois a inferioridade traz consigo o pessimismo.
Não devemos
nos sujeitar às circunstâncias, e sim ao nosso Deus,
Nm 13.17-33, “17 Enviou-os, pois, Moisés a espiar a terra de Canaã; e disse-lhes:
Subi ao Neguebe e penetrai nas montanhas. 18 Vede a terra, que tal é, e
o povo que nela habita, se é forte ou fraco, se poucos ou muitos.19 E qual é a terra em que habita, se boa ou má; e que tais são as
cidades em que habita, se em arraiais, se em fortalezas. 20 Também qual é a terra, se fértil ou estéril, se nela há matas ou
não. Tende ânimo e trazei do fruto da terra. Eram aqueles dias os dias das
primícias das uvas. 21 Assim, subiram e espiaram a terra desde o
deserto de Zim até Reobe, à entrada de Hamate. 22 E subiram pelo Neguebe e
vieram até Hebrom; estavam ali Aimã, Sesai e Talmai, filhos de Anaque (Hebrom
foi edificada sete anos antes de Zoã, no Egito). 23 Depois, vieram até ao vale
de Escol e dali cortaram um ramo de vide com um cacho de uvas, o qual trouxeram
dois homens numa vara, como também romãs e figos. 24 Esse lugar se chamou o vale de Escol, por causa do cacho que ali
cortaram os filhos de Israel. 25 Ao cabo de quarenta dias,
voltaram de espiar a terra, 26 caminharam e vieram a
Moisés, e a Arão, e a toda a congregação dos filhos de Israel no deserto de
Parã, a Cades; deram-lhes conta, a eles e a toda a congregação, e
mostraram-lhes o fruto da terra. 27 Relataram a Moisés e
disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e, verdadeiramente, mana leite e
mel; este é o fruto dela. 28 O povo, porém, que habita nessa terra é
poderoso, e as cidades, mui grandes e fortificadas; também vimos ali os filhos
de Anaque. 29 Os amalequitas habitam na terra do Neguebe; os heteus, os jebuseus
e os amorreus habitam na montanha; os cananeus habitam ao pé do mar e pela
ribeira do Jordão. 30 Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés
e disse: Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos
contra ela. 31 Porém os homens que com ele tinham subido disseram: Não poderemos
subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós. 32 E, diante dos filhos de Israel, infamaram a terra que haviam
espiado, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra que
devora os seus moradores; e todo o povo que vimos nela são homens de grande
estatura. 33 Também vimos ali gigantes (os filhos de Anaque são descendentes de
gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também
o éramos aos seus olhos”.
Tg 4.7, “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”.
Existe uma
verdade que sempre deve estar em nossa mente: a de que nada é impossível ao que
crê. Essa é uma palavra que, declarada, nos faz sentir fortalecidos em Deus.
Mas muitos
podem dizer que a Bíblia afirma que devemos procurar ser o menor, ou ainda,
diminuir a nós mesmos. Mas ser o menor nos fala de adquirir para nós a posição
de servo.
Diminuir a
nós mesmos diz respeito a termos uma postura de humildade, sempre preferindo em
honra aos irmãos, e não a nós mesmos,
Rm 12.10, “Amai-vos cordialmente uns
aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros”.
Nenhuma
dessas ideias é compatível com a de nos achar inferiores a tudo e a todos.
Temos
que, como Paulo, entender que não somos nada, que a nossa vida não tem
valor, mas que também há em nós um Espírito que nos faz ser capazes para toda
boa obra,
2Tm 2.21, “Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes
erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando
preparado para toda boa obra”.
4. O pecado da culpa. Enquanto
a pessoa estiver abatida por sentimentos de culpa, Deus jamais fluirá através
dela. Precisamos fazer as pessoas compreender que, quando se sentem indignas e
cheias de culpa, simplesmente podem ir ao Senhor, e Ele as limpará.
O pecado
nos separa de Deus. Mas a culpa é exatamente o sentimento que tenta nos remeter
à condição de quem ainda carrega o peso do pecado, ignorando o perdão que já
nos foi concedido.
É como
aquele presidiário que, mesmo após ter cumprido toda a sua pena, continua
recluso no presídio por achar que seu crime foi mais grave do que pensou o
juiz, sem se lembrar do fato que a sua dívida já foi paga com a sociedade.
Ao
livrar-se de seu sentimento de culpa, manifestando entendimento do perdão de
Deus e da liberdade que temos para sujeitar todas as acusações do Diabo, o
poder de Deus poderá fluir,
1Co 4.4, “Porque em nada me sinto culpado; mas nem
por isso me considero justificado, pois quem me julga é o SENHOR”
Deus nos
abençoe, à medida que nos esforçamos para melhor obedecê-Lo.
Jo 3.18, "Quem crê nEle não é condenado; mas
quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de
Deus".
Sl 42.1, "Como o cervo brama pelas correntes das
águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!".